- 15 Dez 2010, 18:10
#160716
Galera, eu descobri que o Stefan Zweig (um biógrafo de grandes personalidades como Balzac e Joseph Fouché, e que tem um estilo de escrita único, no qual usa várias metáforas) escreveu uma biografia sobre o Casanova.
CARAS! Meus olhos iam intensificando o brilho a cada nova linha que eu lia da descrição que o autor faz da entrada de Casanova num ambiente! É fenomenal! Você é seduzido pela simples descrição, imagina se não seria, ao vê-lo ao vivo, na sua frente! E a descrição é real! Apesar de Stefan se utilizar de metáforas, todas as biografias escritas por ele se aproximam MUITO da realidade.
Vou deixar de papo e vou colar aqui. Deleitem-se!
E um aviso: Ao começar a ler, prepare-se! Você vai ser seduzido e dificilmente conseguirá parar!
Imagem do jovem Casanova
Saiba: O senhor é um belo homem.
Frederico, o Grande, no Parque de Sans Sonci, a Casanova.
Teatro de uma pequena cidade; residência real. Uma cantora termina uma ária interpretada com sentimento. Das galerias vêm os aplausos com estrépitos de uma chuva de granizo. Agora, durante a lenta declamação, as atenções dos espectadores perdem a intensidade. Os peralvilhos andam por toda parte; as damas tem olhares impertinentes e tomam os deliciososgelati ou os sorvetes de laranja com colherinhas de prata. Por entre as mesas Arlequim dança vertiginosamente, enquanto Colombina faz piruetas.
De súbito todos os olhares se voltam para um estrangeiro que, com aprumo, pisando forte, entra retardado, com a desenvoltura de um homem eminente. Ninguém o conhece. Seu vulto hercúleo está envolto em trajes de luxo; traz um casaco magnífico de veludo que ao abrir-se exibe um colete de brocado com preciosos alamares; galões dourados enfeitam sua vestimenta desde o pescoço, onde
formam um broche, até as meias de seda. Leva na mão, descuidado, um luxuoso chapéu com uma pluma branca. Um perfume suave e fino de rosas envolve essa elegante personagem. Apóia-se agora no anteparo da primeira fila; uma das mãos cheias de anéis está no punho da espada feita do melhor aço inglês e adornada de pedras preciosas.
Como se percebesse a atenção que despertava em torno, o estrangeiro ergue sua lente de ouro para observar com afetada indiferença as pessoas que estão no palco.
De todos os lugares, de todos os recantos do teatro, levanta-se um murmúrio de curiosidade: "Um príncipe?" "Um estrangeiro rico?" As cabeças inclinam-se umas para as outras; com respeito comenta-se a insígnia que, orlada de diamantes, pende do seu peito, presa a uma fita carmesim. Há nela pedras preciosas em excesso para que não se possa saber logo que se trata da Ordem Papal da Espada de Ouro, que na verdade nada exprime. No palco todos os artistas notam que a atenção do público foi desviada, e a declamação perde toda a sua intensidade, porque olhando através dos violinos, as bailarinas procuram adivinhar se se trata de algum duque que vai ali em busca de uma noite de prazer.
Mas antes de se resolver o enigma do estrangeiro e da sua procedência, as damas, desde o palco ao recinto, percebem outra coisa que as confunde agradavelmente: é um homem formoso! Como é belo! E que homem de alta estatura, ombros largos,
mãos fortes. Não há, em todo o seu vulto, o mais insignificante traço de delicadeza feminina. Seu corpo é viril, forte, resistente como o aço.
Ali está, com a cabeça ligeiramente inclinada. De perfil, o seu rosto faz lembrar o de uma moeda romana; tão enérgica é a linha de sua cabeça, que seria o orgulho de qualquer poeta, envolta em formosa cabeleira ondulada, de um belo castanho. O nariz é aquilino, o bigode farto. Na garganta vê-se o pomo-de-adão de bom tamanho, e isso, na crença das damas, é a garantia de uma esplendida virilidade. Cada linha de sua face dá a idéia da audácia, da conquista, da decisão. Apenas os lábios, carnudos e sensuais têm uma curva delicada, porém ampla, e deixam ver, como um romã entreaberta, a brancura dos dentes.
