Assuntos não relacionados ao tema principal do fórum.
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KingPro
#996185 Sim, essa é a pergunta que eu faço a vocês.
Ando percebendo cada vez mais que estamos perdendo tempo demais com coisas que não vão nos trazer nada de concreto.

O brasileiro passa pouco mais de um terço do tempo (36%) usado para navegar na web utilizando redes sociais.


1/3 do tempo gasto para ficar acompanhando a vida dos outros, ótimo né?

Com isso vem a depressão, já que ninguém posta as coisas ruins da vida, todo mundo está cansado de saber isso.

Vem a obsessão de querer o que não tem, acaba-se que tem muito mas não tem nada, já que a grama do vizinho é sempre mais verde, certo?

A proporção de brasileiros entre 25 e 34 anos de idade que ainda vivem na casa dos pais aumentou de 20% para 24% entre 2002 e 2012.


É a famosa geração canguru, faz todo sentido né?

Cada vez mais os filhos estão dependentes dos pais, não querem saber de sair de casa, contam com a herança que o pai tem ou aquela "imaginária".

Acompanho um exemplo bem de perto, minha irmã é formado em uma das melhores Unviersidades do Brasil, está na faixa dos 26 anos, só fica o dia inteiro dormindo, já apresenta uma depressão aguda acompanhada de ficar o dia inteiro nas redes sociais, não tem sonhos/objetivos, como diria Zeca Pagodinho "deixa a vida me levar".
Tem um livro chamado "A Idade Decisiva" que debate que nossas vidas serão praticamente definidas durante os 20 aos 30 anos, muitos ficam naquele pensamento que ainda são jovens para pensar nisso, dos 20 aos 30,40 é logo ali.

Consumo de álcool no Brasil é superior à média mundial, diz OMS.


Tenho vários amigos que bebem de domingo a domingo, não faz muito sentido pra mim, querem saber de "chapar o coco", todo dia é dia.
Não preciso comentar que assim como o cigarro, anabolizantes entre outros não causam efeitos negativos tão rapidamente, mas sim em um futuro um pouco distante, então, hoje é tudo lindo, a vida é bele, tudo na vida tem um preço.
Já fui de beber, não tanto, mas já bebi, já fiz minhas "cagadas", me arrependo de algumas.

Não preciso beber em festas/balada para ficar na "vibe" para chegar nas HBS, sou um cara de boa naturalmente, muitos não conseguem isso, então recorrem para outras "substâncias".

A depressão é um problema de saúde pública, e será o mal do século 21
, juntamente com a síndrome do pânico.


Sou meio suspeito para falar disso, quem nunca teve um momento de depressão?

Já pensei no suicídio como a forma de solucionar os meus problemas, de ir dessa para uma melhor, pelo visto larguei isso de mão né?
Meu pai e minha irmã possuem depressão, sei como é triste, com força, determinação, sonhos/objetivos ela acaba ficando de lado.
Fora outras "doenças" a serem consideradas, estresse, síndrome do pânico, ansiedade, etc.

Não estou querendo dizer que existe um correto ou certo para nossa geração, mas acaba que tudo está interligado, pelo visto o que nos aguarda não é nada agradável.
Junte a nossa economia, política, cultura, violência, meio-ambiente, racismo, drogas, tendências etc.

A finalidade desse post é nada mais que ver uma opinião diferente.
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Millenium
#996219 Ótimo post.

Eu não sei o que te dizer, sinceramente.

Quando eu era criança, minhas professoras tinham vastas críticas a sociedade atual, fazendo simples questionamentos, como: Por que as pessoas são usuárias de drogas, se isso destrói a família? Por que a violência só sobe, se a solidariedade é o melhor caminho? Por que as pesoas xingam umas as outras se tratar bem é a melhor solução?

Eu me perguntava isso também. Com a geração de hoje acho que todos também se perguntaram estas coisas.

Digo isso porque nunca vi uma sociedade tão fundamentada sobre o conceito do certo e errado, chegando a odiar "o outro" que nade contra a maré. E isso fica muito confuso, porque, ao mesmo tempo que se acusa com força os "errados", ao mesmo tempo protege por estes serem vítimas da sociedade. Bastante confuso, porque não é possível ser o moralmente correto o tempo todo sem se contradizer em nenhum momento.

