SOBRE ESTABILIDADE DE VIDA

[statham]

- 12 Jul 2016, 18:04 #1009404

Bom... eu não sou um dos "estáveis de vida" que tu queria umas dicas... na verdade, minha vida está bem instável pra falar a verdade. Se tu for ler os tópicos que postei anteriormente, tu vai entender que eu não sou exatamente um modelo a ser seguido... mas eu estou lendo bastante, pensando bastante sobre tudo, aprendendo muita coisa nova, e cheguei a algumas conclusões que talvez possam ser úteis para ti também.

Quanto a "estabilidade de vida":
O meu conceito de "estabilidade de vida" é possuir um bom emprego que me gere uma renda mensal segura, ter uma casa, ter condições financeiras de manter uma família, com carro e todas essas coisas que inegavelmente facilitam e muito a nossa vida, sem ter que me preocupar muito com minha situação financeira no final de cada mês.
Partindo desse princípio, comecei a analisar as trajetórias traçadas por aqueles que conheço pessoalmente e que considero que tenham alcançado tal estabilidade. Nisso, deixei de lado todos os exemplos maquiados de gurus, de celebridades e empreendedores/ investidores "de sucesso" e foquei naqueles que eu realmente conheço, convivo ou convivi, e que tive a oportunidade de aprender com eles, tendo a certeza que eles não estavam tentando me vender "soluções milagrosas" ou algo do tipo.

Fato observável nº 1: A grande maioria desses, é composta por concursados.

Os poucos que não são concursados, no geral, são descendentes de familiares mais abastados e possuem altos cargos nas empresas da família. O que é bem triste, pois eu estava estudando muito em busca de um título, pra poder competir no mercado de trabalho, e no fim, depois de muito tempo compreendi que essa competição é pra lá de injusta.
Pensando de maneira mais ideológica, posso afirmar que sou totalmente contra concursos públicos, por simplesmente não achar correto que funcionários selecionados por suas capacidades de resolverem provas, sejam sustentados com altos salários pagos pelos contribuintes (todos nós) sem poderem ser demitidos como todo e qualquer funcionário comum, causando um inchaço desnecessário na máquina estatal (apesar de não ser o fator principal para esse inchaço).
Mas ao analisar de modo mais "maquiavélico", visando alcançar os meus objetivos (dentre eles, a estabilidade financeira), parece-me óbvio que se não tenho poder de lutar contra as injustiças do Estado, e é quase impossível que eu mude o establishment, a atitude mais racional é se unir a ele (o Estado). Esse pensamento faz ainda mais sentido se pensarmos no contexto atual brasileiro.

Conclusão: Estou estudando muito para passar em um concurso público.

Há mais fatos observáveis... mas pretendo criar um tópico completo em breve, pra compartilhar meu raciocínio e receber o feedback da comunidade.
Espero ter te ajudado!

Parabéns Donnie, acho muito boa a iniciativa de estudar para concurso, estabilidade é algo indiscutível hoje em dia, mas veja bem qual cargo escolher porque de nd adianta vc estar estável e fazer algo que não goste pro resto da vida né!?

Em relação a sua idéia do segundo grupo que descende de família mais abastada, acho um pouco "generalizada", existe sim, empresas fechadinhas somente pelos familiares mas existem outras que não. Existem áreas para se trabalhar em uma empresa que praticamente obrigam eles contratar funcionários de fora, como por exemplo especialistas em algo.

Imagine uma família de advogados, eles mesmo administram, mas será que teriam tempo para o RH, folhas de pagamento etc? E a parte de T.I. será que um advogado resolve quando o site sai do ar, ou precisa de um toque na rede (no máximo trocam toner), então reveja esse conceito e aumente seu horizonte em relação a isso!!

Um abraço!