O estranho percorre todo o recinto com o olhar; sob as sobrancelhas negras, firmes e arqueadas, brilham as pupilas escuras e cintilantes com inquietação; — olhar de caçador, olhar de águia que se prepara para lançar-se sobre a presa. Agora seus olhos não deitam chamas; mas percorrem lentamente toda a sala, e desprezando os homens, parecem despir as mulheres, pousar na brancura das carnes femininas, naquela meia penumbra de teatro. Olha as damas, uma após outra, com visão de perito que escolhe, e ao sentir-se observado, distende num leve sorriso os lábios carnudos, e a sua boca de meridional deixa ver a dentadura forte, branca e brilhante.
Esse sorriso não se dirige especialmente a
nenhuma mulher; é para todas elas, é para a mulher,
para a fêmea que se esconde num vestido!
Repentinamente descobre alguém que conheceu outrora num teatro; seu olhar concentra-se; seus olhos, até aquele momento inquietos e cínicos, se enchem de luz suave; sua mão larga o punho da espada, e com o chapéu na destra avança decidido, enquanto os lábios murmuram palavras amáveis de saudação. Inclina com graça o peito robusto para beijar a mão que se lhe estende, entre serenas cortesias.
Certa perturbação no rosto da dama nos diz como é profunda a impressão que lhe produz a sonoridade dessa vos que a envolve em galanterias. Confusa, recua um pouco e apresenta o estrangeiro aos seus amigos — O Cavalheiro de Seingalt...
Reverencias, cumprimentos. Oferecem-lhe um lugar, e ele entra na conversação. Pouco a pouco a sua voz vai-se acentuando e dominando todas outras. Pronuncia as vezes suavemente, como os atores, e faz soar ritmicamente as consoantes. Sua vos eleva-se cada vez mais, pois os curiosos em torno querem ouvi-la, admirando a perfeição com que fala o francês e o italiano e com que oportunidade engenhosa sabe fazer citações clássicas. Como se fosse um gesto indiferente, coloca a mão cheia de anéis no rebordo de um cadeira, para que vejam seus punhos magníficos e, sobretudo, o esplendente "solitário" gigantesco que cintila num dos seus dedos.
Oferece o seu rapé mexicano, abrindo a
tabaqueira incrustada de pedras.
"Meu amigo, o embaixador espanhol, mandou-me ontem este tabaco pelo correio" (ouve-se isso até certa distância).
Um dos cavalheiros admira a tabaqueira luxuosa; ele, então, negligentemente, mas com a voz bem elevada para que seja ouvido em grande parte do recinto, retruca — Um presente de Sua Alteza o Príncipe de Colônia.
Parece falar com simplicidade, mas não: fala com evidente fanfarronice, espreitando à direita e à esquerda, como uma ave de rapina, o efeito das suas palavras. Todos o admiram; as mulheres olham-no curiosas. Ele, por sua vez, sente essa admiração, esse respeito, e é isso precisamente o que o torna mais audacioso.
Com manhosa habilidade sabe mudar a palestra, fá-la ir até mais adiante, aonde está a favorita do príncipe, que escuta com complacência e devoção o "parisiense" autentico em que se exprime o elegante estrangeiro. (Ele notou o fato imediatamente). Ao falar a uma formosa mulher, sabe dizer uma linda galanteria e a diz mirando-a fixamente; ela, lisonjeada, sorri. No dia seguinte, estará à mesa da gente mais distinta do lugar; à noite, proporá, em qualquer dos palácios, uma partida de F ar aón e vencerá o seu contendor, e dormirá com uma dessas mulheres desnudadas pelo seu olhar na véspera.
