- 25 Jul 2015, 16:33
#949814
Assim como os ratos, nós somos capazes de sentir o cheiro desses genes, como mostrou um estudo suíço que ficou conhecido como “o experimento da camiseta suada”. Quando os pesquisadores pediram a um grupo de mulheres que cheirassem as peças com suor de homens e escolhessem o odor mais sensual, a opção recaiu sobre os indivíduos cujos sistemas imunológicos eram diferentes dos seus, mas compatíveis. Inconscientemente, elas se sentiram atraídas por homens com quem poderiam procriar mais seguramente. “Quando cientistas testaram o poder do MHC entre casais já estabelecidos, descobriram que, quanto mais genes desse sistema eles compartilhavam, mais sexualmente infiéis eram as mulheres e mais elas se sentiam atraídas por outros homens quando ovulavam, período com maior probabilidade de engravidarem”, afirma a antropóloga norte-americana Helen Fisher, autora do livro “Por que Amamos”.
OMHC também aparece na saliva, o que ajuda a explicar por que o beijo é uma das principais notas de corte. E saiba que, se o beijo for bom, as chances de o casal acabar na cama aumentam. Isso porque, além de ser uma oportunidade de verificar a compatibilidade imunológica, ele amplia outros elementos da atração, como o cheiro e a visão. Além disso, homens com elevados níveis de testosterona (hormônio responsável pela excitação em ambos os sexos) podem ser irresistíveis, já que ela também está presente na saliva.
Atentas às fortes evidências sobre o poder do MHC na química da atração e à necessidade humana de encontrar o par perfeito, as empresas que bancam o cupido já descobriram o novo filão. A Scientific Match, uma agência de namoros online inaugurada no final do ano passado em Boston, promete encontrar a alma gêmea dos cidadãos norte-americanos com base nos genes de seus sistemas imunológicos. A pessoa manda uma amostra de DNA e vira membro vitalício da agência, que fará combinações até encontrar a outra metade da dupla hélice. E tudo isso por módicos US$ 1.000 (cerca de R$ 1.700).
Os especialistas na área não aprovam o método. “Fico surpreso até onde vai a cara-de-pau do ser humano”, diz o geneticista Renato Zamora Flores, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Além de restringir a natureza humana somente ao seu lado biológico, eles estão reduzindo a para apenas uma das características biológicas. O ser humano é muito mais complexo do que isso”, diz o psiquiatra Ronaldo Pamplona Costa, da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana. De fato. Ainda falando nos aspectos biológicos da atração — e especificamente de cheiros —, há outro controverso componente, o feromônio, substância secretada por um indivíduo e percebida por outros da mesma espécie para comunicar alguns comportamentos, entre eles o sexual.
Esse tipo de comunicação química, verificada nos animais, parece existir entre os seres humanos também, ainda que em menor escala. “É provável que eles tenham um papel na atração sexual, principalmente entre as mulheres, que prestam mais atenção aos odores do que os homens, que são mais visualmente orientados. No entanto, não desperdice seu dinheiro nesses produtos baseados em feromônios que são vendidos pela internet. Eles não funcionam. Ainda não foi identificado nenhum componente químico em humanos que age como feromônios para atrair parceiros. O que não quer dizer que eles não existam, apenas que o conhecimento sobre esse tema ainda é incompleto”, diz o químico Charles Wysocki, do Monell Chemical Senses Center, na Filadélfia, Estados Unidos. Existem quatro categorias de feromônios. Uma delas agiria sobre nosso sistema endócrino, que influência o ciclo da menstruação. É por esse motivo que as mulheres que convivem tendem a menstruar na mesma época. “Quando vivíamos em nosso estado natural, há milhares de anos, esse mecanismo era muito útil, já que não havia vantagem para determinada comunidade se apenas uma fêmea ovulasse, monopolizando a atenção reprodutiva de diversos machos”, diz David Buss.
Parte 1: http://www.puabase.com/forum/ciencia-atracao-t102049.html
OMHC também aparece na saliva, o que ajuda a explicar por que o beijo é uma das principais notas de corte. E saiba que, se o beijo for bom, as chances de o casal acabar na cama aumentam. Isso porque, além de ser uma oportunidade de verificar a compatibilidade imunológica, ele amplia outros elementos da atração, como o cheiro e a visão. Além disso, homens com elevados níveis de testosterona (hormônio responsável pela excitação em ambos os sexos) podem ser irresistíveis, já que ela também está presente na saliva.
Atentas às fortes evidências sobre o poder do MHC na química da atração e à necessidade humana de encontrar o par perfeito, as empresas que bancam o cupido já descobriram o novo filão. A Scientific Match, uma agência de namoros online inaugurada no final do ano passado em Boston, promete encontrar a alma gêmea dos cidadãos norte-americanos com base nos genes de seus sistemas imunológicos. A pessoa manda uma amostra de DNA e vira membro vitalício da agência, que fará combinações até encontrar a outra metade da dupla hélice. E tudo isso por módicos US$ 1.000 (cerca de R$ 1.700).
Os especialistas na área não aprovam o método. “Fico surpreso até onde vai a cara-de-pau do ser humano”, diz o geneticista Renato Zamora Flores, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Além de restringir a natureza humana somente ao seu lado biológico, eles estão reduzindo a para apenas uma das características biológicas. O ser humano é muito mais complexo do que isso”, diz o psiquiatra Ronaldo Pamplona Costa, da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana. De fato. Ainda falando nos aspectos biológicos da atração — e especificamente de cheiros —, há outro controverso componente, o feromônio, substância secretada por um indivíduo e percebida por outros da mesma espécie para comunicar alguns comportamentos, entre eles o sexual.
Esse tipo de comunicação química, verificada nos animais, parece existir entre os seres humanos também, ainda que em menor escala. “É provável que eles tenham um papel na atração sexual, principalmente entre as mulheres, que prestam mais atenção aos odores do que os homens, que são mais visualmente orientados. No entanto, não desperdice seu dinheiro nesses produtos baseados em feromônios que são vendidos pela internet. Eles não funcionam. Ainda não foi identificado nenhum componente químico em humanos que age como feromônios para atrair parceiros. O que não quer dizer que eles não existam, apenas que o conhecimento sobre esse tema ainda é incompleto”, diz o químico Charles Wysocki, do Monell Chemical Senses Center, na Filadélfia, Estados Unidos. Existem quatro categorias de feromônios. Uma delas agiria sobre nosso sistema endócrino, que influência o ciclo da menstruação. É por esse motivo que as mulheres que convivem tendem a menstruar na mesma época. “Quando vivíamos em nosso estado natural, há milhares de anos, esse mecanismo era muito útil, já que não havia vantagem para determinada comunidade se apenas uma fêmea ovulasse, monopolizando a atenção reprodutiva de diversos machos”, diz David Buss.
Parte 1: http://www.puabase.com/forum/ciencia-atracao-t102049.html