- 09 Jan 2012, 13:45
#506181
Segue um artigo sobre narração para pessoal que deseja melhorar seus relatos, é muito interessante, creio que vão gostar, alguém que for postar um
relato poderia colocar nas regras.1 - Como fazer uma Narração
1.1 - Introdução
Narrar é contar uma história, que pode ser real ou imaginária, fictícia.
Essa história deve envolver personagens, que interagem entre si gerando acontecimentos,
que ocorrem em um determinado lugar e em uma determinada época.
Assim, a narração se caracteriza por ser uma modalidade dinâmica de redação, na qual
predominam os verbos de ação, ao contrário da descrição, onde predominam verbos de estado
(ser, estar...).
1.2 - Antes de escrever
Antes de começar a fazer uma narração, é importante responder a algumas perguntas para
facilitar a construção do texto:
Qual fato ou acontecimento será narrado?
Quando ele ocorreu ou ocorrerá?
Onde tudo acontece?
Quais são os personagens?
Por que o fato aconteceu?
Como ele ocorreu?
Quais as suas conseqüências?
O narrador participa da história?
1.3 - Escrevendo uma narração
Depois de responder às principais perguntas sobre o tema da narração, é preciso organizar
as idéias no papel. Para isso, é preciso conhecer os elementos da narração e sua estrutura.
1.4 - Elementos da Narração
Na narração, é preciso caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, tempo espaço
1.5 - Narrador e Foco Narrativo
O narrador é a entidade que conta a história e, de acordo com as características e
limitações que definem como o autor vai contar a história, pode se colocar sob várias
perspectivas, também chamadas Focos Narrativos: Narrador Onisciente e Onipresente,
Narrador Personagem, Narrador Observador.
1.6 - Narrador Onisciente e Onipresente
O Narrador Onisciente e Onipresente sabe de tudo sobre as personagens, conhece o que se
passa no seu íntimo, todas as suas emoções e pensamentos.
Ainda, conhece a totalidade do enredo, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus
pressupostos, seu futuro e suas conseqüências.
É como se ele pudesse estar dentro das mentes de todos os personagens e em todos os
lugares ao mesmo tempo.
Nesse caso, a narração normalmente é feita em 3ª pessoa, o que não impede que o narrador
faça intromissões narrando em 1ª pessoa.
1.7 - Narrador Personagem
O Narrador Personagem conta em 1ª pessoa uma história da qual participa, vivendo sua ação.
Por isso, não tem conhecimento dos sentimentos e pensamentos das outras personagens que o
cercam e nem pode ver o contexto com total clareza.
Pode narrar uma história em que é o protagonista, como em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis,
ou ser um personagem coadjuvante como o Dr. Watson narrando as peripécias de Sherlock Holmes.
Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas e emocionais, o
que faz com que a narrativa seja parcial, impregnada por seu próprio ponto de vista.
1.8 - Narrador Observador
O Narrador Observador conhece os fatos, mas não participa deles. Não tem conhecimento
íntimo das personagens, e nem das ações vivenciadas. Isso permite que ele se mantenha
neutro, distante e imparcial.
Relata apenas o que vê ou imagina acontecer, sem invadir o cérebro ou o coração das
personagens para expor seus sentimentos e pensamentos ao espectador.
Quando o narrador é observador, todo o texto é escrito necessariamente em 3ª pessoa.
1.9 - Enredo
O Enredo, também chamado de trama ou intriga, é o conjunto de fatos ligados entre si que
fundamentam a ação de um texto narrativo. É o encadeamento de ações executadas pelas
personagens, ordenados em uma seqüência lógica e temporal, a fim de se criar um sentido ou
emoção no espectador.
Geralmente, o enredo se baseia em um conflito entre os personagens, que é responsável pelo
nível de tensão da narrativa.
1.10 - Personagens
Não existe narrativa sem personagens.
Personagens não são apenas as pessoas, mas também animais e até mesmo objetos inanimados.
Até um lápis que rola pela mesa até cair no chão pode ser um personagem.
Pode ser personagem qualquer ser ou objeto esteja num certo ambiente praticando (ou
sofrendo) uma ação, ainda que de forma involuntária.
