- 03 Ago 2012, 19:59
#677199
Galera, este ano que passei afastado do PU, tive sérios problemas com depressão... E gostaria de compartilhar convosco como foi e que conclusões tirei.
Aos 25 anos, descobri ter TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) e também um ligeiro grau de depressão (advinda da minha dificuldade de integrar a sociedade sendo TDAH). Na época, me foi sugerido um tratamento medicamentoso de Ritalina (para TDAH) e também um anti-depressivo.
Como a Ritalina é um remédio que provoca euforia momentânea, reneguei o anti-depressivo e comecei a usar a Ritalina não só para estabilizar a atenção, mas também levantar o meu astral. Em outras palavras, fiz da Ritalina um anti-depressivo (e não é para isso que serve).
Como a depressão é uma doença muito traiçoeira e a vida é composta de altos e baixos, é comum que nos momentos de altos nós julguemos que esse mal tenha sido curado. Em setembro de 2011, um monte de coisa aconteceu e minha vida deu uma guinada de 180°. Primeiro, adentrei um novo relacionamento. Segundo, fui morar sozinho pela primeira vez. Terceiro, minha empresa começou a crescer (e por crescer, leia-se MUITO).
A solidão que comecei a sentir por morar sozinho (e só ter companhia nos finais de semana), as preocupações com o trabalho e a ânsia em fazer com que o novo relacionamento desse certo levaram a uma ansiedade tão grande que comecei a trocar os pés pelas mãos em tudo.... E com isso, a depressão ia avançando... E o consumo de Ritalina aumentando.
Em maio/junho deste ano, meu emocional estava completamente instável. Virei uma pessoa angustiada, egoísta, reclusa (não queria sair de casa), negativa e tristonha... Minha empresa havia estagnado o crescimento porque eu não tinha mais cabeça para pensar em inovações. Meu namoro estava marcado por brigas e cobranças (de minha parte). E minha casa, uma zona (pois havia perdido a vontade de cuidar da mesma). No final de junho, após uma briga severa com minha namorada (que quase culminou no término), decidi procurar o tratamento medicamentoso contra depressão e também fazer terapia.
Em cerca de um mês já apresentava sinais visíveis de melhoria. O consumo de Ritalina diminuiu e o humor estava cada dia que passava mais e mais estável. Aos poucos, voltei a cuidar da casa e até mesmo a sair mais. Cultivei novas amizades e havia voltado a sair à noite. Voltei a cuidar de minha aparência (o que eu tinha deixado de fazer).
No namoro, infelizmente, parece que eu fui buscar ajuda tarde demais. Minha namorada foi tão sugada pela minha depressão que preferiu terminar.
Aprendi, de uma forma dolorosa, que depressão não pode ser ignorado. O tratamento não pode ser adiado.
Hoje, estou melhor. Mas a que preço?
Acho importante que vocês não confundam depressão com betar. A depressão o faz ter atitudes que são mais fortes que vocês. O emocional vira uma caixinha de surpresa. Betar pode ser feito com ou sem depressão, é mais uma questão cultural/criação.
Se você estiver suspeitando de estar com depressão, não perca tempo e procure ajuda. Pois a depressão sem tratamento vira uma bola de neve que o faz destruir a própria vida. E é importante que vocês sempre conversem com amigos, familiares e namoradas. A minha, infelizmente não teve estrutura para estar ao meu lado quando eu estava na pior. Mas, isso não significa que a sua também não tenha.
Se você estiver namorando e passando por um processo depressivo, recomendo que converse com a namorada e diminua a frequência de encontros. Quanto menos ela estiver exposta a você durante a sua recuperação, melhor.
E, bola para a frente... Lição aprendida!!!
Aos 25 anos, descobri ter TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) e também um ligeiro grau de depressão (advinda da minha dificuldade de integrar a sociedade sendo TDAH). Na época, me foi sugerido um tratamento medicamentoso de Ritalina (para TDAH) e também um anti-depressivo.
Como a Ritalina é um remédio que provoca euforia momentânea, reneguei o anti-depressivo e comecei a usar a Ritalina não só para estabilizar a atenção, mas também levantar o meu astral. Em outras palavras, fiz da Ritalina um anti-depressivo (e não é para isso que serve).
Como a depressão é uma doença muito traiçoeira e a vida é composta de altos e baixos, é comum que nos momentos de altos nós julguemos que esse mal tenha sido curado. Em setembro de 2011, um monte de coisa aconteceu e minha vida deu uma guinada de 180°. Primeiro, adentrei um novo relacionamento. Segundo, fui morar sozinho pela primeira vez. Terceiro, minha empresa começou a crescer (e por crescer, leia-se MUITO).
A solidão que comecei a sentir por morar sozinho (e só ter companhia nos finais de semana), as preocupações com o trabalho e a ânsia em fazer com que o novo relacionamento desse certo levaram a uma ansiedade tão grande que comecei a trocar os pés pelas mãos em tudo.... E com isso, a depressão ia avançando... E o consumo de Ritalina aumentando.
Em maio/junho deste ano, meu emocional estava completamente instável. Virei uma pessoa angustiada, egoísta, reclusa (não queria sair de casa), negativa e tristonha... Minha empresa havia estagnado o crescimento porque eu não tinha mais cabeça para pensar em inovações. Meu namoro estava marcado por brigas e cobranças (de minha parte). E minha casa, uma zona (pois havia perdido a vontade de cuidar da mesma). No final de junho, após uma briga severa com minha namorada (que quase culminou no término), decidi procurar o tratamento medicamentoso contra depressão e também fazer terapia.
Em cerca de um mês já apresentava sinais visíveis de melhoria. O consumo de Ritalina diminuiu e o humor estava cada dia que passava mais e mais estável. Aos poucos, voltei a cuidar da casa e até mesmo a sair mais. Cultivei novas amizades e havia voltado a sair à noite. Voltei a cuidar de minha aparência (o que eu tinha deixado de fazer).
No namoro, infelizmente, parece que eu fui buscar ajuda tarde demais. Minha namorada foi tão sugada pela minha depressão que preferiu terminar.
Aprendi, de uma forma dolorosa, que depressão não pode ser ignorado. O tratamento não pode ser adiado.
Hoje, estou melhor. Mas a que preço?
Acho importante que vocês não confundam depressão com betar. A depressão o faz ter atitudes que são mais fortes que vocês. O emocional vira uma caixinha de surpresa. Betar pode ser feito com ou sem depressão, é mais uma questão cultural/criação.
Se você estiver suspeitando de estar com depressão, não perca tempo e procure ajuda. Pois a depressão sem tratamento vira uma bola de neve que o faz destruir a própria vida. E é importante que vocês sempre conversem com amigos, familiares e namoradas. A minha, infelizmente não teve estrutura para estar ao meu lado quando eu estava na pior. Mas, isso não significa que a sua também não tenha.
Se você estiver namorando e passando por um processo depressivo, recomendo que converse com a namorada e diminua a frequência de encontros. Quanto menos ela estiver exposta a você durante a sua recuperação, melhor.
E, bola para a frente... Lição aprendida!!!