Tudo isso, deve-o à sua entrada atrevida, enérgica e segura, e sobretudo, à formosura varonil do seu rosto a que tudo deve na vida: — o sorriso das mulheres, o magnífico "solitário" da sua mão, a grossa corrente de ouro que prende o seu relógio, mais do que tudo isso — a liberdade absoluta na Vida!
Entretanto, a primadonna prepara-se para cantar uma ária. Depois de uma grave inclinação com a cabeça, convidado pelos cavalheiros que admiram sua conversação mundana, citado pela favorita, Casanova volta ao seu lugar e senta-se, com a bela cabeça curvada para diante num gesto de quem deseja com todo o interesse ouvir a ária anunciada.
Atrás do seu vulto ressoam perguntas e respostas
rumorosas de boca em boca.
— O Cavalheiro de Seingalt...
Ninguém sabe mais do que isso. Ignora-se de onde veio e para onde vai. Apenas o seu nome perpassa pelo recinto e aos poucos vai percorrendo todo o teatro até chegar ao palco onde estão as bailarinas mortas de curiosidade.
De súbito, uma pequena bailarina veneziana
sorri.
— Cavalheiro de Seingalt? Oh! Que velhaco! Esse é Casanova, o filho de Buranella, que há cinco anos seduziu a minha irmã. É o bufão de Bragadino, do velho
Bragadino.
Oh!
Fanfarrão,
canalha,
aventureiro!
Mas, sem dúvida, dir-se-ia que a bailarina não o leva a mal, esquecendo mesmo das suas velhacarias, pois de lá mesmo, do palco, dirige-lhe o olhar, ergue- se nas pontas dos pés, leva os dedos à boca, no gesto de um beijo atirado. Ele a observa, recorda-se dela depois; mas não se preocupa, não irá prejudicá- lo e, decerto, em vez de desmoralizá-lo na farsa que prepara na pequena cidade, para os simplórios da nobreza, ela preferirá, com certeza, dormir com ele essa noite!
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Pra quem se interessar em ler mais, aqui está o link: http://www.scribd.com/doc/7086993/Stefan-Zweig-Casanova
O link contém mais alguns capítulos dessa intensa biografia.
Abração!
CARAS! Meus olhos iam intensificando o brilho a cada nova linha que eu lia da descrição que o autor faz da entrada de Casanova num ambiente! É fenomenal! Você é seduzido pela simples descrição, imagina se não seria, ao vê-lo ao vivo, na sua frente! E a descrição é real! Apesar de Stefan se utilizar de metáforas, todas as biografias escritas por ele se aproximam MUITO da realidade.
Vou deixar de papo e vou colar aqui. Deleitem-se!
E um aviso: Ao começar a ler, prepare-se! Você vai ser seduzido e dificilmente conseguirá parar!
Imagem do jovem Casanova
Saiba: O senhor é um belo homem.
Frederico, o Grande, no Parque de Sans Sonci, a Casanova.
Teatro de uma pequena cidade; residência real. Uma cantora termina uma ária interpretada com sentimento. Das galerias vêm os aplausos com estrépitos de uma chuva de granizo. Agora, durante a lenta declamação, as atenções dos espectadores perdem a intensidade. Os peralvilhos andam por toda parte; as damas tem olhares impertinentes e tomam os deliciososgelati ou os sorvetes de laranja com colherinhas de prata. Por entre as mesas Arlequim dança vertiginosamente, enquanto Colombina faz piruetas.
De súbito todos os olhares se voltam para um estrangeiro que, com aprumo, pisando forte, entra retardado, com a desenvoltura de um homem eminente. Ninguém o conhece. Seu vulto hercúleo está envolto em trajes de luxo; traz um casaco magnífico de veludo que ao abrir-se exibe um colete de brocado com preciosos alamares; galões dourados enfeitam sua vestimenta desde o pescoço, onde
formam um broche, até as meias de seda. Leva na mão, descuidado, um luxuoso chapéu com uma pluma branca. Um perfume suave e fino de rosas envolve essa elegante personagem. Apóia-se agora no anteparo da primeira fila; uma das mãos cheias de anéis está no punho da espada feita do melhor aço inglês e adornada de pedras preciosas.