1.11 - Tipos de Personagens
As personagens podem ser classificadas em, principais ou secundários de acordo com o
relevo ou importância que possuem no desenrolar da trama:
1.12 - Personagens Principais
As Personagens Principais são aquelas que desempenham o papel central, sendo fundamentais
para o desenvolvimento da trama. Podem ser classificados em Protagonistas e Antagonistas.
De forma simplificada, podemos dizer que o protagonista é aquele que deseja algo, enquanto
ao antagonista cabe impedir, dificultar, ou destruir esse objeto de desejo.
O antagonista nem sempre é uma pessoa, podendo ser um objeto, um animal, ou mesmo uma
situação financeira, cultural, social (pobreza, instrução, trabalho), um problema físico
ou ainda uma peculiaridade psicológica, que dificulta o acesso àquilo que o protagonista deseja.
1.13 - Personagens Secundárias
As Personagens Secundárias podem ser classificadas em Coadjuvantes e Figurantes.
As Personagens Coadjuvantes são aquelas que assumem um papel de menor importância, mas não
deixam de ser importantes para o desenrolar da trama, já que dão suporte à história
tecendo pequenas ações em torno das personagens principais.
Já as Personagens Figurantes tem como único objetivo ilustrar um ambiente ou o espaço
social do qual são representantes durante o desenrolar de uma ação da trama.
1.14 - Tempo
A evolução temporal pode se dar de duas formas:
Tempo cronológico: determinado pela sucessão cronológica dos fatos
Tempo psicológico: é o tempo subjetivo, vivido ou sentido pela personagem, que flui em de
acordo com o seu estado de espírito.
Ao contar a história, o narrador pode usar a ordem linear dos fatos ou alterar a ordem
temporal, recuando a acontecimentos passados ou antecipando acontecimentos futuros,
condensando, resumindo ou omitindo parte dos acontecimentos e até interrompendo a história
para dar lugar a descrições ou divagações.
1.15 - Espaço
O espaço é a caracterização do ambiente ou cenário no qual a história acontece:
Espaço Físico: é o espaço real, que serve de cenário à ação, onde as personagens se movem.
Espaço Social: é constituído pelo ambiente social, representado pelas personagens figurantes.
Espaço Psicológico: espaço interior da personagem, constituído por suas vivências, seus
pensamentos e sentimentos.
1.16 - Estrutura da Narração
Agora que já coletamos as informações necessárias e conhecemos os elementos de uma
narração, já podemos começar a escrever.
Mas isso não quer dizer que iremos começar a contar tudo do jeito que vier à cabeça.
A narração tem uma estrutura básica e característica, que, apesar de não ser absoluta,
deve ser seguida na medida do possível.
Lembre-se de que essa estrutura não impede que muitas vezes o texto narrativo seja
recheado com trechos descritivos e dissertativos.
1.16 - Estrutura da Narração
A estrutura mais utilizada em textos narrativos é a seguinte:
Situação inicial - os personagens e espaço são apresentados.
Estabelecimento de um conflito - um acontecimento modifica a situação apresentada e
desencadeia uma nova situação a ser resolvida, que quebra a estabilidade de personagens e acontecimentos.
Clímax - ponto de maior tensão na narrativa.
Epílogo - solução do conflito, o que nem sempre significa um final feliz.
1.17 - Branca de Neve
Veja a história resumida da Branca de Neve segue essa estrutura narrativa.
1.18-Situação Inicial
A história começa com o estabelecimento de uma situação inicial, apresentando os personagens:
"Era uma vez, uma linda princesa chamada Branca de Neve, cuja beleza desabrochava dia-a-
dia, causando inveja em sua madrasta, a rainha."
1.19 - Estabelecimento de um conflito.
Em certo momento, um conflito se estabelece. Algo acontece e quebra a estabilidade do
início da história, demandando uma solução:
"A malvada rainha, disfarçando-se como uma pobre velhinha vendedora de maçãs, lhe oferece
uma fruta envenenada. Ao morder a maçã, a jovem cai ao chão, desfalecida, como se
estivesse morta. O feitiço da maçã envenenada só poderia ser quebrado pelo primeiro beijo de amor.
