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Hutch
#912751 A imersão na realidade vizinha: os primeiros passos para a afinidade interpessoal
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Eu sou aquilo que você espera?
O título do artigo é bastante sugestivo: o que define o quão à vontade você se apresenta frente a uma pessoa? Melhor dizendo: o que os seus amigos têm que faz você ser tão agradável para com eles? Resposta: afinidade. É indiscutível que todos querem ser bem tratados, todavia, se você analisar, mesmo que superficialmente, os seus padrões comportamentais, perceberá que apenas àquelas pessoas mais próximas são dispensados os bons tratamentos. Uma grande barreira se ergue quando lidamos com desconhecidos. Sua mãe há muito já te advertia acerca de conversar com pessoas estranhas. Até certo ponto, sua mãe estava correta: você era uma criança e, recém chegada ao mundo, desconhecia as reais intenções dos indivíduos que aqui já habitavam. Além do mais, não tinha meio de se defender sozinho, a não ser se distanciando daqueles que porventura lhe queriam o mal. Você se acostumou tanto àquele conselho da mamãe que naturalmente o internalizou, e mesmo que em algum dia da sua infância ela esquecesse de te alertar, você já sabia exatamente o que fazer se algum estranho se aproximasse. Fato é que em certo ponto da sua adolescência, aquele mantra subitamente cessou: não era mais necessário correr das pessoas, você já tinha discernimento e capacidade de defesa social para se aproximar das pessoas estranhas que lhe faziam bem e se afastar das demais (isto é definido no Mystery Method como "homeostase social"). Aqui tem início o grande problema: você ainda permanece com sua mentalidade infantil. Aquilo que antes te protegia, agora te torna um ser infeliz.

Um condicionamento psicológico pode ser, por vezes, extremamente complicado de ser modificado. Seu cérebro é a grande máquina que faz de você aquilo que você é, do ponto de vista social: extrovertido, introvertido, chato, legal, esquisito... Não é algo que se resolva com intervenções cirúrgicas, mas com uma boa revisão de seus valores como pessoa. Pode soar ridículo isso, mas, em grande medida, o medo de nos aproximarmos de outras pessoas é desencadeado pelo simples fato de temer que aquela pessoa esteja, como nós, programada no antigo paradigma de se afastar de estranhos; o que, naturalmente, faria com que ela ignorasse a aproximação, constrangendo-nos publicamente: um medo de rejeição. A rejeição é um tratamento desagradável, e se você foi de comum acordo comigo no início do texto, quando digo que todos querem ser bem tratados, essa é uma decisão logicamente inteligente tomada pelo seu cérebro,ele velou pela sua proteção. Complementando: logicamente inteligente e emocionalmente burra. Certamente você já ouviu que homens são predominantemente lógicos, enquanto mulheres emocionais. Ser lógico às vezes é uma furada (isso justifica, em parte, as mulheres serem anos luz socialmente mais desenvolvidas que a maioria dos homens). Deste modo, se queremos ser seres sociais, devemos prezar por características emocionais em detrimento das lógicas. De maneira muito grosseira, podemos dizer que você (seu cérebro) possui dois modos de operação: o lógico e o emocional. Cabe aqui um exemplo.

ExemploSituação: Você caminha na rua e avista, vindo em sua direção, uma garota e seu cachorrinho.

Lógico: "Se eu falar algo posso ser ignorado, entretanto, se não disser nada, não serei ignorado." Decisão tomada: não ser ignorado (o que implica em não dizer nada). Resultado: Ela passa do seu lado, você a olha nos olhos, ela responde, e cada um segue o seu caminho.

Emocional: "Esta garota é realmente bonita, e poderia gerar uma prole saudável. Ficaria feliz em tê-la comigo". Decisão: o emocional não que impõe decisões a serem tomadas, tão somente por não lhe oferecer opções (daí vem o clássico: "Não sei o que dizer a ela"). Resultado: ?


