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Criador do tópico

guerreiro

Aprendiz

#87123 ((( Vou colocando de um a um...)))




Os invejosos, de Sofrimento Manipulativo ou de Falsa Necessidade.


O choro é um chamado à atenção dos pais usado pelas crianças. Algumas delas podem ter utilizado com mais frequência do que o usual este recurso, como uma estratégia para receber mais apoio e "amor". Trata-se de uma busca de atenção negativa, muitas vezes utilizada por crianças que têm irmãos brilhantes ou que levam todas as glórias, restando-lhes queixar-se ou utilizar a dor e o sofrimento. Outros podem ter tido uma infância difícil e dolorosa, sofrendo perdas fortes, passando a cultivar nostalgicamente o que perderam. Introjetaram, assim, a ideia de que é preciso sofrer para merecer ou conseguir. Os sentimentos resultantes são falta, abandono e perda.

A Inveja é a Paixão de ter o que o outro tem (ou é imaginado que tenha), ou de querer ser igual a ele, que vem acompanhada de uma sensação de falta. Há uma tendência a valorizar mais o que falta do que o que se tem (imagem do copo d`água pela metade, do qual se vê apenas a parte vazia). A atenção é focada nos detalhes do que está longe ou com o outro, parecendo sem atrativos aquilo que está à mão.

Esta atitude faz com que as pessoas com esse defeito de personalidade tenham baixa auto-estima e uma grande sensação de escassez. Têm um doloroso sentimento de carência e uma ânsia e, até mesmo voracidade, por conseguir aquilo que percebem carecer, que os levam a manifestações como: exigência, apego, dependência, competição.

Eles têm a sensação de que há coisas faltando em sua vida, as quais outros detêm. Há uma atração pelo distante e pelo inalcançável. Identificam-se com uma imagem depreciada se si mesmas, sentido a bondade e a beleza como algo externo e que precisa ser incorporado. Talvez por isto - sentirem em si a feiura - tenham desenvolvido tanto o sentido do belo e do estético, que buscam avidamente como se não o tivessem no seu interno.

Sentem forte desejo de aceitação e, a única forma que veem de compensar sua baixa-estima é através do amor. O "amor" torna-se um vício, uma dependência. Não suportam a solidão afetiva. Sofrem quando perdem o que eles mesmo provocaram. Há muito masoquismo na sua forma de agir.

Por se compararem com o outro e se sentirem inferiores, costumam "cortar cabeças" para se verem mais altos. Quando pensam em suicídio, o que ocorre com frequência, o que mais lhes agradam é imaginarem o sofrimento dos outros e a atenção que receberiam no enterro.

Certos Invejosos dão a impressão de desejar causar danos aos outros, por terem o que lhes falta. mas trata-se de um desejo demasiado forte de ter a aceitação das pessoas pelas quais se sentem rejeitados. Outros se mostram auto-exigentes, às vezes até masoquistas, no seu esforço de conseguirem alcançar suas metas sozinhos.

A Inveja, se olhada por um outro ângulo, pode mostrar uma atitude de pessoas superiores: "eu mereço mais do que o outro". Na realidade, para os Invejosos a dor é ampliada estrategicamente para aumentar a necessidade e, assim, alguém vir ajudar. A Falsa Necessidade é a utilização manipulativa da dor, sofrimento e tristeza, que pode existir, mas foi ampliada, exagerada. Há uma tendência ao trágico e ao melancólico, traços estes exagerados de forma manipulativa.

Não se achando merecedores de alegria, usam a dor para atrair carinho e cuidados, fazendo-se de vítimas. Esta predisposição ao papel de vítima, esta tendência subjetiva, acaba sendo confirmado por uma realidade externa.

Às vezes, para este tipo, o sofrimento passa a ser o sentido maior da vida, o qual usa-o para obter cuidados alheios, buscando proteção e caindo para ser levantada. Devido ao caráter inconsciente desta estratégia não se conformam com isto, achando que a vida lhes deve muito. Sofrem também pela falta de consideração e reconhecimento, se magoando com facilidade.

