- 10 Abr 2012, 10:50
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Trecho do Prefácio traduzido
As 33 estratégias de Guerra Robert Greene
O que nós precisamos não é de idéias impossíveis de paz e da confusão que isso nos traz, mas de conhecimentos práticos de como lhe dar com os conflitos do dia a dia.
E isso não significa sermos mais agressivos e ir atrás das coisas que queremos, mas de ser mais racionais e estratégicos quando entramos num conflito, desafiando nossos impulsos agressivos ao invés de reprimi-los.
Se há um ideal para seguir, este deve ser o do guerreiro estratégico, um homem ou uma mulher que usa estratégias racionais para vencer a guerra.
Nossas vitórias e derrotas podem nos dizer o quanto estamos nos dando bem ou mal nos inevitáveis conflitos que lhe enfrentamos na sociedade. A forma comum de as pessoas lhe darem com isso é tentando evitar todos os tipos de conflito, ficando emotivas quando lhe dão com um conflito se tornando manipuladores. Nós tendemos a fazer as coisas piorar quando estamos emocionalmente descontrolados. Guerreiros estratégicos operam de forma muito diferente: eles pensam nos ganhos ao longo prazo, descobrindo quais guerras evitar e quais são inevitáveis, eles sabem como controlar e canalizar suas emoções. Quando forçados a lutar, eles lutam indiretamente em manobras sutis, tornando suas manipulações difíceis de rastrear. Desse jeito eles mantém seu exterior calmo nesses tempos políticos. Esse ideal de agir racionalmente vem a nós de guerras organizadas onde a arte da estratégia foi inventada e evoluída ao longo do tempo.
A estratégia quanto mais bem elaborada mais guia você a vitória, permitindo que você ganhe inclusive de exércitos bem maiores. O que constitui o máximo da estratégia é a capacidade de ganhar sem o derramamento de sangue, jogando com as fraquezas psicológicas do oponente, deixando-o frustrado. Um general pode destruir seu inimigo psicologicamente antes da rendição física. Desse modo a vitória pode ser obtida a um custo muito menor.- Dependa somente de si mesmo:
Na procura por sucesso, as pessoas tendem a ir atrás de coisas simples e fáceis ou em coisas que já funcionaram antes. Isso pode significar riqueza, tecnologia, aliados, etc.
A verdadeira estratégia é psicológica, não a força material. Tudo na vida pode ser tirado de você e um dia provavelmente será. Sua riqueza pode falir, seus aliados te traírem, a tecnologia sempre estará sujeita a falhas, mas se sua mente está armada com a arte da guerra nada pode tirar isso de você. No meio de uma crise, sua mente sempre achará uma solução.
- Evite derramar sangue:Seu interesse em uma guerra não deve ser a violência e a brutalidade que isso provoca, mas sim o
ideal de ganhar sem derramar sangue. Pratique uma guerra indireta, sutil, use a agressividade do inimigo contra ele mesmo. A agressão é previsível e as pessoas sempre tendem a tomar partido da vítima e não do agressor. O poder estratégico supremo implica em ganhar uma guerra com o mínimo de efeitos colaterais e o máximo de aceitação pública.
- Pense no longo prazo:A vida é uma guerra constituída de várias batalhas. Nós tendemos a nos preocupar excessivamente com a batalha que enfrentamos agora sem nos preocupar com o as demais que ainda estão por vir. O verdadeiro estrategista sabe como planejar suas manobras estratégicas visando ganhar a guerra e não a batalha. Pense nas conseqüências de longo prazo de suas decisões e,como no xadrez, aprenda a sacrificar algumas peças se isso for contribuir para o objetivo final, matar o rei.
- Espiritualize suas habilidades de guerra:Todos os dias enfrentamos batalhas, essa é a realidade de todas as pessoas que pretendem sobreviver, porém a pior de todas é contra você mesmo: suas fraquezas, suas emoções, sua incapacidade de planejar o futuro. Você precisa declarar guerra a si mesmo. Você deve enfrentar seus medos, colocar a si mesmo em teste e ir atrás de objetivos cada vez mais audaciosos. Um verdadeiro guerreiro não espera a guerra vir até ele mesmo, ele vai até ela.