- 05 Fev 2025, 20:07
#1112518
Lendo a resposta do Chavier arruda e do Marcelo Seven, veio-me uma impressão que eu já tinha experimentado algumas vezes ao ler outras publicações criticando o desafio: a de total ignorância a respeito do que seja este de fato.
Eu tratarei separadamente de cada um dos argumentos levantados, cada qual num tópico diferente, nomeando-os de acordo com a síntese da ideia de cada um. Como essa é a minha interpretação, eu posso ter me precipitado na compreensão. Se esse for o caso, sintam-se livres para me corrigir sobre o que de fato queriam dizer.
Começarei tratando dos pontos abordados pelo Chavier:
1) "O desafio é ultrapassado" Eu concluí todas as missões até o dia 17 dos 30 que o livro possue, ou seja, mais de 56% do desafio total. Sabem quais foram as missões (cada dia tem mais de uma) com as quais me deparei e que estão realmente obsoletas? A primeira é uma das missões do dia 3 cujo objetivo é conseguir uma recomendação de filme por telefone vinda de três pessoas desconhecidas. A segunda trata-se das missões do dia 13, que consistem em ir a uma biblioteca, anotar recomendações de lugares da sua cidade através de um guia de eventos locais, depois ler uma revista da "cosmopolitan" e comentar com uma mulher sobre um artigo que o jogador tenha achado interessante.
Ou seja, dos 17 dias que já concluí, apenas dois poderiam ser considerados parcialmente, por assim dizer, obsoletos. Isso é por acaso o mesmo que dizer que o desafio Style life está obsoleto? Creio que a resposta seja não.
2) "O desafio é constrangedor, pouco concreto e existem outros métodos melhores" Eu já ouvi certa vez de uma pessoa mais velha que amadurecer exige um pouco do que é se traumatizar. A vida adulta é repleta de frustrações, desilusões e constrangimentos, simplesmente faz parte do que é se tornar um homem. Se passar por constrangimentos é uma coisa tão inaceitável para alguém que deseja se tornar bom na sedução, então eu sito lhe dizer que esse jogo não é para essa pessoa.
E sobre existirem outros métodos, saibam que o desafio não é excludente. O desafio pode perfeitamente ser feito junto com algumas das atividades que você, Chavier, sugeriu. Na verdade, ele até incentiva essas práticas: no dia 5, por exemplo, uma das missões exige que o jogador escolha uma das mudanças de hábito ou estilo como por exemplo: mudar o corte de cabelo, comprar acessórios, frequentar uma academia ou mesmo adotar uma dieta mais saudável.
Uma outra questão aqui é que muitos dos lugares que você recomendou como: baladas, shows e festas são perfeitos para a realização das missões do próprio desafio Style life, então, ao invés de apenas frequentar esses lugares e depender unicamente de sua intuição, utilize um guia como este livro e já aproveite para concluir os desafios que este propõe.
Outros lugares que você recomendou são bons de se frequentar, mas tratam sobretudo da questão de se socializar, não da sedução. Eles são úteis principalmente em se lidar com a AA, mas o desafio ensina muito mais do que isso.
3) "30 dias e acabou"O desafio Style life não promete que você vai se tornar um MPUA assim que terminá-lo, esse é um treinamento para toda a vida. O que ele faz é preparar o jogador e consolidar o seu jogo etapa após etapa até que ele esteja pronto para seguir por conta própria e, daí em diante, apenas se ocupe de refinar as habilidades já adquiridas.
4) "Cada pessoa é diferente e o desafio não se adapta ao jogador"Como se trata de um único material que se disponibilizou para milhões de pessoas é realmente difícil imaginar que este poderia perfeitamente se adaptar às peculiaridades e maneirismos próprios de cada homem no planeta, mas, ainda assim, existe um certo grau de flexibilidade que o livro oferece.
Por exemplo, numa das missões do dia 5, o livro permite que o jogador escolha uma entre às várias atividades recomendadas, devendo escolher a que ele achar mais direcionada para suas próprias limitações. Já no dia 17, o livro propõe que o desafiante refaça, entre todos os desafios anteriores, apenas aqueles em que ele ainda não se sinta competente.
Agora tratarei dos pontos abordados pelo Marcelo Seven:
1) "O estudo refuta a proposição de que o desafio seja eficaz"Essa é uma falácia lógica pois ignora muitos fatores. Entre eles, alguns exemplos são de que muitas pessoas tendem a não terminar o que começam ou que a própria jornada para ser um PUA é difícil por natureza. Eu inclusive criei algumas hipóteses sobre isso em minha primeira resposta a esse artigo. Se ainda não leu, vale a pena de se ler.
2) "A leitura poderia ser mais rápida e eficaz, e os desafios poderiam progredir em dificuldade"Eu realmente me pergunto o que seria, na sua visão, uma leitura mais rápida e eficaz. Se você quer dizer que o texto é redundante, cheio de rodeios, então eu posso dizer que discordo, pois todo o texto escrito no livro tem uma finalidade muito clara. A estrutura padrão que o Style usa é de apresentar toda a teoria necessária para a realização das missões do dia e depois apresentar os exercícios, é um método totalmente didático que até livros de cálculo usam. O livro também foi escrito não apenas por um PUA, mas por um escritor e jornalista então isso dispensa comentários.