Pessoas com esse defeito de personalidade buscam, a qualquer preço, o diferente, o desejo de serem únicos; como não conseguem, ficam com Inveja de quem está saciado ou que não deseja tanto. É uma sensação de "saco-sem-fundo". Têm acuidade para perceber imediatamente o que o outro tem e que eles acham que não tem, e que poderia ajudá-los na busca do incomum.

Uma atitude constante ( claramente inconsciente) dessas pessoas é dificultar as situações, por mais simples que se apresentem, o que parece pouco razoável mas é consoante com sua estratégia de Manipular com o Sofrimento: a dificuldade criada traz atrito, o atrito trás incômodo e dor e isto leva ao sofrimento.




Características Associadas

Em geral essas pessoas despedem muito esforço para melhorar e encher o vazio existencial. Querem fazer o fora do comum, belo, artístico e criativo, para compensar uma pobre auto-imagem. os modo requintados e o bom gosto disfarçam sua baixa auto-estima. Tem muita imaginação, sensibilidade e uma inclinação para o refinamento. Possuem com frequência dotes artísticos, exprimindo seus talentos na dança, música, teatro e literatura. Cultivam um estilo de vida elegante e uma apresentação original. Sua criatividade aparece desde o vestir até na sua visão empresarial.

Há muita densidade em suas ações, como se tudo só pudesse ser conseguido com muito esforço e sacrifício. São dramáticos e buscam por emoções fortes como se a vida não tivesse valor sem elas. São emocionalmente instáveis, passando da euforia à tristeza rapidamente.

Devido à empatia com o sofrimento alheio, frequentemente envolvem-se em causas e campanhas contra a fome, contra injustiças ou a favor de minorias.

São leais e conscienciosos e alguns "representantes" deste "grupo" desenvolvem atitudes antivergonha, um esforço para serem reconhecidos, fazendo as coisas com muita tenacidade.

São extremamente românticos, tem atração pela melancolia e cultuam muito o gosto pela saudade.
Dão grande importância ao amor, apesar de verem este aspecto com uma visão trágica e carente. São nostálgicos e adoram reminiscências, recordando com frequência algo que perderam.

São motivados por projetos que contenham uma dimensão humana.


Algumas outras características: Culpado, vergonhoso, agressivo, castigador, competitivo, criativo e original, refinado e elegante, denso, dramático, especial, hipocondríaco, individualista, perceptível, lírico, persistente, reivindicador, sugador, supersticioso, veemente, "urubu-de-plantão", "profeta-da-desgraça", "Romeu".

Sumário: Inveja, Sofrimento Manipulativo, Falsa Necessidade, carinho, melodrama, auto-imagem pobre, masoquismo, emotividade, refinamento, interesses artísticos, prodigalidade, arrogância competitiva.
TheSun

Veterano - nível 3

#87171 Kra.... muito bom.... eu já fui assim... melancólico... nostalgico... ficava querendo reviver coisas passadas...tipo não ia pra frente... fiz um trabalho com pnl e mudei... mas agora to querendo ajudar um amigo meu q tb eh assim.... e não sabia direito como explicar pq isso acontece pra ele.... pra mim isso foi 100% válido.... mto legal...
zlpg

Veterano - nível 9

#87241 Cara muito bom seu tópico vc me descreveu completamente..

Maais to procurando ajuda..

Lendo mais livros..e ocupando minha mente :sorri

abraços amigo!
bomb1000

PUA EXPERT

#87259
guerreiro escreveu:
A Inveja é a Paixão de ter o que o outro tem (ou é imaginado que tenha), ou de querer ser igual a ele, que vem acompanhada de uma sensação de falta.


Acho que sua definição pra inveja está errada. Querer ter o que o outro tem é cobiça...Inveja é querer que o outro nao tenha!

