Aqui é aonde Arquivamos as discussões e debates do PUABASE.
Apenas Membros VIPS
Organização sempre!
Avatar pua

Criador do tópico

zera

MEMBRO PROFISSIONAL

#137741 Olá, Designers Sociais! :legal

PROPONHO UM DEBATE! :yaaah

Mostrei a crônica abaixo para algumas amigas e elas ficaram emocionadas.
Muitos aqui sabem que eu parei de seduzir mulher dos outros, mas esse texto fala justamente sobre uma das minhas últimas experiências com essa variedade de mulher, antes de mudar de mentalidade.

Peço-lhes que a leiam, toquem-se pelas palavras, e não evitem se emociar.

Em seguida, coloquem suas opiniões sobre prós e contras dessa conduta de Ricardão.
E se quiserem, coloquem também relatos curtos de situações parecidas da vida de vocês que tenham sido importantes para a compreensão do amor em suas vidas.


QUEM ERA O RICARDÃO?
Faz anos que eu parei de sair com mulher dos outros.
Cobiçar a mulher do próximo deve ser realmente um pecado...
Mas, convenhamos: tem próximo por aí que é sortudo demais!
.

Sortudo assim era aquele Químico da USP! Veterano gentil, generoso, mas inocente, que matriculou sua namorada no mesmo curso e turma que eu.
Num primeiro instante, a postura e o comportamento recatado dela me chamaram a atenção. Mas cerca de uma hora e meia depois essa mesma atenção ainda fluía dos meus olhos até ela.
Algo estava acontecendo.

Ela se sentiu obrigada a virar para trás para saber o que era aquilo que a tinha aquecido e incomodado a aula toda.

E ao virar-se, encontrou o meu olhar – o responsável.

.

Tão surpresa e esclarecida ficou, que nesse momento se paralisou.
Por um segundo, seu corpo parou. Seu rosto congelou. A boca tremeu aberta, mas já não lembrava o que ia dizer á sua amiga.
Mas prontamente me disse “sim” quando pedi para acompanhá-la até sua casa.
Que curtos foram aqueles quilômetros em sua companhia…

Ao despedir-me em seu portão, quis eu que aquela noite tivesse sido apenas o início de uma amizade comum.
Mas já era tarde demais. Minha vida não seria mais a mesma. Nem a dela.

.

Passei o fim de semana acamado, feliz e doente, sofrendo os delírios febris de uma infecção de amor que tinha se alastrado por tudo que era vivo em mim.
A cada hora, os espasmos da paixão me atacavam mais violentamente.
Algo precisava ser feito, antes que aquela ferida terminasse por levar embora a sanidade da minha mente.
.

Ao vê-la denovo, pude constatar que também se contagiara da mesma enfermidade que me assolava. Os sintomas eram evidentes: pupilas dilatadas, têmporas vermelhas, dificuldade de concentração e paralisia momentânea ao ver a pessoa desejada.
Cavalheiro que sou, nova escolta fiz até a sua casa. Mas logo após quatro quarteirões, estávamos tão debilitados, que não conseguíamos mais andar. E sob a sombra escura do primeiro bosque, decidimos nos curar.

.

Beijo voraz, de investidas esfomeadas. Nos emudeceu enquanto nossas línguas se consumiam.
Como que se afogando em auto-mar, nossos braços desesperados traziam para perto os nossos corpos inquietos.
300 anos.
Não sei como fomos capazes de esperar tanto tempo por esse reencontro. Mas finalmente, os amantes predestinados podiam ter um ao outro novamente.

.

Na mesma noite, sozinho em meu quarto, uma música surgiu.
Seu nome tornou-se um mantra que se repetia ao som dos suspiros e dos estalos de nosso beijo, que meus ouvidos se negaram a esquecer.
Eu estava impregnado dela: seu rosto ainda nítido em minhas mãos, seu cabelo ainda frutado em meu nariz e sua saliva ainda correndo pelas minhas papilas, mais doce do que a própria vida.

.

Por causa dela tornei-me religioso.
Nossos cultos eram realizados quase que diariamente. Elas se despedia do namorado e já vinha me encontrar na igreja do amor - minha casa.
Eu reverenciava a minha Deusa sempre de joelhos. De joelhos e estrangulado entre suas pernas.
O Monte de Vênus era o mirante de onde eu apreciava a sua paisagem divina.
Reentrâncias e elevações cujas cores ocilavam entre a Margarida e a Rosa á medida em que eu avançava em sua descoberta.
Abalos repentinos faziam-nos tremer. Suas mãos me descabelavam e seus olhos viravam-se para dentro como num transe.
Ondas violentas nos arrebatavam para o fundo de um oceano de prazer que terminava por lançar-nos de volta na cama, molhados, exaustos e sem ar.

