- 12 Jun 2013, 17:43
#818043
Eu escrevi e vou publicar hoje um artigo, e resolvi postar ele aqui antes pra vocês já irem usando esses conceitos em favor de um progresso acelerado.
Divirtam-se.
Abraços,
--JV
Você provavelmente já ouviu esse discurso, de que o único caminho verdadeiro para o sucesso consiste de muito sacrifício durante muito tempo. A literatura empreendedora atual está cheia de exemplos e da teoria de que você precisa de 10 Mil horas de prática em uma atividade para chegar a um nível de referência mundial. Não quero que me confundam, acredito nesse pensamento, mas como acontece frequentemente com ideias populares, o problema está mais na execução do que no conceito. Do jeito que a Cultura das Dez Mil Horas está sendo embalada, ensinada e vendida, me lembra aqueles rumores que invadiam a internet sobre segredos escondidos em jogos de videogame e programas de computador, que só seriam encontrados somente depois da conclusão de tarefas absurdas e na verdade não existiam.
Em primeiro lugar, é senso comum que muita experiência equivale a uma grande chance de sucesso, mas quem disse que isso acontece em 100% dos casos? Porque as filas do INSS estão aí pra provar que não é exatamente assim. Trabalho duro não é nada sem uma direção clara e um plano de ação. Pior: se você estiver indo na direção errada, 10000 horas vão te deixar extremamente longe do seu objetivo, em vez de extremamente perto.
Além disso, qualquer pessoa que analise várias histórias de sucesso percebe bastante variação nesse "volume bruto de horas", e de fato existem estratégias para acelerar qualquer processo de aprendizado, na Arte Social ou em qualquer outra atividade. Tony Robbins fez jogadores da NBA acertarem mais lances livres com um mês de exercícios de mentalização. Tim Ferris defende que qualquer pessoa pode se especializar em um ou dois assuntos por ano e não por vida. E se você duvidar desses caras, basta usar a lógica: dirigir uma hora com um superesportivo te leva muito mais longe do que dirigir uma hora com um carro popular. Da mesma forma, você pode precisar muito menos do que 10 mil horas se encontrar as estratégias certas se tornar uma máquina de aprendizado extremamente poderosa e fazer as suas horas, literalmente, valerem mais.
Se não for divertido, não vai virar "sangue".
Você não precisa estar extremamente apaixonado pelo que quer aprender, e isso é um fato discutido apenas pela galera que ainda não passou dessa fase de dizer "Faça Apenas o que ame". Você pode aprender a fazer coisas novas mesmo que não sejam a sua vocação pra vida. Mas qualquer coisa que você queira aprender precisa pelo menos despertar verdadeiro interesse, ao ponto de você conseguir facilmente trocar horas de lazer por horas de prática ou estudo.
Quando eu comecei a gravar videos para o Youtube, eles eram muito ruins. A qualidade dos materiais que eu publicava foi começando a melhorar conforme eu fui estudando técnicas de filmagem, principalmente no próprio youtube. Existem dezenas de canais com uma quantidade tremenda de informação sendo apresentada de forma clara, divertida e bem intuitiva, de modo que Ryan Conolly chega a dizer que “Fazer faculdade de cinema é bom por causa das pessoas que você conhece. Pra aprender a fazer cinema existe material suficiente na internet.”
E isso vale especialmente para criadores de conteúdo como eu, que não preciso criar produções do nível dos grandes estúdios mas ao mesmo tempo preciso de um certo nível de qualidade de produção. Tudo que eu aprendi sobre o assunto foi através de vídeos, o que facilitava ainda mais o processo.
A ponto, entre as pessoas com maior numero de inscritos no Youtube, somente uma pequena minoria é formada em cinema. A extensa maioria aprendeu porque precisava, e porque não é mais tão difícil nem exige um grau acadêmico. Eles aprenderam por conta própria, mas não somente. O que me leva ao próximo ponto...
Sentando nos ombros de gigantes
Quem é o se mestre? Quem construiu o caminho que você está trilhando? Essa é uma pergunta muito importante porque, A menos que você esteja criando um campo completamente novo do conhecimento humano, é bem provável que o seu aprendizado possa ser imensamente acelerado com uma referência ou, melhor ainda, um bom mentor.
Mentores são excelentes catalisadores de potencial porque possuem mais experiência e erraram antes de você, sendo capazes de te prevenir antes que você cometa erros graves. Ao mesmo tempo, eles frequentemente conhecem caminhos mais velozes para o aprendizado, que não parecem fáceis de ver no início.
Neil Strauss, de longe o nome mais reconhecido da Arte Social, largou o modelo de workshops e treinamentos de fim de semana para se concentrar numa abordagem mais duradoura e, na opinião dele, eficiente. Desde 2011 ele mantém um grupo de masterminding chamado The Society, no qual seus alunos mais próximos recebem aconselhamento e treinamentos extensivos de diversos especialistas em arte social, carreira, finanças, empreendedorismo, qualidade de vida e até hipnose, tudo com um acompanhamento duradouro e uma relação muito mais próxima do que um treinamento convencional de 3 dias permitiria.