Depois você deixa a entender que o livro poderia ser mais progressivo em dificuldade, mas é exatamente assim que de fato ele é: nos dois primeiros dias, ele propõe que o desafiante estabeleça metas de vida e saia para interagir com estranhos; no dia 3, ele propõe exercícios vocais; nos dias 4 e 5, mudar o visual e melhorar a postura; no dia 6, a lidar com a AA; nos dias 7, 8, e 9 a como criar um bom "opener" e abrir grupos, e assim por diante. Nos dias posteriores, gradativamente, o livro ensina declarações de identidade e a como demonstrar valor atravéz de desqualificadores, push-pull, leitura fria e a como contar histórias cativantes, cada um num dia diferente. O resto ainda estou por descobrir pois, como já disse, o último dia que concluí foi o 17. Como se pode ver, o livro faz com que o jogador avance e consolide gradualmente cada uma das etapas de jogo antes de avançar para a próxima, começando desde a pré abordagem (visual, postura, tom de voz), passando pelas fases de atração e conforto e terminando nas últimas fazes da sedução.
O método de ensino lembra muito aquele utilizado no treino dos novatos na série "The Pickup Artists", a cada novo episódio os alunos tinham que avançar um pouco mais nas interações usando tudo o que já tinham apreendido até, por fim, aplicarem as últimas técnicas que tinham estudado.
3) "O desafio é para ser feito apenas por quem é tímido"Mais uma proposição que reforça minha teoria de que a maioria dos que criticam o desafio estão apenas julgando o livro pela capa. Como eu já disse no tópico anterior, o livro ensina muito mais do que a como perder a AA ou a como se socializar melhor.
Como não tenho como tratar aqui de todos os capítulos que já fiz, tomarei como exemplo os dos dias 7 e 8, que tratam dos "openers". Eu os escolhi porque, se o argumento se trata especialmente de que o desafio beneficia apenas iniciantes com fobia social, eu me contraponho ao dizer que vejo que muitos veteranos poderiam se beneficiar imensamente dos ensinamentos destes dois capítulos mesmo tratando-se da parte mais "simples" de qualquer abordagem, o início.
Na teoria de base do dia 7, primeiramente o livro expõe os erros mais comuns dos homens ao se iniciar uma interação com uma mulher atraente. Estes caem na famosa categoria "How about some dick?", ou seja, perguntas genéricas que a mulher já está cansada de ouvir. Depois, o livro fala dos três tipos de openers: direto, indireto e situacional e; em seguida, descreve cada detalhe que faz a diferença antes mesmo de se abrir o grupo, desde não hesitar (regra dos 3 segundos), abrir lateralmente como se estivesse apenas de passagem, não se inclinar na direção do grupo, dar inicialmente especial atenção aos homens, garantir que todos estejam prestando atenção antes de se entregar o abridor, etc.
Posteriormente, no mesmo capítulo, o livro apresenta sugestões gerais sobre como deve ser o conteúdo do quebra-gelo, Style discorre sobre o que torna um "opener" especialmente funcional. Por exemplo, deve parecer espontâneo, ser motivado pela curiosidade do jogador, ser interessante para a maioria das pessoas, não deve ser iniciado por perguntas fechadas, etc. Mais especificamente, depois, Style apresenta o abridor de opinião e assim finaliza com algumas recomendações para se fazer a transição com o intuito de alcançar o "hook point". O dia é concluído assim que o jogador criar um "opener" com base na teoria apresentada e testá-lo em três garotas diferentes.
Assim eu o fiz e, para a minha total surpresa, logo na primeira vez que eu utilizei meu abridor, ele funcionou perfeitamente. Desde então eu já o tenho utilizado ao menos uma centena de vezes nas mais diferentes situações: mulheres sozinhas sentadas, mulheres sozinhas andando, duplas de meninas, grupos de meninas, grupos mistos, no shopping, em boates, em bares, em adegas, no centro de minha cidade, no carnaval, etc. Tudo isso e quase sempre tendo ótimos resultados. Para quem tiver interesse em mais detalhes vale a pena ler minhas publicações dos dias 7 e 8 do desafio.
Já no dia 8, o livro apresenta duas novas peças para serem acrescentadas ao quebra-gelo: uma justificativa plausível para a pergunta de opinião e uma falsa restrição de tempo verbal e não verbal.
Eu não pude obviamente descrever aqui as minúcias que tornam esses dois dias tão pertinentes para se construir um jogo sólido, mas o ponto que acredito ser o mais forte desse livro é como ele se atenta aos detalhes; ele se atém a cada técnica, cada fase, garantindo que o desafiante tenha todas as peças do quebra cabeça no final do processo. Detalhes estes que muitas vezes podem passar desapercebido mesmo pelos mais experientes.
E vale também ressaltar que técnicas mais avançadas também são o foco de aprendizado nos dias mais afrente. Leitura fria, por exemplo, é uma verdadeira arte em si mesma, e também o objeto de estudo dos dias 15 e 17. Apenas estes dois capítulos dão um livro por si só.
Conclusão Por fim eu realmente recomendo a todos que façam o desafio. Eu tenho CERTEZA de que, ao findar das páginas, a esmagadora maioria se daria conta de que tinha muito menos domínio sobre sedução do que achava ter.
Para quem ainda tem dúvidas, apenas comecem, não julguem algo que desconhecem, vejam por si só e depois tirem suas próprias conclusões. Só não vale virar estatística e desistir nos três primeiros dias.
Um grande abraço a todos!