Se você ler atentamente o exemplo, perceberá que o lógico nada mais é que uma consequência do emocional e vice versa: você só cogita falar com ela a partir do momento em que se sente atraído, ao ponto que para se sentir atraído, ou não, você precisa avistá-la. Olhando mais atentamente a situação vemos que, intermitentemente, temos os dois processos, lógico (L) e emocional (E), se alternando. Veja só: 1) Você avista a garota (L), 2) acha ela atraente (E), 3) decide falar com ela (L), 4) contato visual (E), 5) inicia a conversa (L). Inúmeros são os fatores que, se você deixar seu cérebro no "modo automático de operação", tomarão a decisão por você (dentre estes fatores está, por exemplo, o condicionamento psicológico que a sua mãe lhe impôs quando criança, caso você ainda não o tenha superado). Como o cérebro de um homem é predominantemente lógico, você já pode imaginar o que vai acontecer... (ou melhor, o que não vai acontecer). Todo esse rodeio foi para chegar a esse ponto: você é dono do seu cérebro, e não o contrário. Como um computador, é preciso que você programe-o de modo que, quando operar no "modo automático", ele gere as respostas esperadas, isto é, aquelas que te tornarão feliz. É natural que optemos sempre pelo caminho mais fácil, aquele que tem o menor gasto de energia possível, mesmo que futuramente sejamos prejudicados por tal escolha: o caminho mais fácil é deixar seu cérebro tomar as decisões por conta própria, sem refletir sobre elas, mesmo que sua programação (condicionamentos psicológicos) esteja jogando contra você. A proposta para mudança de hábitos é simplesmente a reprogramação desta máquina que carregamos, a qual nos define perante a sociedade.

Bom, as formas de recondicionamento psicológico serão o assunto do próximo texto. Obrigado!
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Tigre De Bengala
#912776 Muito de nós, não sabemos, mas a nossa infância é a fase mais importante da nossa vida, infelizmente nós éramos ignorantes demais para perceber isso, é acabamos enraizando alguns conceitos no nosso ser, e quando nós tornamos mais velhos, aqueles conceitos se tornam pré-conceitos que nós usamos para ter uma base do nosso raciocínio em determinado ocasião. É mister realçar que uma criança não terá o conhecimento necessário para saber que aquele fase de 0-12 anos é uma das fases mais importantes da sua vida, pois e naquela fase que é iniciada o desenvolvimento do nosso ser, por isso recaida sobre os pais essa responsabilidade mas, infelizmente os pais não querem essa responsabilidade e joga para o governo a responsabilidade de educar suas crianças, é ai se origina uma alienação geral porque naturalmente o governo não da conta de educar as crianças, é como seres novos no mundo as crianças aprendem por espelhamento e tudo que eles vêem eles imitam assim quando crescem tornam todos homens betas, porque imitarem o que viram na televisão é com os seus colegas. O PU atua nessa base, de desprender alguns pré-conceitos que temos apesar, de ser muito difícil e muitos desses conceitos ainda habitam em nós mesmo que haja 10 anos de estudo PU. Então numa definição geral para realmente aprender o PU você deve se desprender de todo pré-conceito social existente ou como muitos conhecemos a famosa AA(Ansiedade de Aproximação). Muito bom o texto e aguardo para leitura do próximo.
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Hutch
#912847
Tigre De Bengala escreveu:Muito de nós, não sabemos, mas a nossa infância é a fase mais importante da nossa vida, infelizmente nós éramos ignorantes demais para perceber isso, é acabamos enraizando alguns conceitos no nosso ser, e quando nós tornamos mais velhos, aqueles conceitos se tornam pré-conceitos que nós usamos para ter uma base do nosso raciocínio em determinado ocasião. É mister realçar que uma criança não terá o conhecimento necessário para saber que aquele fase de 0-12 anos é uma das fases mais importantes da sua vida, pois e naquela fase que é iniciada o desenvolvimento do nosso ser, por isso recaida sobre os pais essa responsabilidade mas, infelizmente os pais não querem essa responsabilidade e joga para o governo a responsabilidade de educar suas crianças, é ai se origina uma alienação geral porque naturalmente o governo não da conta de educar as crianças, é como seres novos no mundo as crianças aprendem por espelhamento e tudo que eles vêem eles imitam assim quando crescem tornam todos homens betas, porque imitarem o que viram na televisão é com os seus colegas. O PU atua nessa base, de desprender alguns pré-conceitos que temos apesar, de ser muito difícil e muitos desses conceitos ainda habitam em nós mesmo que haja 10 anos de estudo PU. Então numa definição geral para realmente aprender o PU você deve se desprender de todo pré-conceito social existente ou como muitos conhecemos a famosa AA(Ansiedade de Aproximação). Muito bom o texto e aguardo para leitura do próximo.


Exatamente, Tigre. Comentário muito pertinente.
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Gui understand
#913055 Com certeza se deixarmos o cérebro operar no automático, sem primeiro "configura-lo" nós não teremos o resultado esperado .... Gostei do seu tópico, foi muito esclarecedor parabéns. :ae
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Hutch
#913083
Gui understand escreveu:Com certeza se deixarmos o cérebro operar no automático, sem primeiro "configura-lo" nós não teremos o resultado esperado .... Gostei do seu tópico, foi muito esclarecedor parabéns. :ae

São pequenos detalhes como este que deixamos passar despercebidos e tem um potencial enorme de comprometer o PUA durante o jogo.
Obrigado.
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Raptor
#913098 Qual a maneira mais eficaz pra se reprograma o cérebro?
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Hutch
#913124
Raptor escreveu:Qual a maneira mais eficaz pra se reprograma o cérebro?

