- 14 Mai 2019, 01:28
#1090285
Acho fascinante em como algumas respostas para as coisas da vida estão debaixo dos nossos narizes, e por vezes, não as vemos.
Acontecia bastante comigo há alguns anos atrás, quando me perguntava sobre como relacionamentos de fato funcionavam, se havia alguma razão por trás deles, ou se eram feitos de mágica e sonho, como a grande mídia e até alguns familiares gostam de pintar. Li diversos livros, artigos, vi horas de video, e raramente via PUAs que elucidavam como fazer um relacionamento durar, sem dar aquela clássica resposta evasiva de que "isso depende da química do casal" ou então, uma mais clássica ainda, dita pela grande parte da sociedade e por alguns PUA's.
"Deixa acontecer naturalmente".
Gosto de chamar os que pensam assim de "turminha do Charles Darwin'
Desde que elucidei aqui minha teoria sobre como o conceito de Huygens se aplicava a sedução, comecei a bolar este artigo, e após algum tempo de pesquisa e maturação, vim mostrar algumas idéias adicionais.
1. "Festas de plástico".
Minha mãe sempre me disse que prefere festas feitas com materiais de plástico, descartáveis, ás festas feitas com talheres e pratos caros, da melhor qualidade. Sempre desprezava essa ideia, por a considerar simplista demais, ou então, pouco ambiciosa.
Mas, eu estava errado.
Imagine um cenário de uma festa, onde diversas pessoas comem fartamente em pratos e talheres incrivelmente bem feitos, num ambiente animado, e que parecem ter energia para durar para sempre. Naturalmente, uma hora a comida cessará, a hora passará, e os convidados irão embora pras suas casas, de barriga farta e prontos para dormir como gatos gordos.
Deixando toda a louça suja para trás.
Essa é uma parabola para aqueles relacionamentos novos, joviais, onde tudo parece uma festa enorme, dotados de energia infinita, construídos e pensados para durar pra sempre.
Mas, relacionamentos são processos. Tem meio, começo, e fim.
Assim como toda festa farta, feito com os melhores talheres, deixará para trás um rastro enorme de louça suja à ser lavada (problemas a serem resolvidos), sem ajuda alguma por parte de ninguém. Geralmente, quem mergulha fundo neses relacionamentos, achando que irão durar para sempre, casarão-se, acabam tendo divórcios/separações doloridas, lentas e demoradas, e em seguida, criam uma verdadeira aversão por relacionamentos duradouros, dizendo que é melhor viver da putaria e da pegação.
Mas no fundo, isso é só um discurso pra esconder toda a frustração.
O que fizeram foi esquecer um princípio fundamental : que relacionamentos (E até festas) tem começo, meio, e fim. As horas passam, o café esfria, o ânimo acaba, e o tempo a tudo destrói.
In fact, após 7 meses em um relacionamento, somos programados para sentirmos falta de sair, de flertar com alguém, e é por volta disso que muitos relacionamentos acabam. Falarei dos pontos críticos de tempo do namoro em outro artigo.
Agora imagine o mesmo cenário desta festa, só que agora, feito com talheres, copos e pratos de plástico. Quando tudo estiver acabado, e os convidados já tiverem ido embora, basta pegar as louças sujas, joga-las no lixo, limpar o que tiver que ser limpado e ir dormir. Muito mais eficiente, e em poucos dias, você toparia fazer uma outra festa.
Em outras palavras, emoções são drogas, capazes de te ludibriar, sobretudo quanto a relacionamentos, e quanto mais cedo você tirar a seringa das emoções do seu braço, e menos se apegar a outra pessoa, melhor você estará quando tudo acabar.
Gosto de pensar que relacionamentos são rampas enormes que descemos em uma bicicleta, e que no fim dessa rampa, há um muro, bem firme e sólido.
Se você a descer a uma velocidade absurda, achando que ela nunca acabará, ou então, se gastar todos os seus freios na parte de cima da rampa, você chegará no fim com uma velocidade potencialmente destruidora, que te machurará muito, e que você levará um bom tempo para se recuperar.
Já se você souber dosar, ir numa velocidade amena, conseguirá desviar deste muro, ou bater nele bem mais fraco do que o caso acima, e o tempo de recuperação será bem menor, e você pronto para outra em poucos meses.
Em resumo, ao invés de jogar querosene no fogo, vá o alimentando levemente até que o mesmo se torne grande.