Criador do tópico

guerreiro

Aprendiz

#87366 Ira e Perfeccionismo

Quando crianças podem ter sido criticadas e muito exigidas relativamente a serem comportadas e corretas, tendo por isto, desenvolvido de forma obsessiva, atitudes voltadas para o cumprimento das exigências, reprimindo seus sentimentos e amortecendo sua espontaneidade e criatividade. Para outras crianças, parecem ter sido passadas, implícita ou explicitamente, críticas constantes sobre o errado estado das coisas em geral, especificamente quanto às atitudes mais liberais, soltas e alegres, fazendo-as sentirem ser necessárias ações corretivas e a manutenção de uma postura rígida e compenetrada.

A raiva dessas pessoas está em alto grau ligada à dificuldade de aceitar as coisas como elas são. Inicialmente tem Raiva do que são em contraposição com o que acham que deveriam ser. Esta não aceitação de si se transforma a seguir em não aceitação dos outros e das coisas.

A Ira não é propriamente uma atitude violenta, sendo mais crítica. Esse tipo não gosta de se expressar de maneira agressiva, a não ser quando indignado ou em nome da Virtude. Sua Ira é disfarçada de boas intenções. Sendo idealistas, são capazes de tudo por uma boa causa, que funciona como válvula de escape e para a expressão de sua Ira. A expressão da Raiva de forma ordinária é vista por eles como uma atitude primitiva e própria de seres inferiores, exceto quando é justa. Disfarçam esta Raiva latente com atitudes de bondade intencional.

A energia da Raiva, por estar bastante inconsciente nestas pessoas, aparece transformada em impulso obsessivo. Esta atitude disfarçada de expressar a Raiva, no entanto, é insuficiente para sua plena liberação, fazendo-a aparecer freqüentemente sob as forma de impaciência e irritação. Contudo, a manifestação mais específica da experiência emocional da Ira não expressada claramente é o ressentimento, experimentado juntamente com um sentimento de injustiça ante as responsabilidades e esforços despendidos por eles em maior medida do que pelas demais pessoas.

A Raiva pelas coisas não serem como gostaria que fossem leva estas pessoas às atitudes perfeccionistas, numa tentativa de modificar o que não está correto segundo sua percepção distorcida. É também uma tentativa de corrigir o não se sentir bom suficiente. São Exigentes e impacientes consigo e com os outros, tornando-se irritados com os erros que “vêem” permear tudo. Sua evidente falta de “jogo de cintura” torna-os freqüentemente inadequados e incomodativos.

Preocupados com o que devem fazer e de que forma, os Perfeccionistas raramente se perguntam o que querem da vida. Possuem muito sentido do dever, confundindo a busca do prazer com um afastamento da obrigação e do trabalho. É pouco auto-indulgente. Ao corrigir a si e aos outros, não percebe o valor intrínseco das coisas.


Características Associadas

Essas pessoas possuem muito sentido de dever e procuram manter altos ideais e grande rigor pessoal, profissional e nas relações. Por isto são muito exigentes e cobradores na avaliação dos resultados de suas ações e dos demais. São respeitadores das leis, normas e instituições. Aparentam serem bons cidadãos, inspirando confiança, dignidade e integridade. Eles gostam e fazem de tudo para serem vistos assim. Há uma bondade intencional por detrás destas atitudes, que não raro escondem autoritarismo, superioridade, arrogância, controle, competição e o “tem que ser do meu jeito”.

Seguros de si e argumentativos se expressam com correção, pesando cada palavra. Alguns deles chegam ao pedantismo.

Apesar de sua rigidez, de ter baixa criatividade e ser pouco aberto às idéias novas, costumam ser bons administradores, colocando suas idéias em prática. Tem pouca dúvida, vendo o mundo de forma maniqueísta (certo-errado, bom-ruim).

Sua atitude perfeccionista, de achar sempre um defeito, uma mancha, bem como se sentir mau e sujo internamente, tem muito que ver com uma característica comum nessas pessoas: são “arrumadinhas” e tem mania de limpeza.

