- 22 Set 2010, 01:36
#106311
Acabei de ouvir um audio (danh) da lilly dizendo que hipnose e pnl não era legal pq as pessoas aprendem, não é natural etc e coisas assim.... Bom me senti um pouco mal por ser um fdp tão manipulativo e jogador.... hahah
Então galera .... resolvi postar aqui um artigo excelente sobre padrões de linguagem... que não é de minha autoria... mas que pode ajudar a muito dos senhores... em especial aqueles que se perguntam onde eu posso aprender essas coisas... vi muita essas perguntas em típicos sobre pnl... aqui então... vai um pouco de conhecimento... bom uso!
Antes de mais nada... ja sei o que alguns vão falar mau sobre pnl e hipnose... por favor não se sintam manipulados por mim se vcs postarem algo a respeito falando mau de pnl ou hipnose... é pq assim vcs quiseram, eu não tive nenhuma influencia na decisão de vcs.... heheh
ARTIGO 16 - PADRÕES DE LINGUAGEM HIPNÓTICA - “A arte de ser precisamente vago”
ESTRUTURA DA LINGUAGEM
Segundo a Gramática Transformacional de Noam Chomsky, conceitos, idéias e pensamentos, (estruturas profundas) não estão inerentemente ligados a nenhuma forma de linguagem, mas podem ser expressos através de uma variedade de expressões lingüísticas (estruturas superficiais). Por exemplo as palavras casa, house ou chez referem-se ao mesmo conceito mental e aos mesmos dados experienciais. De maneira semelhante as frases “o gato caçou o rato” e “o rato foi caçado pelo gato” referem-se ao mesmo evento mesmo que a seqüência de palavras seja diferente.
Idéias e pensamentos complexos chegam à superfície como linguagem, depois que uma série de “transformações” os convertem em frases bem formuladas. Estas transformações agem como um tipo de filtro para as nossas experiências profundas. O processo de transformação da estrutura profunda em estrutura superficial (linguagem) é chamado de “derivação”.
ESTRUTURA SUPERFICIAL:
o que é falado ou escrito (que foi derivado da estrutura profunda)
ESTRUTURA PROFUNDA:
pensamentos, conceitos idéias
Os criadores da Programação Neurolingüística-PNL, Bandler e Grinder afirmam que este movimento da estrutura profunda para a estrutura superficial se dá através de processos de omissão, generali zação e distorção. Então, alguma informação é necessariamente perdida ou distorcida na transfor mação ou “derivação” da estrutura profunda para a superficial. Na linguagem, esses processos ocor rem durante a transição ou tradução da estrutura profunda (imagens mentais, sons sensações e ou tras representações sensoriais que estão guardadas em nosso sistema nervoso) para a estrutura su perficial (palavras, sinais e símbolos que escolhemos para descrever ou representar nossa experiên cial sensorial primária).
A PNL amplia a noção de estrutura superficial e estrutura profunda para incluir mais que os proces sos lingüísticos e representações. Ela considera como parte da estrutura profunda as experiências sensoriais e emocionais ou “experiência primária”. A linguagem é, então, “uma experiência secun dária”, isto é, uma parte de nosso modelo de mundo que é derivado de nossa experiência primária.
Para compreender e perceber o sentido das palavras e da linguagem que ouvimos ou lemos, fazemos, automaticamente, o movimento contrário, conectando a linguagem (estrutura superficial) com a estrutura profunda (experiência sensorial e emocional, registros, memória etc). Denominamos esse processo de “pesquisa ou busca transderivacional”. Assim, as palavras funcionam como âncoras para experiências guardadas na estrutura profunda. Quanto mais vaga e cheia de omissões, generalizações e distorções for a linguagem, mais pesquisa transderivacional será necessária para sua compreensão.
Como a indução do transe hipnótico se dá através do focar e internalizar a atenção, esse tipo de linguagem funciona muito bem na indução e na hipnoterapia. Com essa linguagem podemos guiar a experiência interna do cliente sem o risco de choque com a sua experiência sensorial. Podemos denominá-la de “linguagem de processo” ou linguagem sem conteúdo. O ouvinte vai colocando o conteúdo que ele necessita trabalhar. Essa é a linguagem ideal para ativarmos as buscas e processos inconscientes que o cliente necessita para a resolução de seus problemas e conflitos e para a acessar os recursos para atingir seus objetivos na terapia.
