Depoimentos de mudança com o PUABASE.
Conte nos nessa área um pouco da sua evolução atingida com os conhecimentos adquiridos no PUABASE. Adoraremos ler a evolução de um membro da nossa irmandade.

O primeiro é fazer você refletir sobre o seu desenvolvimento e o segundo é conhecer um pouco mais a evolução dos outros membros.
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pensador

Aprendiz

#963830 Aquele que estava apaixonado por nós provavelmente foi a pessoa que mais nos amou pela potência estética, e não pela fragilidade, como os pais fazem; logo é evidente esse pobre sonhador terá sempre um local especial em nossa memória, ainda que por pouca coisa e por poucos momentos; até suas zombações agradavam, pois se esforçava para ficar perto. Por isso dá mais vontade de agradá-lo e pedir desculpas do que qualquer outro em qualquer época. E se pensa nele mais do que nos próprios parentescos que nos tratam bem a muito tempo.
O único resquício de amor que sobra no adulto são as memórias do passado; se analisa milhares de vezes tudo que aconteceu da época romântica, tornando até as piores partes prazerosas, pois eles vão formulando hipóteses do que aconteceria se se fizesse alguma outra coisa etc. E sabemos que o "gostar" das crianças tem maior força do que o "amar" de qualquer adulto. Pois o amor deste não passa longe de estratégias e paciência fria para ridicularizar cada pedaço de seu parceiro, enquanto a criança já se orgulha se superar a vergonha de ficar perto do amado sem ficar óbvia sua impotência ou desejos amorosos por ele.
Quando o nome da amada passa pela cabeça da criança, seu peito se enche de orgulho, pois está próximo e não cometeu erros horripilantes; já no adulto não há nenhuma entonação a não ser vontade de ridicularizar passado, presente, futuro, ou celebrar vitórias vazias contra ninguém de superação da raiva de seu próprio sentimento e impotência. Por isso descobrimos o quão absurdo passa a ser o querer qualquer exigência da pessoa que amávamos noutro tempo, pois antes de conhecer a sua beleza, ela não existia para nós; depois foi a vontade de ridicularizar que nos impulsionou ao contato; e por fim percebemos que a vida toda estivemos satirizando a mesma pessoa que pensamos em mil maneiras de dizer que gostávamos dela mas que, por algum tipo de conforto inercial, nos distanciamos de admitir quaisquer sentimentos.
E se perguntarem à criança o porquê do gostar tanto da sua amada, vai dizer que a acha a mais bela, a mais legal, e que num futuro se imagina feliz ao seu lado. Daí os anos se passam; sua amada provavelmente fixou adulta, mais bela, mais legal, mais amigável, mais sorridente, porém sabe que por ser adulta é tão ridícula, nojenta e inútil quanto ele. Logo perde a vontade de se aproximar e passa a rir da própria indiferença quanto aos sentimentos antigos ou querer ridicularizá-la por ter causado qualquer desconforto, tristeza e os demais problemas do passado. Assim termina o amor de qualquer Homem adulto.
Metade dos adultos casam por benefícios financeiros ou exploração íntima; a outra metade casa apenas para não ser taxado de sozinho. Inclusive esta última opção é aderida pelos divorciados, que largam o marido ou esposa por já ter tirado todos os benefícios dele/dela, e não por amar uma outra pessoa. Eis a conclusão amorosa do adulto: sou livre, portanto, não amo. Somente fico com a parte boas, as boas memórias e conforto do saber evitar a impotência, que consiste num vício pela estética e compulsão pelo passado. Essa tese também se aplica naquele estranho caso da síndrome de Estocolmo que consiste na vítima se apaixonar pelo seu sequestrador; pois estar preso a um sujeito não violento mas usurpador faria a vítima cooperar e talvez até se interessar pela estética deste, caso não se escondesse em balaclavas e roupas típicas de um sujeito que não quer ser identificado.
Só tendo certeza que vai dar certo ou certeza de que não tem nada a perder é que adultos atingem o seu amor, por isso pessoas famosas e ricas teriam tanta facilidade em relacionamentos.
Não há arrependimento por amor totalmente não correspondido, só se sente falta de alguém que tentou se aproximar de nós do mesmo modo como nós tentamos com ela.
