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Criador do tópico

RuaCH

Veterano - nível 9

#692452 Conhecimento dos próprios direitos
[/b
]A primeira mudança é interna, e passa por adquirir conhecimento dos direitos que te assistem (e,
igualmente, a cada uma das pessoas que te rodeiam). Uma amostra destes direitos poderá ser a
seguinte: ~

[b]- Eu tenho o direito de ser respeitado e tratado de igual para igual, qualquer que seja o papel
que desempenho ou o meu estatuto social
- Eu tenho o direito de manter os meus próprios valores, desde que eles respeitem os direitos
dos outros
- Eu tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opiniões.
- Eu tenho o direito de expressar as minhas necessidades e de pedir o que quero
- Eu tenho o direito de dizer não sem me sentir culpado por isso
- Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher se quero prestar ajuda a alguém
- Eu tenho o direito de me sentir bem comigo próprio sem sentir necessidade de me justificar
perante os outros
- Eu tenho o direito de mudar de opinião
- Eu tenho o direito de pensar antes de agir ou de tomar uma decisão
- Eu tenho o direito de dizer «eu não estou a perceber» e pedir que me esclareçam ou ajudem
- Eu tenho o direito de cometer erros sem me sentir culpado
- Eu tenho o direito de fixar os meus próprios objectivos de vida e lutar para que as minhas
expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.


Tem também em conta algumas coisas que podes estar a dizer a ti próprio, e que podem estar a
tornar difícil comportares-te de forma assertiva. Alguns exemplos destes «pensamentos bloqueadores
da assertividade» são os seguintes:

Pensamentos sobre direitos e
responsabilidades:

Não tenho o direito de recusar pedidos aos meus amigos
-Não tenho o direito de fazer pedidos às outras pessoas
Não tenho o direito de discordar com os outros, particularmente com
a autoridade
Não tenho o direito de ficar zangado, particularmente com as
pessoas de quem gosto

Pensamentos sobre a imagem que
quero dar de mim :

Tenho que ser amado ou, pelo menos, admirado por todos os que
me rodeiam
Tenho que ser perfeito e nunca cometer erros

Pensamentos sobre as consequências
prováveis do meu comportamento:

Se eu criticar a pessoa X, coisas terríveis poderão acontecer

Se algum destes pensamentos reflecte uma crença tua, submete-o a uma análise racional. Isto pode
ser feito quer invertendo as perspectivas das pessoas envolvidas (aquilo que vale para ti também vale
para os outros?), quer procurando factos que o sustentem ou desconfirmem (que provas tenho de
que isto é verdade?), quer questionando o seu valor prático (em que é que viver de acordo com este
pensamento me tem ajudado até aqui?). Se o pensamento não sobreviver a esta análise, então, mais
vale pô-lo de parte...

Em alguns casos, contudo, a análise sugerida não chega para neutralizar estes pensamentos, e eles
continuam a surgir, bloqueando o comportamento assertivo – nestes casos, considera a possibilidade
de interromper este pensamento e agir (assertivamente) como se este não existisse – esta acção
pode parecer um tiro no escuro, mas os seus resultados vão, frequentemente, demonstrar por si só
que, afinal, o pensamento não se justificava.