Censuram tudo e filtram demasiado, perdendo muita energia com tais atitudes. Não usufruem o sucesso alcançado, pois sua meta está sempre “do outro lado da montanha”. Ao perseguí-la obsessivamente, deixam de aprender e “curtir” o caminho. Não “deixam o rio correr”, pois acham conhecer “um melhor percurso para ele”.
Essas pessoas usam a virtude para obter respeito, poder e domínio. São puritanos e moralistas, ou melhor, falso-moralistas. Obedecem mais a princípios do que a autoridade. Falam pouco, mas o que dizem tem a forma de um dogma religioso. Não costumem rezar, porque são suas próprias igrejas. Apegados à justiça podem lutar intensamente para estabelecê-la.

Seu funcionamento ocorre em duas velocidades bem distintas; age com decisão e rapidamente quando sabe o que quer ou a situação exige, pois tem pouca dúvida, confiança na sua atuação e prioriza o Centro Instintivo-Motor; contudo seu perfeccionismo, aliado ao “medo-de-errar” e maniqueísmo pode retardar sua ação, que estará permeada de excessivo cuidado, muita minúcia e crença numa única decisão boa.


Algumas outras características e atitudes: Austero e contido, fleumático, aristocrático, cauteloso, conservador e convencional, detalhista, disciplinado, distante, enfadado, exemplar, preocupado com a correção, desvaloriza o prazer e supervaloriza o dever, “vulcão controlado”, negação da agressividade, ideologia pacifista, cabeça dura, sisudo, inadequado, manipulador, melindrado, meticuloso, nostálgico, pontual, reformador, sonso, sistemáticos, tenso, zeloso.

Sumário: Ira, Perfeccionismo, crítica e autocrítica, exigência, domínio, hipercontrole e disciplina.

Criador do tópico

guerreiro

Aprendiz

#89225 Medo e Dúvida

Podem ser crianças que, muito cedo, perderam a confiança na autoridade representada por pais inconfiáveis, violentos e distantes. Tais crianças se sentido inseguras procuraram um protetor ou aprenderam a detectar quaisquer sinais de perigo ou ainda desenvolveram uma agressividade contra a violência ameaçadora. O mundo é perigoso, sendo necessário estar sempre desconfiado e alerta. Este pensamento tornou alguns cautelosos e medrosos e, outros, paranóicos e hostis.

Outros podem ter recebido cuidados e atenção à medida de que eram bons e obedientes, aprendendo que a expressão do amor vem apenas através da obediência. Assim, se transformaram em cumpridores compulsivos dos deveres.

Na maioria dos integrantes desse grupo o Medo aparece como uma característica psicológica explícita, sob diversas formas: medo do desconhecido, do futuro, de não conseguir ou não dar conta, que gera o medo do castigo, medo de hostilidades, de não sobreviver, de amar, enfim medo de viver. Em outras pessoas, mais caracterítico do que os medos descritos ocorrem a presença da ansiedade, que é um medo congelado ou alarme ante um perigo que deixou de ameaçar, mas continua sendo imaginado. Da mesma forma ocorre a angústia, que pode ser descrita como um medo difuso, de origem indeterminada, um medo de fantasmas ou imaginário.

Existem nesse grupo, uma ramificação. Há os que são Fóbicos, que são tímidos, muito inseguros, cautelosos, vacilantes e tem medo de errar. Estes não confiam na sua própria capacidade e precisam estar sempre à sombra de alguém que julgam mais corajosos, tendendo a respeitar a se submeter às autoridades. Há outros que são os Contrafóbicos, por outro lado, parecem fortes, lutadores e decididos. São agressivos e enfrentem o Medo a qualquer custo, pois seu maior Medo é sentir Medo. Escamoteiam o Medo correndo riscos. Bancam os valentões para intimidarem. Trata-se de uma coragem falsa, aprendida, apenas um antagonismo do Medo. Buscam o poder para sentirem mais seguros e são muito autoritários. Quando alcançam o poder costumam não saber o que fazer. Põem sempre a culpa no outro para aliviarem o seu imenso sentimento de culpa. Estes se opõem e contestam as autoridades. Ambos, fóbicos e contrafóbicos podem respeitar a autoridade dentro do seu grupo e opor-se a ela quando externa.

