- 21 Out 2016, 21:11
#1032522
“O olho que percebe é fraco, o que observa é forte”- Miyamoto Musashi.
Quando estamos diante de uma pessoa que nos intimida, alguns aspectos devem ser levados em consideração, primeiro, compreender o instinto de proteção que é o responsável pela crença de que você não tem confiança em si mesmo ao surgir os pensamentos: "estou nervoso, estou com medo, estou intimidado".
O nosso cérebro animalista foi desenvolvido em um ambiente de vida selvagem a que nossa espécie esteve inserida por cerca de 200 mil anos, assim, nossos ancestrais passaram mais tempo expostos aos perigos da natureza do que na comodidade da civilização “moderna”, uma situação que “fedesse” era porque nossa vida estava sob perigo real e era melhor correr dali antes que um leão fizesse de sua perna direita o seu almoço.
Deste modo, o nosso cérebro não difere absolutamente em nada do cérebro de um coelho que quando exposto a uma situação de perigo, emite um sinal para ele correr, para fugir da situação periclitante, todavia, no momento atual, não são todas as situações que correspondem a um perigo real, mas o nosso inconsciente ainda responde instintivamente aos eventos, porque passamos apenas 1% da história de nossa espécie na civilização, e os nossos cérebros não enxergam uma situação como ela é, mas interpretam como um “que desastre, estou nervoso, o meu chefe me intimida, estou com medo”, a merda é que a partir destes pensamentos criamos a crença cega de que não temos confiança para falar em público, para chegar em uma mulher, etc.
Portanto, este instinto possui a função de proteger a nossa vida, assim, o primeiro passo para solucionar este “problema” é distinguir a resposta instintiva (percepção) e a razão aplicada (observação).
De fato, quando estamos na frente de uma pessoa e ficamos intimidados não adianta reprimir as emoções que estamos sentindo, simplesmente as aceite (eu aceito profundamente que estou nervoso, aceito plenamente que estou tremendo de medo), estes pensamentos são a resposta instintiva de proteção e você não irá conseguir reprimir um sentimento tão forte, pois ele é o mesmo instinto que nos protege quando caímos de bicicleta ou quando sofremos um acidente, quando nossos braços e mãos protegem automaticamente o nosso rosto da lesão, é este mesmo instinto que agora está nos alertando: “péssima ideia, merda, to nervoso, to tremendo feito uma vara verde”, o nosso coração então quase sai pela boca, em resumo, aceite este sentimento, não o reprima, perceba que quanto mais você oferece resistência mais forte ele fica, deixe que ele gaste toda a força por você não oferecer oposição, amor fati, você não pode controlá-lo. A única coisa que você pode controlar é a aceitação e compreensão de que o seu coração está batendo forte porque é um instinto animal que está agindo e você não tem nada a ver com isso.
Em seguida, o segundo passo, nas palavras de Epicteto:
“Não deixe que a força de uma impressão tire o seu equilíbrio quando ela se abater sobre você pela primeira vez; diga apenas: Espere um momento; deixe-me ver quem você é e o que representa. Deixe-me testá-la”.
Aqui, você irá aprender a arte de “despir a lenda que a reveste”.
Como você consegue alterar a perspectiva de intimidado para qualquer outra que lhe seja favorável? Vendo a pessoa como realmente ele é.
Mas como?
Imagine a pessoa que te intimida na situação mais ridícula que possa estar.
Se for um homem que preza pela sua masculinidade, imagine-o vestindo uma fantasia sexual de policial ou de bombeiro implorando para que o seu amante consuma o ato, gemendo como um baitola, etc.
Se é uma mulher cuja beleza lhe intimida, compreenda primeiro que ela gasta várias horas para se arrumar, gasta muito dinheiro com salão de beleza, roupas, sapatos. Essa “beleza estonteante” somente dura por 10 anos, quando ela estiver com 30 anos ninguém mais vai querê-la e ela sabe disso e está desesperada, ela será a “sobra”. Imagine-a sem todo este aparato, imagine-a ao seu lado quando acorda, com maquiagem borrada e sem arrumar o cabelo, com bafo, imagine-a cagando, fedendo, cheirando azeda quando está suada, porque ele de fato faz todas estas coisas.