Veremos a seguir alguns dos padrões usados por Milton Erickson no seu trabalho de hipnoterapia.
FENÔMENOS TRANSDERIVACIONAIS
Essa classe de padrões ativa os processos inconscientes de associação usando palavras genéricas.
1 -
Índice Referencial não especificado
Não especificando o Índice Referencial, você estará deixando para a pessoa a especificação, sendo que ela faz sempre a melhor escolha para si mesma.
‘É fácil para as pessoas entrarem em transe”.
“Uma pessoa sentou-se nesta cadeira a semana passada e...”
2 -
Omissões
Quando você omite uma parte da informação, caberá à própria pessoa completá-la.
“Você vai entrar num estado apropriado...”, “Quero que observe a imagem...”, “... e pode ser tão satisfatório...”, “... e você quer e necessita...”
3.
Nominalizações (satisfação, realização, evolução, consciência, curiosidade, conforto, conhe cimento etc).
O processo lingüístico que transforma um verbo em evento. Isso quase sempre ocorre com a total omissão de algum índice referencial. Referindo-se a EVENTOS, você permite que a pessoa se utilize dos próprios PROCESSOS para compreendê-lo.
“O conforto da sabedoria e da clareza...”, “A satisfação da compreensão...”
4.
Verbos Inespecíficos
Neste caso consideramos verbos inespecíficos como sendo:
a - verbos que não especificam como a ação é executada
b - verbos que não especificam o Sistema Representacional.
“Trazendo grande entusiasmo...”, “Você pode se lembrar do tempo em que...”, “Fazendo com que você relaxe...”
5.
Leitura Mental
“Adivinhar” estados internos da pessoa fará com que você fortaleça seu “Rapport”. Utilize algum comportamento da pessoa para intensificar o transe.
“Você deve estar curioso sobre o que vai acontecer...”, “... Você pode estar se perguntando...”, “... e você pode sentir as sensações...”
6.
Execução Perdida
Ao observar alguma alteração no estado da pessoa (como respiração, descontração muscular, movimentos etc) você pode se utilizar de uma Execução Perdida.
“Está certo...”, “...Muito bom...”, “Está bem...”
RELAÇÃO CAUSAL
É o processo de fazer conexões causais entre partes facilmente verificáveis da experiência do cliente e o estado desejado. As uniões não precisam ser lógicas ou válidas, e sim combinadas com a experiência subjetiva da pessoa a nível consciente e inconsciente.
Existem 3 maneiras de fazer a ligação entre declarações, para que a pessoa possa “deslizar” facilmente para a experiência em direção a qual você a está guiando.
a -
CONJUNÇÃO: e, ou, então, assim etc.
“Você está respirando... inspirando e expirando..., olhando para mim, e pode começar a notar o relaxamento que já está se espalhando pelo seu corpo”; “Você pode ouvir minha voz e se sentir mais relaxado”.
b -
CAUSATIVO IMPLÍCITO: assim como, desde que, enquanto, antes, como, durante, depois.
“Assim como você está me olhando e ouvindo o som da minha voz, você pode facilmente se sentir mais curioso sobre o que você vai aprender”; “Você pode ouvir o som da minha voz, sentir a temperatura da sua pele, enquanto entra cada vez mais fundo em transe”.
c -
CAUSA E EFEITO
A forma mais poderosa de ligação usa palavras de Causa-Efeito do tipo: “faz, causa, força, exige” etc. Já que se trata de uma forte ligação, é a que tem mais chances de ser incompatibi lizada com a experiência do seu cliente. Use Causa-Efeito quando a pessoa já estiver em transe mais profundo e possa responder bem. Algumas pessoas reagirão melhor a um tipo de ligação do que outras. Uma variação da Causa-Efeito é o padrão “quanto mais... mais...”
“Quanto mais barulho você ouvir na outra sala, mais você estará propenso a entrar em um estado de devaneio profundo...”.
“Quanto mais tensos estiverem seus músculos, mais rapidamente você poderá se relaxar e entrar em transe”.
Você poderá usar qualquer coisa, até as consideradas como “resistência” e dizer que quanto mais X houver, mais ele fará o que você quer que ele faça.
ESTRUTURAS IMPLÍCITAS (Verbais)
1 -
Comando Embutido
É uma maneira de verificar quão responsiva está a outra pessoa. A eficiência do Comando Embutido fica drasticamente acentuada, quando acompanhada de Marcação Analógica.
