- 17 Jun 2013, 18:30
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Antes de tudo, uma historinha de porque eu estou escrevendo esse artigo e porque eu tenho a capacidade de escrever ele.
Quando eu estava na quinta série, teve um momento na aula de inglês onde a professora mandou todo mundo responder se morava em uma “house” ou “apartment”. Eu como um bom nerd, tímido e sem ter a menor noção de inglês, respondi algo como “rááze”. A professora disse algo como “tudo bem, é errando que se aprende” e eu fiquei puto da cara.
A partir daquela época, minha vida começou a ser um fracasso atrás de fracasso com mulheres, mas uma coisa eu adorava, música. Eu me lembro bem de quando descobri a influência de uma guitarra na vida de uma pessoa, foi assistindo aquela série Supernatural, lá que eu descobri o AC/DC, e foi nessa época que eu me fiz uma pergunta bem simples “porque essas bandas fodas não tocam no Brasil?”.
Como um bom usuário de internet (e achando que tinha idade pra entrar em algum show hahaha), fui pesquisar, descobri que a maioria dessas bandas era na verdade dos EUA e raramente passavam por aqui. Cheguei pra minha mãe na maior fofura e disse “mãe, vamos pros EUA!” óbvio que ela riu da ideia e disse a famosa frase “filho, não temos dinheiro pra isso”.
Bom, o sonho morreu ali e desde então, anos se passaram. Descobri o Pick Up, tive alguns poucos resultados e cheguei ao ensino médio. Foi nessa época que pela extrema falta de resultados eu abandonei de vez o Pick Up, também foi nessa época que eu tive minha primeira relação mais séria, entrei nela sendo uma criança mimada, me apaixonei, sai estraçalhado, se eu já me achava um merda, passei a me achar a merda que a merda faz quando come muito repolho. Meu psicológico foi pro beleléu, eu era manipulado, tive até uns momentos de psicopata de seguir minha ex, eu queria reatar, eu vivia em tristeza.
Nessa época também chegou à situação do vestibular, eu não estava preocupado em passar, sou bem preguiçoso quando não tenho uma motivação, mas quando eu quero, mando bem em tudo. Minha preocupação era decidir o que eu iria fazer pelo resto da vida. Situação difícil pra quem tem apenas 16 anos certo?
Escolhi Publicidade e Propaganda, 30% por vontade, 70% por falta de opção. Passei de primeira no vestibular e a faculdade começou. Promessa de putaria e American Pie? Que nada. Meu jogo continuava do jeito que sempre foi. Nulo.
Uma certeza que eu sempre tive dentro de mim, foi que tudo iria ficar bem, não sei explicar de onde vinha essa certeza, mas ela estava lá.
E foi na aula de Marketing, que as coisas começaram a mudar. Conheci um professor genial, já tinha construído milhões e quebrado várias vezes na vida, conheceu os 4 cantos do mundo, sagacidade sem limites. Eu notava duas coisas na aula dele, a primeira é que os conceitos de Pick Up que eu tinha aprendido no passado eram bem semelhantes a Marketing. A segunda é que ele não parava de implantar na nossa cabeça os seguintes mindsets:
“Pelo fato de vocês estarem na faculdade, já se separam de uma imensa parte da sociedade, deixo aqui uma dica pra vocês, saiam do Brasil, ao menos por seis meses. Sim, vocês têm essa capacidade.”
“Existem aproximadamente 60 alunos nessa sala, infelizmente Deus (insira sua crença aqui) é bem selecionador, eu diria que a maioria de vocês vai ter uma vida tranquila, mas apenas uns três aqui dentro vão chegar ao topo do mundo. Não por sorte, mas por falta de conhecimento”.
Confesso que as palavras desse professor me motivaram muito, eu sempre me achei capaz, queria testar se eu era mesmo. Foi ai que eu tomei minha decisão. Eu iria viver em outro país.
Acho que eu levei aproximadamente um mês, dedicando minhas tardes a descobrir como morar nos Estados Unidos. Foi ai que eu descobri uma notícia ruim: Não tinha como (explico mais disso depois).
O sonho não morreu por ai, comecei a pesquisar outros países, Inglaterra? É trocar seis por meia dúzia. Austrália ou Nova Zelândia? Pimba havia achado as galinhas dos ovos de ouro. Dois países com alguma possibilidade de imigração. Eu juro pra vocês que a situação a seguir aconteceu. Cheguei pra minha mãe e falei “mãe, vou trancar a faculdade e gastar milhares de dólares pra tentar morar na Nova Zelândia”. Adivinhem a resposta...
Maaaas, como sou brasileiro e não desisto, as pesquisas não pararam. Foi ai que eu descobri o Canadá, a princípio me pareceu idêntico à Nova Zelândia em quesito de imigrar, forcei um pouco mais de pesquisa e fiz uma descoberta que mais parecia mentira do que verdade. Descobri que o Canadá praticamente implora pra você imigrar pra lá, existe um passo a passo, uma receita de bolo que vou explicar logo abaixo.
