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Criador do tópico

jahpz

Melhores PUAS

#966192 wazzup!




Bom, não preciso mais ficar explicando a ausência não é mesmo? O que importa é que aqui estou eu, mantendo minha palavra de continuar com vocês ajudando da melhor forma que eu posso. Saibam que sempre que posso acesso o fórum e algumas vezes chego até a ficar o dia inteiro online, portanto estou vendo o que acontece.

Estou aqui hoje pra dissecar algo que me chamou muitíssima atenção. O caso da Ningyo, usuária nova aqui do PUABASE que postou suas "dores" em relação a paixonite dela na seção de dúvidas e fiz questão de tentar auxiliar.

Por que eu achei interessante? É um caso onde houve rapport sem que nenhum dos dois trocassem palavras, e seria uma interação perfeita se estivesse sido conduzida de propósito. E tudo isso no ponto de vista de uma mulher. Agora o mais importante é ver como a PNL é simples, não tem mágica, não tem padrões milagrosos, não tem manipulação anti-ética. É só uma questão de saber como agir com as pessoas.


Agradeço a ela por permitr expor o caso dela e comentar, acredito que será de muito valor para quem ler.



Love's in the airVocês podem ler na íntegra a conversa aqui:


http://www.puabase.com/forum/abordando-paixonite-que-fazer-t105930.html


Bom, resumidamente, ela teve uma daquelas paixonites de transporte público e sentiu que o cara também se interessou por ela mas nenhum dos dois tomou a atitude de abrir a interação.

Antes de começarmos, segue algumas informações importantes. Ambos parecem ser predominantemente cinestésicos(ela um pouco mais), o cara tem um bloqueio social bastante latente mas já quebrou barreiras. Vou cortar algumas partes que não são muito relevantes pro contexto.


Segue:


ningyo escreveu:Logo que nossos horários bateram, novamente, não sabia como reagir. Oscilo entre timidez exacerbada e atitudes muito diretas. E por ele ser discreto, observador, na dele, acabou que o primeiro comportamento foi ativado. Então como diríamos, fiz cu doce sem nem eu querer, ainda mais por passar pela pior fase dos últimos anos. Sabe quando você quer ser bacana, dar abertura, mas no timing errado faz umas expressões duvidosas e rola mal-entendido? Pois é. O cara começou a achar que eu tinha algo contra ele e me tratou com frieza e escárnio. Justo. Fazendo as melhores faces de desprezo possíveis. Virou uma relação (?) de amor e ódio. Adrenalina correndo loucamente.


Verifiquem que embora o imprint(1º Impressão) dele tenha sido bom, o comportamento posterior dele gerou um re-imprint, nesse caso pra pior pois gerou nela um comportamento involuntário negativo embasado no ego. No geral, o re-imprint é utilizado pra mudar uma má impressão, mas nesse caso deu tudo certo já que ele involuntariamente espelhou essa característica reativa dela fazendo com que ela mudasse de posição.

É importante destacar que ele naturalmente está impondo um pensamento nela de "eu não posso estragar tudo", jogando a responsabilidade em cima dela, ou seja, isto seria um primeiro passo para a fase de condução da interação.



ningyo escreveu:Depois disso, por alguma brecha minha, ele percebeu as intenções e tentou aproximação. Ele sentou ao meu lado e pude perceber como a tensão sexual era sinistra. O jogo errôneo funcionou de forma que se eu olhasse pra ele, ia rolar tentado ao pudor fácil, fácil. E ele mesmo aparentando um poço de confiança e atitude, embora espere colaboração minha, claro, apresentou incontáveis linguagens corporais de nervosismo. E vários IDIs.
Isso continuou por um tempo, até de tesão, virar tensão e frustração: eu fiquei paralisada e não conseguia mandar um sinal de nada. Uma porta, inexpressiva. Nunca lidei com uma atração tão forte, que me fazia perder todas as ações.



Esta parte demonstra o quanto a Ningyo é cinestésica.

