- 25 Ago 2011, 23:06
#346781
O apego é um sentimento humano conhecido por nos fazer agir, por vezes, de maneira irracional, além de nos atravancar à coisas que já tiveram sua função totalmente esgotada e, agora, deveriam ser deixadas de lado. Deixadaspara o passado.
Últimamente, vejo não somente nos principais meios de comunicação, mas mesmo com mulheres próximas, casos de violência e descontrole por parte dos homens. A insegurança, aliada com demasiado apego, geram desde brigas de casal e traição por parte da mulher, até casos mais bizarros.
Portanto, decidi falar um pouco desse assunto que está tão em v em nossa sociedade, como sempre esteve, desde que foi-se decidido abandonar a poligamia tribal e, então, houve a imposição da monogamia.
Crescemos com constantes choques de informação que, dia após dia, moldaram nossa mente, de acordo com o que a sociedade considera "íntegro" e "correto". E, obviamente, não poderia deixar de apresentar-se dentre essas crenças coletivas a instituição do casamento.
Dentro de nossas casas, já temos o primeiro exemplo: nossos pais. Novelas, revistas, livros, escola. Toda fonte de informação esbanja monogamia e nos acostuma com essa ideia. Contudo, estes mesmos meios informativos acabam por nos delatar alguns dos males que podem acompanhar a vida à dois. Brigas, ciúmes, irracionalidade e, o temor de todo homem que preza por sua identidade perante ao resto da sociedade: a traição.
A ideia de traição nos faz revirar os mais profundos sentimentos e temores e, mais do que claro, nos faz remoer velhas situações do passado em busca de respostas de utilidade questionável. Mas, o que há na traição que causa esse sintoma de preocupação coletiva? Primeiro, representa-se a quebra de um dogma: a totalidade da instituição monogâmica em nossa sociedade. Afinal, se há traição, então há um profundo desrespeito à um dos pilares básicos de nossa sociedade.
Além disso, a traição nos remete à velha fraqueza e impossibilidade de ação que nos remete aos primórdios de nosso contato com o mundo. Principalmente, com o mundo feminino. Somos, em maioria, homens que foram, primeiramente, "castrados" e "amordaçados" diante do explendor feminino, tendo pouca ou nenhuma escolha, não conseguindo obter aquilo (no caso aquelas) que realmente desejamos.
Mas, surgiu a Pick Up e, então, nos livramos de todas essas amarras e, agora, podemos conquistar quase qualquer mulher que desejamos. Contudo, ainda não aprendemos a lidar com o acaso. A simples ideia de crise de algum dos campos que a mente internalizou como de caráter básico, irá gerar grave perturbação e problemas em uma mente que ainda não se acostumou a manter-se totalmente dinâmica. Não é assim que muita gente desiste, logo que surge alguma dificuldade que parece insuperável"?
E o que a traição gera em nossas mentes é justamente esse efeito de "flashback". O homem trabalhador e que sempre buscou fazer com que a namorada fosse a mais feliz de todas, agora está indefeso e incapacitado, novamente. Incapaz diante da vontade da mulher de buscar novas aventuras. E toda essa "incapacidade" gera uma revolta. Memórias amarguradas do passado servem como um combustível poderoso para esse sentimento de revolta.
E então, o que temos? Homens que, sob influência do apego e de recordações nada agradáveis de seu passado, tratam de serem o mais estúpidos o possível com as mulheres, logo que o primeiro sinal de ciúmes bate. Afinal, não podemos deixar que elas nos traiam. Isso irá acabar com nossa reputação e irá nos tornar desonrrosos. Seremos menos homens. Será mesmo ?
Keith Richards é o guitarrista de rock'n'roll conhecido, talvez, por ter sido o mais exagerado no que tange o estilo de vida "sexo, drogas e rock'n'roll". E, principalmente, por ter sobrevivido. Mas, somente quem leu a fundo sua biografia denominada "Vida" irá perceber que se trata, sobretudo, no que diz respeito às mulheres, um homem que aprendeu a viver de forma desapegada e, ao mesmo tempo, apaixonada.