Perceba: o que sobrou é a verdade, não as aparências externas.
Ademais, muitas mulheres usam saltos de até 17 cm, para impressionar na balada ... e se fosse um amigo seu que usasse algo para ficar mais alto como você iria enxergá-lo? Esse cara não merece sequer o ar que respira!
Estão vendo a mulher como de fato ela é e não como a imaginamos?
Ademais, se a pessoa que te intimida for uma pessoa que possui status e dinheiro, saiba que ela na verdade está querendo impressionar a você, sim, você mesmo, ela está querendo mostrar que é foda, é o mesmo que uma criança lutando pelo amor de seus pais, “veja pai eu sou bom, eu sou inteligente, eu tenho um brinquedo bonito, você gosta de mim?”, se ela fosse realmente impressionante ela sequer se preocuparia em impressionar, o que expõe que esta pessoa é extremamente insegura por precisar de pilares externos para possuir algum valor.
O objetivo é este: tirar o falso poder de uma pessoa sobre você. Fazendo uma analogia aos sicários (grupo de assassinos especializado em matar líderes políticos na Idade Média), eles simplesmente matavam a pessoa que queriam, eles não a ameaçavam. A ameaça é a falta de poder, quem ameaça quer fazer com que a pessoa fique intimidada, ou seja, ela não está intimidada... quem quer impressionar uma pessoa não está impressionando.
Por fim, na história de Harry Potter, existe um professor que faz com que todos os alunos fiquem inseguros na sua presença, ele é chamado de Severus Snape:
Todavia, em uma determinada aula os alunos aprendem a lançar o feitiço Riddikulus, em que a coisa que eles mais temem, quando atingida pelo feitiço, se transforma então na coisa mais ridícula que existe, o resultado é este:
Portanto, o medo é natural, é um instinto e os pensamentos "estou com medo, estou tremendo de medo, sou um merda" vão surgir na sua mente, você não pode controlá-los, a única coisa que você pode fazer é testar, “desnudar as coisas”, estas pessoas que me intimidam realmente são o que aparentam ser? Aplica esta técnica, altere a perspectiva, ninguém está acima de ninguém, no final vamos todos para o mesmo lugar, “do pó ao pó”.
att. V. M. Paz!
Quando estamos diante de uma pessoa que nos intimida, alguns aspectos devem ser levados em consideração, primeiro, compreender o instinto de proteção que é o responsável pela crença de que você não tem confiança em si mesmo ao surgir os pensamentos: "estou nervoso, estou com medo, estou intimidado".
O nosso cérebro animalista foi desenvolvido em um ambiente de vida selvagem a que nossa espécie esteve inserida por cerca de 200 mil anos, assim, nossos ancestrais passaram mais tempo expostos aos perigos da natureza do que na comodidade da civilização “moderna”, uma situação que “fedesse” era porque nossa vida estava sob perigo real e era melhor correr dali antes que um leão fizesse de sua perna direita o seu almoço.
Deste modo, o nosso cérebro não difere absolutamente em nada do cérebro de um coelho que quando exposto a uma situação de perigo, emite um sinal para ele correr, para fugir da situação periclitante, todavia, no momento atual, não são todas as situações que correspondem a um perigo real, mas o nosso inconsciente ainda responde instintivamente aos eventos, porque passamos apenas 1% da história de nossa espécie na civilização, e os nossos cérebros não enxergam uma situação como ela é, mas interpretam como um “que desastre, estou nervoso, o meu chefe me intimida, estou com medo”, a merda é que a partir destes pensamentos criamos a crença cega de que não temos confiança para falar em público, para chegar em uma mulher, etc.
Portanto, este instinto possui a função de proteger a nossa vida, assim, o primeiro passo para solucionar este “problema” é distinguir a resposta instintiva (percepção) e a razão aplicada (observação).