Sentar nos ombros de gigantes é uma expressão da língua inglesa bastante autoexplicativa, e uma das melhores estratégias para te tornar um mestre em qualquer assunto
Insistência, Persistência e Diligência
Isso mês lembra do discurso de um dos meus grandes mentores em empreendedorismo. Ele costuma dizer que muitas pessoas acreditam demais na insistência, e por isso sofrem. São aquelas que quando conseguem realizar um sonho ou objetivo choram e se descabelam, porque todo o caminho foi doloroso e árduo. É como socar uma parede de tijolos esperando quebrá-la. Uma hora você vai conseguir, mas será que vale mesmo à pena? Essa forma de fazer as coisas é a mais simples, basicamente insistir até conseguir. Mas também é a forma que exige mais tempo, esforço e força de vontade, e a que apresenta mais consequências.
Em algum momento, alguém teria que inventar um instrumento capaz de quebrar paredes com mais facilidade e eficiência. Martelos de construção são ótimos para isso. São um pouco mais complicados de usar do que simplesmente socar a parede, mas têm um efeito mais potente e não machucam tanto. Eles representam a persistência: não só não desistir mas se preocupar no quanto e como fazer para alcançar um objetivo.
E por fim, existem os explosivos. Usar uma carga de dinamite exige muita responsabilidade e conhecimento do que está sendo feito, para que ninguém se machuque para que não seja destruído além do necessário. Mas uma quantidade suficiente de cargas pode destruir não só a parede, como um prédio inteiro sem machucar ninguém, se esse for o objetivo. Essa é a Diligência, que como você deve imaginar não vem de dentro, deve ser aprendida usada com responsabilidade, como os explosivos. A insistência, a persistência e a diligência requerem diferentes níveis de comprometimento e tempo, e eventualmente chegam nos mesmos resultados. Mas uma pessoa diligente chega muito mais rápido e com muito menos esforço do que uma pessoa persistente, e mais ainda quando se compara com alguém insistente.
Nesse contexto, dá pra entender mais facilmente porque algumas pessoas precisam realmente de dez mil horas de trabalho pesado ou estudo intenso e outras nem tanto. É essencial saber onde você está nessa comparação e descobrir como, se for a sua vontade, passar para o próximo passo.
E aí, vai continuar a socar a parede ou vai aprender a usar explosivos?
Divirtam-se.
Abraços,
--JV
Você provavelmente já ouviu esse discurso, de que o único caminho verdadeiro para o sucesso consiste de muito sacrifício durante muito tempo. A literatura empreendedora atual está cheia de exemplos e da teoria de que você precisa de 10 Mil horas de prática em uma atividade para chegar a um nível de referência mundial. Não quero que me confundam, acredito nesse pensamento, mas como acontece frequentemente com ideias populares, o problema está mais na execução do que no conceito. Do jeito que a Cultura das Dez Mil Horas está sendo embalada, ensinada e vendida, me lembra aqueles rumores que invadiam a internet sobre segredos escondidos em jogos de videogame e programas de computador, que só seriam encontrados somente depois da conclusão de tarefas absurdas e na verdade não existiam.
Em primeiro lugar, é senso comum que muita experiência equivale a uma grande chance de sucesso, mas quem disse que isso acontece em 100% dos casos? Porque as filas do INSS estão aí pra provar que não é exatamente assim. Trabalho duro não é nada sem uma direção clara e um plano de ação. Pior: se você estiver indo na direção errada, 10000 horas vão te deixar extremamente longe do seu objetivo, em vez de extremamente perto.
Além disso, qualquer pessoa que analise várias histórias de sucesso percebe bastante variação nesse "volume bruto de horas", e de fato existem estratégias para acelerar qualquer processo de aprendizado, na Arte Social ou em qualquer outra atividade. Tony Robbins fez jogadores da NBA acertarem mais lances livres com um mês de exercícios de mentalização. Tim Ferris defende que qualquer pessoa pode se especializar em um ou dois assuntos por ano e não por vida. E se você duvidar desses caras, basta usar a lógica: dirigir uma hora com um superesportivo te leva muito mais longe do que dirigir uma hora com um carro popular. Da mesma forma, você pode precisar muito menos do que 10 mil horas se encontrar as estratégias certas se tornar uma máquina de aprendizado extremamente poderosa e fazer as suas horas, literalmente, valerem mais.
Se não for divertido, não vai virar "sangue".
Você não precisa estar extremamente apaixonado pelo que quer aprender, e isso é um fato discutido apenas pela galera que ainda não passou dessa fase de dizer "Faça Apenas o que ame". Você pode aprender a fazer coisas novas mesmo que não sejam a sua vocação pra vida. Mas qualquer coisa que você queira aprender precisa pelo menos despertar verdadeiro interesse, ao ponto de você conseguir facilmente trocar horas de lazer por horas de prática ou estudo.