Bom, Raptor, a programação está relacionada aos condicionamentos psicológicos que você recebeu, logo, a reprogramação é uma proposta de recondicionamento. Isso é discutido no artigo seguinte, denominado "Mecanismos de Compreensão do real" (http://www.puabase.com/forum/mecanismos-compreensao-real-t95674.html), onde é apresentada uma técnica de substituição baseada no "sistema de recompensas" do seu cérebro.
Em se tratando do cérebro, nada é instantâneo. A técnica apresentada tem a vantagem de que, uma vez que você consiga, efetivamente, a substituição dos condicionamentos atuais por novos, estes tendem a permanecer arraigados na sua mente.
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AlexanderBR
#913853 Gostei muito do seu tópico sou novo aqui no Pua Base ... vim de 3 anos da perda da minha noiva ... e to enferrujado encontrei o Pua Base e estou gostando muito. Tenho que começar um reprogramação , realmente nós homens somos muito lógicos e esquecemos o emocional. Hoje em dia da pra ver que as mulheres q ja eram anos luz a nossa frente mas sociáveis agora são um pouco lógicas tbm. Então meus amigos temos que realmente trabalhar esse lado.. elas estão cada vez mais evoluídas . :yaaah
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Sandwolf
#913855 Excelente tópico e justamente sobre isso que estava refletindo hoje, como as pessoas conseguem diversos graus de afinidade e outros não. Você realmente complementou e respondeu boa parte da minha reflexão, estou realmente agradecido por esta rápida iluminação.

Obrigado!!
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Hutch
#913863
AlexanderBR escreveu:Gostei muito do seu tópico sou novo aqui no Pua Base ... vim de 3 anos da perda da minha noiva ... e to enferrujado encontrei o Pua Base e estou gostando muito. Tenho que começar um reprogramação , realmente nós homens somos muito lógicos e esquecemos o emocional. Hoje em dia da pra ver que as mulheres q ja eram anos luz a nossa frente mas sociáveis agora são um pouco lógicas tbm. Então meus amigos temos que realmente trabalhar esse lado.. elas estão cada vez mais evoluídas . :yaaah


Obrigado pelo comentário, Alexander.

O mais interessante disso tudo é que as mulheres apenas têm esse lado social tão forte por causa dos caras que chegam nelas desde muito novas. É simplesmente inevitável que uma garota não se desenvolva socialmente tendo que conversar com pessoas desconhecidas o tempo todo. Toda mulher, desde cedo, é treinada para ser alpha (daí o problema de sempre haver tanta rivalidade entre elas). À medida que mais e mais indivíduos começam a se aproximar delas, tão mais confiantes elas se tornam, e é neste ponto que nascem os "betas". Tornamo-nos carrascos e vítimas do nosso próprio mecanismo.

Em resumo, a PNL nos diria que este é o caminho: replicar o padrão "bem sucedido". Neste caso, o padrão é implica em conversar com pessoas com as quais não se tem afinidade, treinar o seu cérebro para respostas emocionais, bem como reprimir condicionamentos psicológicos desfavoráveis à sua evolução na espécie humana. O sistema de recompensas do seu cérebro não é exigente: ao entrar numa sala e ter sua saudação de 'bom dia' correspondida pelas demais pessoas ali presentes já é o suficiente para liberação de pequenas "doses de autoconfiança" que, por assim dizer, é um avanço no 3º nível da hierarquia de necessidades de Maslow.

Uma mulher, por mais descuidada e mal-parecida que possa se apresentar, sempre tem muitas opções. Agora, a pergunta: como ela optará pelo cara A em detrimento do cara B? Parafraseando um trecho do Mystery Method: "[...] Quando uma mulher observa dois homens, o circuito inconsciente biológico dela vai acessar rapidamente o valor de sobrevivência e reprodução de cada homem - vai então perceber emocionalmente o resultado desse cálculo (de maneira instintiva) e vai se sentir naturalmente mais atraída pelo homem de maior valor." Portanto, neste exemplo envolvendo atração, ela opera de maneira lógica (pautada nos valores de sobrevivência e reprodução) a um nível inconsciente, porém, conscientemente, ela gera respostas emocionais. Não há como sermos puramente lógicos ou puramente emocionais, o que dá para fazer é manipular suas respostas conscientes para alcançar os resultados esperados no final do processo.

Abraço!