De fato, quando estamos na frente de uma pessoa e ficamos intimidados não adianta reprimir as emoções que estamos sentindo, simplesmente as aceite (eu aceito profundamente que estou nervoso, aceito plenamente que estou tremendo de medo), estes pensamentos são a resposta instintiva de proteção e você não irá conseguir reprimir um sentimento tão forte, pois ele é o mesmo instinto que nos protege quando caímos de bicicleta ou quando sofremos um acidente, quando nossos braços e mãos protegem automaticamente o nosso rosto da lesão, é este mesmo instinto que agora está nos alertando: “péssima ideia, merda, to nervoso, to tremendo feito uma vara verde”, o nosso coração então quase sai pela boca, em resumo, aceite este sentimento, não o reprima, perceba que quanto mais você oferece resistência mais forte ele fica, deixe que ele gaste toda a força por você não oferecer oposição, amor fati, você não pode controlá-lo. A única coisa que você pode controlar é a aceitação e compreensão de que o seu coração está batendo forte porque é um instinto animal que está agindo e você não tem nada a ver com isso.
Em seguida, o segundo passo, nas palavras de Epicteto:
“Não deixe que a força de uma impressão tire o seu equilíbrio quando ela se abater sobre você pela primeira vez; diga apenas: Espere um momento; deixe-me ver quem você é e o que representa. Deixe-me testá-la”.
Aqui, você irá aprender a arte de “despir a lenda que a reveste”.
Como você consegue alterar a perspectiva de intimidado para qualquer outra que lhe seja favorável? Vendo a pessoa como realmente ele é.
Mas como?
Imagine a pessoa que te intimida na situação mais ridícula que possa estar.
Se for um homem que preza pela sua masculinidade, imagine-o vestindo uma fantasia sexual de policial ou de bombeiro implorando para que o seu amante consuma o ato, gemendo como um baitola, etc.
Se é uma mulher cuja beleza lhe intimida, compreenda primeiro que ela gasta várias horas para se arrumar, gasta muito dinheiro com salão de beleza, roupas, sapatos. Essa “beleza estonteante” somente dura por 10 anos, quando ela estiver com 30 anos ninguém mais vai querê-la e ela sabe disso e está desesperada, ela será a “sobra”. Imagine-a sem todo este aparato, imagine-a ao seu lado quando acorda, com maquiagem borrada e sem arrumar o cabelo, com bafo, imagine-a cagando, fedendo, cheirando azeda quando está suada, porque ele de fato faz todas estas coisas.
Perceba: o que sobrou é a verdade, não as aparências externas.
Ademais, muitas mulheres usam saltos de até 17 cm, para impressionar na balada ... e se fosse um amigo seu que usasse algo para ficar mais alto como você iria enxergá-lo? Esse cara não merece sequer o ar que respira!
Estão vendo a mulher como de fato ela é e não como a imaginamos?
Ademais, se a pessoa que te intimida for uma pessoa que possui status e dinheiro, saiba que ela na verdade está querendo impressionar a você, sim, você mesmo, ela está querendo mostrar que é foda, é o mesmo que uma criança lutando pelo amor de seus pais, “veja pai eu sou bom, eu sou inteligente, eu tenho um brinquedo bonito, você gosta de mim?”, se ela fosse realmente impressionante ela sequer se preocuparia em impressionar, o que expõe que esta pessoa é extremamente insegura por precisar de pilares externos para possuir algum valor.
O objetivo é este: tirar o falso poder de uma pessoa sobre você. Fazendo uma analogia aos sicários (grupo de assassinos especializado em matar líderes políticos na Idade Média), eles simplesmente matavam a pessoa que queriam, eles não a ameaçavam. A ameaça é a falta de poder, quem ameaça quer fazer com que a pessoa fique intimidada, ou seja, ela não está intimidada... quem quer impressionar uma pessoa não está impressionando.
Por fim, na história de Harry Potter, existe um professor que faz com que todos os alunos fiquem inseguros na sua presença, ele é chamado de Severus Snape:
Todavia, em uma determinada aula os alunos aprendem a lançar o feitiço Riddikulus, em que a coisa que eles mais temem, quando atingida pelo feitiço, se transforma então na coisa mais ridícula que existe, o resultado é este:
Portanto, o medo é natural, é um instinto e os pensamentos "estou com medo, estou tremendo de medo, sou um merda" vão surgir na sua mente, você não pode controlá-los, a única coisa que você pode fazer é testar, “desnudar as coisas”, estas pessoas que me intimidam realmente são o que aparentam ser? Aplica esta técnica, altere a perspectiva, ninguém está acima de ninguém, no final vamos todos para o mesmo lugar, “do pó ao pó”.
att. V. M. Paz!