Mas isto de longe demonstra uma coisa: A necessidade gigantesca de ser aceito. Esta é a primeira característica de nossa sociedade atual.

Ao mesmo tempo que esta sociedade vocifera sobre o correto e o errado... elas não tomam nenhuma atitude concreta, pois não acreditam verdadeiramente em seus ideais, ou não tem motivação o suficiente para tanto. Porque, a questão proibida é: Por quê? Qual é o sentido de construir uma bela vida, cheia de nuance e aventuras, se a morte está próxima?

E, se não bastasse essa crise existencialista, aumentada pelo advento da internet, na qual as pessoas se prendem como formas de fuga e o excesso de informações as deixam mais ansiosas e as dessensibilizam, ainda há a crise de identidade - Ninguém sabe o que é, mas tem certeza do que deve ser. E fugir deste ideal, e ir de encontro a autenticidade... isso é coisa rara. Rara e difícil.

Eu não sei o que te dizer, sinceramente. Mas juro que queria lhe dizer algo alegre.

Eu só sei que este mundo tá muito doido. Doido demais.

See ya :D
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antonio_258
#996222 as pessoas se sentem assim pois o sistema esmaga seus sonhos, metas e objetivos, e depois elas ainda colocam muita expectativa em cima disso tudo, no fim tentam encontrar a felicidade em coisas materiais, acredito que é pq estao muito cansadas ja de estudarem e trabalharem para correr atras dos seus interesses pessoais

essa é a forma como eu enchergo a maior parte do mundo, desconcidere os erros de portugues, to sem tempo utimamtne
toniko
#996223 Também penso que irei viver para presenciar uma geração pior que a atual, esperem pela próxima...

Imaginem as crianças criadas por essa geração?

Que Deus tenha piedade de nós...
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Tadashicto
#996238 É bem como vc relatou,a nossa geração a maioria das pessoas estão sem objetivos e quando têm objetivos querem realizar naquele exato momento,sendo que para se conquistar certas coisas além de sacrificio é preciso de tempo...

Todos querem curtir o momento(não que seja errado,mas ao meu ver deve a ver um equilibrio),mas ao mesmo tempo essas pessoas querem ser vistas,invejadas e admiradas pelo o maior numero de pessoas possiveis,ai então entra as redes sociais( e o paradoxo) um exemplo é quando vc vai a algum show,evento,balada o que seja,vc pode percebe que sempre terá alguem mais preocupado de gravar o que esta acontecendo do que realmente curtir o que se passa naquele momento,diz que grava para guardar como lembrança porém na maioria das vezes é só pra jogar na rede social e ganha curtida,impressionar determinada pessoa e etc... Tudo pra ter aquela falsa sensação de ''incluido socialmente'',e entao quando não se é ''aceito na visão do fulano na sociedade'' ele começa a pensar que o gramado do vizinho é mais verde e assim sempre buscando visibilidade e o levando para a destruição,depressão e etc...

Essa geração endeusa a libertinagem,quer ser vista e aclamada por isso mas se preocupa demais com a vida e opinião de terceiros,querem tudo e ao mesmo tempo não sabem o que querem.
Boa semana!! Abraços!!!
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The112Player
#996264 Ótimo post, a sociedade atualmente ta praticamente mergulhada nessa busca por aprovação e isso não se limita a uma faixa de idade mais jovem. Cada vez mais você vê pessoas que vivem pela "realidade" e pela aprovação virtual e pouco se importam com algum verdadeiro planejamento de vida. Isso de ver a grana do vizinho como mais verde e aceitar o condicionamento social que impõem para você tá fazendo com que problemas como depressão, ansiedade e crises existencialistas no geral venham ganhando muito espaço. Esse processo já tá muito consolidado e isso é preocupante. Fugir desses conceitos no dia a dia é uma tarefa mas traz bons benefícios. Aquele salve!
Deco
#997224 Honestamente, ouso afirmar que, no Brasil, a maioria dos jovens está na fossa. Há várias explicações para isso, mas irei elencar as duas as quais, pra mim, são as principais causas.