Lá para os meios da década de 60, Brina Jones, guitarrista dos Rolling Stones, namorava uma das modelos mais bonitas da época, Anita Pallenberg. Anita, após long convívio com Keith, deixou Brian e engatou um romance com o outro guitarrista da mesma banda. Anos se passaram e o par romântico agora era adepto da heroína. Keith afirma no livro que não esperava nada de Anita, por tê-la roubado de Brian. E é justamente o que faz quando descobre que, afundado na heroína, incapaz de dar prazer a sua mulher, Anita acaba por traí-lo com Mick Jagger, durante as filmagens de um de seus filmes.
Atordoado de raiva e, parcialmente, sem controle, Keith, ao invés de xingar qualquer um dos dois, simplesmente vai embora e, sabiamente, canaliza toda essa raiva para compor "Gimme Shelter", clássico dos Stones. Não terminou com Anita. Não desmanchou a banda. Prosseguiu amigo de Mick. Embora, em sua mente, provavelmente, pensamentos raivosos constantemente bombardeavam-lhe, incitando-o a uma ação violenta. Anos depois, Anita sucumbiu ao vício e Keith, limpo, não hesitou em largá-la.
Obviamente, não há a necessidade de se prosseguir um relacionamento com uma mulher que tenha lhe traído. Contudo, se assim desejar, não sou eu quem irá impedir. O que deve ser realmente levado em conta nessa história, porém, é a forma como Keith lida com a traição. Claro, ele poderia ter "dado uma lição" em ambos e ter mostrado que ninguém poderia mexer com a reputação dele e ficar intacto.
Isso possui um nome: programação social. Você acredita que é necessário ter uma boa imagem perante a sociedade e, portanto, acredita que deve punir aqueles que "mancham" sua integridade. O real sentido do desapego, é ser superior a isso. Ser desapegado é tomar um chifre e, no auge de sua fúria, não mais fazer do que caminhar para longe daquilo que te causa algum mal na vida e partir atrás de coisas que lhe façam bem.
Veja bem, você já acredita que beleza não é importante. Você já sabe que dinheiro não é essencial. E, se tudo isso não é, por que a porra da sua imagem seria? Aposto que você conhece caras que são difamados e não ligam pra isso, tendo resultados. Assim como há gordos, pobres e feios que conseguem resultados.
Algumas vezes, contudo, o rumo das coisas não nos parece justo. Bem, uma novidade: o mundo não é justo. Não me venham com esse conceito de que um dia a sociedade poderá ser igual, justa, linda, bela. A sociedade é podre e vai continuar sendo assim. A competitividade vai imperar enquanto o ser humano e os outros animais existirem. A vida é feita de riscos e essa a graça. Você pode se foder ou pode se dar bem com suas escolhas.
Risco! Se o mundo fosse "justo", todos teriam a mesma mulher mediana, todos ganhariam o mesmo salário mediano e a maioria teria níveis de felicidade que mal atingiriam o mediano. O prazer da vida consiste em não saber o que vem pela frente e, mesmo assim, entrar de cabeça naquilo que você deseja, seja uma faculdade, um emprego ou um relacionamento.
E se você ver que a escolha está errada lembre-se: nunca é tarde. Conheço pessoas que descobriram com o que realmente gostam de trabalhar após os quarenta. E hoje ganham tão bem quanto outras que já trabalham na mesma área há décadas.
Não se retenha a idiotices como o ciúmes. Não espere nada além de amor e respeito de suas parceiras. Se isso faltar, simplesmente recomece e recomece quantas vezes forem necessárias. Quem já leu o livro Maestria sabe que seremos aprendizes eternos e, portanto, podemos sempre nos aperfeiçoar nos relacionamentos e em qualquer outra área de nossa vida. Essencialmente, nunca é tarde para nada.
Viver em casal tem seus perrengues e é preciso repensar tudo antes de se iniciar nessa jornada. Por mais difícil que seja, deixe o apego de lado e vá viver. Não tente imaginar onde ela está. O que está fazendo. Com quem está. Se ela for trair mesmo, acredite, não é escolha sua. Mas é sua a escolha de não agir como um imbecil. É sua a escolha de ser superior e sair desse relacionamento de forma limpa. É sua a escolha de prosseguir na sua busca e conquistar mulheres melhores que aquelas.
