Assuntos não relacionados ao tema principal do fórum.
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Criador do tópico

Pedrovysk

Aprendiz

#970961 O psicólogo e pesquisador Vitor Muramatsu chama a atenção para o descolamento da realidade implícito nos ensinamentos: "O PUA se baseia na Programação Neurolinguística, que por si só já é um câncer, uma semirreligião. Ela faz um apanhadão de migalhas de teorias dos grandes mestres como Reich, Freud, mistura com Gestalt e hipnose e aplica na reprogramação mental para modelar um comportamento, passar uma tinta. No livro, ele [Eduardo Playtool] diz que para ter sucesso é preciso repetir 'eu sou o cara', 'eu sou foda', 'todas as mulheres querem dar pra mim' para construir uma persona artificial. Quando diz 'Sei que sou foda independente de como as pessoas reagem' você tem uma questão com a relação do feedback do real. Ou você ignora ele ou você absorve e isso tem um efeito na sua personalidade, no seu comportamento".



E dá um exemplo: "Digamos que eu aborde a mulher da padaria e não dê certo. Ou eu absorvo aquilo ou eu blindo aquela rejeição. São duas posturas totalmente diferentes. A primeira é mais humana, dialética, contemplativa e estruturante, cria uma modificação real, te traz para o real e a outra não, você é um pirado. E a tendência é que você se blinde da realidade, porque você se blinda da resposta que ela te traz. Quando ele fala em 'ir para o contato físico' invade a privacidade das pessoas. Os alunos podem entender qualquer coisa dessas instruções. E se não tem limite, podem causar dano para a sociedade ou a si mesmos por viverem em um mundo de loucura, igual jogador viciado. E aí o perigo é estarmos criando uma seita de violadores irrefreáveis".



"Uma coisa é eu autorizar você a falar comigo e a gente começar a flertar. Na rua eu não autorizei, não te conheço e não quero te conhecer. Mas a sociedade autoriza e legitima que um homem aborde uma mulher, porque historicamente o espaço público sempre foi masculino. E é contraditório que antes o espaço público era dos homens e o privado das mulheres mas nem no espaço privado a mulher era respeitada. Ela também sofria –e ainda sofre– violência onde é chamada de 'rainha", explica a antropóloga Izabel Gomes.



Para ela, a raiz de todas as violências –da doméstica ao estupro, do feminicídio ao assédio– é a mesma: "Não tem discurso novo. É violência de gênero, é patriarcado e é condição de não sujeito. Vem tudo da mesma estrutura de dominação. Como os homens podem querer nos manipular, fazer um jogo e vencer etapas para conquistar? Tomar nossa liberdade na rua? Acho que só em um esquema de dominação ainda tão forte e estruturado isso é possível. E aí não dá pra não falar das relações de patriarcado, que tratam a mulher não como sujeito ou, na melhor das hipóteses, como alguém de menor valor. Os avanços das últimas décadas nas leis –temos igualdade na lei salarial, temos uma lei para violência doméstica, temos uma mulher presidente– fazem com que a gente não perceba os retrocessos (Alô Bolsonaro). A impressão que se tem é que por conta desses direitos conquistados não se tem violência contra a mulher e quando tem, a própria mulher é responsabilizada. Nós temos hoje uma mulher sendo estuprada a cada dez minutos no Brasil. Nesse contexto, um curso desse tipo é ainda mais grave" define a antropóloga.
Leia mais em: http://zip.net/bmqtRv
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HipnoMan

Aprendiz

#970969 Notei um leve sintoma de desinformação no texto da antropóloga. Ela classifica a loucura de acordo com algo muito subjetivo e embora diga que a violência contra a mulher seja motivada pela 'dominação' de valores masculinos, tanto no PUA quanto nas outras referências citadas (hipnose, PNL, etc) existe a concessão. Se fosse assim, por que existiriam os indicadores de interesse, que nos auxiliam a visualizar se pessoa abordada está confortável com nossa presença? Nesse sentido, mediante tantas palavras bonitas, a "pesquisadora" nos revela outra contradição ao afirmar que devemos portar permissão para abordar alguém. Como assim? Em que mundo ela vive? Somos dotados da necessidade de nos conectarmos, comunicarmos nossos anseios. Ninguém é obrigado a conversar com ninguém, mas vedar a oportunidade de estabelecer laços é privar a humanidade de um do melhores e mais eficientes atributos dela: comunicar-se, construir relações e empatia. Diante disso, não custa lembrar: Antropologia é coisa séria, é ciência!!! Essa 'pesquisadora' deveria estudar um pouco de metodologia científica para não misturar suas teses e hipóteses com suas carências pessoais e frustrações particulares. Afinal, se ela não quer se "autorizar" dialogar com um homem que não proiba quem quer.
Lelouch

Veterano - nível 10

#970971 Tem certeza que ela é antropóloga?

Pergunto a ela, "Você já tentou abordar algum homem?", "Todos os seus (ex-)namorados tiveram que abordar?"
Se ninguém aborda, a relação não começa.

O que ocorre é natural. O interesse do homem na mulher é mais visual e mais rápido, enquanto a mulher seleciona por muito mais do que a aparência e demora um pouco. Por isso, dificilmente uma mulher vai ter interesse num homem desconhecido só de olhar.

O PUA é aquele que entende a natureza e passa a seguir as coisas conforme o que ocorre na natureza. Se eles seguissem o senso comum da sociedade, no qual muita gente acredita, estariam solitários por muito tempo.

Caso ela não saiba, até mesmo feministas não se sentem bem em relacionamento com homens de status inferior ao dela.
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HipnoMan

Aprendiz

#970973 Da mesma forma que o jardineiro estuda a natureza para obter melhores resultados na colheita, o PUA estuda as pessoas para obter melhores resultados nas conquistas. Os PUAS cultivam relações humanas, existe algo mais belo que isso?
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Criador do tópico

Pedrovysk

Aprendiz

#971019
Fimbrilisk escreveu:Perca de tempo tempo esse tópico, simplesmente.



Caro amigo creio que a intensão da reportagem não é gastar o tempo de ninguém. Pelo contrário ela visa poupar o tempo das mulheres (principalmente as feministas como a antropóloga).
Em uma visão distorcida do assunto, o tema PUA foi ofendido por opiniões desconexas ao assunto.
Minha intensão no entanto foi levantar essa discussão: sobre como as artes venusianas são de fato publicadas pela mídia. Infelizmente nos poucos contatos que vivemos com os veículos de comunicação, não nos renderam elogios por parte de todos. Guardo com carinho um recorte de jornal que pretendo um dia emoldurar e fazer um quadro. Uma das poucas reportagens que vi falando bem da nossa comunidade.
Sinto orgulho de estar aqui, e participar de forma ativa na construção de homens melhores. O que nem sequer foi levantado em questão na reportagem acima.
Peço que analise melhor a reportagem e contribua se achar que lhe convém com este debate.
Grato.
by – EL SANTO – Don Juan