Aqui é a caixa de pandora das dúvidas antigas ou resolvidas.
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Allan DeLarge

#632544 Um ponto no qual nao me sentia muito forte era Storytelling. Abro sets com naturalidade, mas no ponto do DHV sentia uma certa insuficiencia. Em sets grandes ou mistos eh importante falar a todo o grupo durante mais tempo que o opener apenas. Isso lhe confere grande valor social para todos do local (quem olha de fora e quem estah no set), ajuda a atingir o Hook Point e lhe tira aquele ar de "xaveco". Afinal, logo apos o opener, apesar de todos os FTC e negs que voce possa lancar ainda existe um pouco daquele feeling de "sera que esse cara quer algo da gente?" Alguns dias atras estava num set misto (abordei um dos homens perguntando o que ele acha de tatuagens em mulheres, e logo as 3 mulheres comecaram a participar) e uma das mulheres me perguntou se eu fazia comedia stand up, por causa do meu modo de falar. Entendi isso como um IOI e respondi com outro IOI com um leve neg calibrador: "Obrigado. Voce eh uma gracinha (beliscao na bochecha). Vou te adotar como minha nova irmanzinha, o que acha?" Mas a ideia que tirei dai foi usar trechos de shows de stand up para montar um storytelling massa. Encontrei um do Danilo Gentili onde ele fala sobre cigarros (). O assunto eh muito propicio, jah que geralmente esses lugares de balada tem um local para fumantes. Criei uma versao resumida do show e apliquei ontem com resultados muito bons. Assim que terminava o opener seguia a transicao: "O que eu gosto deste lugar eh que nao tem muito fumante. Quando eu vou pro pub com meus amigos eu saio de lah fedendo a cigarro..." e ai vai. Se bem feito, eh quase garantia de hook point ao termino. Eh soh atentar para a linguagem corporal e tudo certo! :ae Quem tiver dica de storytelling coloca aqui tambem
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Don Juan.

Aprendiz

#632558 Cara, acho que tu não postou isso no lugar certo, Seja esperto. Aqui vai algumas dicas:

O storytelling virou um mantra de qualquer empresa ou marca que quer um lugar no coração de seus clientes (ou seria, no bolso?). Seja no cinema ou em uma apresentação de PowerPoint.

O problema começa quando muito do que falam por ai acaba caindo no cliché e em dicas bonitas, genéricas e sem aderência com a prática, mais ou menos assim:

Você deve contar histórias para conquistar seus clientes (diga-me algo que eu não sei!)
Storytelling é a melhor forma de engajar seu consumidor (Legal, mas como?)
Contar histórias é um atributo do ser humano (Claro né, não seria de uma ostra)
Contamos histórias desde que somos pequenos (Jura?)
Os melhores contadores de histórias corporativas o fazem de forma inconsciente e automática. Ou por ter o “dom” ou por terem mesmo estudado profundamente esta ciência milenar (Aristóteles foi um dos pais do raciocínio lógico e contribuiu para o storytelling que temos hoje).

Mas apesar do discurso ser geral e todos concordarem que é preciso contar histórias para construir marcas e conquistar audiências, elas estão em crise!

Robert Mckee cita em seu livro Story sobre “The decline of Story” e em seus seminários, explica que se eles fossem dados há 30 anos talvez não tivesse tanto público, afinal, não tínhamos tanta pressão, tanta mídia, tanto dispositivo e tanta bobagem.

Consumimos muito mais histórias do que as produzimos com qualidade. Qualquer um expressa sua “história”, seja ela em 140 caracteres dizendo que o dia está lindo ou num vídeo do youtube, banal e sem conteúdo mas que gera milhões de views.

Bom, já trouxe o problema, agora vamos à resolução!

Aqui algumas práticas que temos aprendido na SOAP sobre como aterrissar o conceito de storytelling. Ou seria decolar?…

Não importa o seu público, tema ou contexto. Você sempre terá um conflito para resolver. Sem ele não haverá motivo para contar uma história. Aliás, a vida é feita de desejos e conflitos. Desde tomar um sorvete pois não aguentamos mais o calor (conflito pequeno, mas tem) até decidir se vamos comprar o concorrente ou não!
Toda história deve ser motivada pelo desejo de seu protagonista. O que ele quer? onde ele quer chegar? Mas o fato de termos um desejo já nos coloca automaticamente na frente de obstáculos que podem nos impedir.
Sempre haverá algo que tentará impedir este protagonista de atingir o seu desejo. Não, não é a teoria da conspiração, é a vida. Estas forças podem vir de dentro dele (medos, inseguranças, impulsos, traumas, etc) das relações (chefe, concorrente, companheiro que quer puxar o tapete, etc) das instituições (governo, imprensa, sistema judicial, etc) ou até mesmo da fúria natureza.
Quanto mais você entende estas forças, que nos filmes são chamadas de forças antagônicas, maior será a sua capacidade de levar a história para um outro nível.
Entender que Story é uma coisa e Telling é outra é mandatório no processo de criação.
Story é descobrir a substância do conteúdo da vida da pessoa, produto, ideia, empresa. Depois desta descoberta, é preciso escolher, fazer renúncias, definir o que entra e o que sai, para que os poucos minutos de apresentação sejam suficientes para transmitir todo o valor que ficou de fora. Sem conteúdo de alta relevância, a narrativa ficará comprometida e consequentemente o Telling ficará vazio.
O Telling é como você vai interpretar o Story. É visual, arte, estética, apresentador, atuação, dramatização, etc.
Robert Mckee acredita que “o único autor original é o roteirista, os outros, interpretam”. Não que ou outros não sejam importantes, pelo contrário!
Cada história que você vai contar é composta de eventos, seja ela uma apresentação e, PowerPoint, um filme, um propaganda de 30 segundos, uma novela. Para cada um deles, o que vai manter a atenção da audiência é a mudança de valores no começo e no final de cada cena. Se começarmos uma cena e no final a audiência estiver sentindo a mesma coisa que sentia no começo, esta cena é desnecessária ou pode ser redesenhada.
E por fim, guarde o melhor para o “fim”! Um clímax de altíssimo impacto pode salvar pequenos defeitos no meio da sua história.