- 16 Jul 2014, 05:40
#903431
Olá, rapaziada!
Recentemente, vi duas opiniões bastantes interessantes e aparentemente divergentes sobre nosso comportamento em relacionamentos, especialmente quanto à problemática do "entrar de cabeça e correr o risco de transmitir carência e sufocar a outra pessoa, ou ser mais desapegado e calculista e deixar de curtir a plenitude de um relacionamento afetivo". São elas:
Na verdade, também sou muito emocionalmente envolvido com a minha companheira e venho me preocupando verdadeiramente com que isto represente uma diminuição na atração que ela tem por mim. Esse último feed me levou, porém, a reavaliar se ser "apegado" é ou não é, afinal, um problema. De fato, todas as pessoas, homens e mulheres, precisam de espaço, de privacidade, de autonomia, inclusive dentro dos relacionamentos afetivos. Por outro lado, por que "evitar" a pessoa de quem, na verdade, o que você mais quer é estar perto, a qual, mesmo que ambos precisem de seus momentos sozinhos, teoricamente, também quer a maior parte do tempo estar com você (senão não estaria num relacionamento que transcende (espera-se) interesses mesquinhos)?!
A solução deste paradoxo talvez esteja em o que e como você(s) faz(em) quando está(ão):
a) separados: se não está com sua parceira e nem pode estar (por motivo de trabalho, estudo, viagem sua ou dela, seja o que for...), de que adianta perder horas pensando, querendo e se martirizando por não poder estar com ela?! Se está longe da sua namorada, cara, então vá fazer alguma coisa útil, que lhe ocupe a mente, que lhe agregue valor, enfim, que o torne uma pessoa melhor, isto é, uma pessoa melhor do que quando a HB o viu pela última vez. Vá desenvolver um trabalho interessante, vá estudar alguma coisa que lhe seja útil e agradável, vá se dedicar à prática regular de alguma(s) atividade(s) física(s), etc.. Assim, você deixa de ficar sofrendo por não estar com sua namorada (o que não significa que não tem mais saudades dela, apenas que você é um sujeito determinado a ser melhor a cada dia -- o que quer dizer, inclusive, ser melhor para ela), transmitindo muitas DVSs, e não as temidas DVIs.
b) juntos: o que vocês costumam fazer quando estão juntos? Passar o dia sentados assistindo TV, transando volta e meia, conversando sobre qualquer coisa? Claro, é muito importante e muito bom compartilhar momentos de puro, simples e sincero carinho, trocando carícias (com e sem conotação sexual), ouvindo e sendo ouvido. Isso é a base de um relacionamento duradouro. Mas se vocês se contentarem só com a base, quando vão erguer a estrutura sólida de um relacionamento FELIZ?! Então saiam, façam coisas que nunca fizeram (ou que ao menos um dos dois nunca fez -- a mulher também adora observar as reações do seu parceiro a alguma coisa que ela já havia experimentado), coisas realmente diferentes, que passem além do (também importante) jantar-motel, que podem ir desde os programas mais caros até aqueles que, às vezes surpreendentemente, são mais baratos. Valem viagens pra outros estados/países ou mesmo para cidades turísticas que vocês não conheçam em seus estados, fim de semana num resort à beira-mar, passeio de helicóptero, salto de paraquedas/bungee jump, corrida de kart, espetáculos em geral de artistas que os agradem (teatro, música...), fazerem tatuagens juntos (não necessariamente o mesmo desenho), exposições (há muitas exposições interativas em museus), etc.. Permitam-me recordar com orgulho o quão mágico, marcante e mesmo divertido foi participar com a minha namorada das manifestações populares que tomaram o Brasil em junho do ano passado! O essencial aqui é vocês estarem atentos um ao que o outro gosta, ao que o instiga de verdade; aproveite suas conversas abraçadinhos no sofá, ou na cama depois da transa, para efetivamente ouvir um ao outro; conheçam-se cada vez mais. E, claro, dentro daquilo que você sabe que não vai causar ojeriza ou um ataque de pânico na sua companheira, surpreenda! Sempre.