Riscos. Tudo se baseia em arriscar. Você aguenta o tranco ?
Últimamente, vejo não somente nos principais meios de comunicação, mas mesmo com mulheres próximas, casos de violência e descontrole por parte dos homens. A insegurança, aliada com demasiado apego, geram desde brigas de casal e traição por parte da mulher, até casos mais bizarros.
Portanto, decidi falar um pouco desse assunto que está tão em v em nossa sociedade, como sempre esteve, desde que foi-se decidido abandonar a poligamia tribal e, então, houve a imposição da monogamia.
Crescemos com constantes choques de informação que, dia após dia, moldaram nossa mente, de acordo com o que a sociedade considera "íntegro" e "correto". E, obviamente, não poderia deixar de apresentar-se dentre essas crenças coletivas a instituição do casamento.
Dentro de nossas casas, já temos o primeiro exemplo: nossos pais. Novelas, revistas, livros, escola. Toda fonte de informação esbanja monogamia e nos acostuma com essa ideia. Contudo, estes mesmos meios informativos acabam por nos delatar alguns dos males que podem acompanhar a vida à dois. Brigas, ciúmes, irracionalidade e, o temor de todo homem que preza por sua identidade perante ao resto da sociedade: a traição.
A ideia de traição nos faz revirar os mais profundos sentimentos e temores e, mais do que claro, nos faz remoer velhas situações do passado em busca de respostas de utilidade questionável. Mas, o que há na traição que causa esse sintoma de preocupação coletiva? Primeiro, representa-se a quebra de um dogma: a totalidade da instituição monogâmica em nossa sociedade. Afinal, se há traição, então há um profundo desrespeito à um dos pilares básicos de nossa sociedade.
Além disso, a traição nos remete à velha fraqueza e impossibilidade de ação que nos remete aos primórdios de nosso contato com o mundo. Principalmente, com o mundo feminino. Somos, em maioria, homens que foram, primeiramente, "castrados" e "amordaçados" diante do explendor feminino, tendo pouca ou nenhuma escolha, não conseguindo obter aquilo (no caso aquelas) que realmente desejamos.
Mas, surgiu a Pick Up e, então, nos livramos de todas essas amarras e, agora, podemos conquistar quase qualquer mulher que desejamos. Contudo, ainda não aprendemos a lidar com o acaso. A simples ideia de crise de algum dos campos que a mente internalizou como de caráter básico, irá gerar grave perturbação e problemas em uma mente que ainda não se acostumou a manter-se totalmente dinâmica. Não é assim que muita gente desiste, logo que surge alguma dificuldade que parece insuperável"?
E o que a traição gera em nossas mentes é justamente esse efeito de "flashback". O homem trabalhador e que sempre buscou fazer com que a namorada fosse a mais feliz de todas, agora está indefeso e incapacitado, novamente. Incapaz diante da vontade da mulher de buscar novas aventuras. E toda essa "incapacidade" gera uma revolta. Memórias amarguradas do passado servem como um combustível poderoso para esse sentimento de revolta.
E então, o que temos? Homens que, sob influência do apego e de recordações nada agradáveis de seu passado, tratam de serem o mais estúpidos o possível com as mulheres, logo que o primeiro sinal de ciúmes bate. Afinal, não podemos deixar que elas nos traiam. Isso irá acabar com nossa reputação e irá nos tornar desonrrosos. Seremos menos homens. Será mesmo ?
Keith Richards é o guitarrista de rock'n'roll conhecido, talvez, por ter sido o mais exagerado no que tange o estilo de vida "sexo, drogas e rock'n'roll". E, principalmente, por ter sobrevivido. Mas, somente quem leu a fundo sua biografia denominada "Vida" irá perceber que se trata, sobretudo, no que diz respeito às mulheres, um homem que aprendeu a viver de forma desapegada e, ao mesmo tempo, apaixonada.
