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#538 "Quem não arrisca não petisca", diz o provérbio.

Toda a gente tem alguém na sua vida que usa provérbios para quase tudo e usa-os como argumentos como se fossem verdades absolutas. Eu respondo sempre: "Porquê?". Tenho dificuldade em aceitar teorias sem que me as justifiquem. Principalmente vindas de provérbios, que se por um lado dizem que quem não arrisca não petisca, por outro dizem que mais vale um pássaro na mão que dois a voar. Onde é que ficamos, adeptos dos provérbios?

Felizmente vamos crescendo e aprendendo pelas nossas experiências de vida e acabamos por ter as nossas próprias opiniões sobre matérias como esta. Matéria essa que tem interesse neste assunto to engate.


Ora, antes demais vamos definir "arriscar":
Dicionário da Língua Portuguesa escreveu: arriscar
verbo transitivo e pronominal
1. expor(-se) a perigo(s)
2. sujeitar(-se) à sorte; aventurar(-se);






Pelo ponto 1, parece-me uma coisa muito estúpida de se fazer. Eu definiria arriscar como fazer uma acção que pode ter uma consequência negativa. Ora, parece-me óbvio que, não havendo também a possibilidade de haver uma consequência positiva, arriscar é estúpido. Portanto vamos assumir que há.

O que toda a gente faz perante uma situação em que tem a opção de arriscar (pode ganhar, pode perder) ou jogar pelo seguro é medir as consequências. O quê que posso ganhar em arriscar? O que posso perder? E quais as probabilidades de cada um? Parece-me inteligente tomar decisões desta forma. Infelizmente, há duas coisas de que a maioria não se apercebe ao tomar este tipo de decisões e que estragam isto tudo:

    1 - Na nossa cabeça, vamos imaginar sempre as piores consequências possíveis (por vezes até algumas que nem fazem sentido), ou assumir que essas consequências têm uma probabilidade de acontecerem muito maior do que na realidade têm.

    2 - Por vezes, arriscar é mesmo a única hipótese de ganhar alguma coisa e jogar pelo seguro não significa necessariamente que não vamos perder. Sim, também se pode perder arriscando, mas jogando pelo seguro acabámos por perder na mesma, simplesmente mais lentamente.


Destas duas noções, provavelmente toda a gente está a torcer o nariz principalmente à primeira. Vou dar um exemplo que nada tem a ver com o engate e que de certeza algo de parecido já vos aconteceu.:

Na semana passada estava a jogar frisbee com um amigo meu na sala comum do meu prédio. A sala é enorme e o tecto é alto, mas num dos lados tem um tecto falso mais baixo e de lado está aberto. Inevitavelmente, o frisbee lá foi parar lá acima. Como era o mais leve, coube-me a mim trepar aquilo e ir buscá-lo. Fi-lo sem problemas, salvei o disco... agora o problema era descer. Ora, eu sou péssimo com medidas a olho, mas estamos a falar apenas duma altura de 2.50m, 3m no máximo. Claro que lá de cima a coisa parece sempre muito mais alta e não tinha bem a certeza de como fazer aquilo. Lá peço ao meu amigo que arraste um sofá para debaixo de mim para eu poder saltar. Ora, a partir daqui CLARAMENTE não havia razão nenhuma para duvidar. Mas ainda lhe pedi que testasse o sofá, não fosse ter por baixo molas ou madeira ou o sei lá o quê. Ya, a minha cabeça estava a imaginar isso. Mesmo depois de ele me dizer que era perfeitamente seguro ainda hesitei uns bons 5 minutos no mínimo. Estão a imaginar o ridículo da situação? Lá de baixo devia parecer a coisa mais parva do mundo. Quando finalmente saltei... não se passou nada e lembro-me das palavras exactas que disse "I feel so stupid right now".

Este é um exemplo perfeito duma situação de risco cuja consequência negativa é mínima ou altamente improvável mas que, ainda assim, o nosso cérebro olha para ela como a situação mais provável e como bastante pior do que realmente é. De certeza que toda a gente tem exemplos deste tipo, se eu olhar para a minha infância, lembro-me de dezenas.

Isto é algo que influencia tremendamente a ideia de medir consequências para tomar decisões referida anteriormente. Agora pensem nisto em situações de engate. Já viram o quanto isto vos pode limitar? Arriscar, é uma virtude tremenda no jogo. Pensei em escrever sobre este assunto porque tenho visto pessoal por aqui que prefere jogar pelo seguro. Dizem por exemplo que o ser directo é arriscado, ser indirecto é mais seguro. Não é o meu objectivo defender o método directo com este post, o indirecto tem vantagens sem dúvida, mas seguro vs. arriscado não é uma delas. E vejamos isso mais em detalhe.