Só mais uma observação importante: se vocês se veem com realmente bem pouca frequência, só uma ou duas vezes por semana, ou menos que isso, é importante manter-se presente, através de telefonemas, mensagens via sms ou redes sociais (inclusive mensagens que outras pessoas possam ver)... Não de uma forma desesperada, inconveniente... Apenas não se permita ser esquecido. Mande mensagens com os mais diversos conteúdos (engraçados, românticos, safados). Nas mensagens públicas uma boa é simplesmente marcá-la numa publicação interessante, inteligente, tal... No telefone (aliás, em todos os meios) não fique se lamentando por não estarem juntos e afirmando e reafirmando dúzias de vezes que tá com imensas saudades (e que é um belo de um beta carente e sem uma vida que lhe dê gosto de levantar todos os dias e ir à luta por uma vida que lhe(s) dê ainda mais gosto); faça-a saber, sim, que você a deseja afetiva e sexualmente, mas faça isso não (pelo menos não apenas) da forma óbvia; faça-a sentir como se vocês de fato estivessem juntos; e mais que com palavras, com ações: não fique protelando indefinidamente um encontro presencial, até porque "sexo por telefone" é até legal uma vez na vida, mas o bom e velho corpo-a-corpo, ao vivo e em cores, é insubstituível. Se, enfim, perceber que você toma a iniciativa desses contatos à distância muito mais do que ela (e se você tem plena confiança na mulher e segurança de que ela não está te traindo (em caso de relacionamento monogâmico) nem simplesmente não gosta mais de você, mas apenas que está confortável demais, e não precisa ligar, porque o namorado sempre liga -- o que a médio/longo prazo representa perda de atração), ficar um diazinho sem dar notícias funciona, sim, desde que você não seja infantil fazendo abertamente birra, reclamando que ela não liga pra você e insinuando que ela "não o ama mais" quando a mulher ligar -- porque ela vai ligar, e se não ligar, ou você perceber como quer que seja que o namoro realmente vai mal, aí é caso pra ter uma conversa séria, franca, clara, desapegada e sincera, aberta às possibilidades tanto de reconstruir quanto de encerrar o relacionamento.
Ufa! Depois de uma relativamente longa e altamente produtiva reflexão, eis as ideias a que cheguei. Reflitam, comentem e, no mais, apreciem sem moderação! Vivamos plenamente!
The Glorious
Recentemente, vi duas opiniões bastantes interessantes e aparentemente divergentes sobre nosso comportamento em relacionamentos, especialmente quanto à problemática do "entrar de cabeça e correr o risco de transmitir carência e sufocar a outra pessoa, ou ser mais desapegado e calculista e deixar de curtir a plenitude de um relacionamento afetivo". São elas:
John Frusciante escreveu:Estou namorando há 8 meses e ela é muito independente, sempre foi mais livre, consequentemente mais desapegada... Esse é meu primeiro namoro, ela é mais velha (20 - 28) e as vezes é complicado. No começo eu era mais desapegado, tinha os dias certos de ir na casa dela (fim de semana) e voltava pra minha casa no mesmo dia (moramos em cidades diferentes, próximo). Mas depois eu me apeguei, fiquei com o hábito de dormir lá, de ficar enfiado por lá e ela foi se sentido sufocada (com razão). Ela reclamou disso e eu já havia sentido há algum tempo, mas estava muito dependente pra racionalizar - O que eu posso dizer é que isso matou as saudades, as novidades e tudo parece rotina. Deixamos uma vida de namorados de lado e passamos a ter uma vida de casados. Quero saber a opinião de vocês e desde já fico agradecido!Fonte: como-desapega-alguem-t94287.html
felipewsg escreveu:Fonte: ser-pua-namorar-dificil-t94196.html
Na verdade, também sou muito emocionalmente envolvido com a minha companheira e venho me preocupando verdadeiramente com que isto represente uma diminuição na atração que ela tem por mim. Esse último feed me levou, porém, a reavaliar se ser "apegado" é ou não é, afinal, um problema. De fato, todas as pessoas, homens e mulheres, precisam de espaço, de privacidade, de autonomia, inclusive dentro dos relacionamentos afetivos. Por outro lado, por que "evitar" a pessoa de quem, na verdade, o que você mais quer é estar perto, a qual, mesmo que ambos precisem de seus momentos sozinhos, teoricamente, também quer a maior parte do tempo estar com você (senão não estaria num relacionamento que transcende (espera-se) interesses mesquinhos)?!