1.20 - Clímax
Então, ocorre o Clímax, que é o instante decisivo e de maior intensidade emocional da narração:
"Um dia, o príncipe finalmente encontra Branca de Neve e lhe dá um beijo. De repente, os
olhos da jovem se abrem, como se ela acabasse de despertar de um sono profundo."
1.21-Epílogo
Depois do Clímax, acontece o desfecho da trama, solucionando de vez o conflito.
"Branca de Neve e o príncipe, montados em seu belo cavalo, partem rumo ao castelo do
príncipe, onde viveram felizes para sempre."
1.22 - Dicas para fazer uma narração
No início do texto, tente caracterizar as personagens com traços marcantes e essenciais,
tanto física como psicologicamente, de forma a possibilitar ao espectador criar uma imagem
mais definida. Isso os tornará mais interessantes, prendendo mais a atenção do leitor.
Procure desde já definir nos personagens e na situação elementos que serão importantes
para a solução dos conflitos no final da narração.
Estabelecida a situação inicial, crie uma situação inusitada que desencadeie uma
circunstância de conflito.
A partir dessa situação, crie uma série de ações que mantenham o clima de suspense em
relação aos acontecimentos que virão, aumentando a tensão.
Caracterize alguns espaços e objetos determinantes no enredo, de forma a cativar e envolver o leitor.
No clímax, misture de forma criativa alguns dos elementos apresentados na situação inicial
e no desenvolvimento com outros elementos inesperados para criar o instante decisivo da
narração. Esse retorno aos elementos iniciais assegura a coesão do texto, e a associação
de elementos novos garante que o texto não se torne previsível.
O desfecho deve ser original, inesperado, surpreendente. Caso contrário, a narrativa pode
se transformar num simples relato.
Finalize de forma a tentar suprir as expectativas dos leitores. Capriche, pois muitas
vezes o final é responsável pela avaliação de toda a narração.
Há infinitas possibilidades para estruturar uma narração, como iniciar pelo desfecho,
construir o texto apenas através de diálogos, fugir ao nexo lógico ou temporal etc. Essas
técnicas são bastante utilizadas por autores mais experientes.
Entretanto, se você ainda não é um escritor de mão cheia, recomendamos seguir a estrutura
básica até que se sinta seguro para alterá-la.
Artigo de Tatiane Santana.
relato poderia colocar nas regras.1 - Como fazer uma Narração
1.1 - Introdução
Narrar é contar uma história, que pode ser real ou imaginária, fictícia.
Essa história deve envolver personagens, que interagem entre si gerando acontecimentos,
que ocorrem em um determinado lugar e em uma determinada época.
Assim, a narração se caracteriza por ser uma modalidade dinâmica de redação, na qual
predominam os verbos de ação, ao contrário da descrição, onde predominam verbos de estado
(ser, estar...).
1.2 - Antes de escrever
Antes de começar a fazer uma narração, é importante responder a algumas perguntas para
facilitar a construção do texto:
Qual fato ou acontecimento será narrado?
Quando ele ocorreu ou ocorrerá?
Onde tudo acontece?
Quais são os personagens?
Por que o fato aconteceu?
Como ele ocorreu?
Quais as suas conseqüências?
O narrador participa da história?
1.3 - Escrevendo uma narração
Depois de responder às principais perguntas sobre o tema da narração, é preciso organizar
as idéias no papel. Para isso, é preciso conhecer os elementos da narração e sua estrutura.
1.4 - Elementos da Narração
Na narração, é preciso caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, tempo espaço
1.5 - Narrador e Foco Narrativo
O narrador é a entidade que conta a história e, de acordo com as características e
limitações que definem como o autor vai contar a história, pode se colocar sob várias
perspectivas, também chamadas Focos Narrativos: Narrador Onisciente e Onipresente,
Narrador Personagem, Narrador Observador.
1.6 - Narrador Onisciente e Onipresente
O Narrador Onisciente e Onipresente sabe de tudo sobre as personagens, conhece o que se
passa no seu íntimo, todas as suas emoções e pensamentos.
Ainda, conhece a totalidade do enredo, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus
pressupostos, seu futuro e suas conseqüências.
É como se ele pudesse estar dentro das mentes de todos os personagens e em todos os
lugares ao mesmo tempo.
