- 22 Dez 2010, 15:50
#164978
lHá muito tempo é visto entre os bangers um fator fato inusitado, mas que ao mesmo tempo, é muito, muito triste, já denunciado por vários autores de artigos nos veículos de mídia especializados em Metal e Rock: a incapacidade da cena brasileira realmente poder usufruir de seu potencial comercial.
Quando é citado o termo ‘potencial comercial’, quer pura e simplesmente dizer que o Metal no Brasil dá dinheiro, gera recursos, pois se assim não fosse, não existiriam revistas e sites especializados. Para que o ‘amor ao Metal’ seja viável e possa ser aplicado, é necessário que exista dinheiro, e muito.
Porque é assim? Simplesmente ninguém conseguiria ter tempo de se dedicar ao estilo com contas a pagar e famílias a sustentar. Trabalhar e se dedicar ao estilo como ele realmente merece não é viável.
O Metal tanto dá dinheiro que todas as versões do Rock in Rio tiveram uma noite exclusivamente dedicadas a grandes astros do estilo. Se não fosse assim, o empresário Roberto Medina jamais trocaria músicos de expressão no Brasil como Ivete Sangalo ou outros de cunho mais Pop como George Michael por bandas como AC/DC, MEGADETH, QUEENSRYCHE, JUDAS PRIEST, HALFORD e IRON MAIDEN. Isso é óbvio!
Se há esta noite, é porque há público e dá lucro, e o detalhe mais importante: nas versões I, II e III, foi na noite do Metal que sempre se deu maior concentração de público, tanto que na I e na II, foram em dias ruins da semana (no I, na quinta-feira, se não me falha a memória, e no II, na quarta-feira. Este eu posso afirmar, pois estava lá), pois pouco se fazia fé no estilo, mas no III, foi no domingo.
Sou um dos denunciantes de alguns desses aspectos, e já tratei do descaso do banger brazuca com as bandas daqui (paga 300 no morto-vivo IRON MAIDEN rindo, mas não quer pagar 20 em um show daqui, dizendo ser ‘caro’) em outro artigo. Neste, enfoco outro grave problema: a subdivisão do público.
É algo insano, inconcebível, ver um bando de paspalhos trocando ofensas porque um curte Power Melódico e o outro Death Metal. Mas ambos não são estilos de Metal? Ambos não são descendentes diretos do mesmo BLACK SABBATH? E o que há de ruim em ambos os estilos? NADA! Ambos são bons à sua maneira, com suas particularidades, sendo a mesma leitura do Metal, apenas por enfoques diferentes.
Cada subdivisão do Metal deveria ser apenas classificatória, e nunca deveria gerar divisão de público. Mas estranho que estes mesmos que discutem sobre esta ou aquela subdivisão, estarão juntos no Rock in Rio, aceitando que existam bandas diferentes. E não creio que alguém vá lá ficar parado como uma múmia quando o MOTORHEAD subir ao palco e detonar, o mesmo valendo para o falido METALLICA.
Antes, lá nos anos de 86-87, o público daqui era, apesar de algumas idiotices, bem mais fechado com as bandas nacionais do que hoje, e ouvia todas as subdivisões sem preconceitos. O mesmo cara ouvia HELLOWEEN, MANOWAR, RUNNING WILD, KREATOR, SODOM, POSSESSED, e tantos outros. Só o Hard Rock da Califórnia ficava de fora da festa, pois era estigmatizado como False Metal por muitos.
Esta é uma lição daquela geração para auxiliar o público de hoje...
Há uma verdade que deve ser dita: não há subdivisão ruim no Metal. Todas são boas, todas ótimas e todas com algo a dizer a todos os bangers. E todas com bandas ótimas e bandas ruins, tanto no exterior quanto aqui. Basta ao banger ouvir sem preconceitos pré-estabelecidos, já que existem muitos dogmáticos e evangelistas tentando doutrinar as pessoas nessa ou naquela subdivisão como a melhor, como a mais real. Se alguém me diz que não gosta de banda A ou B, eu aceito sem problemas e sem pedir explicações, pois gosto é algo particular e que não se explica. Mas jogar um estilo de Metal inteiro fora é algo impensável, que ante de ser um sacrilégio, é um ato de burrice assumida, digna de um quadrúpede comedor de capim.
Ou seja: deixem de ser alienados, ouçam a banda, sem pensar se é desse ou daquele estilo, pois pode estar perdendo algo pelo qual busca a tempos e não sabe.