Novamente cheguei pra minha família e mostrei o processo passo a passo, dessa vez deu certo, o plano pareceu bem sólido pra eles, exceto por uma coisa: Eu. Eles tinham toda a certeza do mundo que eu iria falhar. Nunca havia trabalhado na vida, não tinha noção de inglês, andava todo depressivo por uma relação que havia terminado de forma ruim, péssimo em habilidades sociais, notas ruins na faculdade, etc.
Não teve como não concordar com eles, foi nesse momento que eu iniciei um projeto de mudança de vida, eu não tinha a menor crença em mim, mas dei o primeiro passo, e dia após dia, provava que era capaz de atingir meu objetivo.
Aaah o Brasil... O que algumas pessoas não dariam para escapar dessa criminalidade e violência.
Off topic:
Vou falar aqui sobre quatro países e suas chances de passar um tempo, ou até mesmo imigrar para algum deles. Sim, eu ainda não saí do Brasil, o que eu estou escrevendo aqui é com base na experiência de quem saiu e em meses e meses de pesquisa.
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[font=Georgia]Off topic:
O artigo vai acabando por aqui, espero que você tenha aprendido que é possível sim, morar em outro país, tudo depende de planejamento, foco e determinação. Você vai abdicar do falso conforto que possui no Brasil, de família, amigos, etc. Para se aventurar em terras desconhecidas.[/font]
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[font=Georgia]Para os sobreviventes do tópico, comentem, críticas, sugestões, etc.[/font]
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[font=Georgia]Aliás, quero deixar bem claro que não vou responder dúvidas aqui, acho que se você não consegue pesquisar por conta própria (te deixei vários links), não tem o perfil pra imigrar. Só vou responder se eu gostar muito de você, ou se a dúvida for muito boa hahaha.[/font]
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[font=Georgia]Além de planejamento, é necessário coragem, falar mal do Brasil é uma coisa, ir as ruas pra manifestar é outra, buscar realmente melhores condições de vida é outra.
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[font=Georgia]Para os que já tiveram ou estão tendo alguma experiência no exterior, compartilhem sua opinião.[/font]
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[font=Georgia]Abraços, GuRock[/font]
Antes de tudo, uma historinha de porque eu estou escrevendo esse artigo e porque eu tenho a capacidade de escrever ele.
Quando eu estava na quinta série, teve um momento na aula de inglês onde a professora mandou todo mundo responder se morava em uma “house” ou “apartment”. Eu como um bom nerd, tímido e sem ter a menor noção de inglês, respondi algo como “rááze”. A professora disse algo como “tudo bem, é errando que se aprende” e eu fiquei puto da cara.
A partir daquela época, minha vida começou a ser um fracasso atrás de fracasso com mulheres, mas uma coisa eu adorava, música. Eu me lembro bem de quando descobri a influência de uma guitarra na vida de uma pessoa, foi assistindo aquela série Supernatural, lá que eu descobri o AC/DC, e foi nessa época que eu me fiz uma pergunta bem simples “porque essas bandas fodas não tocam no Brasil?”.
Como um bom usuário de internet (e achando que tinha idade pra entrar em algum show hahaha), fui pesquisar, descobri que a maioria dessas bandas era na verdade dos EUA e raramente passavam por aqui. Cheguei pra minha mãe na maior fofura e disse “mãe, vamos pros EUA!” óbvio que ela riu da ideia e disse a famosa frase “filho, não temos dinheiro pra isso”.
Bom, o sonho morreu ali e desde então, anos se passaram. Descobri o Pick Up, tive alguns poucos resultados e cheguei ao ensino médio. Foi nessa época que pela extrema falta de resultados eu abandonei de vez o Pick Up, também foi nessa época que eu tive minha primeira relação mais séria, entrei nela sendo uma criança mimada, me apaixonei, sai estraçalhado, se eu já me achava um merda, passei a me achar a merda que a merda faz quando come muito repolho. Meu psicológico foi pro beleléu, eu era manipulado, tive até uns momentos de psicopata de seguir minha ex, eu queria reatar, eu vivia em tristeza.
Nessa época também chegou à situação do vestibular, eu não estava preocupado em passar, sou bem preguiçoso quando não tenho uma motivação, mas quando eu quero, mando bem em tudo. Minha preocupação era decidir o que eu iria fazer pelo resto da vida. Situação difícil pra quem tem apenas 16 anos certo?
Escolhi Publicidade e Propaganda, 30% por vontade, 70% por falta de opção. Passei de primeira no vestibular e a faculdade começou. Promessa de putaria e American Pie? Que nada. Meu jogo continuava do jeito que sempre foi. Nulo.