Nesse caso, a narração normalmente é feita em 3ª pessoa, o que não impede que o narrador
faça intromissões narrando em 1ª pessoa.
1.7 - Narrador Personagem
O Narrador Personagem conta em 1ª pessoa uma história da qual participa, vivendo sua ação.
Por isso, não tem conhecimento dos sentimentos e pensamentos das outras personagens que o
cercam e nem pode ver o contexto com total clareza.
Pode narrar uma história em que é o protagonista, como em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis,
ou ser um personagem coadjuvante como o Dr. Watson narrando as peripécias de Sherlock Holmes.
Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas e emocionais, o
que faz com que a narrativa seja parcial, impregnada por seu próprio ponto de vista.
1.8 - Narrador Observador
O Narrador Observador conhece os fatos, mas não participa deles. Não tem conhecimento
íntimo das personagens, e nem das ações vivenciadas. Isso permite que ele se mantenha
neutro, distante e imparcial.
Relata apenas o que vê ou imagina acontecer, sem invadir o cérebro ou o coração das
personagens para expor seus sentimentos e pensamentos ao espectador.
Quando o narrador é observador, todo o texto é escrito necessariamente em 3ª pessoa.
1.9 - Enredo
O Enredo, também chamado de trama ou intriga, é o conjunto de fatos ligados entre si que
fundamentam a ação de um texto narrativo. É o encadeamento de ações executadas pelas
personagens, ordenados em uma seqüência lógica e temporal, a fim de se criar um sentido ou
emoção no espectador.
Geralmente, o enredo se baseia em um conflito entre os personagens, que é responsável pelo
nível de tensão da narrativa.
1.10 - Personagens
Não existe narrativa sem personagens.
Personagens não são apenas as pessoas, mas também animais e até mesmo objetos inanimados.
Até um lápis que rola pela mesa até cair no chão pode ser um personagem.
Pode ser personagem qualquer ser ou objeto esteja num certo ambiente praticando (ou
sofrendo) uma ação, ainda que de forma involuntária.
1.11 - Tipos de Personagens
As personagens podem ser classificadas em, principais ou secundários de acordo com o
relevo ou importância que possuem no desenrolar da trama:
1.12 - Personagens Principais
As Personagens Principais são aquelas que desempenham o papel central, sendo fundamentais
para o desenvolvimento da trama. Podem ser classificados em Protagonistas e Antagonistas.
De forma simplificada, podemos dizer que o protagonista é aquele que deseja algo, enquanto
ao antagonista cabe impedir, dificultar, ou destruir esse objeto de desejo.
O antagonista nem sempre é uma pessoa, podendo ser um objeto, um animal, ou mesmo uma
situação financeira, cultural, social (pobreza, instrução, trabalho), um problema físico
ou ainda uma peculiaridade psicológica, que dificulta o acesso àquilo que o protagonista deseja.
1.13 - Personagens Secundárias
As Personagens Secundárias podem ser classificadas em Coadjuvantes e Figurantes.
As Personagens Coadjuvantes são aquelas que assumem um papel de menor importância, mas não
deixam de ser importantes para o desenrolar da trama, já que dão suporte à história
tecendo pequenas ações em torno das personagens principais.
Já as Personagens Figurantes tem como único objetivo ilustrar um ambiente ou o espaço
social do qual são representantes durante o desenrolar de uma ação da trama.
1.14 - Tempo
A evolução temporal pode se dar de duas formas:
Tempo cronológico: determinado pela sucessão cronológica dos fatos
Tempo psicológico: é o tempo subjetivo, vivido ou sentido pela personagem, que flui em de
acordo com o seu estado de espírito.
Ao contar a história, o narrador pode usar a ordem linear dos fatos ou alterar a ordem
temporal, recuando a acontecimentos passados ou antecipando acontecimentos futuros,
condensando, resumindo ou omitindo parte dos acontecimentos e até interrompendo a história
para dar lugar a descrições ou divagações.
1.15 - Espaço
O espaço é a caracterização do ambiente ou cenário no qual a história acontece:
Espaço Físico: é o espaço real, que serve de cenário à ação, onde as personagens se movem.
Espaço Social: é constituído pelo ambiente social, representado pelas personagens figurantes.