I - Individualismo. Esse é o mal em evidência no nosso século, e parte do mal que enxergo neste grupo. Há uma super estimação do indivíduo. As pessoas são incentivadas a focar majoritariamente em si: seu desenvolvimento, sua felcidade, seu bem-estar... Nesse contexto, o critério para a conexão com o próximo é o quanto ele pode agregar à sua vida. Alto valor. O próximo é enxergado conforme sua utilidade, e a conexão dura enquanto ele for útil. Com o defeito, há o descarte.

Outro efeito é o não compartilhamento. O significado de solidão não é estar sozinho, mas não compartilhar. Com cada um interessado apenas em si, compartilhar é um verbo inexistente. Pasmem: somos seres sociais. Se não compartilhamos, buscamos alguma forma (pouco eficaz) de equilibrar a balança: prazer, drogas, trabalho... Por não equilibrarmos a balança, surgem as doenças (psicossomáticas).

Se você leu até aqui, minha dica é a seguinte: o foco não deve ser você, mas todos (o que inclui você).


II - Imaturidade emocional. Para abordar esse tema, peço que vocês assumam a seguinte premissa: a maior parte (quase totalidade) de nossos pensamentos é produzida sem a nossa autorização, isto é, inconscientemente. Grande parte da humanidade é vítima de sua própria mente. Os pensamentos surgem, as emoções atuam e o indivíduo, após tomar consciência, age de forma passiva. Em momento algum, o pensamento é criticado. Em momento algum, atenta-se à forma como é construído. Pior: ninguém fala de seus pensamentos. Deixam para fazer isso apenas quando estão doentes e necessitam do apoio de um psicólogo.

Se você leu até aqui, minha dica é a seguinte: tenha uma postura ativa sobre seus pensamentos.


Por fim, parabéns ao autor do texto. Levantou uma questão extremamente relevante.
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GustavoZR
#998605 Sincera e infelizmente, não muita coisa. Dividirei minha reflexão em dois pontos que considero relevantes para a discussão (perdoem-me se o fizer de forma semelhante aos demais comentários).

1. Problemas, decision-making e infelicidade.
Hoje temos jovens que por terem sido criados de uma forma tão superprotetiva que não fazem a menor ideia de como lidar com a maior parte dos problemas que lhes aparace. A ausência de situações de risco e o cuidado excessivo fizeram com que sejamos extremamante dependentes, de forma a inibir nossos instintos de prosperidade. Ao não conseguir o que queremos, muitas vezes por falta de um esforço concreto e uma mentalidade vencedora, nos tornamos infelizes, além de sermos condicionados pela sociedade a reduzir nossa capacidade de tomar decisões e aceitar a inércia como algo habitual.


2. Embates desvairados.
Com maior acesso à informação, temos debates com maior quantidade de informação. No entanto, esse alcance aumentado também faz com que estejamos expostos e envolvidos em problematizações de cunho altamente preconceituoso e egoísta. Para ilustrar melhor a ideia, tomo por referência os debates em redes sociais previamente ao processo de impedimento da presidente. De amizades duradouras desfeitas por motivos banais a agressões sem justificativa, tivemos uma estratificação incoerente com base em uma divergência de opiniões políticas. Julgar uma pessoa simplesmente por seu posicionamento quanto a uma forma de governo ou de gestão de uma nação não se difere de maneira alguma de julgar uma pessoa pela cor de sua pele, por sua religião ou sua orientação sexual.
Em suma, mesmo inseridos em um estado democrático de direito, com seres (supostamente) socialmente evoluídos, temos uma geração altamente influenciável e que emana suas posições de maneira cega e incoerente, sem se pautar no ideal mais importante de uma sociedade democrática: o diálogo, em sua capacidade de ouvir os pontos da parte oposta e, mesmo não concordando, considera-los coexistentes, e o consenso, ao respeitar o próximo por ter um posicionamento diferente do seu. Afinal, devemos medir os valores de uma pessoa com base em suas ações para com o próximo, e não por suas ideologias ou orientações.



Ao final, peço minhas mais sinceras desculpas pela impossibilidade de elencar mais pontos. Minha vontade era a de redigir um pequeno artigo, mas a escassez de tempo e a quantidade de afazeres não me permitem.
Ademais, agradeço o usuário K!ng por levantar uma discussão tão relevante, e aos demais membros que comentaram acima por trazerem opinões também construtivas e relevantes.