Para construir um comando embutido:
a -
Escolha um resultado simples: quero fazer com que ela se sinta confortável.
b -
Transforme este resultado num comando simples: “sinta-se confortável”.
c -
Embuta este comando em uma frase mais longa: “Acho muito importante que você SE SINTA CONFORTÁVEL enquanto...”
“Enquanto você está processando o que eu estou dizendo, é possível que você
tenha curiosidade sobre sua habilidade de aprender e aprenda com facilidade”.
2 -
Perguntas Embutidas
Este padrão é muito útil para obter informações de maneira indireta ou quando se quer ajudar alguém a alcançar um estado.
Também dá a você uma maneira de embutir uma pergunta dentro de uma afirmação. Mesmo sendo uma afirmação, a pessoa responderá como a uma pergunta.
a -
Selecione a informação ou estado ao qual se quer ter acesso (ex.: objetivo do sujeito)
b -
Pense em uma pergunta para conseguir a informação (“O que você quer ganhar com a hipnose?”)
c -
Acrescente uma palavra de percepção no início e transforme a pergunta em uma declaração. (“Estou curioso em saber o que você quer ganhar com a hipnose.”)
Isto fará com que a atenção fique concentrada no processo mental da pessoa que faz a pergunta, enquanto pressupõe a pergunta que você está fazendo. De maneira geral, as pessoas responderão como se você tivesse feito a pergunta.
Frase Chave
Questão embutida
“Eu estou imaginando se você pode
me dizer o que você quer”.
“Eu estou curioso em saber se você
vai mudar alguma coisa”.
“Eu me pergunto se você
quer mesmo fazer isso”.
“Eu fico pensando se você pode
pensar mais criativamente”.
3 -
Comando Negativo
Dar um comando negativo pode gerar uma resposta à parte afirmativa do comando.
Não se DIVIRTA, enquanto aprende os comandos negativos.
Observe o que acontece quando você usa este tipo de comando. Você pode combinar os comandos negativos com comandos embutidos, fazendo a marcação destes comandos analogicamente.
“Não sinta prazer demais praticando comandos negativos.”; “Nem pense em sair daqui.”; “Não me incomode!”, “Não ouse fazer isso!”; “Não se esqueça de...”
4 -
Citações
Dão a possibilidade de fazer uma afirmação e atribuir a responsabilidade dessa afirmação à outra fonte (ou pessoa).
“Eu estava lá fora no hall e alguém veio na minha direção e disse bem alto: - Vá embora”.
Pode-se fazer uma indução inteira de transe usando-se aspas: “Eu fui ver Milton Erickson e a primeira coisa que ele me disse foi: - Feche os olhos”.
Citações são um ótimo padrão quando se quer tentar algo novo.
"Eu sei de uma pessoa que descobriu como sentir curiosidade sobre sua própria habilidade de aprender e melhorar sua qualidade de vida.Eu estava numa situação similar e um amigo me disse que eu poderia utilizar minha habilidade para aprender e aproveitar mais."
5 -
Marcação Analógica
É a marcação de um comando simples analogicamente: com o tom de voz, volume, visualmente e, até, cinestesicamente.
“Para que eu levante meu ânimo, quero ter certeza de que você me dará a mão agora”. (levante a mão agora).
PRESSUPOSIÇÕES
1 -
Palavras de consciência
“saber”, “se dar conta”, “notar”, “estar consciente”, “observar” etc.
Você já se deu conta de que começou a usar as pressuposições de uma maneira mais sistemática?
2 -
Palavras Temporais
“antes”, “depois”, “durante”, “desde que”, enquanto”, “quando” etc.
Enquanto você está entrando em transe...
Antes de você decidir o carro que quer, deixe-me falar sobre os nosso tipos de financiamento.
Você quer me ajudar a apagar as luzes antes de ir para a cama?
Use, também, as palavras de tempo: “começo”, “fim”, “pare”, “continue”, “já”, “ainda”, “não mais”.
Você pode continuar a sonhar com esta casa.
Você já começou a aprender matemática?
3 -
Adjetivos e Advérbios
São palavras que atribuem qualidades e avaliações. Geralmente terminam em “mente”. Ao usar essas palavras de avaliação e qualidade, tudo que vem a seguir é pressuposição.
Naturalmente, você está gostando de aprender o Modelo de Milton.
Felizmente, você poderá começar logo o exercício.
Obviamente, você ainda não praticou o suficiente.