.

Perdido em seu pescoço, muitos foram os momentos em que tive vislumbres do que seria uma vida sem lança, arco ou flechas.
Nada mais de caça.
Nem de trabalho, nem de escola, nem de vida. Ela era a única coisa que eu queria fazer com todo o tempo que eu tinha.

.

Parecia um sonho.
Exatamente um sonho, pois não tinha Futuro, nem Fundamento.

Não tinha Futuro, pois seu rosto, embora feliz, tinha como fundo os traços da agonia, que encerra todo capítulo que é belo.
Não tinha Fundamento, pois ela não era livre. Era escrava de dois senhores. Um deles era a Fidelidade, que almejava recuperar. O outro era o seu sonho de ser Estilista.
Sonho esse que parecia meu, quando passava comigo tardes carinhosas, onde me vestia á sua moda, brincava com o meu cabelo e esculpia em mim cavanhaques do Século XVI.

Somente uma mulher que não tinha como ser minha poderia me amar de tal forma.

.

Minhas premonições estavam prestes a se realizar…
E para cumprir com o destino de tudo que se gosta em demasia, ela desapareceu. Junto com o homem de antes.
Restaram-me apenas alucinações e reflexões para viver.

.

23 mulheres foi o tempo que levei para compreender a sua passagem na minha vida.
E hoje, após esse aprendizado, posso concluir que:

“O Amante não era eu. E sim, aquele Químico da USP que levou a minha mulher embora! Ricardão de uma figa!”


Abraz
ZERA
RWies

Aprendiz

#137751 É... Se fosse um conto erótico não seria a mesma coisa!

Isso é o que eu chamo de "O CORNO É ELE!" reverso!

Aliás, vossa senhoria já pensou em escrever profissionalmente? =D

Abraços por trás! =D
Avatar pua
Sharkx

Pickup Artist

#137754
zera escreveu:Mas, convenhamos: tem próximo por aí que é sortudo demais!
essa frase disse tudo.......eu nao defendo ricardao......mais nao acuso......porque em um caso desses....posso cair em tantaçao :mau
zera escreveu:“O Amante não era eu. E sim, aquele Químico da USP que levou a minha mulher embora! Ricardão de uma figa!”
ri demais nessa parte......ele so deu sorte de achar ela primeiro
rockstar

MEMBRO PROFISSIONAL

#137772 Como senpre ótimo o relato de zera , realmente ser o ricardão gera esses tipos de sentimentos mas para mim sem ser antiético eu adoro esse tipo de conduta , eu terei várias mulheres e vou pegar a mulher daquelesque fizeram minha vida um inferno e esfregar na cara deles, pode ser que aconteça o que aconteceu com você mas estou disposto a assumir esse risco.
Avatar pua
Shopen - MEMBRO EXCLUSIVO
#137775 Vou pedir pro Zera me ajudar nas aulas de redação :ae

Otimo texto, e falando sério eu sempre evito me relacionar por muito tempo com mulheres desse tipo, afinal se você se apega, você se ferra :chora

:confuso Eee Ricardão, serás que um dia deixaras de ter chifres ?
Avatar pua
-Carcará- - MEMBRO EXCLUSIVO
#137779 Gostei disso aqui! :sorri
Beijo voraz, de investidas esfomeadas. Nos emudeceu enquanto nossas línguas se consumiam.

Propõe um debate? Sobre ficar com a mulher dos outros? Eu topo.
Nesse último fim de semana, eu tava num set com o meu amigo, o meu irmão e a namorada do meu amigo. Eu estava contando mtas piadas, fazendo todos rirem, até com um pouco de C&F, e não demorou mto tempo ela começou a me lançar uns IDIs.
Primeiro, ria bastante (apenas ela) do que eu falava. Logo mais, fixou o olhar em mim, não desgrudava os olhos por nada. Depois, começava a continuar o que eu falava depois q eu mesmo me interrompia. E lá pelas tantas resolve perguntar sobre mim, o meu nome, o q eu fazia, minha idade.... Na frente do namorado dela!
Eu na verdade nem estava la pra jogar, e É CONTRA MEUS PRINCÍPIOS MEXER COM MULHER DE AMIGO. Pra mim, mulher de amigo é homem. Simples e definitivo. E sinceramente nem fiquei mto interessado nela.
Mas q eu fiquei de cara com o olhar fixo dela pra mim, ah isso eu fiquei.
Abs Zera, teu blog eh mto bom, eu acompanho pelo RSS!