- 10 Nov 2010, 13:50
#138727
Hoje eu admiti mais uma vez na vida que o amor é algo a ser construído. Algo raro, tão raro, que quando encontrado consome inteiramente as nossas vidas. Mas essa conclusão veio de quando eu ouvi, de uma mulher muito especial para mim, que príncipes encantados não existem. Não posso negar que é uma raça em extinção, porém apesar desse todo desencanto as mulheres ainda guardam dentro de si o desejo de encontrar o príncipe encantado. Só que, às vezes, elas se vêem forçadas a camuflar esse desejo, pois se sentem inconscientemente constrangidas por ainda ter esse tipo de pensamento infantil.
A mulher pode estar tão imbuída da busca do sucesso, da auto-afirmação, da independência financeira e emocional, de poder ser respeitada pelo faz e aplaudida por seus resultados, que igualmente pode perder a capacidade de sonhar o que também pensa ser.
Acho que posso fazer uma pequena anedota para facilitar o entendimento.
“Carolina esta aproveitando o seu horário de almoço para realizar algumas comprinhas… ultimamente é o único horário que ela tem disponível para comprar suas roupas… além de estar trabalhando demais, tem que dividir seu tempo após o expediente para fazer seu curso de inglês e cuidar da casa… morar sozinha não é algo fácil, principalmente para quem trabalhando tanto quanto ela. Mas enfim, após escolher algumas peças de roupa, vai ao caixa. Muito a contragosto tem que enfrentar aquela fila e provavelmente vai ficar sem almoçar naquele dia, abre então seu celular de última geração, que lhe dá a falsa segurança de não estar sozinha naquele ambiente hostil, onde não há sequer uma cadeira para ela sentar. Mas enquanto ela está entretida com seu celular percebe um homem entrando na loja; óculos escuros, moreno de pele clara e um maxilar protuberante com ângulos bem marcados…
Carolina desvia o olhar, mas percebe que o homem se aproxima rapidamente, seus sentidos começam a ser afetados, ela entreolha os pés dele e sobe o olhar pelas suas pernas, então escuta a voz grossa. Nesse instante não existe nada mais importante que aquele momento, aquele desejo inexplicável que tomou conta dela por aquele homem misterioso. Seria ele o seu príncipe encantado? No inicio ela chega a confundir aquele desejo com desconforto, já que seu coração está batendo bem mais forte que usualmente.
Ele aponta para seu celular e pede o seu número. Ela pragmática e controladora perde completamente o chão e os dois estabelecem um dialogo conciso em que ele pede insistentemente o seu telefone. Todas as suas armas relutam a isso, afinal ele é só um estranho. Mas num gesto quase automático ela passa o número ou até lhe dá um cartão, mas esquece de perguntar o nome. É a adrenalina do momento tomando conta de todos os seus sentidos. A Carol acaba saindo de lá às pressas, paga suas compras e acaba chegando atrasada no trabalho, mas no caminho não para de ter conjecturas mentais monólogas imaginando se ele vai ou não ligar, ou então o que ele vai falar ao ligar para ela. Ela não se sente segura se ele realmente vai ligar.
Mas no dia seguinte ele liga e convida ela para um almoço, mas ela rapidamente ativa todas as suas defesas para não se decepcionar como das outras vezes, antes que se perca, antes que se entregue e assim arruma uma desculpa qualquer para ele, alias para si mesma, e recusa o convite de conhecê-lo.”
Assim como a Carolina, a maioria das mulheres pensa que nessa floresta de concreto existem muitos estelionatários disfarçados de homens gentis e elegantes e é mais provável que seja isso do que uma nova história de amor com um possível príncipe encantado. Como elas são práticas e ocupadas, elas tratam logo de se entregar novamente ao trabalho e esquecer essas besteiras.
O que não dá é ficar se escondendo atrás da mascara de super-mulher e deixar a vida passar por puro preconceito de assumir o lado de princesa. Toda mulher tem o direito de ser feliz e encontrar seu príncipe encantado.