Você pode APRECIAR, reexperimentar este recurso de maneira PLENA.
4 -
‘OU”
Ao utilizar a conjunção “OU” você desvia a atenção do consciente da pessoa para a escolha e pressupõe a ação desejada.
Você gostaria de sentar nesta cadeira ou naquela?
Você pode entrar em transe agora ou mais tarde.
Você prefere levar o lixo para fora, ou lavar os pratos?
Você quer ir para a cama com o seu ursinho ou com a sua girafa?
Você gostaria de comprar um carro vermelho ou um marrom?
Na sua casa ou na minha?
5 -
Numerais
“É a PRIMEIRA vez que você entra em transe?” (Isto pressupõe que você esteja em transe agora e que você irá entrar em transe de novo, no futuro).
“Então esta é a SEGUNDA vez que você vai assistir a este filme” (pressupõe que você já assistiu ao filme uma vez).
ESTRUTURAS ADICIONAIS
1 -
Perguntas-finais
Você sabe o que são perguntas-finais, não é? “Você consegue se sentir confortável, não é?”. Perguntas-finais são negações ou reversão no final da frase. Elas são muito úteis para desfazer as respostas de polaridade, tais como “Sim, mas...”
2 -
Utilização e Incorporação
É a utilização de qualquer evento do ambiente e/ou comportamento da pessoa, para aprofundar o transe.
Exemplos: E enquanto o telefone toca... você pode entrar mais profundamente em transe.
DISSOCIAÇÃO CONSCIENTE / INCONSCIENTE
(é uma tabela então tem que ver no site)
TÉCNICA DE CONFUSÃO
Sua mente consciente tem formas de entender as coisas e a sua mente inconsciente tem formas de entender as coisas, porém o tipo de entendimento consciente que sua mente inconsciente pode entender, é diferente do tipo de entendimento inconsciente que sua mente consciente pode entender, mas de vez em quando há mal entendidos e você pode inconscientemente entender seus mal entendidos conscientes melhor que conscientemente pode entender seus mal entendidos inconscientes, porém a classe de mal entendidos inconscientes que você não pode entender conscientemente, é diferente da classe de mal entendidos inconscientes que você pode conscientemente entender, mas você não pode realmente entender até que...se sinta mais alegre esta semana.
CASO DE UM MENINO QUE ABRIU UM PRESENTE POR ENGANO
... e às vezes um menino comete os erros certos por motivos errados, e às vezes um menino comete os erros errados por motivos certos, e alguns desses erros que agora são certos podem ser errados depois de algum tempo , e alguns dos erros errados agora podem se tornar certos mais tarde, e algumas das compreensões de agora que podem não ser compreendidas mais à frente só podem ser compreendidas muito tempo depois...
SUGESTÕES DE AMNÉSIA
“Você pode escolher não lembrar, ou você pode, simplesmente, esquecer, mas escolher esquecer é a sua escolha do mesmo modo que escolher não lembrar daquilo que você escolheu esquecer. Enquanto você se lembra de esquecer o que era que você ia lembrar, você pode, facilmente, esquecer o que você ia lembrar de esquecer.”
NOMINALIZAÇÕES
As nominalizações são eficientes na indução do transe ao levar o ouvinte a fazer uma busca por sua experiência para encontrar o significado mais apropriado para o que está ouvindo.
Exemplo com as nominalizações em itálico:
“Eu sei que você tem uma determinada dificuldade em sua vida e que você gostaria de chegar a uma solução satisfatória... não tenho certeza abosoluta de quais recursos pessoais voce cosideraria mais úteis na resolução desta dificuldade, mas sei que sua mente inconsciente tem mais condições do que você de fazer uma busca em sua experiência para encontrar exatamente esse recurso...”
(Não foi mencionado nada específico, mas o cliente criará significados pessoais específicos para as nominalizações utilizadas. Ao usar nominalizações o hipoterapeuta pode dar instruções úteis sem correr o risco de dizer algo que vá contra a experiência interna do cliente.)
PRESSUPOSIÇÕES
Quando muitos pressupostos são cololcado em uma mesma sentença, fica difícil para o ouvinte pôr em questão qualquer um dos pressupostos. Por exemplo:
“Eu não sei quanto tempo será preciso para você tomar conhecimento das aprendizagens que seu inconsciente já realizou, porque não é importante que você saiba antes de ter, confortavelmente, dado prosseguimento ao processo de relaxamento e de haver consentido o outro lado seu aprenda alguma coisa de mais útil e agradável para você”.
