- 01 Jul 2015, 03:02
#945957
A vida é uma malandra, da pior espécie que tem.
Ela é covarde, muito covarde, digo, imensuravelmente covarde.
Ou eu que posso simplesmente ser bem trouxa com ela.
Mas mesmo se eu fosse, ela deveria ter uma certa pena de mim.
Que nada, ela deveria colocar um pouco mais de merda minha guela abaixo pra mim aprender a não dar bobeira pra ela.
Eu já aprendi, confesso, mas sou um canalha, não valho o que como.
Gosto da putaria dela, do jeito que ela me maltrata, me cospe, me entope de merda.
Mas na vida fui um pouco malandro tambem, aprendi a vomitar, pôr a merda que ela me obriga a comer num espaço mais amplo, longe do intestino e da minha alma.
No entanto, sendo mesmo na frente dos meus olhos, não nos meus óculos, num papel.
Assim, ela fica um pouco mais sorridente pro meu lado, sabe que não pode me afogar tanto quanto gostaria, já arrumei minha boia
E na minha boia, fico olhando ela sorrindo pra mim de longe, sorrio de volta, sou um cavalheiro.
Depois, volto a olhar pra estrelas, sonhando um dia toca-las com meus dedos sujos da merda que escrevo, com um certo carinho claro.
Nisso, vejo uma estrela caindo na minha frente, é agora!
Saio da boia e nado incessantemente pra poder toca-la, esquecendo mais uma vez como a vida funciona.
E num é que a malandra é esperta? Esperta demais.
Nada por baixo, como um bom predador e me puxa pro fundo daquele oceano de merda de novo, afogando-me de e me matando as esperanças.
Luto, combato, não vejo muita saída ali.
Até que lembro da minha boia, e como a vida já sabe, me deixa ir pra ela mais uma vez, meu porto
Eu, sujo, rio de novo pra ela, tento seduzi-la.
E ela mais uma vez me ri com essa cara de bandida.
Que salafraria não? Não, não é.
Eu que não presto mesmo, gosto dos afogamentos, das meias-mortes, da solidão que me espera embaixo d’agua.
Ela me faz lembrar o quanto estou vivo e quanto ainda posso lutar pra sair dali.
Me faz lembra o quanto a vida me fode na mesma intensidade que me conforta.
A malandra é insana.
Amo ela...
Ela é covarde, muito covarde, digo, imensuravelmente covarde.
Ou eu que posso simplesmente ser bem trouxa com ela.
Mas mesmo se eu fosse, ela deveria ter uma certa pena de mim.
Que nada, ela deveria colocar um pouco mais de merda minha guela abaixo pra mim aprender a não dar bobeira pra ela.
Eu já aprendi, confesso, mas sou um canalha, não valho o que como.
Gosto da putaria dela, do jeito que ela me maltrata, me cospe, me entope de merda.
Mas na vida fui um pouco malandro tambem, aprendi a vomitar, pôr a merda que ela me obriga a comer num espaço mais amplo, longe do intestino e da minha alma.
No entanto, sendo mesmo na frente dos meus olhos, não nos meus óculos, num papel.
Assim, ela fica um pouco mais sorridente pro meu lado, sabe que não pode me afogar tanto quanto gostaria, já arrumei minha boia
E na minha boia, fico olhando ela sorrindo pra mim de longe, sorrio de volta, sou um cavalheiro.
Depois, volto a olhar pra estrelas, sonhando um dia toca-las com meus dedos sujos da merda que escrevo, com um certo carinho claro.
Nisso, vejo uma estrela caindo na minha frente, é agora!
Saio da boia e nado incessantemente pra poder toca-la, esquecendo mais uma vez como a vida funciona.
E num é que a malandra é esperta? Esperta demais.
Nada por baixo, como um bom predador e me puxa pro fundo daquele oceano de merda de novo, afogando-me de e me matando as esperanças.
Luto, combato, não vejo muita saída ali.
Até que lembro da minha boia, e como a vida já sabe, me deixa ir pra ela mais uma vez, meu porto
Eu, sujo, rio de novo pra ela, tento seduzi-la.
E ela mais uma vez me ri com essa cara de bandida.
Que salafraria não? Não, não é.
Eu que não presto mesmo, gosto dos afogamentos, das meias-mortes, da solidão que me espera embaixo d’agua.
Ela me faz lembrar o quanto estou vivo e quanto ainda posso lutar pra sair dali.
Me faz lembra o quanto a vida me fode na mesma intensidade que me conforta.
A malandra é insana.
Amo ela...