- 28 Ago 2022, 18:53
#1107459
Olá a todos do mundo PUA! Venho por meio deste texto em busca de algum conselho que possa me tirar desta situação inerte em que me encontro. Antes de tudo, seria útil detalhar o contexto geral, situando todos vocês em meu passado, assim como me apresentando.
Tenho 27 anos e conheci o fórum no final do ano passado depois de ser introduzido nesse mundo atravéz do livro "O Jogo" do Neil Strauss. Embora eu só tenha conhecido "o jogo" propriamente dito no livro apenas recentemente (ao menos da forma como se mostrava), eu já vinha me enveredando por esse universo há aproximadamente 6 anos, quando, assim como muitos aqui, encontrei-me desamparado em minha situação desoladora frente às mulheres. Assim, dotado apenas de vídeos de um canal sobre sedução no YouTube (na época era um bom canal; agora, nem vale a pena mencionar) e da minha coragem para errar e aprender com os meus erros, pude melhorar consideravelmente, mas, ainda assim, muito menos do que eu imaginei que conseguiria.
Infelizmente tenho vivido altos e baixos desde aquela época em outras áreas da minha vida, tudo por culpa da minha própria incompetência em administra-las. Depois da pandemia, que só atrasou meus planos, finalmente pude retomar meus estudos na faculdade, assim como começar o ano com uma namorada. Eu a pedi em namoro em Novembro do ano passado, tínhamos muito em comum, e não vi motivo para não o fazer, porém, desde o início, eu julguei essa relação como uma experiência que poderia ser gratificante e edificante, mas também passageira porque não pretendia de fato me comprometer a longo prazo com ninguém; sempre achei a ideia de casamento desanimadora por limitar minha liberdade e também minha evolução na sedução.
No começo de nosso namoro eu me comportava como um homem de alto valor e fazia questão de que fosse assim: sempre liderava e tomava a iniciativa quando era para levá-la a algum lugar ou fazer alguma coisa, nunca esperando por uma decisão dela (obviamente eu levava em conta as coisas de que ela gostava de fazer, ainda que as vezes fizesse o oposto); procurava ir com ela a bares diferentes, abria grupos e conhecia pessoas novas, apresentava pessoas novas a ela (antigos conhecidos ou pessoas que acabara de conhecer), e, ainda que isso possa parecer contraditório, continuava praticando meu jogo, assim como antes do namoro, embora dessa vez apenas no âmbito social (eu nunca a traí).
Porém isso tudo foi gradativamente mudando com o tempo: toda essa dinâmica social era incompatível com a pessoa que ela era; ela julgava a maioria das pessoas superficiais e desinteressantes, logo não fazia questão alguma de se socializar mesmo quando aparentemente as interações eram boas e ultrapassavam a dita superficialidade. Cada vez mais parecia que a única pessoa pela qual ela se interessava era por mim, não que ela não tivesse amigos, pois ela os tinha, mas as ocasiões com eles eram raras e ela não se mostrava aberta a fazer novas amizades. Sempre que eu, em algum bar, sentia vontade de me socializar com pessoas novas, ela oferecia cada vez mais resistência, e, quando eu a deixava por um momento para fazer isso, ela simplesmente ficava sozinha e se mostrava completamente desinteressada pelo lugar, aparentando até certo grau de arrogância muitas vezes.
Esse comportamento dela foi aos poucos minando o meu ânimo. Se antes eu me movia constante pelos lugares onde ia, sempre buscando me socializar com grupos diferentes (um hábito tão custoso de se implantar em uma pessoa introvertida por natureza como eu), hoje eu me vejo preso a ela em uma única mesa por horas entediantes a fio. Se antes eu gostava e me sentia desafiado a conhecer pessoas novas e cativa-las, hoje isso parece um fardo. Também já não faço mais tanta questão de liderar como fazia antes. Essa mudança em meu estado de espírito não se limitou apenas às minhas idas e vindas de bares nos finais de semana, mas também se estendeu a minha vida diária na faculdade, parece que agora me sinto menos seguro de mim e tenho tido mais dificuldade em me conectar com as pessoas.
É como se um relacionamento tivesse desestabilizado três pilares que me mantinham ativo nessa área; o primeiro deles era a motivação: eu já não tinha a mesma motivação em me socializar porque o principal motivo para que eu fizesse isso já não existia mais (mulheres é óbvio); o segundo fora a menor liberdade que eu sentia ter ao não mais tomar decisões unilaterais, ou seja, fazer o que eu bem entendesse sem ter que me preocupar com o bem estar de minha namorada; e o terceiro era a zona de conforto: quando eu saia para lugares diferentes, sempre ia sozinho e, portanto, em lugares assim, é comum se deparar com apenas duas alternativas: ficar em um canto sozinho (o que seria bem desconfortável) ou ir em frente e fazer amigos. Isso foi algo que se perdeu quando comecei a namorar pois sempre passei a sair acompanhado dela.
Algo que também vale a pena salientar é que ela gosta de mim bem mais do que eu gosto dela, claramente existe um desequilíbrio de afeto e ela tende a depositar expectativas para o futuro que eu não pretendo cumprir. Eu não vejo esse relacionamento com o mesmo grau de compromisso que ela vê e, portanto, tenho medo de magoa-la.
Dito tudo isso, a minha pergunta é: como vocês lidam com relacionamentos? Relacionar-se é dar um basta ao jogo? É deixar que aquelas habilidades sociais que com tanto custo desenvolvemos se deteriorem pelo desuso?