A intensidade e a variedade de medos que assolam estas pessoas deram origem a uma serie de condutas relacionadas com sua expressão, tais como: insegurança, dúvida, indecisão, titubeio, paralisação, excesso de cuidados, evitar decisões, dificuldade com situações não estruturadas e muitas outras.

A dúvida compulsiva e a ambivalência dela resultante levam as diferentes “ramificações” a utilizarem várias estratégias numa tentativa de obterem segurança. A organização e a atração por sistemas hierarquizados, onde as coisas estão previamente definidas, é um antídoto eficiente para quem muitas vezes não sabe qual passo dar nas situações mais simples.

O mesmo ocorre com aqueles que se afinam com ideologias, pois aí buscam o apoio rígido que elas ditam. O fanatismo e o dogmatismo certamente afastam as dúvidas. O autoritarismo, a utilização de fórmulas e regras e a busca obsessiva pelos postos de comando são também estratégias utilizadas por eles.

Características Associadas.

Adoradores de ídolos. Respeitam a autoridade de cima e subjugam a de baixo. Tem mania de grandeza e de perseguição. As dúvidas os tornam muito postergadores. Compensam muitas vezes a dúvida com a intelectualização, necessitando de um sistema de bases teóricas para resolverem os problemas. Alguns tem fortes tendências religiosas e transcendentais, pois o misticimo pode funcionar como uma fuga contra o Medo. Outros buscam a proteção na família, a qual são muito ligados.

Trata-se de um tipo contraditório, ambivalente, torturado e angustiado. O conflito está presente em tudo, pois o Medo faz muitas perguntas. As decisões tem que passar sempre pelo crivo intelectual, às vezes repetidamente. Qualquer situação por menor que seja é vista sob mil matizes. Tende a complicar as coisas simples, sendo excessivamente explicativo e analítico. Vê inimigo por todos os lados. Sente que o mundo conspira contra ele. É propenso a manter uma vigilância constante quando em ambientes desconhecidos, nunca se relaxando. Fica desconfiado inclusive quando é tratado com afeto, recordando-se que, no passado, quando confiou, foi ferido ao relaxar a vigilância. Para fazerem sua escolha, acumulam o máximo de informações, examinam as opiniões das pessoas envolvidas e refletem minuciosamente sobre as ações posteriores.

Algumas outras características e atitudes: Auto-acusação e culpa, sarcástico e irônico, dificuldade na ação, defensivo, impositivo, antecipador de perigos, teórico e analítico, “do contra”, argumentador, arrogante, astuto, baixa espontaneidade, cálido, confuso, cooperativo, cortês, crítico, devotado, hipocondríaco, implicante, megalomaníaco, paternalista, familiar, preocupado, superprotetor.

Sumário: Medo, ansiedade, dúvida e ambivalência, paranóia, orientação teórica, belicosidade, rigidez, orientação para a autoridade e ideais, afabilidade cativante, acusação d si mesmo e dos outros e hipervigilância.

Criador do tópico

guerreiro

Aprendiz

#95427 Avareza e Distanciamento

Podem ter sido crianças que sentiram, desde o ventre materno, não terem sido desejadas. Outras, o serem deixadas de lado, choraram por carinho e afeto, mas não foram atendidas. Assim, resolveram que era mais seguro necessitar de pouco, pois ao precisar não obtiveram. Necessitar de menos também dá autonomia e independência. Outras, ainda, se viram sendo invadidas ou superprotegidas, se sentido roubadas de sua privacidade e se protegeram no isolamento.

