- 26 Dez 2017, 09:20
#1066310
Interessante a argumentação, mas devemos lembrar que a linguagem é um meio de expressão do íntimo do indivíduo e para seu desenvolvimento.
Sob o primeiro ponto de vista (expressão), realmente o que importa é a forma como cada um se comunica HOJE. Não há um real interesse ou utilidade em conceitos ultrapassados. Eles não são úteis na comunicação, e adotar o sentido original pode inclusive gerar confusão.
Por outro lado, na questão do desenvolvimento individual, é interessante saber os diversos conceitos pelos quais já passou determinada forma de linguagem (e não apenas aquele que lhe deu origem). Isso não por haver uma necessidade de se manter conceitos pré-concebidos, mas sim para entender a natureza e inserçao do homem no mundo. Ninguém vive sozinho, e a comunidade serve para desenvolver o que há de melhor em alguém. Entender como isso se deu em tempos passados ajuda a determinar melhores caminhos para o futuro.
Há que se lembrar tb que a crença na origem de algo muitas vezes está mais associado a interpretação individual do que a realidade de fato. Por exemplo: há quem diga que o amor surgiu com a independência da mulher em relação a instituição familiar, outros com o crescimento da individualidade... Já vi estudos que mostram mudanças na forma de tratamento entre machos e fêmeas quando o sexo passou a ser realizado "olho no olho". Apesar do fato de que apenas um dos exemplos representarem mesmo ciência (o último, no caso), cada um adota o conceito que mais se parece com a própria crença, logo a linguagem se torna mais uma exposição da concepção de cada um, do que realmente uma definição verdadeira. E isso inclui amor e felicidade.
Quanto à questão do uso da preferencial da razão, por certo, alguém mais racional consegue ver melhor as relações mundanas... Mas isso não significa que esse alguém mais racional será mais útil ou ativo. Como Weber, acredito que ver tudo de forma extremamente racional causa um "embotamento" das emoções... E como são as emoções que motivam à ação, ver tudo com um viés muito racional pode mais atrapalhar do que ajudar.
Eu, por exemplo, prefiro ser alguém que corra feliz atrás de grandes sonhos (que talvez nunca se realizem), a ser alguém inerte e triste que viva apenas na "realidade".
Abraço
Sob o primeiro ponto de vista (expressão), realmente o que importa é a forma como cada um se comunica HOJE. Não há um real interesse ou utilidade em conceitos ultrapassados. Eles não são úteis na comunicação, e adotar o sentido original pode inclusive gerar confusão.
Por outro lado, na questão do desenvolvimento individual, é interessante saber os diversos conceitos pelos quais já passou determinada forma de linguagem (e não apenas aquele que lhe deu origem). Isso não por haver uma necessidade de se manter conceitos pré-concebidos, mas sim para entender a natureza e inserçao do homem no mundo. Ninguém vive sozinho, e a comunidade serve para desenvolver o que há de melhor em alguém. Entender como isso se deu em tempos passados ajuda a determinar melhores caminhos para o futuro.
Há que se lembrar tb que a crença na origem de algo muitas vezes está mais associado a interpretação individual do que a realidade de fato. Por exemplo: há quem diga que o amor surgiu com a independência da mulher em relação a instituição familiar, outros com o crescimento da individualidade... Já vi estudos que mostram mudanças na forma de tratamento entre machos e fêmeas quando o sexo passou a ser realizado "olho no olho". Apesar do fato de que apenas um dos exemplos representarem mesmo ciência (o último, no caso), cada um adota o conceito que mais se parece com a própria crença, logo a linguagem se torna mais uma exposição da concepção de cada um, do que realmente uma definição verdadeira. E isso inclui amor e felicidade.
Quanto à questão do uso da preferencial da razão, por certo, alguém mais racional consegue ver melhor as relações mundanas... Mas isso não significa que esse alguém mais racional será mais útil ou ativo. Como Weber, acredito que ver tudo de forma extremamente racional causa um "embotamento" das emoções... E como são as emoções que motivam à ação, ver tudo com um viés muito racional pode mais atrapalhar do que ajudar.
Eu, por exemplo, prefiro ser alguém que corra feliz atrás de grandes sonhos (que talvez nunca se realizem), a ser alguém inerte e triste que viva apenas na "realidade".
Abraço