- 04 Set 2012, 17:57
#702335
Justamente Surf, o conceito de inconsciente foi desenvolvido por Freud e ele começou a conceber esta idéia logo depois de conhecer Charcot, um famoso clinico e hipnotista francês, e foi a partir do contato com a hipnose e influenciado por ela que Freud começou a criar a idéia de inconsciente, pelo menos o inicio desta teoria é fortemente influenciada pelo estudo de Freud e sua prática com a hipnose por isso eu disse que o conceito inconsciente vem da hipnose.
- 04 Set 2012, 21:57
#702500
boas darwin.
identifiquei-me bastante com o que dissest:
Alguns dizem que não importa realmente saber como funciona, desde que funcione. Eu digo que importa. Ao não saber os mecanismos que fazem determinada técnica funcionar apenas se reproduz o comportamento, e assim se perde conhecimento, se deixa de gerar novo conhecimento. Novas técnicas.
bem agora queria debater uma duvida que tenho, aver se podes dizer algo sobre isto..
Ha dias aconteceume o seguinte:
Eu estava a ler algo sobre crenças, e estava na parte da sensibilidade do afectivo.
E transcrevo aqui parte :
A sensação cresce segundo o logartimo da excitaçao. Assim para dobrar a sensação produzida, por uma excitação, a um instrumento de musica, por exemplo, seria necessário aumentar o logaritmo(...)
isto falando que aumentado o nr de instrumentos, ira produzir outra sensaçao..
seguindo:
Aplicados ao prazer e a dor, essas noções mostram que a excitação deve ser consideravelmente aumentada para desemvolver um pouco o efeito produzido. Num sentimento entram elementos muito mais complexos que numa sensaçao. A inteligencia sabe por em evidencia verdades gerais e eternas.
A sensibilidade cria verdades particulares e momentãneas.
Os sentimentos elaborados no inconsciente ão chegam sempre à consciência, ou ai chegam somente depois de diverças excitações; é por isso que por vezes ignoramos os nossos sentimentos reais no tocante a seres e coisas que nos cercam.
ok isto é um resumo de algo que estava a ler. eu lembro-me de associar a questao da musica, e aptecerme escrever uns versos, que nada mais foram que uma forma de expressar o meu diálogo interno. dps de escreves esses versos eu lembrome d dizer a mim mesmo "fodasse porque nao consigo entrar em harmonia?" e ao final d escrever esses versos, senti um arrepio, como que um formigueiro... como sendo um sinal, k no fundo, eu estava em harmonia naquele momento comigo mesmo... eu parei, achei estranho aquilo, fumei um cigarro e tentei perceber como aquilo foi feito..
agora em relaçao ao que postast, achas que tem algo aver com a questao dos comportamentos que falas? podera ter aver certo? ainda assim a minha duvida é como foi criada aquela sensaçao...
gostava d uma opiniao
identifiquei-me bastante com o que dissest:
Alguns dizem que não importa realmente saber como funciona, desde que funcione. Eu digo que importa. Ao não saber os mecanismos que fazem determinada técnica funcionar apenas se reproduz o comportamento, e assim se perde conhecimento, se deixa de gerar novo conhecimento. Novas técnicas.
bem agora queria debater uma duvida que tenho, aver se podes dizer algo sobre isto..
Ha dias aconteceume o seguinte:
Eu estava a ler algo sobre crenças, e estava na parte da sensibilidade do afectivo.
E transcrevo aqui parte :
A sensação cresce segundo o logartimo da excitaçao. Assim para dobrar a sensação produzida, por uma excitação, a um instrumento de musica, por exemplo, seria necessário aumentar o logaritmo(...)
isto falando que aumentado o nr de instrumentos, ira produzir outra sensaçao..
seguindo:
Aplicados ao prazer e a dor, essas noções mostram que a excitação deve ser consideravelmente aumentada para desemvolver um pouco o efeito produzido. Num sentimento entram elementos muito mais complexos que numa sensaçao. A inteligencia sabe por em evidencia verdades gerais e eternas.