Fonte http ://www.pnl.med.br/site/artigos/16.htm
Então galera .... resolvi postar aqui um artigo excelente sobre padrões de linguagem... que não é de minha autoria... mas que pode ajudar a muito dos senhores... em especial aqueles que se perguntam onde eu posso aprender essas coisas... vi muita essas perguntas em típicos sobre pnl... aqui então... vai um pouco de conhecimento... bom uso!
Antes de mais nada... ja sei o que alguns vão falar mau sobre pnl e hipnose... por favor não se sintam manipulados por mim se vcs postarem algo a respeito falando mau de pnl ou hipnose... é pq assim vcs quiseram, eu não tive nenhuma influencia na decisão de vcs.... heheh
ARTIGO 16 - PADRÕES DE LINGUAGEM HIPNÓTICA - “A arte de ser precisamente vago”
ESTRUTURA DA LINGUAGEM
Segundo a Gramática Transformacional de Noam Chomsky, conceitos, idéias e pensamentos, (estruturas profundas) não estão inerentemente ligados a nenhuma forma de linguagem, mas podem ser expressos através de uma variedade de expressões lingüísticas (estruturas superficiais). Por exemplo as palavras casa, house ou chez referem-se ao mesmo conceito mental e aos mesmos dados experienciais. De maneira semelhante as frases “o gato caçou o rato” e “o rato foi caçado pelo gato” referem-se ao mesmo evento mesmo que a seqüência de palavras seja diferente.
Idéias e pensamentos complexos chegam à superfície como linguagem, depois que uma série de “transformações” os convertem em frases bem formuladas. Estas transformações agem como um tipo de filtro para as nossas experiências profundas. O processo de transformação da estrutura profunda em estrutura superficial (linguagem) é chamado de “derivação”.
ESTRUTURA SUPERFICIAL:
o que é falado ou escrito (que foi derivado da estrutura profunda)
ESTRUTURA PROFUNDA:
pensamentos, conceitos idéias
Os criadores da Programação Neurolingüística-PNL, Bandler e Grinder afirmam que este movimento da estrutura profunda para a estrutura superficial se dá através de processos de omissão, generali zação e distorção. Então, alguma informação é necessariamente perdida ou distorcida na transfor mação ou “derivação” da estrutura profunda para a superficial. Na linguagem, esses processos ocor rem durante a transição ou tradução da estrutura profunda (imagens mentais, sons sensações e ou tras representações sensoriais que estão guardadas em nosso sistema nervoso) para a estrutura su perficial (palavras, sinais e símbolos que escolhemos para descrever ou representar nossa experiên cial sensorial primária).
A PNL amplia a noção de estrutura superficial e estrutura profunda para incluir mais que os proces sos lingüísticos e representações. Ela considera como parte da estrutura profunda as experiências sensoriais e emocionais ou “experiência primária”. A linguagem é, então, “uma experiência secun dária”, isto é, uma parte de nosso modelo de mundo que é derivado de nossa experiência primária.
Para compreender e perceber o sentido das palavras e da linguagem que ouvimos ou lemos, fazemos, automaticamente, o movimento contrário, conectando a linguagem (estrutura superficial) com a estrutura profunda (experiência sensorial e emocional, registros, memória etc). Denominamos esse processo de “pesquisa ou busca transderivacional”. Assim, as palavras funcionam como âncoras para experiências guardadas na estrutura profunda. Quanto mais vaga e cheia de omissões, generalizações e distorções for a linguagem, mais pesquisa transderivacional será necessária para sua compreensão.
Como a indução do transe hipnótico se dá através do focar e internalizar a atenção, esse tipo de linguagem funciona muito bem na indução e na hipnoterapia. Com essa linguagem podemos guiar a experiência interna do cliente sem o risco de choque com a sua experiência sensorial. Podemos denominá-la de “linguagem de processo” ou linguagem sem conteúdo. O ouvinte vai colocando o conteúdo que ele necessita trabalhar. Essa é a linguagem ideal para ativarmos as buscas e processos inconscientes que o cliente necessita para a resolução de seus problemas e conflitos e para a acessar os recursos para atingir seus objetivos na terapia.
Veremos a seguir alguns dos padrões usados por Milton Erickson no seu trabalho de hipnoterapia.
FENÔMENOS TRANSDERIVACIONAIS
Essa classe de padrões ativa os processos inconscientes de associação usando palavras genéricas.