Parte 2 no comentário abaixo.
Acontecia bastante comigo há alguns anos atrás, quando me perguntava sobre como relacionamentos de fato funcionavam, se havia alguma razão por trás deles, ou se eram feitos de mágica e sonho, como a grande mídia e até alguns familiares gostam de pintar. Li diversos livros, artigos, vi horas de video, e raramente via PUAs que elucidavam como fazer um relacionamento durar, sem dar aquela clássica resposta evasiva de que "isso depende da química do casal" ou então, uma mais clássica ainda, dita pela grande parte da sociedade e por alguns PUA's.
"Deixa acontecer naturalmente".
Gosto de chamar os que pensam assim de "turminha do Charles Darwin'
Desde que elucidei aqui minha teoria sobre como o conceito de Huygens se aplicava a sedução, comecei a bolar este artigo, e após algum tempo de pesquisa e maturação, vim mostrar algumas idéias adicionais.
1. "Festas de plástico".
Minha mãe sempre me disse que prefere festas feitas com materiais de plástico, descartáveis, ás festas feitas com talheres e pratos caros, da melhor qualidade. Sempre desprezava essa ideia, por a considerar simplista demais, ou então, pouco ambiciosa.
Mas, eu estava errado.
Imagine um cenário de uma festa, onde diversas pessoas comem fartamente em pratos e talheres incrivelmente bem feitos, num ambiente animado, e que parecem ter energia para durar para sempre. Naturalmente, uma hora a comida cessará, a hora passará, e os convidados irão embora pras suas casas, de barriga farta e prontos para dormir como gatos gordos.
Deixando toda a louça suja para trás.
Essa é uma parabola para aqueles relacionamentos novos, joviais, onde tudo parece uma festa enorme, dotados de energia infinita, construídos e pensados para durar pra sempre.
Mas, relacionamentos são processos. Tem meio, começo, e fim.
Assim como toda festa farta, feito com os melhores talheres, deixará para trás um rastro enorme de louça suja à ser lavada (problemas a serem resolvidos), sem ajuda alguma por parte de ninguém. Geralmente, quem mergulha fundo neses relacionamentos, achando que irão durar para sempre, casarão-se, acabam tendo divórcios/separações doloridas, lentas e demoradas, e em seguida, criam uma verdadeira aversão por relacionamentos duradouros, dizendo que é melhor viver da putaria e da pegação.
Mas no fundo, isso é só um discurso pra esconder toda a frustração.
O que fizeram foi esquecer um princípio fundamental : que relacionamentos (E até festas) tem começo, meio, e fim. As horas passam, o café esfria, o ânimo acaba, e o tempo a tudo destrói.
In fact, após 7 meses em um relacionamento, somos programados para sentirmos falta de sair, de flertar com alguém, e é por volta disso que muitos relacionamentos acabam. Falarei dos pontos críticos de tempo do namoro em outro artigo.
Agora imagine o mesmo cenário desta festa, só que agora, feito com talheres, copos e pratos de plástico. Quando tudo estiver acabado, e os convidados já tiverem ido embora, basta pegar as louças sujas, joga-las no lixo, limpar o que tiver que ser limpado e ir dormir. Muito mais eficiente, e em poucos dias, você toparia fazer uma outra festa.
Em outras palavras, emoções são drogas, capazes de te ludibriar, sobretudo quanto a relacionamentos, e quanto mais cedo você tirar a seringa das emoções do seu braço, e menos se apegar a outra pessoa, melhor você estará quando tudo acabar.
Gosto de pensar que relacionamentos são rampas enormes que descemos em uma bicicleta, e que no fim dessa rampa, há um muro, bem firme e sólido.
Se você a descer a uma velocidade absurda, achando que ela nunca acabará, ou então, se gastar todos os seus freios na parte de cima da rampa, você chegará no fim com uma velocidade potencialmente destruidora, que te machurará muito, e que você levará um bom tempo para se recuperar.
Já se você souber dosar, ir numa velocidade amena, conseguirá desviar deste muro, ou bater nele bem mais fraco do que o caso acima, e o tempo de recuperação será bem menor, e você pronto para outra em poucos meses.
Em resumo, ao invés de jogar querosene no fogo, vá o alimentando levemente até que o mesmo se torne grande.
Parte 2 no comentário abaixo.