A sensibilidade cria verdades particulares e momentãneas.
Os sentimentos elaborados no inconsciente ão chegam sempre à consciência, ou ai chegam somente depois de diverças excitações; é por isso que por vezes ignoramos os nossos sentimentos reais no tocante a seres e coisas que nos cercam.
ok isto é um resumo de algo que estava a ler. eu lembro-me de associar a questao da musica, e aptecerme escrever uns versos, que nada mais foram que uma forma de expressar o meu diálogo interno. dps de escreves esses versos eu lembrome d dizer a mim mesmo "fodasse porque nao consigo entrar em harmonia?" e ao final d escrever esses versos, senti um arrepio, como que um formigueiro... como sendo um sinal, k no fundo, eu estava em harmonia naquele momento comigo mesmo... eu parei, achei estranho aquilo, fumei um cigarro e tentei perceber como aquilo foi feito..
agora em relaçao ao que postast, achas que tem algo aver com a questao dos comportamentos que falas? podera ter aver certo? ainda assim a minha duvida é como foi criada aquela sensaçao...
gostava d uma opiniao
- 04 Set 2012, 21:57
#702502
vi num livro de sedução de PNL sobre o cachorro de Pavlov, que é condicionado a babar por comida toda vez que tocava o sino, pra fazer o mesmo com elas através de âncoras. pra fazer ficar molhadas por você condicionando através de reforços como se fossem cadelas. Não é nenhuma novidade o behaviorismo mas boa a iniciativa de dar um ar científico à sedução. Explique a seleção natural tbm de darwin, que todos são condicionados a reproduzir com um machos fortes e rejeitar os fracos
- 05 Set 2012, 00:33
#702636
Sim,no livro dos criadores da PNL,eles dizem q pesquisaram junto com vários psicólogos e hipnólogos.
Darwin escreveu:Certo. Espero que você realmente conheça a fundo a psicologia para fazer tal afirmação.
Sim,no livro dos criadores da PNL,eles dizem q pesquisaram junto com vários psicólogos e hipnólogos.
- 05 Set 2012, 13:25
#702944
Hmmm, entendi, não sabia sobre isto. Valeu por ter explicado!
>>Psychokiller<< escreveu:Justamente Surf, o conceito de inconsciente foi desenvolvido por Freud e ele começou a conceber esta idéia logo depois de conhecer Charcot, um famoso clinico e hipnotista francês, e foi a partir do contato com a hipnose e influenciado por ela que Freud começou a criar a idéia de inconsciente, pelo menos o inicio desta teoria é fortemente influenciada pelo estudo de Freud e sua prática com a hipnose por isso eu disse que o conceito inconsciente vem da hipnose.
Hmmm, entendi, não sabia sobre isto. Valeu por ter explicado!
- 05 Set 2012, 13:38
#702954
Não tenho certeza, mas acho que na seleção natural, nos termos bahavoristas, o que ocorre é que os "machos fortes" detém características naturais (tais como personalidade, atributos físicos, e até produções hormonais, tais como elevado nível de testosterona) que estimulam a fêmea a produzir o comportamento de querer acasalar e/ou constituir família, uma vez que gerou respostas emocionais positivas tais como excitação, atração, segurança e conforto, entre outros.
Agora a questão é, o que é, nos dias atuais, o macho forte?
Muito se debate se é, ainda, aquele gorila que bate a mão no peito para se afirmar como o macho dominante ou se é aquele que trata bem as fêmeas (com dotes sociais, afetivos, carismáticos). Acredito que é uma mescla bem dosada dos dois.
No entanto, em uma entrevista publicada na revista Fortune que tratava de uma pesquisa realizada por Robert Sapolsky¹, primatologista que estudou o comportamento de babuínos em comunidade, foi demonstrado que os animais que são "ótimos em formar coalizões", que detém inteligência, bom controle dos impulsos, gentis e até delicados e que, no máximo, "sugerem a violência", são os mais preferidos para escalar nas posições sociais e que discretamente vão conseguindo acasalar-se com as fêmeas do bando, ao contrários dos babuínos abrutalhados, valentões, que ocupavam uma "falsa" posição principal no grupo uma vez que amendontravam o grupo.
