- 26 Mar 2019, 19:48
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Esse livro é BEM ANTIGO, e algumas das coisas que estão escritas são interessantes, porque dão resultado. Mostra também o quanto estamos sendo egocêntricos, já que o livro lista coisas que deveríamos fazer de forma natural por aqueles de quem gostamos (como ouvir atentamente, lembrar do nome, sorrir, não criticar) e muitas vezes não fazemos.
Mas há um outro lado do livro: se você seguir exatamente o que está ali, você será uma pessoa muito aberta e disponível, e muita gente irá se aproximar. Isso pode se tornar um problema, porque, apesar de você querer tornar as pessoas suas amigas, nem todos querem o mesmo. A definição de amizade de muita gente muda conforme o que recebe do outro. Quem age sem critério sendo bom para todo mundo acaba virando vítima de abuso. Os transtornados do CLUSTER B do DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) normalmente procuram pessoas boas e doadoras de quem possam tirar algo. Logo, as atitudes que deveriam gerar recompensas acabam por estabelecer relações de abuso em sua vida.
Além disso, é preciso ter outro cuidado: o autor do livro fala em certo trecho que alguém carente de atenção pode vir aceitar qualquer coisa para abafar esse sentimento (assim como alguém cheio de fome pode comer grama e minhocas). O lance é que, se um dia você não estiver disposto mais a se doar assim (ou não puder), essa pessoa pode entrar novamente na abstinência, e te culpar por isso. E pra se "vingar", pode criar MUITOS problemas.
No mais, o que o livro diz é mais ou menos isso: Se você quer fazer amigos, seja amigo das outras pessoas antes. (não está escrito, mas se depreende da leitura)
Abraço