- 07 Mar 2012, 00:45
#560703
Com o passar do tempo é comum que os seres humanos, enaltecidos com as peripécias da vida, passem a ficar um tanto quanto desacreditados no que tange um sentimento muitas vezes banalizado pelas massas e mídia contemporânea: o famigerado amor.
Quando falo sobre amor, refiro-me ao afeto perante outro ser, em que tudo o que se deseja remete à alegria, afeto e bondade. O que é bom e ruim é uma discussão que nem mesmo Nietzsche e sua incrível mente conseguiram responder, mas em minha simplória e barata interpretação, é apenas aquilo que nos alegra e felicita: um infeliz pleonasmo que exemplifica a conotação e denotação daquilo que é amar.
Lembro-me que, certa vez, um amigo disse: “Ame a todas, e a todas terá”. Isso nunca havia feito muito sentido pra mim; soava-me algo que Casanova diria para afirmar suas conquistas e se livrar da culpa por brincar e manipular os corações das jovens de sua época. Essa frase, no entanto, pareceu-me farta de sentido no exato momento em que ela cruzou o meu caminho.
O mundo contemporâneo, além de banalizar o amor, tratou de fraquejar o espírito dos homens, que, hoje, protegidos das vorazes disputas por liderança, podem se esconder por detrás de suas carapaças, envoltas por inseguranças e pela falta de responsabilidade. “Take responsability”, já diria o velho DeAngelo. Mas não é isso que acontece.
Culpar o meio externo pela influência que ele exerce sobre nosso estado de espírito e vida é justamente a melhor definição para BETA. Afinal de contas, isso mostra como ficar em segundo plano é adorado e desejado para tal tipo de homem. Ser o coadjuvante da história é o maior degrau a ser alcançado; deixe a principal premiação da noite para os outros!
A problemática por trás disso é que tal vírus é disseminado como a peste negra; logo, a pobre donzela, antes disputada por nobres e corajosos cavaleiros, é obrigada a se relacionar com aquele que deixa o controle e a responsabilidade de sua vida nas mãos do meio-externo. O filme que pode ser visto é aquele em que nada é definido: não há aventura, não há drama, não há sequer uma cena de comédia. O romance, pobre dele, jamais será visto. Aquela donzela, então, está fadada a jamais vivenciar algum tipo de aventura, apriosionando-se em filme de cinema mudo, em preto e branco e sem ação - e que Chaplin não nos ouça!
Como pode alguém não amar a vida? Como pode alguém querer deixá-la sob o controle do que não existe? Bom, a culpa é sua e você a põe em quem quiser.
Amar a vida significa amar todas as pessoas. Talvez seja este um princípio humanista. Eu, assim sendo, prefiro dizer: “Ame a todas, e a todas terá”.
Autoria: Phill
Revisão: Hassin
Quando falo sobre amor, refiro-me ao afeto perante outro ser, em que tudo o que se deseja remete à alegria, afeto e bondade. O que é bom e ruim é uma discussão que nem mesmo Nietzsche e sua incrível mente conseguiram responder, mas em minha simplória e barata interpretação, é apenas aquilo que nos alegra e felicita: um infeliz pleonasmo que exemplifica a conotação e denotação daquilo que é amar.
Lembro-me que, certa vez, um amigo disse: “Ame a todas, e a todas terá”. Isso nunca havia feito muito sentido pra mim; soava-me algo que Casanova diria para afirmar suas conquistas e se livrar da culpa por brincar e manipular os corações das jovens de sua época. Essa frase, no entanto, pareceu-me farta de sentido no exato momento em que ela cruzou o meu caminho.
O mundo contemporâneo, além de banalizar o amor, tratou de fraquejar o espírito dos homens, que, hoje, protegidos das vorazes disputas por liderança, podem se esconder por detrás de suas carapaças, envoltas por inseguranças e pela falta de responsabilidade. “Take responsability”, já diria o velho DeAngelo. Mas não é isso que acontece.
Culpar o meio externo pela influência que ele exerce sobre nosso estado de espírito e vida é justamente a melhor definição para BETA. Afinal de contas, isso mostra como ficar em segundo plano é adorado e desejado para tal tipo de homem. Ser o coadjuvante da história é o maior degrau a ser alcançado; deixe a principal premiação da noite para os outros!
A problemática por trás disso é que tal vírus é disseminado como a peste negra; logo, a pobre donzela, antes disputada por nobres e corajosos cavaleiros, é obrigada a se relacionar com aquele que deixa o controle e a responsabilidade de sua vida nas mãos do meio-externo. O filme que pode ser visto é aquele em que nada é definido: não há aventura, não há drama, não há sequer uma cena de comédia. O romance, pobre dele, jamais será visto. Aquela donzela, então, está fadada a jamais vivenciar algum tipo de aventura, apriosionando-se em filme de cinema mudo, em preto e branco e sem ação - e que Chaplin não nos ouça!
Como pode alguém não amar a vida? Como pode alguém querer deixá-la sob o controle do que não existe? Bom, a culpa é sua e você a põe em quem quiser.
Amar a vida significa amar todas as pessoas. Talvez seja este um princípio humanista. Eu, assim sendo, prefiro dizer: “Ame a todas, e a todas terá”.
Autoria: Phill
Revisão: Hassin