Ou seja, nos babuínos, ganha quem for o malandro, o mais adaptativo, o que sabe levar as coisas, e não o tradicional "macho alfa", pomposo, peito estufado e rude. Acho que se encaixa perfeitamente no cenario humano atual.
badboyxx escreveu:vi num livro de sedução de PNL sobre o cachorro de Pavlov, que é condicionado a babar por comida toda vez que tocava o sino, pra fazer o mesmo com elas através de âncoras. pra fazer ficar molhadas por você condicionando através de reforços como se fossem cadelas. Não é nenhuma novidade o behaviorismo mas boa a iniciativa de dar um ar científico à sedução. Explique a seleção natural tbm de darwin, que todos são condicionados a reproduzir com um machos fortes e rejeitar os fracos
Não tenho certeza, mas acho que na seleção natural, nos termos bahavoristas, o que ocorre é que os "machos fortes" detém características naturais (tais como personalidade, atributos físicos, e até produções hormonais, tais como elevado nível de testosterona) que estimulam a fêmea a produzir o comportamento de querer acasalar e/ou constituir família, uma vez que gerou respostas emocionais positivas tais como excitação, atração, segurança e conforto, entre outros.
Agora a questão é, o que é, nos dias atuais, o macho forte?
Muito se debate se é, ainda, aquele gorila que bate a mão no peito para se afirmar como o macho dominante ou se é aquele que trata bem as fêmeas (com dotes sociais, afetivos, carismáticos). Acredito que é uma mescla bem dosada dos dois.
No entanto, em uma entrevista publicada na revista Fortune que tratava de uma pesquisa realizada por Robert Sapolsky¹, primatologista que estudou o comportamento de babuínos em comunidade, foi demonstrado que os animais que são "ótimos em formar coalizões", que detém inteligência, bom controle dos impulsos, gentis e até delicados e que, no máximo, "sugerem a violência", são os mais preferidos para escalar nas posições sociais e que discretamente vão conseguindo acasalar-se com as fêmeas do bando, ao contrários dos babuínos abrutalhados, valentões, que ocupavam uma "falsa" posição principal no grupo uma vez que amendontravam o grupo.
Ou seja, nos babuínos, ganha quem for o malandro, o mais adaptativo, o que sabe levar as coisas, e não o tradicional "macho alfa", pomposo, peito estufado e rude. Acho que se encaixa perfeitamente no cenario humano atual.
- 05 Set 2012, 21:01
#703231
Então, o conceito de inconsciente impede a realização de experimentos que possam ser falseados e a compreensão disso é muito importante pois é preciso perceber que Bandler e Grinder alegam como você mesmo disse que as mudanças que suas técnicas fazem é a nível inconsciente. Mas como de fato verificar empiricamente tal alegação se não se pode falsear o experimento? E acho que por saber disso é que Bandler e Grinder não fazem questão alguma de que a PNL atinja um patamar científico, de fato eles demonstram abertamente o desprezo para o teste de hipóteses científicas na PNL.
Então pelo que eu entendi você é a favor de quebrar o código de ética desde que traga benefício ao paciente assim como fazia Erickson?
