- 13 Mai 2010, 13:04
#33502
"A ciência do compromisso leva em conta também fatores genéticos
Por que alguns homens e mulheres traem seus parceiros, enquanto outros resistem à tentação? Para encontrar a resposta, um número crescente de pesquisadores está estudando a ciência do compromisso. Tudo é objeto de análise – dos fatores biológicos que parecem influenciar a estabilidade matrimonial à resposta psicológica da pessoa depois de flertar com um estranho.
Suas descobertas sugerem que, enquanto algumas pessoas podem ser naturalmente mais resistentes à tentação, outras podem se educar para proteger e engajar-se mais em seus relacionamentos.
Estudos recentes levantaram questões se fatores genéticos podem influenciar compromissos e estabilidade conjugal. Hasse Walum, biólogo do Instituto Karolinska, na Suécia, estudou 552 irmãos gêmeos para aprender sobre um gene relacionado a um agente químico no cérebro. Deles, os homens que tinham variação no gene eram menos propensos a casar, e aqueles que o fizeram tinham mais chances de ter problemas no relacionamento e esposas infelizes.
Entre os homens que tinham duas cópias da variação do gene, cerca de um terço experimentou uma série crise de relacionamento, o dobro do que se viu entre os homens que não carregavam essa variação.
Embora este traço seja constantemente chamado de "gene da fidelidade", Walum considera este termo impróprio: o foco de sua pesquisa era a estabilidade matrimonial, e não a infidelidade.
– É difícil usar essa informação para prever como o homem vai se comportar no futuro - explica.
Wallum e seus colegas estão trabalhando para, agora, conduzir um estudo semelhante entre mulheres.
Embora haja diferenças genéticas que influenciem o comprometimento, outros estudos sugerem que o cérebro pode ser treinado para resistir à tentação.
Uma série de levantamentos não convencionais conduzidos por John Lydon, psicólogo da Universidade McGill, do Canadá, analisou como as pessoas comprometidas reagem diante de uma tentação. Em um estudo, homens e mulheres casados recebiam uma série de fotos de pessoas do sexo oposto e deveriam dizer o quanto aqueles modelos eram atraentes. O resultado não foi surpreendente: as maiores notas foram para pessoas que costumam ser classificadas como belas.
Depois, os participantes da pesquisa receberam imagens semelhantes e foram comunicados de que aquelas pessoas – as que apareciam nas fotos – estavam interessadas em conhecê-los. Naquela situação, os participantes constantemente davam notas menores do que na primeira parte da experiência.
– Quando eles se sentiam atraídos por alguém que poderia ameaçar seu relacionamento, eles pareciam dizer instintivamente: "Ela não é tão boa assim" – explica Lydon. – Quanto mais comprometido você é, menos atraente você acha outras pessoas que podem acabar com sua relação.
Outra questão é o quanto você pode ser treinado para resistir a tentações. Pesquisadores criaram um jogo em quartos escuros como se uma mulher linda e atraente estivesse correndo para os braços daquele homem. Entre os parceiros que praticavam métodos de resistência a tentações, 25% foram ao encontro da beldade. No grupo no qual os homens eram mais descompromissados com o casamento, 62% praticaram a traição virtual.
Os cientistas trabalham com a hipótese de que não são sentimentos como amor ou lealdade que mantêm os casais juntos. O psicólogo Arthur Aron, pesquisador da Universidade Stony Brook University, explica que a durabilidade de uma relação pode estar relacionada a quanto um parceiro melhora a sua vida e alarga seus horizontes. Uma qualidade que ele chama de "autoexpansão". Para medir isso, foram feitas perguntas como "quanto o seu parceiro lhe proporciona de experiências excitantes?" ou "como conhecer seu parceiro lhe tornou uma pessoa melhor?" e ainda "como você acha que seu parceiro pode expandir suas próprias capacidades?".
Os pesquisadores de Stony Brook fizeram experiências estimulando a autoexpansão. Alguns desafios foram impostos: os casais que conseguiram vencê-los mostravam satisfação muito maior na relação do que aqueles que fracassaram. Os cientistas agora vão investir na teoria de que casais que exploram novos locais e praticam novas experiências têm um nível de comprometimento maior.
– Entramos numa relação porque aquela outra pessoa passa a fazer parte da gente e nos expande para o mundo – diz Aron. – Por isso as pessoas que se apaixonam permanecem juntas noite a noite e acham aquela rotina excitante. Acreditamos que casais podem sair das crises ou recuperarem o compromisso criando novos desafios para a relação e fazendo coisas excitantes juntos."
***
Achei bem interessante esse artigo!
Porém, apesar das descobertas de que a traição pode envolver a genética... eu sigo batendo na tecla de 2 palavrinhas: RESPEITO e LEALDADE.
