- 14 Mai 2010, 17:12
#33902
Autor: MandrakeAlpha
Hoje eu entrei num elevador. Mais um. Trabalho em vários andares diferentes de um mesmo prédio. Logo, todos os dias eu entro várias vezes em vários elevadores diferentes.
Todos são iguais. Alguns são de carga e alguns têm aquelas mulheres que apertam os botões para você, mas todos, no fundo, são iguais.
Enfim, hoje entrei num elevador, igual a todos os outros. Entramos eu e mais outras duas mulheres que trabalham comigo – apenas duas amigas. Estávamos no 16º andar, indo em direção ao Subsolo 1. Final de mais um dia.
Mas, de repente, o elevador mudou. Uma mulher – mulher de verdade – entrou no mesmo. Pela aparência, devia ter uns 24 anos. Loira, olhos bem azuis. Me apaixonei. Nunca tinha acontecido isso comigo, ela entrou e eu me apaixonei. Vestia um moletom azul relaxado, calça jeans surrada e não estava com uma cara muito amigável; mesmo assim, sem motivo aparente, criei toda uma conexão com ela.
Ela entrou e encostou-se na parede do elevador, olhando para os próprios pés. Ao meu lado, minhas colegas conversavam amigavelmente enquanto eu pensava a melhor maneira de abordá-la.
Pensei em pedir-lhe uma opinião.
Depois, quis usar a velha história do “se eu não fosse gay, você seria toda minha”.
Por fim, simplesmente quis dizer que a achei interessante e que queria conhecê-la – e pela primeira vez isso tinha um sentido real... não que eu não tivesse me interessado pelas outras, mas por ela era diferente.
Enquanto eu calculava, pessoas entraram e saíram do elevador, e ela continuava olhando para os pés. Pensei “se eu tivesse que dar uma nota de 0 a 10 para ela, com esse moletom, daria 9... imagine ela numa balada”.
Nisso, o elevador chegou ao subsolo 1. Ela queria ter parado no térreo, assim como outras pessoas, mas nenhuma delas verificou se o botão estava apertado. Minhas amigas desceram, e eu também.
Nesse momento, me senti um fracassado. Eu podia ter, naquele momento, conhecido uma pessoa fantástica. Talvez não fosse, aliás, provavelmente não era, mas podia ter sido.
E foi assim que eu joguei os processos nas mãos de uma amiga minha e subi as escadas correndo. Na minha frente, vi passar um homem que estava no elevador conosco. Olhei para trás e ela não estava. Olhei para a frente, para a porta, e a vi saindo. Fui atrás, esbaforido.
Ela atravessou a rua, o sinal abriu e os carros se colocaram entre nós... e eu a vi ir embora. Naquele momento, senti a magia desaparecer, e eu soube que o momento havia passado. Voltei para o elevador, e ele era apenas mais um elevador; nada de diferente.
Uma palavra... não, menos, um gesto, era tudo o que eu precisava.
Fiquei calculando e acabei sem nada.
Às vezes, é melhor não pensar do que pensar demais.
E, se mesmo assim, você precisar de um argumento racional para isso, lembre-se: sedução é um processo emocional, logo, inconsciente; pensar ajuda, mas não resolve.
Se você não está conseguindo agir, se está preocupado com "a melhor maneira" de fazer algo mas não a faz, se está pensando sobre teorias... largue tudo isso. Apenas faça.
Apenas aja.
Hoje eu entrei num elevador. Mais um. Trabalho em vários andares diferentes de um mesmo prédio. Logo, todos os dias eu entro várias vezes em vários elevadores diferentes.
Todos são iguais. Alguns são de carga e alguns têm aquelas mulheres que apertam os botões para você, mas todos, no fundo, são iguais.
Enfim, hoje entrei num elevador, igual a todos os outros. Entramos eu e mais outras duas mulheres que trabalham comigo – apenas duas amigas. Estávamos no 16º andar, indo em direção ao Subsolo 1. Final de mais um dia.
Mas, de repente, o elevador mudou. Uma mulher – mulher de verdade – entrou no mesmo. Pela aparência, devia ter uns 24 anos. Loira, olhos bem azuis. Me apaixonei. Nunca tinha acontecido isso comigo, ela entrou e eu me apaixonei. Vestia um moletom azul relaxado, calça jeans surrada e não estava com uma cara muito amigável; mesmo assim, sem motivo aparente, criei toda uma conexão com ela.
Ela entrou e encostou-se na parede do elevador, olhando para os próprios pés. Ao meu lado, minhas colegas conversavam amigavelmente enquanto eu pensava a melhor maneira de abordá-la.
Pensei em pedir-lhe uma opinião.
Depois, quis usar a velha história do “se eu não fosse gay, você seria toda minha”.
Por fim, simplesmente quis dizer que a achei interessante e que queria conhecê-la – e pela primeira vez isso tinha um sentido real... não que eu não tivesse me interessado pelas outras, mas por ela era diferente.
Enquanto eu calculava, pessoas entraram e saíram do elevador, e ela continuava olhando para os pés. Pensei “se eu tivesse que dar uma nota de 0 a 10 para ela, com esse moletom, daria 9... imagine ela numa balada”.
Nisso, o elevador chegou ao subsolo 1. Ela queria ter parado no térreo, assim como outras pessoas, mas nenhuma delas verificou se o botão estava apertado. Minhas amigas desceram, e eu também.
Nesse momento, me senti um fracassado. Eu podia ter, naquele momento, conhecido uma pessoa fantástica. Talvez não fosse, aliás, provavelmente não era, mas podia ter sido.
E foi assim que eu joguei os processos nas mãos de uma amiga minha e subi as escadas correndo. Na minha frente, vi passar um homem que estava no elevador conosco. Olhei para trás e ela não estava. Olhei para a frente, para a porta, e a vi saindo. Fui atrás, esbaforido.
Ela atravessou a rua, o sinal abriu e os carros se colocaram entre nós... e eu a vi ir embora. Naquele momento, senti a magia desaparecer, e eu soube que o momento havia passado. Voltei para o elevador, e ele era apenas mais um elevador; nada de diferente.
Uma palavra... não, menos, um gesto, era tudo o que eu precisava.
Fiquei calculando e acabei sem nada.
Às vezes, é melhor não pensar do que pensar demais.
E, se mesmo assim, você precisar de um argumento racional para isso, lembre-se: sedução é um processo emocional, logo, inconsciente; pensar ajuda, mas não resolve.
Se você não está conseguindo agir, se está preocupado com "a melhor maneira" de fazer algo mas não a faz, se está pensando sobre teorias... largue tudo isso. Apenas faça.
Apenas aja.