Eu também espero que mais pesquisas científicas sejam feitas, para o bem ou para o mal da PNL, a despeito do que parecem querer Bandler e Grinder, deixando a PNL numa redoma para lhes render os lucros das vendas de seus produtos. Se a PNL de fato “descobrisse” algo de valor, seria de se esperar uma formalização rigorosa com a preparação de experimentos estatisticamente controlados e com a possibilidade de replicação por cientistas independentes. Assim como a circulação em veículos científicos sérios sobre cognição (nunca vi nada nestes veículos). Mas, o que se vê acontecer é a propagação de “dogmas” e trademarks “inventados” (o DHE já diz tudo, sem falar em MetaMaster Track e Persuasion Engineering), dogmas por sinal organizados de forma bem crível para os leigos e com um nível de interpretação estatístico dos erros que esconde as falhas como culpa do treinado, e não do método. PNL parece ser uma prática que depende de "autorizações" ou "formação" com os "mestres" da matéria, em geral envolvendo cursos muito bem pagos, não tendo o mesmo caráter das ciências tradicionais, onde a idéia é propiciar a disseminação irrestrita de conhecimentos e onde a preocupação financeira é absolutamente secundária. Quanto ao experimento de pistas visuais, vale lembrar que correlação não é causalidade, procurei dados mais minuciosos sobre ele, mas infelizmente não encontrei nada para análise mais profunda. Parece que há apenas os dados postos com os resultados que parecem verificar a teoria das pistas visuais, e isso incorre em tendenciosidade. Desconfio também que o problema de aprendizagem relatada por Grinder não seja diretamente relacionado a criança ter de usar os olhos para recuperar ou guardar a informação, mais sim relacionado ao fascículo longitudinal superior II, responsável pela habilidade de prestar atenção em algo que não se está olhando.
Para ser bem sincero eu não duvido que a Shapiro tenha se influenciado do estudo do movimento dos olhos desenvolvidos pela PNL, é até bem provável. Esse talvez tenha sido um dos motivos para Bandler e Grinder colocarem o trademark em praticamente tudo na PNL. Por um lado defendem seu patrimônio intelectual garantindo que só eles (e gente formada por eles) possam trabalhar com PNL, mas por outro atravancam os avanços e pesquisas experimentais.
Me parece que assim como a maioria das pseudociências tudo o que a PNL tem de realmente novo não pode ser provado cientificamente e o que é eficaz não pertence fundamentalmente a ela. A hipnose funciona e independe da PNL, assim como a gestal-terapia de Perls (baseada na psicologia da gestalt) ou a terapia familiar de Satir. Sem falar do processo de condicionamento de Pavlov. Agregar tais conceitos em uma mesma teoria não é de significado especial e apenas forma uma salada de frutas. É impossível unir a fuga da conscientização proposta por Perls com a hipnose uma vez que na prática tais teorias não são e nem podem ser utilizadas juntas.
>>Psychokiller<< escreveu:O Inconsciente acho que é um conceito que vem da hipnose e foi dai que Bandler e Grinder tiram esta idéia, e já os ouvi dizendo que isso é apenas uma representação sobre uma parte de nossa mente responsavel por causar mudanças que ainda não foram identificadas pela ciência do porque ou como ocorrem, eles defendem que apenas sabem como eliciar algumas dessas mudanças a partir de um modelo diretivo de linguagem e técnicas.
Tem pessoas que vão a uma igreja com problemas psicossomáticos e depois de um ritual religioso com um padre ou pastor saem de lá curadas, elas chamam a isso de milagre e cura pela fé, Bandler e Grinder chamam a isso de cura pelo inconsciente, a ciência em alguns casos chamam de efeito placebo. e por isso Bandler e Grinder não querem dizer que existe realmente uma mente inconsciente responsável por nos controlar, mas sim querem dizer que existe algo responsável por muitas mudanças nas pessoas e que a ciência ainda não sabe o que é ou como funciona, este algo é chamado por eles (Bandler e Grinder) de inconsciente, e eles defendem que algumas de suas técnicas conseguem realizar mudanças neste nível, e este é o conceito de inconsicente dentro da PNL.
Então, o conceito de inconsciente impede a realização de experimentos que possam ser falseados e a compreensão disso é muito importante pois é preciso perceber que Bandler e Grinder alegam como você mesmo disse que as mudanças que suas técnicas fazem é a nível inconsciente. Mas como de fato verificar empiricamente tal alegação se não se pode falsear o experimento? E acho que por saber disso é que Bandler e Grinder não fazem questão alguma de que a PNL atinja um patamar científico, de fato eles demonstram abertamente o desprezo para o teste de hipóteses científicas na PNL.