Como se percebesse a atenção que despertava em torno, o estrangeiro ergue sua lente de ouro para observar com afetada indiferença as pessoas que estão no palco.
De todos os lugares, de todos os recantos do teatro, levanta-se um murmúrio de curiosidade: "Um príncipe?" "Um estrangeiro rico?" As cabeças inclinam-se umas para as outras; com respeito comenta-se a insígnia que, orlada de diamantes, pende do seu peito, presa a uma fita carmesim. Há nela pedras preciosas em excesso para que não se possa saber logo que se trata da Ordem Papal da Espada de Ouro, que na verdade nada exprime. No palco todos os artistas notam que a atenção do público foi desviada, e a declamação perde toda a sua intensidade, porque olhando através dos violinos, as bailarinas procuram adivinhar se se trata de algum duque que vai ali em busca de uma noite de prazer.
Mas antes de se resolver o enigma do estrangeiro e da sua procedência, as damas, desde o palco ao recinto, percebem outra coisa que as confunde agradavelmente: é um homem formoso! Como é belo! E que homem de alta estatura, ombros largos,
mãos fortes. Não há, em todo o seu vulto, o mais insignificante traço de delicadeza feminina. Seu corpo é viril, forte, resistente como o aço.
Ali está, com a cabeça ligeiramente inclinada. De perfil, o seu rosto faz lembrar o de uma moeda romana; tão enérgica é a linha de sua cabeça, que seria o orgulho de qualquer poeta, envolta em formosa cabeleira ondulada, de um belo castanho. O nariz é aquilino, o bigode farto. Na garganta vê-se o pomo-de-adão de bom tamanho, e isso, na crença das damas, é a garantia de uma esplendida virilidade. Cada linha de sua face dá a idéia da audácia, da conquista, da decisão. Apenas os lábios, carnudos e sensuais têm uma curva delicada, porém ampla, e deixam ver, como um romã entreaberta, a brancura dos dentes.
O estranho percorre todo o recinto com o olhar; sob as sobrancelhas negras, firmes e arqueadas, brilham as pupilas escuras e cintilantes com inquietação; — olhar de caçador, olhar de águia que se prepara para lançar-se sobre a presa. Agora seus olhos não deitam chamas; mas percorrem lentamente toda a sala, e desprezando os homens, parecem despir as mulheres, pousar na brancura das carnes femininas, naquela meia penumbra de teatro. Olha as damas, uma após outra, com visão de perito que escolhe, e ao sentir-se observado, distende num leve sorriso os lábios carnudos, e a sua boca de meridional deixa ver a dentadura forte, branca e brilhante.
Esse sorriso não se dirige especialmente a
nenhuma mulher; é para todas elas, é para a mulher,
para a fêmea que se esconde num vestido!
Repentinamente descobre alguém que conheceu outrora num teatro; seu olhar concentra-se; seus olhos, até aquele momento inquietos e cínicos, se enchem de luz suave; sua mão larga o punho da espada, e com o chapéu na destra avança decidido, enquanto os lábios murmuram palavras amáveis de saudação. Inclina com graça o peito robusto para beijar a mão que se lhe estende, entre serenas cortesias.
Certa perturbação no rosto da dama nos diz como é profunda a impressão que lhe produz a sonoridade dessa vos que a envolve em galanterias. Confusa, recua um pouco e apresenta o estrangeiro aos seus amigos — O Cavalheiro de Seingalt...
Reverencias, cumprimentos. Oferecem-lhe um lugar, e ele entra na conversação. Pouco a pouco a sua voz vai-se acentuando e dominando todas outras. Pronuncia as vezes suavemente, como os atores, e faz soar ritmicamente as consoantes. Sua vos eleva-se cada vez mais, pois os curiosos em torno querem ouvi-la, admirando a perfeição com que fala o francês e o italiano e com que oportunidade engenhosa sabe fazer citações clássicas. Como se fosse um gesto indiferente, coloca a mão cheia de anéis no rebordo de um cadeira, para que vejam seus punhos magníficos e, sobretudo, o esplendente "solitário" gigantesco que cintila num dos seus dedos.