1 -
Índice Referencial não especificado
Não especificando o Índice Referencial, você estará deixando para a pessoa a especificação, sendo que ela faz sempre a melhor escolha para si mesma.
‘É fácil para as pessoas entrarem em transe”.
“Uma pessoa sentou-se nesta cadeira a semana passada e...”
2 -
Omissões
Quando você omite uma parte da informação, caberá à própria pessoa completá-la.
“Você vai entrar num estado apropriado...”, “Quero que observe a imagem...”, “... e pode ser tão satisfatório...”, “... e você quer e necessita...”
3.
Nominalizações (satisfação, realização, evolução, consciência, curiosidade, conforto, conhe cimento etc).
O processo lingüístico que transforma um verbo em evento. Isso quase sempre ocorre com a total omissão de algum índice referencial. Referindo-se a EVENTOS, você permite que a pessoa se utilize dos próprios PROCESSOS para compreendê-lo.
“O conforto da sabedoria e da clareza...”, “A satisfação da compreensão...”
4.
Verbos Inespecíficos
Neste caso consideramos verbos inespecíficos como sendo:
a - verbos que não especificam como a ação é executada
b - verbos que não especificam o Sistema Representacional.
“Trazendo grande entusiasmo...”, “Você pode se lembrar do tempo em que...”, “Fazendo com que você relaxe...”
5.
Leitura Mental
“Adivinhar” estados internos da pessoa fará com que você fortaleça seu “Rapport”. Utilize algum comportamento da pessoa para intensificar o transe.
“Você deve estar curioso sobre o que vai acontecer...”, “... Você pode estar se perguntando...”, “... e você pode sentir as sensações...”
6.
Execução Perdida
Ao observar alguma alteração no estado da pessoa (como respiração, descontração muscular, movimentos etc) você pode se utilizar de uma Execução Perdida.
“Está certo...”, “...Muito bom...”, “Está bem...”
RELAÇÃO CAUSAL
É o processo de fazer conexões causais entre partes facilmente verificáveis da experiência do cliente e o estado desejado. As uniões não precisam ser lógicas ou válidas, e sim combinadas com a experiência subjetiva da pessoa a nível consciente e inconsciente.
Existem 3 maneiras de fazer a ligação entre declarações, para que a pessoa possa “deslizar” facilmente para a experiência em direção a qual você a está guiando.
a -
CONJUNÇÃO: e, ou, então, assim etc.
“Você está respirando... inspirando e expirando..., olhando para mim, e pode começar a notar o relaxamento que já está se espalhando pelo seu corpo”; “Você pode ouvir minha voz e se sentir mais relaxado”.
b -
CAUSATIVO IMPLÍCITO: assim como, desde que, enquanto, antes, como, durante, depois.
“Assim como você está me olhando e ouvindo o som da minha voz, você pode facilmente se sentir mais curioso sobre o que você vai aprender”; “Você pode ouvir o som da minha voz, sentir a temperatura da sua pele, enquanto entra cada vez mais fundo em transe”.
c -
CAUSA E EFEITO
A forma mais poderosa de ligação usa palavras de Causa-Efeito do tipo: “faz, causa, força, exige” etc. Já que se trata de uma forte ligação, é a que tem mais chances de ser incompatibi lizada com a experiência do seu cliente. Use Causa-Efeito quando a pessoa já estiver em transe mais profundo e possa responder bem. Algumas pessoas reagirão melhor a um tipo de ligação do que outras. Uma variação da Causa-Efeito é o padrão “quanto mais... mais...”
“Quanto mais barulho você ouvir na outra sala, mais você estará propenso a entrar em um estado de devaneio profundo...”.
“Quanto mais tensos estiverem seus músculos, mais rapidamente você poderá se relaxar e entrar em transe”.
Você poderá usar qualquer coisa, até as consideradas como “resistência” e dizer que quanto mais X houver, mais ele fará o que você quer que ele faça.
ESTRUTURAS IMPLÍCITAS (Verbais)
1 -
Comando Embutido
É uma maneira de verificar quão responsiva está a outra pessoa. A eficiência do Comando Embutido fica drasticamente acentuada, quando acompanhada de Marcação Analógica.
Para construir um comando embutido:
a -
Escolha um resultado simples: quero fazer com que ela se sinta confortável.
b -
Transforme este resultado num comando simples: “sinta-se confortável”.
c -
Embuta este comando em uma frase mais longa: “Acho muito importante que você SE SINTA CONFORTÁVEL enquanto...”