>>Psychokiller<< escreveu:O que eu quis dizer com não respeitar alguns códigos de ética era por exemplo como agia Milton Erickson as vezes, ele identificava valores e crenças muito sólidas numa pessoa e os violava veemente, como levantar a saia de uma garota muito religiosa até a altura em que ela se sentisse muito assediada, está atitude dele ocupava a mente consciente daquela garota totalmente, ela ficava muito brava e confusa e este era o momento onde ele se aproveitava da situação em que a garota se encontrava, com um estado de consciência alterado, e lhe dava sugestões pós hipnóticas, no final daquela sessão se fosse necessário ele causava nela uma amnésia sobre aquele ocorrido e a garota saia dali totalmente curada e sem se lembrar daquela situação em que se sentiu assediada. Isso findamentalmente não é nada convencional, para falar a verdade é bastante ortodoxo e vai contra todos os códigos de ética da psicologia. Mas o importante era que a pessoa saia curada e parte desta cura estava diretamente ligada aquele comportamento ortodoxo dele de levantar a saia da garota.
Então pelo que eu entendi você é a favor de quebrar o código de ética desde que traga benefício ao paciente assim como fazia Erickson?
>>Psychokiller<< escreveu:Foi um experimento bem simples mesmo, mas para mim já é um ínicio, e espero que mais pesquisas sejam realizadas, principalmente porque muitos praticantes de PNL estão preocupados em conseguir que seja comprovado cientificamente a eficácia das técnicas de PNL.
Eu também espero que mais pesquisas científicas sejam feitas, para o bem ou para o mal da PNL, a despeito do que parecem querer Bandler e Grinder, deixando a PNL numa redoma para lhes render os lucros das vendas de seus produtos. Se a PNL de fato “descobrisse” algo de valor, seria de se esperar uma formalização rigorosa com a preparação de experimentos estatisticamente controlados e com a possibilidade de replicação por cientistas independentes. Assim como a circulação em veículos científicos sérios sobre cognição (nunca vi nada nestes veículos). Mas, o que se vê acontecer é a propagação de “dogmas” e trademarks “inventados” (o DHE já diz tudo, sem falar em MetaMaster Track e Persuasion Engineering), dogmas por sinal organizados de forma bem crível para os leigos e com um nível de interpretação estatístico dos erros que esconde as falhas como culpa do treinado, e não do método. PNL parece ser uma prática que depende de "autorizações" ou "formação" com os "mestres" da matéria, em geral envolvendo cursos muito bem pagos, não tendo o mesmo caráter das ciências tradicionais, onde a idéia é propiciar a disseminação irrestrita de conhecimentos e onde a preocupação financeira é absolutamente secundária. Quanto ao experimento de pistas visuais, vale lembrar que correlação não é causalidade, procurei dados mais minuciosos sobre ele, mas infelizmente não encontrei nada para análise mais profunda. Parece que há apenas os dados postos com os resultados que parecem verificar a teoria das pistas visuais, e isso incorre em tendenciosidade. Desconfio também que o problema de aprendizagem relatada por Grinder não seja diretamente relacionado a criança ter de usar os olhos para recuperar ou guardar a informação, mais sim relacionado ao fascículo longitudinal superior II, responsável pela habilidade de prestar atenção em algo que não se está olhando.
>>Psychokiller<< escreveu:Na verdade a ressignificação da EMDR de Shapiro veio depois da ressignificação desenvolvida pela PNL, a EMDR foi desenvolvida no final dos anos 80 enquanto a PNL já existia desde o inicio dos anos 70, não estou dizendo que foi Francine Shapiro que copiou a ressignificação da PNL, porque acontece muito de pessoas desenvolverem idéias semelhantes sem uma nunca ter ouvido falar da outra, mas é provável que ela tenha sido influenciada pela PNL, como provavelmente foi já que no próprio estudo que te passei sobre as pistas oculares,foi dito que ela usou o estudo do movimento dos olhos como base para criação da EMDR com objetivo inicial de trabalhar com clientes que sofriam de desordem de stress pós-traumático.