Ninguém ama se não for belo: se do dia pra noite a pessoa mais linda do mundo se deformasse e descolorisse, seria repudiada por todos, mais ainda pelo fato de ter perdido a beleza por imprudência e não por simplesmente aparentar como um feio. Teríamos vergonha de mostrar aos amigos, parentes e vizinhos que andamos perto dessa pessoa de estranha aparência, pois também somos ridicularizados por quem mais confiamos e exigimos presença, mais ou menos como afirma Maquiavel sobre a segurança com os súditos.
O belo é desesperado para encobrir muito bem os defeitos, pois se descobertos lhe causarão mais zombações do que um feio em que já se acostumaram com seu estado e com sua honestidade em mostrar-se por completo. Contudo, existem roupas exclusivas àqueles que se engrandecem por cuidar de sua beleza; são roupas feitas para manequins e que repudiam qualquer um que contrarie tais formas. Essa pessoas são bem mais observadas e se acostumam a pensar que estão agradando o mundo por cair bem nessa roupas. Há inclusive certas posturas altamente regradas e treinadas para o sensualismo enaltecer e ser característico daquela pessoa.
Um homem que elogie os olhos de uma mulher não se refere ao membro isolado, mas sim do conjunto facial e o centro focal do qual ele distingue para enunciar o seu elogio, isto é, a parte que naturalmente chama atenção. Porém, se moça tivesse um desalinhamento nos olhos, jamais que algum sujeito iria elogia-la neste aspecto, mesmo que fossem marcantes e raros, pois não se elucida defeitos de quem adoramos, visto que sempre parece zombação.
Megan Fox já foi considerada uma das mulheres mais sexy do mundo, e nem por isso se deixou do luxo das pequenas correções cirúrgicas. Pelo contrário, a fama propicia a vontade de transparecer tão somente a perfeição estética; um grande artista está mais sujeito às invasões da imprensa e das críticas abusivas, tudo por causa do incentivo a propaganda, que explora o potencial chamativo do corpo humano, sendo inclusive capazes de realizar adaptações em software para não haver um mínimo de qualidade desprezada.
É claro que o objetivo de nenhum Homem é somente ficar feliz ao se ver no espelho. Como beleza é poder, e nem teria como não o ser, então a pessoa que é bela mas se comporta como se não soubesse de seu potencial, só irá sofrer exploração e ser ridicularizada pela concorrência.
Ora, a beleza é tão importante que até os mortos recebem tratamentos especiais: tanto os antigos egípcios, com a sua excelente conservação, quanto cadáveres atuais, que ganham alguns toques especiais: tanatopraxia, reconstituição facial, entre outros tratamentos estéticos.
Numa região onde a maioria é bela, o feio é explicitamente mal julgado, e qualquer coisa é motivo para insulta-lo ou brigar. Por isso é tão comum zombar defeitos na região do rosto, pois é que mais fica à mostra e que todos se asseguram de cuidar com muita delicadeza.
Se remover um sinal fosse um gesto simples a ponto de só passar o dedo para tira-lo do rosto, sem precisar de ajuda de terceiros, muito menos de cirurgias, então todos deixaríamos nossa pele uniforme e pura, principalmente nos locais onde são comumente visto pela maioria (percebe-se que é incomum fazer tatuagens no rosto). Por isso os jovens ficam tão nervosos quanto aos mínimos detalhes; são tão belos que qualquer contraste se torna marcante e motivo pra sátira.
Uma pessoa com rosto feio, além de se sentir mal por chamar atenção com sua estranhesidade, também é classificado como ignorante, pois o rosto é a parte que mais há produtos e técnicas para esconder defeitos, tanto é que as mulheres se utilizam de inúmeros cremes, maquiagens e correções; logo uma pessoa que não corrigisse de modo permanente ou aplicasse alguma coisa para esconder diariamente os seus defeitos, será vista como ignorante e feia; repulsa total de todos os habitantes, com exceção se for conhecido que ele sofreu uma catástrofe ou anomalia médica.
Com tantas possibilidades de cirurgias, o mundo da fartura diz ser inadmissível alguém com assimetrias ou manchas estanhas em seu rosto querer tomar lugar ou bloquear espaço dos outros muitos normais.
