rgv121

Aprendiz

#966107 Bem, não vou poder ajudá-la com seu problema, até porque vc recebeu respostas excelentes de membros muito experientes, e eu como ainda sou um iniciante no pick up não teria muito a acrescentar.

Mas preciso dizer que o tópico está sendo de grande valia para o meu aprendizado... é legal ver esse outro lado da moeda.

Vou postar um relato resumido de uma amiga da minha irmã, que acredito que foi um caso semelhante ao seu, quem sabe não seja de alguma valia pra vc:

Eu sempre aparentei ser confiante, mas na verdade não sou nem um pouco. Essa menina costumava vir aqui em casa(ela é 5 anos mais velha que eu, da pra considerar ela uma HB9) ver a minha irmã, mas o máximo de interação entre nós foram longas trocas de olhares... eu realmente não tinha a mínima confiança de falar com ela(garotas muito bonitas me intimidam)... ela dizia pra minha irmã que morria de amores por mim, e que eu não me importava com ela e isso a chateava muito.

Enfim, ela chegou até a "jogar" de forma direta comigo em uma festa de aniversário que nós fomos, só que eu fiquei absurdamente desconfortável, mostrei insegurança na interação inteira, e com direito a um KC horrível(em que ela tomou a iniciativa kkkk)... isso logo fez ela esquecer a pessoa que tinha idealizado em mim.

Enfim, um pequeno relato pra mostrar que pode haver decepção na hora da interação verbal, beijo ou sexo.

Abraços, boa sorte.
Avatar pua
Fimbrilisk - MEMBRO EXCLUSIVO
#966224 Os caras entregando o "Ouro" aí no post pra moça no post.
Tá na cara que ela é jogadora e quer fazer o inferno da vida do cara e vocês dando corda, ridículo isso. --'
Mark

Aprendiz

#966391 Olá!

Passei exatamente pelo mesmo! Uma garota, um ônibus, só que no meu caso ainda tinha o ponto do ônibus ao nosso favor.

Após ler o seu post, tirei uma grande dúvida que me perdurou até hoje. *Eu não tinha certeza se ela estava realmente interessada, apesar de óbvio, eu estava extremamente confuso com tudo que aconteceu.*


Nem sei como colocar isso em palavras, mas aqui vai um resumão:

Abril e Maio de 2015: Foi quando notamos um ao outro, no início nada de sentimentos fortes, mas com o tempo foi evoluindo. Você já sabe como funciona né? Primeiro começa com olhares, daí você começa a prestar mais atenção no sujeito(a), adiquire a ansiedade e quando menos espera, essa pessoa habita sua mente!

Junho: Aqui eu já havia decidido que precisava tomar alguma atitude, então ficava pensando em milhares de formas de começar uma interação, no que eu iria dizer, como iria me comportar. Duas coisa aconteciam, primeira: Chegava na hora e ela não aparecia e então eu ficava completamente desanimado, a sensação era de que eu tinha perdido o dia inteiro e tudo o que conseguia pensar era no dia seguinte, onde eu teria a oportunidade; segunda: Ela aparecia e assim que eu a via subindo até o ponto meu coração disparava, a respiração pesava, a temperatura subia e tudo o que eu tinha pensado sumia da mente, meus movimentos ficavam mecânicos e eu tinha que me vigiar para não ter nenhum tique nervoso.

Julho: Tomei atitude. O inicio do mês foi apenas continuidade do anterior, o sentimento ficou maior e agora eu me sentia envergonhado na presença dela, por ser de certa forma "bobo", pois já haviam se passado três meses e eu nada fiz. Eu já não conseguia mais trocar olhares, e então estava ignorando falsamente a presença dela. Falsamente porque eu só ficava admirando sua imagem em minha visão periférica e pensando no que fazer. 20 de julho, fiz a primeira interação verbal. Antes de entrar no ônibus ela de um pequeno esbarrão em mim e se desculpou. Ônibus adentro, ela estava atrás de mim, então eu virei a cabeça e disse:
- Agora que percebi, passei na sua frente e você ainda pede desculpas!?
- Oi!? Não deu para escutar - Diz ela irando os fones de ouvido.
Então eu repeti a frase e ela riu. Como não deu diálogo apenas virei e não disse mais nada.
O Resto do mês pode ser resumido em eu paralisado sem ação ou fazendo alguma interação boba como essa.