Olha só o re-imprint negativo trazendo resultados para o cara. Se ele estivesse fazendo tudo isso de propósito, se soubéssemos que o cara é um practioner poderíamos considerá-lo um excelente practioner, ele estabeleceu uma condição antes mesmo de trocar qualquer palavra, seria algo como "se comporte e eu sento ao seu lado". Ele poderia ter ancorado o estado, iniciado a fase de condução, e ela provavelmente responderia a qualquer estímulo que ele fizesse, afinal, é uma cinestésica no auge da descarga de sentimentos.

Mas ele não fez nada disso, o que fez com que a interação fosse por água abaixo. Ele não conduziu quando deveria, ele não encaminhou o estado de êxtase pra onde ele deveria encaminhar.

Neste momento ele poderia ter perdido a interação, mas não foi o que aconteceu.

--

Depois do que eu escrevi pra ela, a Ningyo me relatou alguns dos seus sentimentos e percepções das suas interações não verbalizadas. Percepções essas que ela não descreveu na primeira postagem, e é aí que tudo fica muito mais interessante.

ningyo escreveu:Sim. A frustração é nítida nas expressões e olhares, combinada com irritação e várias BLs de desaprovação, impaciência. Só não havia visto pelo lado de bloqueio social. Talvez tenha julgado ele ser extrovertido quando o via interagindo com outras pessoas, ocasionalmente.


Destaquei esse ponto só pra ressaltar e enfatizar que SIM, definitivamente cinestésicos precisam de um imprint muito bem feito, afinal eles julgam e chegam a muitas conclusões antes mesmo de conversar contigo.

ningyo escreveu:Você tem razão. Pouco antes da primeira aproximação, a quantidade de BL de nervosismo e insegurança que eu peguei, uma atrás da outra, demonstrou bem isso. Foi no dia anterior. E no seguinte, que ele sentou ao meu lado, o impulso o trouxe até mim. Percebi que ele não teve tempo de pensar e recuar, como faço.


Cinestésicos algumas vezes podem ser bem previsíveis. É só verificar o quanto ele está disperso, ansioso, e pode ter certeza que em seguida ele vai tomar alguma atitude, em qualquer sentido da palavra.


ningyo escreveu:E ele é mesmo. Intuitivamente acabei criando estes estímulos, tanto que ele se aproximou por isso. Embora a forma que o contato visual era conduzido tenha maior responsabilidade, talvez. Começou tímido, breve, e ao longo do tempo intenso, duradouro, quase como se saíssem palavras. Pude comprovar como contato visual pode criar conexões, isoladamente.
Sobre contatos físicos leves, aconteceu dos dois lados, e temos comportamentos realmente semelhantes. Talvez por isso a atração. Narcisista, eu sei, mas é identificação, espelhamento. Vocês sabem melhor do que ninguém, aliás.

jahpz escreveu: Isto deverá fazer com que a mente dele exploda, mas existe um revés. Na melhor das hipóteses ele ficará tão excitado que vai falar contigo, na pior, ele vai se sentir extremamente pressionado e vai ficar completamente travado.


Eu falei pra que ela estimulasse a característica cinestésica dele da forma mais apelativa possível, com cheiros, leves toques e movimentos suaves. Mas destaquei também que existe um revés quando você "pressiona" um cinestésico com uma overdose de sentimentos, no geral eles surtam com tantos pensamentos em um milésimo de segundo.

Agora a parte mais legal de tudo isso destaquei em negrito. Vocês que costumam acompanhar meus relatos e artigos lembram-se do quanto eu enfatizo a sincronização/espelhamento pra estabelecer o rapport? O rapport entre eles aconteceu naturalmente é verdade, mas é esse o resultado de uma sincronização bem sucedida, faço questão de destacar de novo o feedback dela.


ningyo escreveu:Sobre contatos físicos leves, aconteceu dos dois lados, e temos comportamentos realmente semelhantes. Talvez por isso a atração. Narcisista, eu sei, mas é identificação, espelhamento. Vocês sabem melhor do que ninguém, aliás.