Lá para os meios da década de 60, Brina Jones, guitarrista dos Rolling Stones, namorava uma das modelos mais bonitas da época, Anita Pallenberg. Anita, após long convívio com Keith, deixou Brian e engatou um romance com o outro guitarrista da mesma banda. Anos se passaram e o par romântico agora era adepto da heroína. Keith afirma no livro que não esperava nada de Anita, por tê-la roubado de Brian. E é justamente o que faz quando descobre que, afundado na heroína, incapaz de dar prazer a sua mulher, Anita acaba por traí-lo com Mick Jagger, durante as filmagens de um de seus filmes.
Atordoado de raiva e, parcialmente, sem controle, Keith, ao invés de xingar qualquer um dos dois, simplesmente vai embora e, sabiamente, canaliza toda essa raiva para compor "Gimme Shelter", clássico dos Stones. Não terminou com Anita. Não desmanchou a banda. Prosseguiu amigo de Mick. Embora, em sua mente, provavelmente, pensamentos raivosos constantemente bombardeavam-lhe, incitando-o a uma ação violenta. Anos depois, Anita sucumbiu ao vício e Keith, limpo, não hesitou em largá-la.
Obviamente, não há a necessidade de se prosseguir um relacionamento com uma mulher que tenha lhe traído. Contudo, se assim desejar, não sou eu quem irá impedir. O que deve ser realmente levado em conta nessa história, porém, é a forma como Keith lida com a traição. Claro, ele poderia ter "dado uma lição" em ambos e ter mostrado que ninguém poderia mexer com a reputação dele e ficar intacto.
Isso possui um nome: programação social. Você acredita que é necessário ter uma boa imagem perante a sociedade e, portanto, acredita que deve punir aqueles que "mancham" sua integridade. O real sentido do desapego, é ser superior a isso. Ser desapegado é tomar um chifre e, no auge de sua fúria, não mais fazer do que caminhar para longe daquilo que te causa algum mal na vida e partir atrás de coisas que lhe façam bem.
Veja bem, você já acredita que beleza não é importante. Você já sabe que dinheiro não é essencial. E, se tudo isso não é, por que a porra da sua imagem seria? Aposto que você conhece caras que são difamados e não ligam pra isso, tendo resultados. Assim como há gordos, pobres e feios que conseguem resultados.
Algumas vezes, contudo, o rumo das coisas não nos parece justo. Bem, uma novidade: o mundo não é justo. Não me venham com esse conceito de que um dia a sociedade poderá ser igual, justa, linda, bela. A sociedade é podre e vai continuar sendo assim. A competitividade vai imperar enquanto o ser humano e os outros animais existirem. A vida é feita de riscos e essa a graça. Você pode se foder ou pode se dar bem com suas escolhas.
Risco! Se o mundo fosse "justo", todos teriam a mesma mulher mediana, todos ganhariam o mesmo salário mediano e a maioria teria níveis de felicidade que mal atingiriam o mediano. O prazer da vida consiste em não saber o que vem pela frente e, mesmo assim, entrar de cabeça naquilo que você deseja, seja uma faculdade, um emprego ou um relacionamento.
E se você ver que a escolha está errada lembre-se: nunca é tarde. Conheço pessoas que descobriram com o que realmente gostam de trabalhar após os quarenta. E hoje ganham tão bem quanto outras que já trabalham na mesma área há décadas.
Não se retenha a idiotices como o ciúmes. Não espere nada além de amor e respeito de suas parceiras. Se isso faltar, simplesmente recomece e recomece quantas vezes forem necessárias. Quem já leu o livro Maestria sabe que seremos aprendizes eternos e, portanto, podemos sempre nos aperfeiçoar nos relacionamentos e em qualquer outra área de nossa vida. Essencialmente, nunca é tarde para nada.
Viver em casal tem seus perrengues e é preciso repensar tudo antes de se iniciar nessa jornada. Por mais difícil que seja, deixe o apego de lado e vá viver. Não tente imaginar onde ela está. O que está fazendo. Com quem está. Se ela for trair mesmo, acredite, não é escolha sua. Mas é sua a escolha de não agir como um imbecil. É sua a escolha de ser superior e sair desse relacionamento de forma limpa. É sua a escolha de prosseguir na sua busca e conquistar mulheres melhores que aquelas.
Riscos. Tudo se baseia em arriscar. Você aguenta o tranco ?