Agosto: Ela toma atitude. Não nos vimos na primeira metado do mês. Então lá vinha aquela pessoa denovo e foi tudo exatamente igual, fiquei paralisado olhando-a com a visão periférica. Já dentro do ônibus ela ao meu lado olha e desvia repentinamente, e então tira um fone de ouvido e depois o outro, hesita um pouco e me pede informação sobre o ponto que eu desço pois ela iria descer naquele também. Não consegui puxar assunto a partir da atitude dessa atitude e pude entender o lado dela de apesar de ser simpática e receptiva, não conseguia puxar assunto quando eu tentava uma interação. Quando descemos, ficamos sabendo o nome um do outro.
Daí em diante, sempre que nos encontravamos trocavamos cumprimentos sem toques. O sentimento de ansiedade era o mesmo, ainda ficava o dia inteiro pensando em como puxar assunto, ainda era tudo igual.

Setembro: Indescritível. Se tem um palavra que pode resumir esse pequeno período da minha vida é essa, indescritível. Os dias iam a viam do mesmo modo que sempre, e nós trocavamos cumprimentos. Até que um cara começou a conversar com ela. O meu mundo virou do avesso. Não entendi o que estava sentindo, foi horrível. Assim que eu me virei para falar com ela o cara já estava fazendo-o. No dia seguinte, o cara estava lá no ponto, e então ela chegou e eles começaram a conversar de uma jeito que eu nunca tinha conseguido, porém ela ficava me olhando e durante toda a interação com o sujeito... Paixão, inveja, ódio, paranóia, melâncolia, medo de perda, tudo junto e misturado durante essa sexta-feira, seguindo para o fim de semana.
A semana seguinte consegui dois novos sentimentos; esperança e determinação. Não tinha o empecilho para me atrapalhar e em uma quarta-feira tivemos o maior diálogo durante todo esse tempo e nos conhecemos melhor. No onibus a conversa morreu e ficou aquela tensão sexual no ar, lembro-me dela tirando e recolocando o anel do dedo. Eu não sabia o que fazer, poderia ser tudo coisa da minha cabeça e eu não quis arriscar. Na quinta-feira, dei gelo, não a esperei no ponto de ônibus. Na sexta, ela chegou primeiro que eu, o que é bem incomum, pois ela sai mais tarde, tomei isso como uma atitude dela. Cumprimentei-a de modo mais caloroso, com uma mão na cintura e outra na nuca, e quando fui puxar assunto ela estava mais tímida, não conseguia olhar nos olhos, e não estava dando muito diálogo. O resto do mês seguiu em pequenos diálogos sem importância, apenas frases ou comentários.

Outubro: Desencanei. Nos víamos 1 ou 2 vezes por semana e em algum desses dias dei uma olhada no celular dela enquanto ela mechia no whatsapp e vi uma mensagem de um cara, que no final da frase a chamava de amor e havia coraçõezinhos. Ver isso me fez querer esquecê-la. Eu já estava cançado de tentar, preferi pensar que ela está namorando. Desse dia para frente a vi 3 vezes até o final do mês. Na primeira em um dos diàlogos bobos, ela me perguntou se eu faria o ENEM, eu não iria fazer. No outro, dia 26, a perguntei como tinha sido o ENEM e houve uma conversazinha, mas no ônibus lotado ela preferiu ir tentar passar a catraca, então eu pensei foda-se não vou me humilhar mais com essa história. No terceiro, dia 28, estava chovendo e quando ela veio eu apenas fingi que não a vi, apesar de ter visto o sorriso. Ela parou ao meu lado e como não disse nada eu apenas ignorei, daí ela distanciou-se. Quando o outro cara chegou e viu que ela não estava falando comigo deve ter visto a chance de ouro dele, coitado. Dentro do ônibus enquanto o cara conversava com ela, recebi os seus 3 últimos olhares.