Uma certeza que eu sempre tive dentro de mim, foi que tudo iria ficar bem, não sei explicar de onde vinha essa certeza, mas ela estava lá.
E foi na aula de Marketing, que as coisas começaram a mudar. Conheci um professor genial, já tinha construído milhões e quebrado várias vezes na vida, conheceu os 4 cantos do mundo, sagacidade sem limites. Eu notava duas coisas na aula dele, a primeira é que os conceitos de Pick Up que eu tinha aprendido no passado eram bem semelhantes a Marketing. A segunda é que ele não parava de implantar na nossa cabeça os seguintes mindsets:
“Pelo fato de vocês estarem na faculdade, já se separam de uma imensa parte da sociedade, deixo aqui uma dica pra vocês, saiam do Brasil, ao menos por seis meses. Sim, vocês têm essa capacidade.”
“Existem aproximadamente 60 alunos nessa sala, infelizmente Deus (insira sua crença aqui) é bem selecionador, eu diria que a maioria de vocês vai ter uma vida tranquila, mas apenas uns três aqui dentro vão chegar ao topo do mundo. Não por sorte, mas por falta de conhecimento”.
Confesso que as palavras desse professor me motivaram muito, eu sempre me achei capaz, queria testar se eu era mesmo. Foi ai que eu tomei minha decisão. Eu iria viver em outro país.
Acho que eu levei aproximadamente um mês, dedicando minhas tardes a descobrir como morar nos Estados Unidos. Foi ai que eu descobri uma notícia ruim: Não tinha como (explico mais disso depois).
O sonho não morreu por ai, comecei a pesquisar outros países, Inglaterra? É trocar seis por meia dúzia. Austrália ou Nova Zelândia? Pimba havia achado as galinhas dos ovos de ouro. Dois países com alguma possibilidade de imigração. Eu juro pra vocês que a situação a seguir aconteceu. Cheguei pra minha mãe e falei “mãe, vou trancar a faculdade e gastar milhares de dólares pra tentar morar na Nova Zelândia”. Adivinhem a resposta...
Maaaas, como sou brasileiro e não desisto, as pesquisas não pararam. Foi ai que eu descobri o Canadá, a princípio me pareceu idêntico à Nova Zelândia em quesito de imigrar, forcei um pouco mais de pesquisa e fiz uma descoberta que mais parecia mentira do que verdade. Descobri que o Canadá praticamente implora pra você imigrar pra lá, existe um passo a passo, uma receita de bolo que vou explicar logo abaixo.
Novamente cheguei pra minha família e mostrei o processo passo a passo, dessa vez deu certo, o plano pareceu bem sólido pra eles, exceto por uma coisa: Eu. Eles tinham toda a certeza do mundo que eu iria falhar. Nunca havia trabalhado na vida, não tinha noção de inglês, andava todo depressivo por uma relação que havia terminado de forma ruim, péssimo em habilidades sociais, notas ruins na faculdade, etc.
Não teve como não concordar com eles, foi nesse momento que eu iniciei um projeto de mudança de vida, eu não tinha a menor crença em mim, mas dei o primeiro passo, e dia após dia, provava que era capaz de atingir meu objetivo.
Aaah o Brasil... O que algumas pessoas não dariam para escapar dessa criminalidade e violência.
Off topic:
Vou falar aqui sobre quatro países e suas chances de passar um tempo, ou até mesmo imigrar para algum deles. Sim, eu ainda não saí do Brasil, o que eu estou escrevendo aqui é com base na experiência de quem saiu e em meses e meses de pesquisa.
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[font=Georgia]Off topic:
O artigo vai acabando por aqui, espero que você tenha aprendido que é possível sim, morar em outro país, tudo depende de planejamento, foco e determinação. Você vai abdicar do falso conforto que possui no Brasil, de família, amigos, etc. Para se aventurar em terras desconhecidas.[/font]
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[font=Georgia]Para os sobreviventes do tópico, comentem, críticas, sugestões, etc.[/font]
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[font=Georgia]Aliás, quero deixar bem claro que não vou responder dúvidas aqui, acho que se você não consegue pesquisar por conta própria (te deixei vários links), não tem o perfil pra imigrar. Só vou responder se eu gostar muito de você, ou se a dúvida for muito boa hahaha.[/font]
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[font=Georgia]Além de planejamento, é necessário coragem, falar mal do Brasil é uma coisa, ir as ruas pra manifestar é outra, buscar realmente melhores condições de vida é outra.
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[font=Georgia]Para os que já tiveram ou estão tendo alguma experiência no exterior, compartilhem sua opinião.[/font]
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[font=Georgia]Abraços, GuRock[/font]
Editado pela última vez por GuRock em 17 Jun 2013, 16:54, num total de 1 vezes