“Enquanto você está processando o que eu estou dizendo, é possível que você
tenha curiosidade sobre sua habilidade de aprender e aprenda com facilidade”.
2 -
Perguntas Embutidas
Este padrão é muito útil para obter informações de maneira indireta ou quando se quer ajudar alguém a alcançar um estado.
Também dá a você uma maneira de embutir uma pergunta dentro de uma afirmação. Mesmo sendo uma afirmação, a pessoa responderá como a uma pergunta.
a -
Selecione a informação ou estado ao qual se quer ter acesso (ex.: objetivo do sujeito)
b -
Pense em uma pergunta para conseguir a informação (“O que você quer ganhar com a hipnose?”)
c -
Acrescente uma palavra de percepção no início e transforme a pergunta em uma declaração. (“Estou curioso em saber o que você quer ganhar com a hipnose.”)
Isto fará com que a atenção fique concentrada no processo mental da pessoa que faz a pergunta, enquanto pressupõe a pergunta que você está fazendo. De maneira geral, as pessoas responderão como se você tivesse feito a pergunta.
Frase Chave
Questão embutida
“Eu estou imaginando se você pode
me dizer o que você quer”.
“Eu estou curioso em saber se você
vai mudar alguma coisa”.
“Eu me pergunto se você
quer mesmo fazer isso”.
“Eu fico pensando se você pode
pensar mais criativamente”.
3 -
Comando Negativo
Dar um comando negativo pode gerar uma resposta à parte afirmativa do comando.
Não se DIVIRTA, enquanto aprende os comandos negativos.
Observe o que acontece quando você usa este tipo de comando. Você pode combinar os comandos negativos com comandos embutidos, fazendo a marcação destes comandos analogicamente.
“Não sinta prazer demais praticando comandos negativos.”; “Nem pense em sair daqui.”; “Não me incomode!”, “Não ouse fazer isso!”; “Não se esqueça de...”
4 -
Citações
Dão a possibilidade de fazer uma afirmação e atribuir a responsabilidade dessa afirmação à outra fonte (ou pessoa).
“Eu estava lá fora no hall e alguém veio na minha direção e disse bem alto: - Vá embora”.
Pode-se fazer uma indução inteira de transe usando-se aspas: “Eu fui ver Milton Erickson e a primeira coisa que ele me disse foi: - Feche os olhos”.
Citações são um ótimo padrão quando se quer tentar algo novo.
"Eu sei de uma pessoa que descobriu como sentir curiosidade sobre sua própria habilidade de aprender e melhorar sua qualidade de vida.Eu estava numa situação similar e um amigo me disse que eu poderia utilizar minha habilidade para aprender e aproveitar mais."
5 -
Marcação Analógica
É a marcação de um comando simples analogicamente: com o tom de voz, volume, visualmente e, até, cinestesicamente.
“Para que eu levante meu ânimo, quero ter certeza de que você me dará a mão agora”. (levante a mão agora).
PRESSUPOSIÇÕES
1 -
Palavras de consciência
“saber”, “se dar conta”, “notar”, “estar consciente”, “observar” etc.
Você já se deu conta de que começou a usar as pressuposições de uma maneira mais sistemática?
2 -
Palavras Temporais
“antes”, “depois”, “durante”, “desde que”, enquanto”, “quando” etc.
Enquanto você está entrando em transe...
Antes de você decidir o carro que quer, deixe-me falar sobre os nosso tipos de financiamento.
Você quer me ajudar a apagar as luzes antes de ir para a cama?
Use, também, as palavras de tempo: “começo”, “fim”, “pare”, “continue”, “já”, “ainda”, “não mais”.
Você pode continuar a sonhar com esta casa.
Você já começou a aprender matemática?
3 -
Adjetivos e Advérbios
São palavras que atribuem qualidades e avaliações. Geralmente terminam em “mente”. Ao usar essas palavras de avaliação e qualidade, tudo que vem a seguir é pressuposição.
Naturalmente, você está gostando de aprender o Modelo de Milton.
Felizmente, você poderá começar logo o exercício.
Obviamente, você ainda não praticou o suficiente.
Você pode APRECIAR, reexperimentar este recurso de maneira PLENA.
4 -
‘OU”
Ao utilizar a conjunção “OU” você desvia a atenção do consciente da pessoa para a escolha e pressupõe a ação desejada.
