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Criador do tópico

Phill

Aprendiz

#581655 Bom, esse é um tópico que redigi no Blog da PUA Training e acredito que seja de grande valia, especialmente pra quem está começando agora.

Pode ser lido em http://www.puatrainingblog.com.br/falar-ou-nao-falar

Falar ou não falar?
Postado por Phill em março 29th, 2012 | Editar

Da varanda do prédio podia ver a noite caindo sobre o oceano e apesar da brisa que teimava soprar, a efervescente vida noturna tomava conta da cidade. Aquele cenário dava a entender que mais uma sarge começaria, o que eu não sabia é que na verdade uma nova vida teria seu início…


Estava de férias na casa de um grande amigo em Cabo Frio, uma das principais cidades da Região dos Lagos do Rio de Janeiro, pra mim aquilo significava diversão, bebidas e, com alguma sorte, mulheres.

Antes de sair, conversava com meu amigo, explicava pra ele a novidade que havia encontrado no final do ano anterior, aquilo que parecia ser a solução para todos os meus problemas: um método de dinâmica social, mais especificamente voltado à sedução, escrito por um mágico canadense. Num primeiro momento fiquei cético quanto àquilo, mas aos poucos começou a fazer sentido.

Lembro que havia passado meses estudando tudo que poderia ser relacionado à PUA, desde nomes famosos como Ross Jeffries e Mystery até o underground como Shark e Intense, passando ainda por Erickson e Bandler. Havia me tornado um precoce PhD nas Artes Venusianas, aquilo parecia me dar o direito de me legitimar a proclamação de Pick-Up Artist.



“O homem nasce para viver e não para se preparar para a vida” (Boris Pasternak)

A sede por informação me fazia buscar cada vez mais teoria e conhecimento sobre tudo que envolvia dinâmica social. Quando pensava em ir às ruas praticar, uma voz me dizia: “Você ainda não está pronto. Que tal aprender um pouco mais sobre linguagem corporal?” e lá ia mais uma vez procurar chifre na cabeça de cavalo tentando achar alguma resposta… pra uma pergunta que nem tinha ainda.

A pergunta que eu deveria ter feito naquela época seria: “Após essa noite de prática, o que posso melhorar”? Mas como não havia prática, não havia o que perguntar.



Muitas vezes queremos perguntar, mas nem mesmo temos a pergunta. Procurar chifres na cabeça de cavalos?

CONHECIMENTO + EGO INFLADO = MUITA FALAÇÃO

Não é de hoje que os fóruns e até mesmo encontros de PUA são lotados por pseudo-players que não demonstram o mínimo de ação, mas falam como ninguém. Se o acúmulo absoluto e exagerado de teoria fosse realmente necessário e saudável, teríamos muitos CEOs em grandes empresas, mas como o contrário prova: a prática é necessária.

Na verdade você somente irá compreender a teoria praticando e assim analisando e percebendo seus erros e sticking points a serem melhorados.

Certa vez conheci um “player” que sabia discursar e debater teorias como ninguém e realmente estava sendo admirado por outros devido ao seu alto conhecimento teórico, mas em campo esse cara não fazia lá muita coisa. Nas vezes que saímos, nunca o vi conseguir nenhum Kiss-close.

Por outro lado, tenho um ex-aluno que tem me chamado muito a atenção. Desde o primeiro momento no Bootcamp expôs “Galera, nunca li nada a respeito de PUA! Não sei nenhuma dessas siglas que vocês estão falando aí!”. O engraçado é que em campo o cara tinha os “olhos de tigre”! Realmente tinha vontade de praticar o que estava aprendendo, e os resultados eram incríveis!



O tigre mantém o foco… não tem tempo para conversas.

Mas naquela noite em Cabo Frio eu e meu amigo saímos, fomos para um barzinho numa das principais ruas de lá. Conversávamos e conversávamos, o relógio não descansava e teimava em correr a passos largos. De repente um grupo de 5 meninas lindas parou ao nosso lado, o sotaque denunciava a origem: Minas Gerais.

Na minha cabeça duas vozes discutiam:

- Showtime! Hora de abordar e fazer acontecer!

- Calma, cara! Espera ela dar uma olhada, ao menos assegure que não tem namorado!

Eu tinha que escolher: era A ou B, preto ou branco. Nesse meio tempo um desses caras fortes e musculosos abordou o grupo e estava em cima logo da que eu tinha achado a mais bonita.

Perdi a chance, eu pensei.

Meu amigo até hoje não sabe (sabia?), mas ele foi um dos responsáveis por hoje eu ser o que sou, me refiro a personalidade e foco. Ele me provocou. “Mas será que essa coisa de PUA funciona mesmo? Como teria que fazer ali?”, seu tom irônico e incrédulo estampava um desafio à minha frente.



Pra aprender a voar, você tem que se jogar…

A situação: 5 mulheres e 1 AMOG. Ação? Ousadia!

AMOGAR o cara parecia complicado, ele era grande. O grupo era bem animado, então, vamos conquistar o grupo.

Lembro que comecei um assunto qualquer sobre Minas com uma das meninas e me surpreendi quando ela prontamente falou: “Você faz um favor pra mim? Salva a minha amiga daquele cara ali?”.

- Como? – Eu perguntei.

- Finge que a conhece… o nome dela é Débora.

(…)

- Hey Débora! Quanto tempo! Vem cá me cumprimentar!

O resto da história ficou na memória.

Em meses estudando sobre PUA não tive nenhuma história pra me lembrar, apenas ler livros e assistir vídeos não me trouxe nenhuma cena marcante. Mas na primeira noite em que pratiquei vivenciei uma cena que até hoje é vívida em minha mente e me divirto ao relembrar, contar.

Portanto, parafraseando Baltasar Gracian: fique contente em agir e deixe a falação para os outros. Você vai agir?
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disturbed - MEMBRO EXCLUSIVO
#781079 É isso! Cara você fez despertar algo como uma epifania agora em mim! Me identifiquei pra caramba com o teu relato. Já me entupi de teoria até dizer chega, é hora de agir!
Valew irmão vc abriu meus olhos :mau
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DonLee

Veterano - nível 7

#938104 Obrigado por esse tópico, me dispertou. Em pensar que às vezes nos bitolamos tanto com a teoria que temos respostas até mesmo pra perguntas que NUNCA serão feitas, enquanto que quando vamos a pratica, vez ou outra ficamos sem saber como reagir a coisas simples e cotidianas.