Agora não tenha dúvidas de que a PNL cria a maioria das suas técnicas a partir do trabalho dos outros, e a própria PNL costuma deixar isso evidente pois a sua principal técnica é a modelagem, que é o processo de observar os outros em ação enquanto executam uma atividade em que se destacam, observa-se nestas pessoas quais são os padrões de comportamento que são responsável pelo seu sucesso, depois estes são modelados e mapeados permitindo que outros individuos assimilem os padrões de excelência por elas realizados.
Foi por exemplo assim que nasceu as primeiras técnicas da PNL como o meta-modelo de linguagem que surgiu a partir da observação de dois terapeutas excepcionais no que faziam, Fritz Perls e Virginia Satir, vários pressupostos e técnicas foram criados a partir da maneira como estes dois terapeutas trabalhavam. Logo depois modelaram Milton Erickson e mais uma variedade de técnicas e pressupostos surgiram a partir desta modelagem, e diversos outros modelos vieram a ser copiados pelos criadores e colaboradores da PNL posteriormente.
A PNL realmente não traz nada de novo ao se analisar suas técnicas e pressupostos em isolado, o que ela trás de novo é a forma como estes padrões de excelência de diferentes individuos eficientes no que fazem estão agrupados funcionando em conjunto um com os outros, como no exemplo da hipnose e da ressignificação sendo usadas juntas, ou de técnicas e conceitos da Gestalt terapia (Criada por Fritz Perls) sendo usada em conjunto com conceitos e técnicas de hipnose Ericksoniana (Criada por Milton Erickson) e esta é uma das maneiras como a PNL se inova no campo da psicoterapia.
Para ser bem sincero eu não duvido que a Shapiro tenha se influenciado do estudo do movimento dos olhos desenvolvidos pela PNL, é até bem provável. Esse talvez tenha sido um dos motivos para Bandler e Grinder colocarem o trademark em praticamente tudo na PNL. Por um lado defendem seu patrimônio intelectual garantindo que só eles (e gente formada por eles) possam trabalhar com PNL, mas por outro atravancam os avanços e pesquisas experimentais.
Me parece que assim como a maioria das pseudociências tudo o que a PNL tem de realmente novo não pode ser provado cientificamente e o que é eficaz não pertence fundamentalmente a ela. A hipnose funciona e independe da PNL, assim como a gestal-terapia de Perls (baseada na psicologia da gestalt) ou a terapia familiar de Satir. Sem falar do processo de condicionamento de Pavlov. Agregar tais conceitos em uma mesma teoria não é de significado especial e apenas forma uma salada de frutas. É impossível unir a fuga da conscientização proposta por Perls com a hipnose uma vez que na prática tais teorias não são e nem podem ser utilizadas juntas.
- 05 Set 2012, 21:04
#703234
Então, só para me situar, o que você estava lendo era “As Opiniões e as Crenças” de Gustav Le Bon?
Esse seu comportamento pode ser descrito como uma ficção explanatória. Ficções explanatórias são os conceitos que as pessoas usam para descrever o comportamento quando não entendem ou desconhecem os reforços que precedem ou sucedem o comportamento. Na verdade o que muitas vezes acontece é que não estamos totalmente cientes do que está por trás do comportamento e utilizamos uma validação subjetiva, que no seu caso foi atribuir estar em harmonia consigo mesmo ao sentir um arrepio. A atividade criadora em si não é diferente de qualquer comportamento, exceto que os elementos que a precedem e determinam são mais obscuros. O seu caso em particular parece ser um caso de condicionamento respondente. Normalmente o arrepio é uma resposta incondicionada diante de alguma variável ambiental, mas também pode ser eliciada por estímulos novos que inicialmente não produziam respostas em determinado organismo, no seu caso o ato de escrever os versos. Quando tais estímulos são pareados com estímulos eliciadores podem, em certas ocasiões, eliciar respostas semelhantes. A essas novas interações chamamos de reflexos, que são agora condicionados devido a uma história de pareamento, o qual levou o organismo a responder a estímulos que originalmente não respondia. Assim, transformam-se estímulos não-condicionados em estímulos condicionados. Na verdade seria preciso uma descrição mais completa de como acontece para fazer uma análise bem crítica, mas é mais ou menos por aí. Pretendo abordar mais em uma parte 2 do artigo.