Bjos!
Por que alguns homens e mulheres traem seus parceiros, enquanto outros resistem à tentação? Para encontrar a resposta, um número crescente de pesquisadores está estudando a ciência do compromisso. Tudo é objeto de análise – dos fatores biológicos que parecem influenciar a estabilidade matrimonial à resposta psicológica da pessoa depois de flertar com um estranho.
Suas descobertas sugerem que, enquanto algumas pessoas podem ser naturalmente mais resistentes à tentação, outras podem se educar para proteger e engajar-se mais em seus relacionamentos.
Estudos recentes levantaram questões se fatores genéticos podem influenciar compromissos e estabilidade conjugal. Hasse Walum, biólogo do Instituto Karolinska, na Suécia, estudou 552 irmãos gêmeos para aprender sobre um gene relacionado a um agente químico no cérebro. Deles, os homens que tinham variação no gene eram menos propensos a casar, e aqueles que o fizeram tinham mais chances de ter problemas no relacionamento e esposas infelizes.
Entre os homens que tinham duas cópias da variação do gene, cerca de um terço experimentou uma série crise de relacionamento, o dobro do que se viu entre os homens que não carregavam essa variação.
Embora este traço seja constantemente chamado de "gene da fidelidade", Walum considera este termo impróprio: o foco de sua pesquisa era a estabilidade matrimonial, e não a infidelidade.
– É difícil usar essa informação para prever como o homem vai se comportar no futuro - explica.
Wallum e seus colegas estão trabalhando para, agora, conduzir um estudo semelhante entre mulheres.
Embora haja diferenças genéticas que influenciem o comprometimento, outros estudos sugerem que o cérebro pode ser treinado para resistir à tentação.
Uma série de levantamentos não convencionais conduzidos por John Lydon, psicólogo da Universidade McGill, do Canadá, analisou como as pessoas comprometidas reagem diante de uma tentação. Em um estudo, homens e mulheres casados recebiam uma série de fotos de pessoas do sexo oposto e deveriam dizer o quanto aqueles modelos eram atraentes. O resultado não foi surpreendente: as maiores notas foram para pessoas que costumam ser classificadas como belas.
Depois, os participantes da pesquisa receberam imagens semelhantes e foram comunicados de que aquelas pessoas – as que apareciam nas fotos – estavam interessadas em conhecê-los. Naquela situação, os participantes constantemente davam notas menores do que na primeira parte da experiência.
– Quando eles se sentiam atraídos por alguém que poderia ameaçar seu relacionamento, eles pareciam dizer instintivamente: "Ela não é tão boa assim" – explica Lydon. – Quanto mais comprometido você é, menos atraente você acha outras pessoas que podem acabar com sua relação.
Outra questão é o quanto você pode ser treinado para resistir a tentações. Pesquisadores criaram um jogo em quartos escuros como se uma mulher linda e atraente estivesse correndo para os braços daquele homem. Entre os parceiros que praticavam métodos de resistência a tentações, 25% foram ao encontro da beldade. No grupo no qual os homens eram mais descompromissados com o casamento, 62% praticaram a traição virtual.
Os cientistas trabalham com a hipótese de que não são sentimentos como amor ou lealdade que mantêm os casais juntos. O psicólogo Arthur Aron, pesquisador da Universidade Stony Brook University, explica que a durabilidade de uma relação pode estar relacionada a quanto um parceiro melhora a sua vida e alarga seus horizontes. Uma qualidade que ele chama de "autoexpansão". Para medir isso, foram feitas perguntas como "quanto o seu parceiro lhe proporciona de experiências excitantes?" ou "como conhecer seu parceiro lhe tornou uma pessoa melhor?" e ainda "como você acha que seu parceiro pode expandir suas próprias capacidades?".
Os pesquisadores de Stony Brook fizeram experiências estimulando a autoexpansão. Alguns desafios foram impostos: os casais que conseguiram vencê-los mostravam satisfação muito maior na relação do que aqueles que fracassaram. Os cientistas agora vão investir na teoria de que casais que exploram novos locais e praticam novas experiências têm um nível de comprometimento maior.
– Entramos numa relação porque aquela outra pessoa passa a fazer parte da gente e nos expande para o mundo – diz Aron. – Por isso as pessoas que se apaixonam permanecem juntas noite a noite e acham aquela rotina excitante. Acreditamos que casais podem sair das crises ou recuperarem o compromisso criando novos desafios para a relação e fazendo coisas excitantes juntos."
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Achei bem interessante esse artigo!
Porém, apesar das descobertas de que a traição pode envolver a genética... eu sigo batendo na tecla de 2 palavrinhas: RESPEITO e LEALDADE.
Bjos!