Eu em set estou-me sempre a cagar, não tenho medo de desafiar as regras e não quero saber se perco a gaja (o que seria a consequência negativa de arriscar), portanto arrisco bastante e sabem que mais? Raramente me dou mal. Quando comecei a ter esta atitude (que não acontece dum dia para o outro, é certo), os meus resultados melhoraram como nunca. Nos 2 FRs que postei vêm-me a ser directo, a fazer sexual framing (ainda que subtil naqueles casos) cedo, a começar a qualificação logo com uma large hoop ou até a dizer "I was trying to get into your pants". Não aconteceu nada nem nessas duas situações nem em muitas outras. Se acontecesse não queria saber, mas o que é giro é que com esta atitude, raramente acontece (o que é irónico).

E para além de arriscar não ser tão arriscado quanto pensam, jogar pelo seguro também não é tão seguro quanto pensam (e esta, hein?). Chegamos portanto à noção 2. Para quem não está a começar, olhem para trás para os tempos em que estavam a dar os primeiros passos. Lembram-se da primeira vez que abriram bem um set? Ou da primeira vez que conseguiram ter uma gaja interessada em vós? Qual foi a vossa atitude? Se foram como eu, pensaram "Uau, resultou, agora não posso foder isto, não posso estragar tudo!". Enfim, jogar pelo seguro. O que acontecia quando tinha esta atitude? Acabava por perder o set na mesma. Não estava a tentar ir para a frente, nem isolar tentava, a coisa acabava por morrer e depois ficava ali a tentar salvar a coisa quando já não havia muito a fazer. Jogar pelo seguro é a pior coisa que podem fazer.

Portanto, resumindo e concluindo, a disponibilidade para arriscar é uma habilidade fulcral para alguém que se queira tornar realmente bom. Enquanto não cultivarem a atitude "Estou-me a cagar", pelo menos tenham consciência que a consequência negativa com que mais estão preocupados, raramente vai acontecer (convençam-se disto) e forcem-se a arriscar. Os resultados vão-vos surpreender ao início ("Uau, não fazia ideia que podia fazer isto", pensava eu no início) e depois estarão mais à vontade para continuar a arriscar.
E se são principiantes, na primeira vez que fizerem algo bem e chegarem a uma determinada fase, vão querer jogar pelo seguro para se manterem nessa fase. Mas não há manter no engate, há ir para a frente e ir para trás portanto certifiquem-se de que estão a ir para a frente. Se a perderem, que se foda, se conseguiram interesse dessa gaja, também vão conseguir doutra.


By Issac Van Biesbrouck forum de portugal.
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Magnus

PUA EXPERT

#550 Quem não arrisca não evolui e quem não evolui continua sendo a mesma pessoa...

Ou vc sai e aprende...aborda aquela menina que vc ta sem coragem

ou vc nunca vai passar de uma pessoa que fica pelos cantos...chorando, deprimido e suplicando por dó de algumma mulher...


abraços
Rusty Ryan

Veterano - nível 4

#558
E para além de arriscar não ser tão arriscado quanto pensam, jogar pelo seguro também não é tão seguro quanto pensam (e esta, hein?). Chegamos portanto à noção 2. Para quem não está a começar, olhem para trás para os tempos em que estavam a dar os primeiros passos. Lembram-se da primeira vez que abriram bem um set? Ou da primeira vez que conseguiram ter uma gaja interessada em vós? Qual foi a vossa atitude? Se foram como eu, pensaram "Uau, resultou, agora não posso foder isto, não posso estragar tudo!". Enfim, jogar pelo seguro. O que acontecia quando tinha esta atitude? Acabava por perder o set na mesma. Não estava a tentar ir para a frente, nem isolar tentava, a coisa acabava por morrer e depois ficava ali a tentar salvar a coisa quando já não havia muito a fazer. Jogar pelo seguro é a pior coisa que podem fazer.

É verdade, se você fica pensando muito no que falar isso acaba com o que um bom pua deve ter: espontaniedade e isso acaba com sua improvisação, que pra mim pelo menos( tbm não sou muito fã das rotinas, mas outras coisas que indirect ensina como negs, push/pull que uso as vezes) é muito importante e torna quase toda interação única( claro, depende da situação). Agora quanto ao arriscar, essa palavra não deve fazer só parte do PU mas tbm da vida porque pense, os caras e empresas que fazem sucesso hoje foram ousados, acreditaram em suas idéias, seguiram seus instintos e consequentemente se arriscaram. Então saiam dos casulos e carpe diem meus amigos!

Aloha
Almir

Aprendiz

#1528 :yaaah essa foi boa, tem que arriscar até o fim, na verdade viver é arriscar se fossa pra naum arricar na me moveria porque poderia cair e quabrar um braço, ou nem comeria se naum poderia me engsgar, nossa que ironico e que dois lados diferentes, por um como e esgasgo por outro naum como e morro de fome, prefiro arriscar ai vem uma pessoa por traz e aperrta e ainda ganho um incoxada kkkk é a vida né faaer o que?
Argus

Veterano - nível 1

#151880 o melhor jogo da vida real sargear...huashhas
uso como um jogo msmo...se eu perder é um game-over...mas sempre tenho fichar pra continuar..
posso até errar, mas uso meus erros para saber oq naum devo fazer e obter acertos..
by:Argus :emburrado