E viva o Metal Unido!
Fonte : Whiphash , jornalista: Marcos Garcia.
Quando é citado o termo ‘potencial comercial’, quer pura e simplesmente dizer que o Metal no Brasil dá dinheiro, gera recursos, pois se assim não fosse, não existiriam revistas e sites especializados. Para que o ‘amor ao Metal’ seja viável e possa ser aplicado, é necessário que exista dinheiro, e muito.
Porque é assim? Simplesmente ninguém conseguiria ter tempo de se dedicar ao estilo com contas a pagar e famílias a sustentar. Trabalhar e se dedicar ao estilo como ele realmente merece não é viável.
O Metal tanto dá dinheiro que todas as versões do Rock in Rio tiveram uma noite exclusivamente dedicadas a grandes astros do estilo. Se não fosse assim, o empresário Roberto Medina jamais trocaria músicos de expressão no Brasil como Ivete Sangalo ou outros de cunho mais Pop como George Michael por bandas como AC/DC, MEGADETH, QUEENSRYCHE, JUDAS PRIEST, HALFORD e IRON MAIDEN. Isso é óbvio!
Se há esta noite, é porque há público e dá lucro, e o detalhe mais importante: nas versões I, II e III, foi na noite do Metal que sempre se deu maior concentração de público, tanto que na I e na II, foram em dias ruins da semana (no I, na quinta-feira, se não me falha a memória, e no II, na quarta-feira. Este eu posso afirmar, pois estava lá), pois pouco se fazia fé no estilo, mas no III, foi no domingo.
Sou um dos denunciantes de alguns desses aspectos, e já tratei do descaso do banger brazuca com as bandas daqui (paga 300 no morto-vivo IRON MAIDEN rindo, mas não quer pagar 20 em um show daqui, dizendo ser ‘caro’) em outro artigo. Neste, enfoco outro grave problema: a subdivisão do público.
É algo insano, inconcebível, ver um bando de paspalhos trocando ofensas porque um curte Power Melódico e o outro Death Metal. Mas ambos não são estilos de Metal? Ambos não são descendentes diretos do mesmo BLACK SABBATH? E o que há de ruim em ambos os estilos? NADA! Ambos são bons à sua maneira, com suas particularidades, sendo a mesma leitura do Metal, apenas por enfoques diferentes.
Cada subdivisão do Metal deveria ser apenas classificatória, e nunca deveria gerar divisão de público. Mas estranho que estes mesmos que discutem sobre esta ou aquela subdivisão, estarão juntos no Rock in Rio, aceitando que existam bandas diferentes. E não creio que alguém vá lá ficar parado como uma múmia quando o MOTORHEAD subir ao palco e detonar, o mesmo valendo para o falido METALLICA.
Antes, lá nos anos de 86-87, o público daqui era, apesar de algumas idiotices, bem mais fechado com as bandas nacionais do que hoje, e ouvia todas as subdivisões sem preconceitos. O mesmo cara ouvia HELLOWEEN, MANOWAR, RUNNING WILD, KREATOR, SODOM, POSSESSED, e tantos outros. Só o Hard Rock da Califórnia ficava de fora da festa, pois era estigmatizado como False Metal por muitos.
Esta é uma lição daquela geração para auxiliar o público de hoje...
Há uma verdade que deve ser dita: não há subdivisão ruim no Metal. Todas são boas, todas ótimas e todas com algo a dizer a todos os bangers. E todas com bandas ótimas e bandas ruins, tanto no exterior quanto aqui. Basta ao banger ouvir sem preconceitos pré-estabelecidos, já que existem muitos dogmáticos e evangelistas tentando doutrinar as pessoas nessa ou naquela subdivisão como a melhor, como a mais real. Se alguém me diz que não gosta de banda A ou B, eu aceito sem problemas e sem pedir explicações, pois gosto é algo particular e que não se explica. Mas jogar um estilo de Metal inteiro fora é algo impensável, que ante de ser um sacrilégio, é um ato de burrice assumida, digna de um quadrúpede comedor de capim.
Ou seja: deixem de ser alienados, ouçam a banda, sem pensar se é desse ou daquele estilo, pois pode estar perdendo algo pelo qual busca a tempos e não sabe.
E viva o Metal Unido!
Fonte : Whiphash , jornalista: Marcos Garcia.