E como vocês lidam com a ideia de um relacionamento a longo prazo? Com a ideia de realmente se aposentarem da prática da sedução? Vocês não julgam este um pilar importante para o próprio desenvolvimento pessoal de cada homem? Uma vida comprometida não seria entediante e privada de certa liberdade?
Tenho 27 anos e conheci o fórum no final do ano passado depois de ser introduzido nesse mundo atravéz do livro "O Jogo" do Neil Strauss. Embora eu só tenha conhecido "o jogo" propriamente dito no livro apenas recentemente (ao menos da forma como se mostrava), eu já vinha me enveredando por esse universo há aproximadamente 6 anos, quando, assim como muitos aqui, encontrei-me desamparado em minha situação desoladora frente às mulheres. Assim, dotado apenas de vídeos de um canal sobre sedução no YouTube (na época era um bom canal; agora, nem vale a pena mencionar) e da minha coragem para errar e aprender com os meus erros, pude melhorar consideravelmente, mas, ainda assim, muito menos do que eu imaginei que conseguiria.
Infelizmente tenho vivido altos e baixos desde aquela época em outras áreas da minha vida, tudo por culpa da minha própria incompetência em administra-las. Depois da pandemia, que só atrasou meus planos, finalmente pude retomar meus estudos na faculdade, assim como começar o ano com uma namorada. Eu a pedi em namoro em Novembro do ano passado, tínhamos muito em comum, e não vi motivo para não o fazer, porém, desde o início, eu julguei essa relação como uma experiência que poderia ser gratificante e edificante, mas também passageira porque não pretendia de fato me comprometer a longo prazo com ninguém; sempre achei a ideia de casamento desanimadora por limitar minha liberdade e também minha evolução na sedução.
No começo de nosso namoro eu me comportava como um homem de alto valor e fazia questão de que fosse assim: sempre liderava e tomava a iniciativa quando era para levá-la a algum lugar ou fazer alguma coisa, nunca esperando por uma decisão dela (obviamente eu levava em conta as coisas de que ela gostava de fazer, ainda que as vezes fizesse o oposto); procurava ir com ela a bares diferentes, abria grupos e conhecia pessoas novas, apresentava pessoas novas a ela (antigos conhecidos ou pessoas que acabara de conhecer), e, ainda que isso possa parecer contraditório, continuava praticando meu jogo, assim como antes do namoro, embora dessa vez apenas no âmbito social (eu nunca a traí).
Porém isso tudo foi gradativamente mudando com o tempo: toda essa dinâmica social era incompatível com a pessoa que ela era; ela julgava a maioria das pessoas superficiais e desinteressantes, logo não fazia questão alguma de se socializar mesmo quando aparentemente as interações eram boas e ultrapassavam a dita superficialidade. Cada vez mais parecia que a única pessoa pela qual ela se interessava era por mim, não que ela não tivesse amigos, pois ela os tinha, mas as ocasiões com eles eram raras e ela não se mostrava aberta a fazer novas amizades. Sempre que eu, em algum bar, sentia vontade de me socializar com pessoas novas, ela oferecia cada vez mais resistência, e, quando eu a deixava por um momento para fazer isso, ela simplesmente ficava sozinha e se mostrava completamente desinteressada pelo lugar, aparentando até certo grau de arrogância muitas vezes.
Esse comportamento dela foi aos poucos minando o meu ânimo. Se antes eu me movia constante pelos lugares onde ia, sempre buscando me socializar com grupos diferentes (um hábito tão custoso de se implantar em uma pessoa introvertida por natureza como eu), hoje eu me vejo preso a ela em uma única mesa por horas entediantes a fio. Se antes eu gostava e me sentia desafiado a conhecer pessoas novas e cativa-las, hoje isso parece um fardo. Também já não faço mais tanta questão de liderar como fazia antes. Essa mudança em meu estado de espírito não se limitou apenas às minhas idas e vindas de bares nos finais de semana, mas também se estendeu a minha vida diária na faculdade, parece que agora me sinto menos seguro de mim e tenho tido mais dificuldade em me conectar com as pessoas.
É como se um relacionamento tivesse desestabilizado três pilares que me mantinham ativo nessa área; o primeiro deles era a motivação: eu já não tinha a mesma motivação em me socializar porque o principal motivo para que eu fizesse isso já não existia mais (mulheres é óbvio); o segundo fora a menor liberdade que eu sentia ter ao não mais tomar decisões unilaterais, ou seja, fazer o que eu bem entendesse sem ter que me preocupar com o bem estar de minha namorada; e o terceiro era a zona de conforto: quando eu saia para lugares diferentes, sempre ia sozinho e, portanto, em lugares assim, é comum se deparar com apenas duas alternativas: ficar em um canto sozinho (o que seria bem desconfortável) ou ir em frente e fazer amigos. Isso foi algo que se perdeu quando comecei a namorar pois sempre passei a sair acompanhado dela.
Algo que também vale a pena salientar é que ela gosta de mim bem mais do que eu gosto dela, claramente existe um desequilíbrio de afeto e ela tende a depositar expectativas para o futuro que eu não pretendo cumprir. Eu não vejo esse relacionamento com o mesmo grau de compromisso que ela vê e, portanto, tenho medo de magoa-la.
Dito tudo isso, a minha pergunta é: como vocês lidam com relacionamentos? Relacionar-se é dar um basta ao jogo? É deixar que aquelas habilidades sociais que com tanto custo desenvolvemos se deteriorem pelo desuso?
E como vocês lidam com a ideia de um relacionamento a longo prazo? Com a ideia de realmente se aposentarem da prática da sedução? Vocês não julgam este um pilar importante para o próprio desenvolvimento pessoal de cada homem? Uma vida comprometida não seria entediante e privada de certa liberdade?