Oferece o seu rapé mexicano, abrindo a
tabaqueira incrustada de pedras.
"Meu amigo, o embaixador espanhol, mandou-me ontem este tabaco pelo correio" (ouve-se isso até certa distância).
Um dos cavalheiros admira a tabaqueira luxuosa; ele, então, negligentemente, mas com a voz bem elevada para que seja ouvido em grande parte do recinto, retruca — Um presente de Sua Alteza o Príncipe de Colônia.
Parece falar com simplicidade, mas não: fala com evidente fanfarronice, espreitando à direita e à esquerda, como uma ave de rapina, o efeito das suas palavras. Todos o admiram; as mulheres olham-no curiosas. Ele, por sua vez, sente essa admiração, esse respeito, e é isso precisamente o que o torna mais audacioso.
Com manhosa habilidade sabe mudar a palestra, fá-la ir até mais adiante, aonde está a favorita do príncipe, que escuta com complacência e devoção o "parisiense" autentico em que se exprime o elegante estrangeiro. (Ele notou o fato imediatamente). Ao falar a uma formosa mulher, sabe dizer uma linda galanteria e a diz mirando-a fixamente; ela, lisonjeada, sorri. No dia seguinte, estará à mesa da gente mais distinta do lugar; à noite, proporá, em qualquer dos palácios, uma partida de F ar aón e vencerá o seu contendor, e dormirá com uma dessas mulheres desnudadas pelo seu olhar na véspera.
Tudo isso, deve-o à sua entrada atrevida, enérgica e segura, e sobretudo, à formosura varonil do seu rosto a que tudo deve na vida: — o sorriso das mulheres, o magnífico "solitário" da sua mão, a grossa corrente de ouro que prende o seu relógio, mais do que tudo isso — a liberdade absoluta na Vida!
Entretanto, a primadonna prepara-se para cantar uma ária. Depois de uma grave inclinação com a cabeça, convidado pelos cavalheiros que admiram sua conversação mundana, citado pela favorita, Casanova volta ao seu lugar e senta-se, com a bela cabeça curvada para diante num gesto de quem deseja com todo o interesse ouvir a ária anunciada.
Atrás do seu vulto ressoam perguntas e respostas
rumorosas de boca em boca.
— O Cavalheiro de Seingalt...
Ninguém sabe mais do que isso. Ignora-se de onde veio e para onde vai. Apenas o seu nome perpassa pelo recinto e aos poucos vai percorrendo todo o teatro até chegar ao palco onde estão as bailarinas mortas de curiosidade.
De súbito, uma pequena bailarina veneziana
sorri.
— Cavalheiro de Seingalt? Oh! Que velhaco! Esse é Casanova, o filho de Buranella, que há cinco anos seduziu a minha irmã. É o bufão de Bragadino, do velho
Bragadino.
Oh!
Fanfarrão,
canalha,
aventureiro!
Mas, sem dúvida, dir-se-ia que a bailarina não o leva a mal, esquecendo mesmo das suas velhacarias, pois de lá mesmo, do palco, dirige-lhe o olhar, ergue- se nas pontas dos pés, leva os dedos à boca, no gesto de um beijo atirado. Ele a observa, recorda-se dela depois; mas não se preocupa, não irá prejudicá- lo e, decerto, em vez de desmoralizá-lo na farsa que prepara na pequena cidade, para os simplórios da nobreza, ela preferirá, com certeza, dormir com ele essa noite!
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Pra quem se interessar em ler mais, aqui está o link: http://www.scribd.com/doc/7086993/Stefan-Zweig-Casanova
O link contém mais alguns capítulos dessa intensa biografia.
Abração!