Espaço Psicológico: espaço interior da personagem, constituído por suas vivências, seus
pensamentos e sentimentos.
1.16 - Estrutura da Narração
Agora que já coletamos as informações necessárias e conhecemos os elementos de uma
narração, já podemos começar a escrever.
Mas isso não quer dizer que iremos começar a contar tudo do jeito que vier à cabeça.
A narração tem uma estrutura básica e característica, que, apesar de não ser absoluta,
deve ser seguida na medida do possível.
Lembre-se de que essa estrutura não impede que muitas vezes o texto narrativo seja
recheado com trechos descritivos e dissertativos.
1.16 - Estrutura da Narração
A estrutura mais utilizada em textos narrativos é a seguinte:
Situação inicial - os personagens e espaço são apresentados.
Estabelecimento de um conflito - um acontecimento modifica a situação apresentada e
desencadeia uma nova situação a ser resolvida, que quebra a estabilidade de personagens e acontecimentos.
Clímax - ponto de maior tensão na narrativa.
Epílogo - solução do conflito, o que nem sempre significa um final feliz.
1.17 - Branca de Neve
Veja a história resumida da Branca de Neve segue essa estrutura narrativa.
1.18-Situação Inicial
A história começa com o estabelecimento de uma situação inicial, apresentando os personagens:
"Era uma vez, uma linda princesa chamada Branca de Neve, cuja beleza desabrochava dia-a-
dia, causando inveja em sua madrasta, a rainha."
1.19 - Estabelecimento de um conflito.
Em certo momento, um conflito se estabelece. Algo acontece e quebra a estabilidade do
início da história, demandando uma solução:
"A malvada rainha, disfarçando-se como uma pobre velhinha vendedora de maçãs, lhe oferece
uma fruta envenenada. Ao morder a maçã, a jovem cai ao chão, desfalecida, como se
estivesse morta. O feitiço da maçã envenenada só poderia ser quebrado pelo primeiro beijo de amor.
1.20 - Clímax
Então, ocorre o Clímax, que é o instante decisivo e de maior intensidade emocional da narração:
"Um dia, o príncipe finalmente encontra Branca de Neve e lhe dá um beijo. De repente, os
olhos da jovem se abrem, como se ela acabasse de despertar de um sono profundo."
1.21-Epílogo
Depois do Clímax, acontece o desfecho da trama, solucionando de vez o conflito.
"Branca de Neve e o príncipe, montados em seu belo cavalo, partem rumo ao castelo do
príncipe, onde viveram felizes para sempre."
1.22 - Dicas para fazer uma narração
No início do texto, tente caracterizar as personagens com traços marcantes e essenciais,
tanto física como psicologicamente, de forma a possibilitar ao espectador criar uma imagem
mais definida. Isso os tornará mais interessantes, prendendo mais a atenção do leitor.
Procure desde já definir nos personagens e na situação elementos que serão importantes
para a solução dos conflitos no final da narração.
Estabelecida a situação inicial, crie uma situação inusitada que desencadeie uma
circunstância de conflito.
A partir dessa situação, crie uma série de ações que mantenham o clima de suspense em
relação aos acontecimentos que virão, aumentando a tensão.
Caracterize alguns espaços e objetos determinantes no enredo, de forma a cativar e envolver o leitor.
No clímax, misture de forma criativa alguns dos elementos apresentados na situação inicial
e no desenvolvimento com outros elementos inesperados para criar o instante decisivo da
narração. Esse retorno aos elementos iniciais assegura a coesão do texto, e a associação
de elementos novos garante que o texto não se torne previsível.
O desfecho deve ser original, inesperado, surpreendente. Caso contrário, a narrativa pode
se transformar num simples relato.
Finalize de forma a tentar suprir as expectativas dos leitores. Capriche, pois muitas
vezes o final é responsável pela avaliação de toda a narração.
Há infinitas possibilidades para estruturar uma narração, como iniciar pelo desfecho,
construir o texto apenas através de diálogos, fugir ao nexo lógico ou temporal etc. Essas
técnicas são bastante utilizadas por autores mais experientes.
Entretanto, se você ainda não é um escritor de mão cheia, recomendamos seguir a estrutura
básica até que se sinta seguro para alterá-la.
Artigo de Tatiane Santana.