- 28 Fev 2013, 14:15
#780587
Prezado Psychokiller,
Obrigado por sua contribuição, relevante e muito bem vinda. Este é um dos pontos fortes da comunidade, a convergência e divergência de idéias, que colocadas em patamares elevados e debates saudáveis, agregam enorme valor a nós e a toda a comunidade.
Estou satisfeito que tenha refutado dois pontos da minha TESE e trabalhado seus argumentos, estou honrado pela sua disposição e tempo despendido, sendo assim, vamos a minhas ponderações:
Quanto ao divisor de águas, tenho que justificar meu ato falho, uma vez que não pesquisei a fundo os autores e suas terminologias, sendo assim, usei o que me pareceu mais comum, o Gambler, pois seu método foi traduzido como "Jogo Natural". Creio que um dos problemas que muitos novatos encontram quando usamos as palavras "NATURAL ou NATURALIDADE" em nossos relatos e artigos, esta justamente na falta de padronização de termos que definam a ideia do autor de forma mais clara, deixando isso ao contexto do artigo, como muitos não sabem ou não querem interpretar o texto e suas nuances, a confusão esta formada.
Meu objetivo foi estabelecer um diferencial entre os termos de forma didática e congruente ao que desejava transmitir ao leitor, portanto, agradeço sua contribuição, aprendi algo mais e concordo com suas afirmações sobre este ponto.
Quanto ao segundo ponto, o uso da palavra INSTINTO, gostaria de esclarecer meu ponto de vista sobre seu argumento:
Meu argumento é : O Instinto é INATO, mas o comportamento decorrente do estimulo é, ou pode ser, condicionado.
Assim como os animais, nascemos com uma "memória genética", que são os INSTINTOS, estão programados em nosso DNA, que nos confere a capacidade de reconhecer "perigos e prazeres" e fornecer estímulos químicos pre-configurados, mas não nos confere o conhecimento de como reagir ao estimulo, muitas vezes, não existe um pre-comportamento reativo ao estimulo.
Vou exemplificar meu argumento:
- Quando uma gazela nasce, em poucos minutos ela esta de pé, andando, correndo e pulando, porem, não reconhece o cheiro de um leão ou Guepardo, sua mãe é que vai instrui-lo sobre o comportamento correto quando o estimulo lhe for apresentado, ou seja, correr em sentido contrario ao cheiro e no meio do bando, até que isso lhe seja apresentado, ele pode até reconhecer o estimulo, mas não terá um comportamento correto como resposta a tal processo, talvez ele corra, rumo as garras da morte, ou fique parado a sua espera;
- Quando criança, não temos medo do fogo, aprendemos a associa-los ao perigo através do contato com o calor, que provoca dor, ou seja, a DOR é um estimulo, que esta associado a um INSTINTO BÁSICO, a sobrevivência, portanto, na próxima vez que ocorrer o encontro com o fogo, nosso Instinto reconhece o perigo e tem um comportamento a ser seguido.
Quando pesquisei , encontrei outras definições interessantes, sobre INSTINTO ANIMAL, mas não coloquei no artigo, pois já estava muito grande, mas corresponde a base de meu argumento atual:
Minha proposição é de que, a aprendizagem ou desenvolvimento do JOGO, seja pelo método direto, indireto, ou combinação deles, podem ser condicionados como a resposta correta ao estimulo-chave, da atração sexual, tornando-se assim o COMPORTAMENTO PADRÃO, para tal estimulo.
Sendo tal comportamento, uma resposta "a sua predisposição inata", for involuntária e inconsciente, a NATURALIDADE DO JOGO, será então, alcançada.
Creio que chegaremos a ponto que descreve em sua resposta ao BowOfLaw:
Espero ter elucidado alguns pontos divergentes entre nossos conceitos, mas desde já, manifesto minha disposição em receber sua retorica aos novos argumentos aqui apresentados, creio que temos muito a aprender e ensinar com esta troca de conhecimentos e opiniões.
Grande abraço e sucesso,na vida e no jogo.
Obrigado por sua contribuição, relevante e muito bem vinda. Este é um dos pontos fortes da comunidade, a convergência e divergência de idéias, que colocadas em patamares elevados e debates saudáveis, agregam enorme valor a nós e a toda a comunidade.
Estou satisfeito que tenha refutado dois pontos da minha TESE e trabalhado seus argumentos, estou honrado pela sua disposição e tempo despendido, sendo assim, vamos a minhas ponderações:
Quanto ao divisor de águas, tenho que justificar meu ato falho, uma vez que não pesquisei a fundo os autores e suas terminologias, sendo assim, usei o que me pareceu mais comum, o Gambler, pois seu método foi traduzido como "Jogo Natural". Creio que um dos problemas que muitos novatos encontram quando usamos as palavras "NATURAL ou NATURALIDADE" em nossos relatos e artigos, esta justamente na falta de padronização de termos que definam a ideia do autor de forma mais clara, deixando isso ao contexto do artigo, como muitos não sabem ou não querem interpretar o texto e suas nuances, a confusão esta formada.
Meu objetivo foi estabelecer um diferencial entre os termos de forma didática e congruente ao que desejava transmitir ao leitor, portanto, agradeço sua contribuição, aprendi algo mais e concordo com suas afirmações sobre este ponto.
>>Psychokiller<< escreveu:Agora vem alguns contra-argumentos meus em relação ao seu divisor de águas.
O Jogo Natural é citado por vários outros gurus da Sedução, como Zan Perrion, Juggler, Tim entre outros, alguns deles já usavam este termo muito antes do Gambler pensar em estudar sedução, logo, este conceito não é algo que tenha sido empregado pela primeira vez pelo nosso amigo Gambler, o que torna a sua afirmação inválida. O Método Natural não foi desenvolvido pelo Gambler.