A Avareza é uma paixão de retenção. Trata-se de uma resposta automática e inconsciente ao sentimento arraigado de que “tenho pouco e preciso reter esse pouco para não ficar sem”. É um apego ao pouco que sente ter, um medo de perder o pouco que tem. Normalmente não gostam de dar nem de jogar fora, guardando mesmo aquilo que não precisam mais.

A Avareza é algo muito mais amplo do que a retenção material (podendo esta nem mesmo existir), permeando outras atitudes bem mais importantes e significativas. O condicionamento psicológico de reter afeta a sociabilidade, a comunicação, o contato, a expressão de desejos, a espontaneidade, a expressão de afeto e de todos os sentimentos, sejam positivos ou negativos.

Ao nível de sentimentos, o Avarento para não compartilhá-los com outros, pois imagina que corre o risco de perdê-los, esconde-os para si. Agindo assim, passa uma imagem de distante, frio, desinteressado e pouco sensível.

A predisposição retentiva dessas pessoas pode ser vista como uma mesquinharia consigo mesmo, levando-os a tentar preencher o vazio que sentem trazendo coisas de fora, cobiçando bens materiais, conhecimento e, às vezes, sucesso e glória. Contudo, ao conseguirem tais coisas, não as compartilham.

Esconder, isolar e distanciar é a solução encontrada por elas para proteger a predisposição retentiva (“se ninguém vê, não corro o risco de que me peçam algo”). Assim o Avarento ergue em torno de si uma redoma protetora, uma barreira para dificultar o acesso dos outros.

A estratégia do Distanciamento não é devida apenas ao risco de perder o pouco que acham ter, mas também a uma sensação de desilusão com o mundo externo, de desistência, a princípio, como se lá nada tivesse o que valesse a pena receber, ou que valesse algum esforço.

Às vezes, parece à primeira vista, tratar de pessoas que conseguiram acessar certas Virtudes buscadas por todos: a interiorização e o desapego. Mas, observando tais características cuidadosamente, percebe-se não serem virtudes reais, mas atitudes neuróticas de fuga e desistência.

Há uma cristalização de um círculo vicioso no caráter delas. A sensação interna de pobreza ou de ter pouco, leva-o à conclusão inconsciente de que deve isolar-se ou distanciar-se para não correr o risco de ter que dar o pouco que tem. Mas isolando-se, diminui suas chances de receber e isto intensifica a sensação de ter pouco. Perpetua-se, assim, a sensação de pobreza e aridez, que acaba criando a tendência de contentar-se com pouco, de diminuir as próprias necessidades.

Características Associadas

São pessoas muito mentais, que sonham saber tudo sobre tudo e muito observadoras, com dificuldades evidentes para agir e participar. Muito precisos, curiosos e analíticos, acumulam como mania, dados disponíveis sobre seus temas escolhidos. Tentam evitar com o conhecimento e o saber sua sensação de vazio interior.

Pouco espontâneos ficam cansados quando no meio de muitas pessoas.

Têm um conceito elástico de moral e , apesar de tímidos, são dados a atos de trapaça e rebeldia. Não gostam de autoridades, mas obedecem e aceitam limites. Têm poucos amigos e dificuldade para confiar. Quando o fazem, se entregam e quase morrem ao serem decepcionados.

São bons planejadores (sintéticos, metódicos, detalhistas e estruturados), mas como mantém o silêncio, tendem a parecer estúpidos, pois não dizem o que sabem. Expressam-se sem entusiasmo. Falam baixo, sendo bastante desconfiados. São proteladores, distraídos e desconectados. Têm dificuldades em se mostrar agressivos, evitando a qualquer custo os atritos.

Julgam frequentemente que não tem as informações necessárias para decidirem sobre um assunto, achando que precisam de mais um estágio/conferência/curso, busca esta que não tem fim, mas o mantém dentro da estratégia de não participar, permanecendo à margem como observador. Não se trata de dúvida, mas insegurança sobre o seu saber e desculpa para não atuarem. Essas pessoas quando tomam uma decisão ( dependendo isto de muito esforço e um longo caminho ), não percebe ser isto uma escolha, mas o único caminho, pois foi calcada num planejamento minucioso e em uma sólida base lógica.