Você gostaria de sentar nesta cadeira ou naquela?
Você pode entrar em transe agora ou mais tarde.
Você prefere levar o lixo para fora, ou lavar os pratos?
Você quer ir para a cama com o seu ursinho ou com a sua girafa?
Você gostaria de comprar um carro vermelho ou um marrom?
Na sua casa ou na minha?
5 -
Numerais
“É a PRIMEIRA vez que você entra em transe?” (Isto pressupõe que você esteja em transe agora e que você irá entrar em transe de novo, no futuro).
“Então esta é a SEGUNDA vez que você vai assistir a este filme” (pressupõe que você já assistiu ao filme uma vez).
ESTRUTURAS ADICIONAIS
1 -
Perguntas-finais
Você sabe o que são perguntas-finais, não é? “Você consegue se sentir confortável, não é?”. Perguntas-finais são negações ou reversão no final da frase. Elas são muito úteis para desfazer as respostas de polaridade, tais como “Sim, mas...”
2 -
Utilização e Incorporação
É a utilização de qualquer evento do ambiente e/ou comportamento da pessoa, para aprofundar o transe.
Exemplos: E enquanto o telefone toca... você pode entrar mais profundamente em transe.
DISSOCIAÇÃO CONSCIENTE / INCONSCIENTE
(é uma tabela então tem que ver no site)
TÉCNICA DE CONFUSÃO
Sua mente consciente tem formas de entender as coisas e a sua mente inconsciente tem formas de entender as coisas, porém o tipo de entendimento consciente que sua mente inconsciente pode entender, é diferente do tipo de entendimento inconsciente que sua mente consciente pode entender, mas de vez em quando há mal entendidos e você pode inconscientemente entender seus mal entendidos conscientes melhor que conscientemente pode entender seus mal entendidos inconscientes, porém a classe de mal entendidos inconscientes que você não pode entender conscientemente, é diferente da classe de mal entendidos inconscientes que você pode conscientemente entender, mas você não pode realmente entender até que...se sinta mais alegre esta semana.
CASO DE UM MENINO QUE ABRIU UM PRESENTE POR ENGANO
... e às vezes um menino comete os erros certos por motivos errados, e às vezes um menino comete os erros errados por motivos certos, e alguns desses erros que agora são certos podem ser errados depois de algum tempo , e alguns dos erros errados agora podem se tornar certos mais tarde, e algumas das compreensões de agora que podem não ser compreendidas mais à frente só podem ser compreendidas muito tempo depois...
SUGESTÕES DE AMNÉSIA
“Você pode escolher não lembrar, ou você pode, simplesmente, esquecer, mas escolher esquecer é a sua escolha do mesmo modo que escolher não lembrar daquilo que você escolheu esquecer. Enquanto você se lembra de esquecer o que era que você ia lembrar, você pode, facilmente, esquecer o que você ia lembrar de esquecer.”
NOMINALIZAÇÕES
As nominalizações são eficientes na indução do transe ao levar o ouvinte a fazer uma busca por sua experiência para encontrar o significado mais apropriado para o que está ouvindo.
Exemplo com as nominalizações em itálico:
“Eu sei que você tem uma determinada dificuldade em sua vida e que você gostaria de chegar a uma solução satisfatória... não tenho certeza abosoluta de quais recursos pessoais voce cosideraria mais úteis na resolução desta dificuldade, mas sei que sua mente inconsciente tem mais condições do que você de fazer uma busca em sua experiência para encontrar exatamente esse recurso...”
(Não foi mencionado nada específico, mas o cliente criará significados pessoais específicos para as nominalizações utilizadas. Ao usar nominalizações o hipoterapeuta pode dar instruções úteis sem correr o risco de dizer algo que vá contra a experiência interna do cliente.)
PRESSUPOSIÇÕES
Quando muitos pressupostos são cololcado em uma mesma sentença, fica difícil para o ouvinte pôr em questão qualquer um dos pressupostos. Por exemplo:
“Eu não sei quanto tempo será preciso para você tomar conhecimento das aprendizagens que seu inconsciente já realizou, porque não é importante que você saiba antes de ter, confortavelmente, dado prosseguimento ao processo de relaxamento e de haver consentido o outro lado seu aprenda alguma coisa de mais útil e agradável para você”.
Fonte http ://www.pnl.med.br/site/artigos/16.htm