É esse o mais puro resultado de uma sincronização bem feita. Sensação de proximidade, identificação, segurança e naturalmente atração. O que isso quer dizer? Quer dizer que sendo mulher ou homem, seu interlocutor estará sob seu controle, involuntariamente ele confia em você.


--



ConcluindoComo eu disse, se o cara fosse um practioner ele teria executado uma interação quase perfeita. Mas ele não é e ainda não houve um resultado final. Agora pensem a respeito, alguma coisa super elaborada aconteceu? Não.

Pensando como um practioner ele apenas seguiu(involuntariamente) aquele velho roteiro que passo pra vocês "acompanhar pra depois conduzir". Isto fez com que a Ningyo tivesse tantas sensações em tão pouco tempo que seria loucura descrever uma a uma.Toda essa descarga de sentimentos e pensamentos causados na Ningyo foram causados por coisas simples, PNL básica.

E não tem mágica nenhuma nisso, então, se alguém te oferecer mágica apresente essa pessoa para o circo.


Espero que tenham gostado e tenho absoluta convicção que você irão conduzir suas interações como elas devem ser conduzidas, certo?

Abraços!
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Kage - MEMBRO EXCLUSIVO
#966279 Jahpz,

A forma recíproca de " interação a distância " feita por ambos foi muito, sei lá... de outro mundo haha.

A atitude do cara na reconsideração de sua primeira impressão foi interessante. Uma mulher que antes estava " te dando mole " passar para expressões desfavoráveis é de se pensar no que pode ter acontecido, mas ele não ficou lamentando ou pensativo, simplesmente devolveu as expressões anteriormente recebidas.

Agora fico pensando, quando ele sentou do lado dela, se ele realmente havia percebido as intenções da Nyngyo e contando que ele seja realmente cinestésico, por que ele não iniciou a interação? Afinal, estava tudo bem, tudo encaminhado, só faltava a interação propriamente dita.

Ele espera que a mulher o aborde? Ele precisa que a mulher tenha atitude? De dois um, ou ele vai morrer virgem ou nunca terá uma relação afetiva duradoura. Pois a mulher terá domínio da situação e uma hora vai começar a demonstrar expressões ruins e ele por ser cinestésico, fará o mesmo como retribuição. Resultado: Uma hora isso vai dar merda.

Que coisa complicada haha!
i'mtrickster

Aprendiz

#966282 jahpz/mestre excelente artigo!



Tu realmente é um gênio. Mas fiquei com uma dúvida: da pra direcionar o pensamento do cinestésico pra que ele não tenha uma crise de pânico durante a interação pq isso poderia atrapalhar o rapport.
Crowleynla

Aprendiz

#966307 Caramba, me vi muito no relato dela, no lugar do cara, só que no meu caso eu estou treinando contato visual/ tomando coragem pra dar approach, mas nesses últimos meses, mesmo dando approach aqui e ali, tem uma mulher muito bonita que vi no ônibus, e fiquei testando fazer contato visual com ela, durante alguns meses em encontros no ônibus, me vi no mesmo lugar que o rapaz ali, sem coragem mesmo recebendo muitos IDIs, no meu caso ela acabo me mostrando o anel de namoro, tempos depois, em um dos encontros que tive coragem de ir sentar do lado dela, claro, já que não trocamos nenhuma palavra, ela me mostro o anel arrumando o cabelo varias vezes. D: ASUHAHSUS
Muito bom esse tópico, mas não tenho certeza como o rapaz pensava quando estava do seu lado, muitas vezes, mesmo lendo sobre IDI's e realmente achando que ela está interessada, o cara acaba pensando(ou se enganando) que está só imaginando ou se equivocando.
ningyo

Aprendiz

#966411 Sensacional, jahpz! Consegui entender mais um pouquinho sobre PNL, e realmente é possível perceber como a prática não é um monstro como dizem em muitos lugares. Claro que vendo pelo seu comentário “se comporte e eu sento ao seu lado”, dependendo da natureza de quem utilizaria o método, seria preocupante, visto que comportamentos abusivos partem de princípios e manipulações semelhantes. Mas dependendo do contexto, realmente não há mal. É um jogo. Me aprofundarei no assunto, com toda certeza.

