- 13 Set 2010, 19:38
#101759
Boa tarde amigo!!!
Realmente gostei do filme e do seu tópico.
Que nos propõem a criticar algo.
Eu assisti o filme e achei algo em paralelo com discussões aqui do fórum;
Sonhos lúcidos e o subconsciente formam "A Origem"Se você pudesse entrar na mente das pessoas, o que você faria? Cobb (Leonardo DiCaprio) e seu parceiro Arthur (Joseph Gordon-Levitt) são especialistas em penetrar no subconsciente das pessoas pelos seus sonhos para roubar o que ninguém mais consegue - suas informações e segredos. Procurado pela lei, Cobb não vê outra alternativa a não ser continuar trabalhando até conseguir limpar seu nome, quando surge a oportunidade de resolver todos os seus problemas: fazer o oposto de seu trabalho, ou seja, plantar uma idéia. Se o plano der certo, há a promessa de seus problemas acabarem. A dupla organiza um time e segue na missão, mas nada é tão simples quanto parece, e mais do que perseguidores ou os perigos no subconsciente do seu alvo, Cobb se vê correndo perigo de vida quando o inimigo é a sua própria mente.
Em primeiro lugar temos a própria temática do filme, os sonhos, que consegue ser misturada com sucesso com ação e ficção científica. Nolan utiliza teorias da psicologia e estudo de sonhos, mais o conhecimento popular e cria uma experiência profunda.
A mitologia do filme pode ser desenvolvida além de suas quase duas horas e meia facilmente, tanto que ver e rever a história sempre levanta novos elementos, todos fortemente amarrados e solidamente construídos. Os assuntos passam por sonhos lúcidos, interpretações, subconsciente e chegam a méritos como o bem e o mal, e o filme como um todo é construído de modo que possa tanto ser discutido e analisado profundamente quanto apenas assistido pela sua qualidade de enredo, estética e atuação: se de um lado temos a filosofia, a experiência é completada com uma ação extremamente bem construída, no estilo que consagrou os Batmans de Nolan, com tiroteios, lutas e perseguições lucrando com o elemento de surrealidade. A trilha sonora, especialmente composta, cria um peso dramático único - não é exagero dizer que esta é uma trilha que será muito lembrada nos próximos anos.
A construção de cenas é intrincada e o enredo pede muita atenção de todos: a própria ambientação de mundo de sonhos é sujeita a mudanças, e aproveitando esse artifício o filme se estrutura. Os atores levam seus personagens à plenitude e criam pessoas cujas vidas e personalidades facilmente poderiam ser expandidas em novas histórias. DiCaprio, anteriormente criticado por outros papéis, se destaca na liderança, roubando a cena (trocadilho não intencional). Fazendo dupla com Marion Cotillard, a misteriosa Mal, vemos uma combinação dramática de sucesso.RECOMENDO o filme para quem quer aprender um pouco sobre sonhos lúcidos.....As outras duas perguntas;Pelo que entendi, o fato do totem (peão) ficar rodando no fim do filme, daria a entender que todo o enredo, níveis de sonhos, se passava num sonho único de Cobb, e todos seriam projeções dele, a não ser as crianças, a Mal e seu pai, que seriam lembranças. Poderíamos especular que na realidade estavam vivos o pai, a Mal (que tinha se matado, portanto voltado à realidade) e as crianças; Cobb estaria sonhando achando que era a realidade (um tipo de limbo), e que Mal na realidade usava algum artifício para tentar tirá-lo de seu limbo.
Porém, podemos ver o totem de Cobb parando do girar quando está treinando Ariadne, provando que aquele mundo é real. Portanto o fim do filme é a realidade e os autores não deixaram o totem cair (mas bambear) para criar suspense, questionamentos, e talvez a deixa para um segundo filme.
Abraço, gostei da idéia de criticar filmes...