Costumam tomar a palavra quando os demais presentes já o fizeram, pois gostam de antes avaliar o saber de cada parte, sendo muitas vezes surpreendido pelo esgotamento do tempo.

Reprimem frequentemente suas emoções, pois precisam refletir antes sobre elas, demorando a mostrar ternura e carinho, fazendo-o de forma atabalhoada e na maioria das vezes de forma não verbal.

Quando não é possível retirar-se fisicamente de situações que lhes incomodam, quase todas que tem muita gente ou exigem exposição ou tomadas de decisões, escapam de outras formas, às vezes se desligando. São pessoas que normalmente conversam sozinhas ou com plantas e/ou animais.

Algumas outras características: Aparenta concordar, mas somente faz o que quer, seletivo nos poucos contatos que mantém, dificuldade de comprometer-se, desconfiado, controla as relações afetivas, indiferente, árido, tendência à abstração, excêntrico, autoimportante, compartimentalizado, desajeitado, discreto, generalista, imparcial, idealizador, perfeccionista, inseguro, lento, secreto, preciso, perseverante no trabalho, tenso, sistemático, “moita”, “Tio Patinhas”.

Sumário: Avareza, Distanciamento, desapego patológico, retenção, autonomia, insensibilidade emocional, dificuldade de fazer, orientação cognitiva, sensação de vazio, culpa, negativismo, hipersensibilidade.
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Sartorio

Melhores PUAS

#95433 Bom tópico...estes 9 pontos somados com o fato de serem carentes e afetados é que são a causa de grande parte dos casos de Bullying e consequentemente de formaçao de novos Betas :ae
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Ninja_21

Aprendiz

#104452 Ia postar um tópico sobre a inveja, mas como esse é um problema muito comum, decidi procurar um tópico sobre o assunto. E aqui estou

Eu ainda sofro bastante com a inveja... na verdade, mais a cobiça do q a inveja. E com a ira, conjuntamente.

Ontem mesmo, me deparei com uma dessas situações na minha vida.
Sempre andei com Naturais que ficam com muitas mulheres, e tem um cara em especial que apesar da amizade, tenho muita raiva dele conseguir tantos KCs (e FCs) com HBs acima de 8 com aparente facilidade (vai ver ele é PUA e eu não sei... hahaha, mas o mlk é um imbecilzão pessoalmente, sério).

Ontem, por exemplo, esse mlk apareceu no churrasco com uma HB9. Talvez por ter virado a noite estudando para uma prova (fico muito irritado quando estou cansado - minha BL fica uma merda, inclusive), eu tenha ficado tão irritado com o fato dele ter ido fazer um FC com ela dentro da sauna.

Tive uma legítima crise de beta: saí do churrasco sem despedir de ninguem, arrancando com o carro e socando qualquer coisa que estivesse ao meu alcance. Eu to numa fase negra em relação a mulheres, e vejo ele com uma HB tão foda... e rolando FC deles ainda por cima.

Fiquei com inveja e com raiva de não poder fazer nada, e eu já quase bati nesse mlk qdo ele ficou com uma HB10 ano passado(era 10 com certeza - mulher muito foda). Sim, eu quase cometi o ÁPICE DO BETISMO, que é a agressão física (PC - Porrada Close) a algum alfa só porque ele consegue o que você não tem capacidade e competência para conseguir o que ele consegue.

Só postei isso aqui pra mostrar que ainda sofro com isso... to entrando no mundo dos PUA agora, e eu já to entendendo mais coisas sobre a sedução agora do que no resto dos 20 anos que eu vivi. E é nessas situações contraditórias que eu tenho estímulo de ler artigos, baixar mais livros, por em pratica nas sarges.

Ah: e no churrasco só tinha mulher acompanhada, e eu to na zona de amizade de todas. Ou seja: sem chance de sargear.