RuaCH escreveu:boas darwin.
identifiquei-me bastante com o que dissest:
Alguns dizem que não importa realmente saber como funciona, desde que funcione. Eu digo que importa. Ao não saber os mecanismos que fazem determinada técnica funcionar apenas se reproduz o comportamento, e assim se perde conhecimento, se deixa de gerar novo conhecimento. Novas técnicas.
bem agora queria debater uma duvida que tenho, aver se podes dizer algo sobre isto..
Ha dias aconteceume o seguinte:
Eu estava a ler algo sobre crenças, e estava na parte da sensibilidade do afectivo.
E transcrevo aqui parte :
A sensação cresce segundo o logartimo da excitaçao. Assim para dobrar a sensação produzida, por uma excitação, a um instrumento de musica, por exemplo, seria necessário aumentar o logaritmo(...)
isto falando que aumentado o nr de instrumentos, ira produzir outra sensaçao..
seguindo:
Aplicados ao prazer e a dor, essas noções mostram que a excitação deve ser consideravelmente aumentada para desemvolver um pouco o efeito produzido. Num sentimento entram elementos muito mais complexos que numa sensaçao. A inteligencia sabe por em evidencia verdades gerais e eternas.
A sensibilidade cria verdades particulares e momentãneas.
Os sentimentos elaborados no inconsciente ão chegam sempre à consciência, ou ai chegam somente depois de diverças excitações; é por isso que por vezes ignoramos os nossos sentimentos reais no tocante a seres e coisas que nos cercam.
ok isto é um resumo de algo que estava a ler. eu lembro-me de associar a questao da musica, e aptecerme escrever uns versos, que nada mais foram que uma forma de expressar o meu diálogo interno. dps de escreves esses versos eu lembrome d dizer a mim mesmo "fodasse porque nao consigo entrar em harmonia?" e ao final d escrever esses versos, senti um arrepio, como que um formigueiro... como sendo um sinal, k no fundo, eu estava em harmonia naquele momento comigo mesmo... eu parei, achei estranho aquilo, fumei um cigarro e tentei perceber como aquilo foi feito..
agora em relaçao ao que postast, achas que tem algo aver com a questao dos comportamentos que falas? podera ter aver certo? ainda assim a minha duvida é como foi criada aquela sensaçao...
gostava d uma opiniao
Então, só para me situar, o que você estava lendo era “As Opiniões e as Crenças” de Gustav Le Bon?
Esse seu comportamento pode ser descrito como uma ficção explanatória. Ficções explanatórias são os conceitos que as pessoas usam para descrever o comportamento quando não entendem ou desconhecem os reforços que precedem ou sucedem o comportamento. Na verdade o que muitas vezes acontece é que não estamos totalmente cientes do que está por trás do comportamento e utilizamos uma validação subjetiva, que no seu caso foi atribuir estar em harmonia consigo mesmo ao sentir um arrepio. A atividade criadora em si não é diferente de qualquer comportamento, exceto que os elementos que a precedem e determinam são mais obscuros. O seu caso em particular parece ser um caso de condicionamento respondente. Normalmente o arrepio é uma resposta incondicionada diante de alguma variável ambiental, mas também pode ser eliciada por estímulos novos que inicialmente não produziam respostas em determinado organismo, no seu caso o ato de escrever os versos. Quando tais estímulos são pareados com estímulos eliciadores podem, em certas ocasiões, eliciar respostas semelhantes. A essas novas interações chamamos de reflexos, que são agora condicionados devido a uma história de pareamento, o qual levou o organismo a responder a estímulos que originalmente não respondia. Assim, transformam-se estímulos não-condicionados em estímulos condicionados. Na verdade seria preciso uma descrição mais completa de como acontece para fazer uma análise bem crítica, mas é mais ou menos por aí. Pretendo abordar mais em uma parte 2 do artigo.