- 27 Mar 2018, 00:38
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Jaimenmj escreveu:Mas sendo mais específico... quando conhecemos o Pua conhecemos a verdade face da mulher, e acabamos por perder aquela "ilusão" de amor criada pela literatura contemporânea (vide Romeu e Julieta) que até hoje é recriado em filmes novelas e afins. A famosa cultura do "que tudo acaba bem, seja bonzinho, atencioso, cuide de sua mulher que ela o irá amar pra sempre" o que sabemos que se trata de uma ilusão. Creio que tal quebra de paradigma muda totalmente minha forma de tratar e ser com as mulheres, ressaltando que não sou o único que passa por isso, tendo em vista que já li alguns posts sobre o tema. Afinal, isso poderia decorrer dos traumas vividos em nossa vida como "nice guy"? Ver e conhecer a verdade face do gênero oposto? Ou isso decorre da realidade? Gostaria de estender o debate abordando essa seara.
Entendo perfeitamente seu questionamento e foi fonte de dúvidas para mim durante anos até eu entender o mecanismo mais profundo, o que ocorre na verdade é o seguinte, sabemos que para conquistarmos as mulheres precisamos esta em um estado emocional que podemos chamar de “emoção zero”, ou seja, precisamos nos tornar frios, o problema não é o estado de “emoção zero” é não sabermos alternar os estágios emocionais para casa momento da sedução, exemplo:
Quando sai para abordar até conseguir sexo, deve ser frio, não existe outra maneira de ter sucesso aqui, porém, depois que a mulher oferece o maior investimento que ela pode fazer em uma relação que é a oferta de sexo, ai, se for do seu agrado, deve começar a alterar lentamente seu estado emocional de frio para morno, e depois com a relação mais consolidada, de morno para quente, ai você pode voltar a ter valores e ações normais, sem se esquecer que, se não regular para morno e frio nos momentos necessários pode perder o jogo ao longo prazo, ou seja, numa relação.
O problema da frieza no jogo para mim esta em dois pontos muito controversos, o primeiro é que anestesiamos nossos traumas quando ficamos frios, o problema é que se não tratamos dos ferimentos apenas escondemos a dor mais o problema não foi de fato tratado, ou seja, estamos nos iludindo. O segundo é o vício em jogar, conquistar e ter resultados, aqui é duro, mas a verdade é que a sedução como jogo pode viciar, e talvez, o propósito do sedutor seja enaltecer o próprio ego em detrimento de transar, ou seja, vira uma questão de mera vaidade.
Em decorrência desses dois pontos o pua pode ser tomado de ignorância e cair no erro de se tornar um “robô social”, e no segundo de se tornar um cara compulsivo em jogar, o que acredito é que a maior dificuldade é calibrar o emocional entre a “emoção zero” a “emoção dez”, entre frio e quente, passando pelo morno, porque o pua pode começar a negligenciar as próprias necessidades de afetuosidade e carinho, uma metáfora para isso é de um soldado.
Ele sai de casa para guerra, ele não pode ser afetuoso no campo de batalha como é em casa, nem frio em casa como é no campo de batalha, o problema é a mania de querer resultados prontos e respostas prontas, queremos inconscientemente que seja nos dito o que fazer, quando a vida na realidade é uma constante mutação das coisas, quando caras que nunca receberam atenção de mulheres, começam a ter resultados eles querem isso sem parar e negligenciam seus sentimentos primários.
O “Nice Guy” é ingênuo não necessariamente bom o “Bad Boy” é leviano não necessariamente mal, mas eu resolvo essa equação com a metáfora de um policial, bom, um policial é um cara que deve saber tudo o que um bandido faz, deve saber atirar, deve ter a mesma agilidade física e mental, ter disposição para matar e até morrer, o Nice Guy deve deixar de ser ingênuo e aprender as técnicas do Bad Boy, porque na guerra do amor, não existem regras claras, muito pelo contrário existem trapaças o tempo inteiro.
O Bad Boy sabe que as mulheres trapaceiam, então ele trapaceia, ele sabe mais ainda, que as mulheres são até cruéis com os homens que não conseguem decifrar suas atitudes e intenções, então ele se torna um espelho reflexo do próprio comportamento sombrio feminino para conquistar as mulheres e conseguir sexo, o problema é, ele perde a própria essência e se torna, por fim, refém das trevas psíquicas que fazem ele ter o resultado que tanto almeja.
Por isso a importância em alternar o estado emocional, devemos ser metaforicamente como um policial ou um hacker especialista em segurança de dados, devemos conhecer as ferramentas dos bandidos, crackers, para combatê-los e obter resultados, no caso da sedução, devemos ser como ladrões assaltando ovelhas e depois de assaltadas, devemos ser como pastores as conduzindo e liderando, porque se formos bons ou maus de forma polarizada, sem alternar entre os dois lados de nossa psique (luz e trevas), não obteremos resultados ou obteremos resultados nos afundando em um mar de lama psíquica (bad boy).
Por fim, que minha respostas esta ficando muito alongada a maior dificuldade é primeiramente equilibrar nossa emoção ao que casa situação e circunstância pede, e segundamente devemos buscar o equilíbrio mental e emocional para não cairmos em extremos, sendo bonzinhos, ingênuos e ao mesmo tempo manipuláveis ou sendo levianos e trapaceiros sendo manipuladores cruéis sem se dar conta que estamos nos tornando monstros desumanizados, enfim, essa solidez chamamos de inner gamer saudável.
Autocontrole
Grato !!!
Tamo Junto !!!