- 10 Abr 2012, 13:08
#582296
Ironicamente, esse vai ser meu primeiro post no forum, e justamente aqui. Talvez ajude a esclarecer o que o Kuszczak quis dizer com o tópico.
Primeiramente: "acompanho" o PUA faz mais de um ano, mas nunca consegui me desenvolver de maneira plena. Logo que "comecei" a estudar o MM a fundo, arrumei uma namorada e só segui lendo PUA por curiosidade. Com o fim do namoro, voltei pro PUA Base, e por coincidência no dia que decido largar com a procrastinação encontro esse tópico.
Vocês já leram o Desafio Stylelife, indicado para os novatos, com atenção?
Logo no
PRIMEIRO DIA, o Neil Strauss já quer que você
comece uma conversa com 5 estranhos, segundo ele, apenas pra preencher o silencio.
O que acontece é que a maioria das pessoas que acompanhei fazendo o desafio acaba se contentando em começar conversas com perguntas do tipo:
- Aonde fica a rua tal?
- Que horas são?
- Como faço pra chegar no lugar X?
Porém, o objetivo explicito do desafio do primeiro e segundo dia é fazer você
perder o medo de falar com as pessoas. Quando você faz uma pergunta desse tipo, você se insere numa zona de conforto social pois não está iniciando uma conversa, está sendo apenas impessoal e pedindo uma informação. Socialmente, pedir uma informação é algo relativamente simples, mas extremamente diferente de iniciar uma conversa apenas com o sentido de iniciar uma conversa.
Raramente ficamos tímidos ou acanhados quando temos que perguntar o nome de uma rua ou onde fica um local, mas dificilmente um novato no PUA não vai se sentir desconfortável para, do nada, sair abordando pessoas na rua, em restaurantes, shoppings e etc. Ainda mais se o novato morar numa cidade grande como São Paulo ou o Rio, onde existe uma certa "bolha" protegendo as pessoas, um estado do medo onde constantemente vivemos a sombra de assaltos, sequestros e roubos, onde as pessoas estão acostumadas a se evitarem, ao mesmo tempo que passam invisíveis aos olhos da maioria.
Agora, como um novato no pua, sem nenhum tipo de trabalho interno, com uma confiança muitas vezes baixa, vai sair e abordar cinco estranhos na rua, e em teoria, num mesmo dia? E ao negligenciar os dias 1 e 2,
perde-se a parte que considero mais importante no desafio, que é o medo da abordagem.E, sem o desafio, o novato dificilmente vai encontrar um jeito de colocar o MM em prática: devemos lembrar que, num primeiro momento, é impossível decorar todas as passagens e nuances que estão contidas no livro, e é impossível internaliza-las sem usa-las no mundo real.
Minha sugestão é que, em primeiro lugar, se ofereça material para fortalecer o inner game do novato e, sendo assim, dar as ferramentas que Neil Strauss não fornece para que se conclua de maneira correta os desafios do dia 1 e 2 e que consiga seguir de maneira satisfatória o Desafio Stylelife.