Novembro: Paixonite superada. Já não há mais pensamento compulsivo nela. Já não penso mais em tê-la na minha vida. Sempre vou no primeiro onibus que aparece afim de evitar contato com a garota, e funcionou não a vi do durante semanas, foi o tempo mais longo sem vê-la até agora, eu pretendia não ver nunca mais. Um dia desses tive de fazer uma rota diferenciada, e quando entrei no ônibus lá estava a bendita, em um ônibus diferente e pego em um ponto diferente. Estamos ambos nos evitando! Talvez a mesma tenha ficado magoada por tê-la ignorado da ultima vez. A presença dela ainda me causa forte sentimento, não é algo que eu possa controlar e não é algo que eu queira nutrir. Não mais.

Muitas coisas que não consegui descrever, você descreveu. Eu senti tudo isso aí também.



Como o seu caso é quase um espelho do meu, embora eu não tenha tanta habilidade em colocar fatos em por escrito e acabe não mostrando uma visão exatamente fiél do ocorrido, ta aí o outro lado da moeda.


O que tenho a dizer é que iniciar a interação no final das contas será o menor dos problemas, a ansiedade some logo quando você começa a falar. A tensão sexual também some. Você pode dizer qualquer besteira, qualquer coisa que vier na mente não importa o assunto porque a atração não se trata de palavras. Não há hora certa de se movimentar, ele está atraído por você então qualquer coisa que você fizer, mesmo que pareça ridiculo ele vai achar bonitinho. Não serão necesárias técnicas nem nada disso.
Uma coisa que me ajudou a iniciar interações e ainda ajuda é pensar "Foda-se", isso mesmo, foda-se se vai parecer estranho, foda-se se vai parecer estranho e foda-se o que ela vai pensar.


Eu tinha algumas dicas importantes para dar, mas fiquei esgotado escrevendo isso. Qualquer coisa estamos aí para isso.

Criador do tópico

ningyo

Aprendiz

#966700 Tinha ido viajar e estava aguardando a oportunidade ser apresentada, de testar o que foi dito por aqui, então demorei mil anos para responder. Perdão.

Antes de mais nada, agradeço à todos pelos comentários, incentivos e auxílio. Vocês são demais, caras. Obrigada!
DiegoMelo
Já fiz isso, mas na hora desisti. Me senti tão Ensino Fundamental (perdão), que no último segundo escondi a bagaça envergonhada.
KagePUA
Sou bem iniciante e inexperiente mesmo. Realmente tenho lido quando posso, experimentado muito do que vi e quantos progressos internos já obtive. Mas sei que ainda tenho uma trilha interminável a seguir/criar, o processo de renascimento é sempre complicado.
Ah, sim. Normalmente não tenho problemas com isso, não penso o que é aceitável ou não, mas a situação foi toda errada. Tudo. Acontece.
Tenho consciência disso e já está na hora de acabar com a fantasia, né? Pelo menos tirar umas casquinhas, é necessário. Tendo intensidade ou não.
rgv121
Mesma coisa que eu disse acima: pode até ser que seja ruim. Todavia, a mente só aceitará no modo "ver para crer". Ou o abismo no sentir, ou a intensidade que incendeia. E óbvio que não vou enganar ninguém.
Fimbrilisk
Sem comentários.
Mark
Já tenho falado contigo, então você tá sabendo dos paranauê.


E o que aconteceu, Ningyo?
Gente, vou precisar muito ler sobre reimprint. Depois de um tempinho sem o ver, fui tão calorosamente agraciada, que perderia membros por hipotermia.
Ele está jogando. Vejo intenções ocultas em seus comportamentos e este me observa pela visão periférica.

Sei que foi eu quem provocou tudo isso, e agora não sei como reverter.

O que fazer quando o cara te ignora, dá o troco na mesma moeda e você não consegue uma aberturinha se quer pra consertar seus erros?
(O cara é guerreiro mesmo, porque agora me vejo nele e não é fácil)

Quando eu fazia algo semelhante, e era deliberado, não mal-entendido, era para saber até onde eu o afetava. Há muito tempo e de forma "inocente". Acho.

Karma é assim: what goes around comes around.