O Jogador Natural não é apenas aquele que utiliza algo chamado como "Método Natural", mas pode ser qualquer um, que independente de qual metodologia use, tenha tornado seus comportamentos, atitudes e etc em processos inconscientes e automáticos.
O Natural na sedução não é aquele que não usa técnicas de outras pessoas, até mesmo porque isso é praticamente impossível, já que vivemos em sociedade, e temos varias influencias a nossa volta, mesmo que não estudemos sedução de maneira formal como fazemos aqui no fórum, ainda assim aprenderemos massetes e jogadas com nossos amigos próximos, assistindo a filmes, ou até mesmo vendo outros caras que não conhecemos flertando com mulheres, e querendo ou não nossos comportamentos serão influenciados pelas ideias e comportamentos daqueles a nossa volta.
Por tanto, fiquemos com a definição a cima de que natural na sedução, diz respeito apenas a comportamentos que tenham se tornado processos inconscientes e automáticos de reação.
Quanto ao segundo ponto, o uso da palavra INSTINTO, gostaria de esclarecer meu ponto de vista sobre seu argumento:
>>Psychokiller<< escreveu:"O SEDUTOR NATURAL, incorporou o Método ou técnica ao seu INSTINTO*"
Eu também gostava de usar este termo Instinto para se falar de comportamentos naturais, porém hoje vejo que não é o correto, porque ele é um conceito restrito, o significado de Instinto como você mesmo citou da fonte Wikipédia:
"predisposições inatas para a realização de determinadas sequências de ações" é referente a comportamentos que já nascem connosco, por isso inato. Logo não pode ser aprendido.
Meu argumento é : O Instinto é INATO, mas o comportamento decorrente do estimulo é, ou pode ser, condicionado.
Assim como os animais, nascemos com uma "memória genética", que são os INSTINTOS, estão programados em nosso DNA, que nos confere a capacidade de reconhecer "perigos e prazeres" e fornecer estímulos químicos pre-configurados, mas não nos confere o conhecimento de como reagir ao estimulo, muitas vezes, não existe um pre-comportamento reativo ao estimulo.
Vou exemplificar meu argumento:
- Quando uma gazela nasce, em poucos minutos ela esta de pé, andando, correndo e pulando, porem, não reconhece o cheiro de um leão ou Guepardo, sua mãe é que vai instrui-lo sobre o comportamento correto quando o estimulo lhe for apresentado, ou seja, correr em sentido contrario ao cheiro e no meio do bando, até que isso lhe seja apresentado, ele pode até reconhecer o estimulo, mas não terá um comportamento correto como resposta a tal processo, talvez ele corra, rumo as garras da morte, ou fique parado a sua espera;
- Quando criança, não temos medo do fogo, aprendemos a associa-los ao perigo através do contato com o calor, que provoca dor, ou seja, a DOR é um estimulo, que esta associado a um INSTINTO BÁSICO, a sobrevivência, portanto, na próxima vez que ocorrer o encontro com o fogo, nosso Instinto reconhece o perigo e tem um comportamento a ser seguido.
Quando pesquisei , encontrei outras definições interessantes, sobre INSTINTO ANIMAL, mas não coloquei no artigo, pois já estava muito grande, mas corresponde a base de meu argumento atual:
O Etólogo alemão K. Lorenz propôs uma diferenciação entre a ação final (lit. coordenação herdada, al. Erbkoordination), típica do comportamento instintivo, e o comportamento de apetência, ou seja, a busca ativa de situações que permitam a realização do ato instintivo. O instinto em si é desencadeado através de um estímulo-chave e, uma vez desencadeado, se desenvolve automaticamente, não podendo ser modificado por influência externa. Já o comportamento de apetência pode ser influenciado pelo aprendizado, por condições ambientais e, no ser humano, pela influência de processos cognitivos (pensamento) Fonte - Wikipédia.
Minha proposição é de que, a aprendizagem ou desenvolvimento do JOGO, seja pelo método direto, indireto, ou combinação deles, podem ser condicionados como a resposta correta ao estimulo-chave, da atração sexual, tornando-se assim o COMPORTAMENTO PADRÃO, para tal estimulo.
Sendo tal comportamento, uma resposta "a sua predisposição inata", for involuntária e inconsciente, a NATURALIDADE DO JOGO, será então, alcançada.
Creio que chegaremos a ponto que descreve em sua resposta ao BowOfLaw:
>>Psychokiller<< escreveu:A conclusão que cheguei foi a seguinte. Uma reflexão sobre a naturalidade, a autenticidade e a espontaneidade nas idéias e nos comportamentos:
Se for aprendido nos livros, não será autentico, pois não não foi criado por si mesmo. Se for autentico mas também planejado, não será espontâneo e natural, pois a naturalidade e a espontaneidade são opostas ao planejamento consciente.
É natural quando o processo se faz inconsciente e não se é necessário pensar antes de fazer, e se é autentico e espontâneo quando se cria por si próprio e naquele exato momento.
A essência do que estar a fazer ou dizer pode até ter sido criada antes, se for sua será autentica, será natural desde que nasça de forma inconsciente e automática, e será espontânea se for modificada e inspirada pela ação do momento presente.
Espero ter elucidado alguns pontos divergentes entre nossos conceitos, mas desde já, manifesto minha disposição em receber sua retorica aos novos argumentos aqui apresentados, creio que temos muito a aprender e ensinar com esta troca de conhecimentos e opiniões.
Grande abraço e sucesso,na vida e no jogo.