E definitivamente, ele é extremamente reativo aos meus “atos”. Li sobre liderança, no fórum, que você comentou no outro tópico, e compreendi que está nas minhas mãos a interação. Só me resta a dúvida de que se ele começou a me evitar, e tá desencanando, se é possível reverter de maneiras eficazes. Sou orgulhosa, e como cinestésica, como identificado por você, preciso saber se ainda tem salvação. hahaha

KagePUA. No caso, mesmo que por momentos breves, ele pensou sim sobre o que aconteceu. E por que acredito nisso? O mal-entendido rolou em uma sexta-feira. Não tinha visto que ele estava tão próximo, fiz a expressão pros meus pensamentos e estado de espírito, o vi passar rapidamente por mim, e só na segunda-feira que entendi o que ocorreu: a primeira coisa que ele fez quando nos vimos, foi justamente simular a expressão que fiz. Igualzinha. Risos. E pra alguém fazer o mesmo, passando um final de semana inteiro, é porque de alguma forma isso o provocou internamente. A não ser que ele estivesse jogando comigo, coisa que eu sempre desconfiei e fiz questão de responder aos "desafios". Sou orgulhosa demais. Exageradamente.

Te respondo: eu fiquei tão impassível, não deixando uma abertura sequer disponível, com fones de ouvido, que só me “cutucando” ele conseguiria uma resposta minha. Lastimável, sim.
Em um momento arrumei o cabelo, porque estava nos meus olhos, e ele deu uma aproximada fazendo o mesmo. Se eu tivesse olhado pra ele, teríamos conversado naquele dia. O que não aconteceu.

Acredito que ele espere o mínimo de “permissão”, não sei. Várias vezes, tempos depois, ele olhava pra mim, esperando contato visual, como se fosse dizer por olhares “posso me aproximar?”. E sabendo disso, eu fingia não ver.
No geral, as pessoas dizem eu ser muito intimidadora, de início. Não tenho costume de andar sorrindo, estou sempre séria, reservada e ainda sou nipônica. Ou seja, a galera acha que vou sacar uma katana e arrancar a cabeça sem piedade. É muito sério.

É nítido que eu sou, perdão a palavra, cuzona.
Sei que não sou assim quando não há um background de “emoções”, e é exatamente por isso que acho imprescindível me conhecer e encontrar soluções objetivas. É menos complicado abordar gente aleatória, iniciar interação e manipular os bastidores. Agora quando você realmente quer que tudo muda. E sabendo se virar nessa situação, acredito que todo resto passa a ter um peso suportável. São nos desafios, na dificuldade, que a evolução realmente acontece profundamente.

Mais uma vez agradeço por tudo. Todo o conhecimento retido com certeza trará bons frutos por aqui.
kjay

Veterano - nível 9

#974813 Muito boa a visão do Japhz, ele realmente é um mestre em PNL, me interessou muito a história da moça, tinha lido o tópico a um tempo atrás, interessante a PNL básica aplicada mesmo que sendo inconsciente....
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Magaiver.

Aprendiz

#979752 Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
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Opqf

PUA EXPERT

#983214 Algum relato sobre o tom de voz que o cara utilizou durante a abordagem jahpz? Pelo que percebi, por estar nervoso ele provavelmente deve ter falado rápido (a ningyo deu detalhes quanto a isso?), desproporcional a interação. Cinestésicos preferem um palavriado mais lento, tranquilo e que estimule as emoções um do outro (como eu fiz recentemente aplicando padrões de linguagem básica em cima de uma HB KOJAK) nessa segunda-feira enquanto nos pegávamos.

E o rapport natural estabelecido, mesmo com a interação bem ruim, ainda continua sendo extremamente eficiente.