Quando eu comecei a gravar videos para o Youtube, eles eram muito ruins. A qualidade dos materiais que eu publicava foi começando a melhorar conforme eu fui estudando técnicas de filmagem, principalmente no próprio youtube. Existem dezenas de canais com uma quantidade tremenda de informação sendo apresentada de forma clara, divertida e bem intuitiva, de modo que Ryan Conolly chega a dizer que “Fazer faculdade de cinema é bom por causa das pessoas que você conhece. Pra aprender a fazer cinema existe material suficiente na internet.”
E isso vale especialmente para criadores de conteúdo como eu, que não preciso criar produções do nível dos grandes estúdios mas ao mesmo tempo preciso de um certo nível de qualidade de produção. Tudo que eu aprendi sobre o assunto foi através de vídeos, o que facilitava ainda mais o processo.
A ponto, entre as pessoas com maior numero de inscritos no Youtube, somente uma pequena minoria é formada em cinema. A extensa maioria aprendeu porque precisava, e porque não é mais tão difícil nem exige um grau acadêmico. Eles aprenderam por conta própria, mas não somente. O que me leva ao próximo ponto...
Sentando nos ombros de gigantes
Quem é o se mestre? Quem construiu o caminho que você está trilhando? Essa é uma pergunta muito importante porque, A menos que você esteja criando um campo completamente novo do conhecimento humano, é bem provável que o seu aprendizado possa ser imensamente acelerado com uma referência ou, melhor ainda, um bom mentor.
Mentores são excelentes catalisadores de potencial porque possuem mais experiência e erraram antes de você, sendo capazes de te prevenir antes que você cometa erros graves. Ao mesmo tempo, eles frequentemente conhecem caminhos mais velozes para o aprendizado, que não parecem fáceis de ver no início.
Neil Strauss, de longe o nome mais reconhecido da Arte Social, largou o modelo de workshops e treinamentos de fim de semana para se concentrar numa abordagem mais duradoura e, na opinião dele, eficiente. Desde 2011 ele mantém um grupo de masterminding chamado The Society, no qual seus alunos mais próximos recebem aconselhamento e treinamentos extensivos de diversos especialistas em arte social, carreira, finanças, empreendedorismo, qualidade de vida e até hipnose, tudo com um acompanhamento duradouro e uma relação muito mais próxima do que um treinamento convencional de 3 dias permitiria.
Sentar nos ombros de gigantes é uma expressão da língua inglesa bastante autoexplicativa, e uma das melhores estratégias para te tornar um mestre em qualquer assunto
Insistência, Persistência e Diligência
Isso mês lembra do discurso de um dos meus grandes mentores em empreendedorismo. Ele costuma dizer que muitas pessoas acreditam demais na insistência, e por isso sofrem. São aquelas que quando conseguem realizar um sonho ou objetivo choram e se descabelam, porque todo o caminho foi doloroso e árduo. É como socar uma parede de tijolos esperando quebrá-la. Uma hora você vai conseguir, mas será que vale mesmo à pena? Essa forma de fazer as coisas é a mais simples, basicamente insistir até conseguir. Mas também é a forma que exige mais tempo, esforço e força de vontade, e a que apresenta mais consequências.
Em algum momento, alguém teria que inventar um instrumento capaz de quebrar paredes com mais facilidade e eficiência. Martelos de construção são ótimos para isso. São um pouco mais complicados de usar do que simplesmente socar a parede, mas têm um efeito mais potente e não machucam tanto. Eles representam a persistência: não só não desistir mas se preocupar no quanto e como fazer para alcançar um objetivo.
E por fim, existem os explosivos. Usar uma carga de dinamite exige muita responsabilidade e conhecimento do que está sendo feito, para que ninguém se machuque para que não seja destruído além do necessário. Mas uma quantidade suficiente de cargas pode destruir não só a parede, como um prédio inteiro sem machucar ninguém, se esse for o objetivo. Essa é a Diligência, que como você deve imaginar não vem de dentro, deve ser aprendida usada com responsabilidade, como os explosivos. A insistência, a persistência e a diligência requerem diferentes níveis de comprometimento e tempo, e eventualmente chegam nos mesmos resultados. Mas uma pessoa diligente chega muito mais rápido e com muito menos esforço do que uma pessoa persistente, e mais ainda quando se compara com alguém insistente.
Nesse contexto, dá pra entender mais facilmente porque algumas pessoas precisam realmente de dez mil horas de trabalho pesado ou estudo intenso e outras nem tanto. É essencial saber onde você está nessa comparação e descobrir como, se for a sua vontade, passar para o próximo passo.
E aí, vai continuar a socar a parede ou vai aprender a usar explosivos?