Hoje eu admiti mais uma vez na vida que o amor é algo a ser construído. Algo raro, tão raro, que quando encontrado consome inteiramente as nossas vidas. Mas essa conclusão veio de quando eu ouvi, de uma mulher muito especial para mim, que príncipes encantados não existem. Não posso negar que é uma raça em extinção, porém apesar desse todo desencanto as mulheres ainda guardam dentro de si o desejo de encontrar o príncipe encantado. Só que, às vezes, elas se vêem forçadas a camuflar esse desejo, pois se sentem inconscientemente constrangidas por ainda ter esse tipo de pensamento infantil.
A mulher pode estar tão imbuída da busca do sucesso, da auto-afirmação, da independência financeira e emocional, de poder ser respeitada pelo faz e aplaudida por seus resultados, que igualmente pode perder a capacidade de sonhar o que também pensa ser.
Acho que posso fazer uma pequena anedota para facilitar o entendimento.
“Carolina esta aproveitando o seu horário de almoço para realizar algumas comprinhas… ultimamente é o único horário que ela tem disponível para comprar suas roupas… além de estar trabalhando demais, tem que dividir seu tempo após o expediente para fazer seu curso de inglês e cuidar da casa… morar sozinha não é algo fácil, principalmente para quem trabalhando tanto quanto ela. Mas enfim, após escolher algumas peças de roupa, vai ao caixa. Muito a contragosto tem que enfrentar aquela fila e provavelmente vai ficar sem almoçar naquele dia, abre então seu celular de última geração, que lhe dá a falsa segurança de não estar sozinha naquele ambiente hostil, onde não há sequer uma cadeira para ela sentar. Mas enquanto ela está entretida com seu celular percebe um homem entrando na loja; óculos escuros, moreno de pele clara e um maxilar protuberante com ângulos bem marcados…
Carolina desvia o olhar, mas percebe que o homem se aproxima rapidamente, seus sentidos começam a ser afetados, ela entreolha os pés dele e sobe o olhar pelas suas pernas, então escuta a voz grossa. Nesse instante não existe nada mais importante que aquele momento, aquele desejo inexplicável que tomou conta dela por aquele homem misterioso. Seria ele o seu príncipe encantado? No inicio ela chega a confundir aquele desejo com desconforto, já que seu coração está batendo bem mais forte que usualmente.
Ele aponta para seu celular e pede o seu número. Ela pragmática e controladora perde completamente o chão e os dois estabelecem um dialogo conciso em que ele pede insistentemente o seu telefone. Todas as suas armas relutam a isso, afinal ele é só um estranho. Mas num gesto quase automático ela passa o número ou até lhe dá um cartão, mas esquece de perguntar o nome. É a adrenalina do momento tomando conta de todos os seus sentidos. A Carol acaba saindo de lá às pressas, paga suas compras e acaba chegando atrasada no trabalho, mas no caminho não para de ter conjecturas mentais monólogas imaginando se ele vai ou não ligar, ou então o que ele vai falar ao ligar para ela. Ela não se sente segura se ele realmente vai ligar.
Mas no dia seguinte ele liga e convida ela para um almoço, mas ela rapidamente ativa todas as suas defesas para não se decepcionar como das outras vezes, antes que se perca, antes que se entregue e assim arruma uma desculpa qualquer para ele, alias para si mesma, e recusa o convite de conhecê-lo.”
Assim como a Carolina, a maioria das mulheres pensa que nessa floresta de concreto existem muitos estelionatários disfarçados de homens gentis e elegantes e é mais provável que seja isso do que uma nova história de amor com um possível príncipe encantado. Como elas são práticas e ocupadas, elas tratam logo de se entregar novamente ao trabalho e esquecer essas besteiras.
O que não dá é ficar se escondendo atrás da mascara de super-mulher e deixar a vida passar por puro preconceito de assumir o lado de princesa. Toda mulher tem o direito de ser feliz e encontrar seu príncipe encantado.