#statham

[Donnie]

- 12 Jul 2016, 18:30 #1009409 Statham, não discordo que talvez minha visão seja um pouco "generalizada", mas não acho que esteja tão distante da realidade.
Quanto a tais cargos que quase obrigatoriamente devem ser ocupados por funcionários "de fora", digo que geralmente, possuem remuneração MUITO menor que a dos familiares e "amigos do rei". Além do que, deve-se considerar a dificuldade altíssima para conquistar tais cargos, que exigem títulos e muita experiência, que no meu caso (pobre fodido, que resolveu estudar química), são muito difíceis de serem obtidos. Estudar e trabalhar é uma rotina extremamente desgastante (vide os meus últimos anos nessa rotina), e é complicadíssimo competir com aqueles que podem se focar totalmente nos estudos sem precisar trabalhar. Não digo que é impossível, pois certamente há muitos casos de indivíduos que conseguiram tal feito, mas para cada caso desse, inegavelmente há muitos outros de pessoas que não conseguiram completar os estudos devido ao desgaste psicológico (e não há nenhum demérito em optar pela saúde mental em detrimento da busca por um título), e daqueles que simplesmente não conseguiram se encaixar no mercado de trabalho e acabam por ter que aceitar outros empregos que não aqueles "dos sonhos". Na minha área, isso é observável pela quantidade de formados em química que gostariam de trabalhar como pesquisadores ou em boas empresas na indústria, mas que acabam tendo que lecionar em colégios públicos ou privados, sendo muitos desses, desgostosos na profissão. Além do que, deve-se pensar no final da vida, onde, não é incomum que funcionários experientes sejam demitidos por "ganharem muito", assim liberando verba para contratar "dois novos pelo preço de um". Raramente há ESTABILIDADE no mercado de trabalho padrão.

Mas claro, estou focando naqueles concursos públicos que eu consigo me imaginar trabalhando pela vida toda... sequer realizarei a prova para carcereiro por exemplo, pois simplesmente não acho que vale a remuneração para mim, por mais boa que seja.

Talvez, eu possa parecer um pouco pessimista, mas apenas estou tentando não me iludir, então não me leve a mal. haha

[statham]

- 12 Jul 2016, 18:35 #1009410

Statham, não discordo que talvez minha visão seja um pouco "generalizada", mas não acho que esteja tão distante da realidade.
Quanto a tais cargos que quase obrigatoriamente devem ser ocupados por funcionários "de fora", digo que geralmente, possuem remuneração MUITO menor que a dos familiares e "amigos do rei". Além do que, deve-se considerar a dificuldade altíssima para conquistar tais cargos, que exigem títulos e muita experiência, que no meu caso (pobre fodido, que resolveu estudar química), são muito difíceis de serem obtidos. Estudar e trabalhar é uma rotina extremamente desgastante (vide os meus últimos anos nessa rotina), e é complicadíssimo competir com aqueles que podem se focar totalmente nos estudos sem precisar trabalhar. Não digo que é impossível, pois certamente há muitos casos de indivíduos que conseguiram tal feito, mas para cada caso desse, inegavelmente há muitos outros de pessoas que não conseguiram completar os estudos devido ao desgaste psicológico (e não há nenhum demérito em optar pela saúde mental em detrimento da busca por um título), e daqueles que simplesmente não conseguiram se encaixar no mercado de trabalho e acabam por ter que aceitar outros empregos que não aqueles "dos sonhos". Na minha área, isso é observável pela quantidade de formados em química que gostariam de trabalhar como pesquisadores ou em boas empresas na indústria, mas que acabam tendo que lecionar em colégios públicos ou privados, sendo muitos desses, desgostosos na profissão. Além do que, deve-se pensar no final da vida, onde, não é incomum que funcionários experientes sejam demitidos por "ganharem muito", assim liberando verba para contratar "dois novos pelo preço de um". Raramente há ESTABILIDADE no mercado de trabalho padrão.

Mas claro, estou focando naqueles concursos públicos que eu consigo me imaginar trabalhando pela vida toda... sequer realizarei a prova para carcereiro por exemplo, pois simplesmente não acho que vale a remuneração para mim, por mais boa que seja.

Talvez, eu possa parecer um pouco pessimista, mas apenas estou tentando não me iludir, então não me leve a mal. haha

Legal! Jamais irei "levar a mal" ngm aqui do PB acho que aqui é um ambiente para nos fortalecermos, e trazer para o nosso mundo novas óticas tanto para o PUA como para o auto-desenvolvimento.
Um abraço, conte comigo!

#statham