A solução deste paradoxo talvez esteja em o que e como você(s) faz(em) quando está(ão):
a) separados: se não está com sua parceira e nem pode estar (por motivo de trabalho, estudo, viagem sua ou dela, seja o que for...), de que adianta perder horas pensando, querendo e se martirizando por não poder estar com ela?! Se está longe da sua namorada, cara, então vá fazer alguma coisa útil, que lhe ocupe a mente, que lhe agregue valor, enfim, que o torne uma pessoa melhor, isto é, uma pessoa melhor do que quando a HB o viu pela última vez. Vá desenvolver um trabalho interessante, vá estudar alguma coisa que lhe seja útil e agradável, vá se dedicar à prática regular de alguma(s) atividade(s) física(s), etc.. Assim, você deixa de ficar sofrendo por não estar com sua namorada (o que não significa que não tem mais saudades dela, apenas que você é um sujeito determinado a ser melhor a cada dia -- o que quer dizer, inclusive, ser melhor para ela), transmitindo muitas DVSs, e não as temidas DVIs.
b) juntos: o que vocês costumam fazer quando estão juntos? Passar o dia sentados assistindo TV, transando volta e meia, conversando sobre qualquer coisa? Claro, é muito importante e muito bom compartilhar momentos de puro, simples e sincero carinho, trocando carícias (com e sem conotação sexual), ouvindo e sendo ouvido. Isso é a base de um relacionamento duradouro. Mas se vocês se contentarem só com a base, quando vão erguer a estrutura sólida de um relacionamento FELIZ?! Então saiam, façam coisas que nunca fizeram (ou que ao menos um dos dois nunca fez -- a mulher também adora observar as reações do seu parceiro a alguma coisa que ela já havia experimentado), coisas realmente diferentes, que passem além do (também importante) jantar-motel, que podem ir desde os programas mais caros até aqueles que, às vezes surpreendentemente, são mais baratos. Valem viagens pra outros estados/países ou mesmo para cidades turísticas que vocês não conheçam em seus estados, fim de semana num resort à beira-mar, passeio de helicóptero, salto de paraquedas/bungee jump, corrida de kart, espetáculos em geral de artistas que os agradem (teatro, música...), fazerem tatuagens juntos (não necessariamente o mesmo desenho), exposições (há muitas exposições interativas em museus), etc.. Permitam-me recordar com orgulho o quão mágico, marcante e mesmo divertido foi participar com a minha namorada das manifestações populares que tomaram o Brasil em junho do ano passado! O essencial aqui é vocês estarem atentos um ao que o outro gosta, ao que o instiga de verdade; aproveite suas conversas abraçadinhos no sofá, ou na cama depois da transa, para efetivamente ouvir um ao outro; conheçam-se cada vez mais. E, claro, dentro daquilo que você sabe que não vai causar ojeriza ou um ataque de pânico na sua companheira, surpreenda! Sempre.
Só mais uma observação importante: se vocês se veem com realmente bem pouca frequência, só uma ou duas vezes por semana, ou menos que isso, é importante manter-se presente, através de telefonemas, mensagens via sms ou redes sociais (inclusive mensagens que outras pessoas possam ver)... Não de uma forma desesperada, inconveniente... Apenas não se permita ser esquecido. Mande mensagens com os mais diversos conteúdos (engraçados, românticos, safados). Nas mensagens públicas uma boa é simplesmente marcá-la numa publicação interessante, inteligente, tal... No telefone (aliás, em todos os meios) não fique se lamentando por não estarem juntos e afirmando e reafirmando dúzias de vezes que tá com imensas saudades (e que é um belo de um beta carente e sem uma vida que lhe dê gosto de levantar todos os dias e ir à luta por uma vida que lhe(s) dê ainda mais gosto); faça-a saber, sim, que você a deseja afetiva e sexualmente, mas faça isso não (pelo menos não apenas) da forma óbvia; faça-a sentir como se vocês de fato estivessem juntos; e mais que com palavras, com ações: não fique protelando indefinidamente um encontro presencial, até porque "sexo por telefone" é até legal uma vez na vida, mas o bom e velho corpo-a-corpo, ao vivo e em cores, é insubstituível. Se, enfim, perceber que você toma a iniciativa desses contatos à distância muito mais do que ela (e se você tem plena confiança na mulher e segurança de que ela não está te traindo (em caso de relacionamento monogâmico) nem simplesmente não gosta mais de você, mas apenas que está confortável demais, e não precisa ligar, porque o namorado sempre liga -- o que a médio/longo prazo representa perda de atração), ficar um diazinho sem dar notícias funciona, sim, desde que você não seja infantil fazendo abertamente birra, reclamando que ela não liga pra você e insinuando que ela "não o ama mais" quando a mulher ligar -- porque ela vai ligar, e se não ligar, ou você perceber como quer que seja que o namoro realmente vai mal, aí é caso pra ter uma conversa séria, franca, clara, desapegada e sincera, aberta às possibilidades tanto de reconstruir quanto de encerrar o relacionamento.
Ufa! Depois de uma relativamente longa e altamente produtiva reflexão, eis as ideias a que cheguei. Reflitam, comentem e, no mais, apreciem sem moderação! Vivamos plenamente!
The Glorious