Aquele que é incapaz de esconder defeitos no rosto servirá de molde para tornar até comentários mais maldosos como cômicos para todas as pessoas. Pois até um sujeito andando de máscara na rua não chama tanta atenção quanto um homem com péssima formação facial e danos na pele.
Por esses motivos que os jovens com acne severa ou queimaduras solares no rosto serão os mais desprezados. Uma simples paralisia no rosto já lhe deixa com um aspecto repugnante.
Conclusões sobre o amor em épocas de fartura ou no futuro em que já estamos:
Na fartura só é possível amar heróis ou artistas, nunca a nós mesmos, assim o apaixonado nunca tem dignidade para lidar com sua amada; pois o golpe especial se trata da imaginação de como seu herói faria para a situação ficar perfeita. E na música os cantores demonstram força da emoção, provando que são ainda humanos, mas também super emotivos.
A fartura prejudica até as crianças mais parecidas, de mesma idade e apaixonadas, pois fornece variedade de lugares e de entretenimento, além de que a dependência dos pais torna quaisquer de seus planos meras fantasias; logo até uma combinação de duas crianças apaixonadas poderia enjoar em pouco tempo, e também promover as diferenças e comparações para zombar do amado e partir para novas experiências.
Há tantas pessoas belas e disponíveis para relacionamento, que jamais é preciso mover um dedo para a pessoa mais amada, aquela que desperta nervosismos e conhece algumas de nossas fraquezas, ou seja, desperta nossa impotência, dispara nosso coração se se aproximar de surpresa. Assim sendo, até se o jovem virar um adulto muito belo, não irá procurar a antiga amada, pois sabe que muitas experiências valem mais do que uma possível tentativa fracassada. E os feios sabem que não são pário para a concorrência. Logo não há amor verdadeiro em lugar algum desse futuro. Sempre estamos distante da impotência, mesmo crianças desviam seus caminhos caso especulações estejam lhes atrapalhando em relação a alguém que ele ama.
Também duvidamos que uma pessoa fique alegre ao receber uma flor de um certo admirador, pois o que impediria este adulto corajoso de oferecer um buque melhor e maior para outra pessoa que achasse mais interessante? Assim apostamos que a mulher que recebeu o Taj Mahal de presente certamente não deixou desconfiar pela razão natural se muitas mulheres não poderiam dar mais prazer do que ela própria e, portanto, não se encantou como uma criança que atraiu amizade e simpatia da amada pelo esforço de fingir querer não muito mais do que isso e esconder seus sonhos românticos usurpadores.
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Mario Quintana - DO AMOROSO ESQUECIMENTO
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?
Kierkgaard - As raparigas falam geralmente com muito desdém dos homens embaraçados mas, secretamente, gostam bastante deles. Um toque de embaraço lisonjeia a vaidade de uma jovem, fá-la sentir a sua superioridade. O embaraço priva os homens do seu caráter masculino, e é por isso que serve relativamente bem para equilibrar os sexos.
Platão - Todo homem que ama, se fosse descoberto a fazer um ato vergonhoso, ou a sofrê-lo de outrem sem se defender por covardia, visto pelo pai não se envergonharia tanto, nem pelos amigos nem por ninguém mais, como se fosse visto pelo bem-amado.
Brow e Miller
1) A tendência de se aproximar de uma meta atraente é mais forte quanto mais próximo o sujeito está da mesma. Este seria o gradiente de aproximação.
2) Quanto mais próximo está o sujeito de um estímulo aversivo, maior é a tendência de evitá-lo. Este seria o gradiente de esquiva.
3) Com a proximidade, a força de esquiva aumenta mais rapidamente que a da aproximação ou, em outras palavras, o gradiente de esquiva é mais inclinado que o de aproximação.
A uma maior distância da meta, a tendência de se aproximar é maior. Entretanto, à medida que se aproxima da meta, a tendência para se esquivar vai-se tornando mais forte.
Fernando Pessoa
Presságio
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente…
Cala: parece esquecer…
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar…
Montaigne - As mais ricas são muitas vezes as mais cordatas, como não raro as mais belas são as mais castas.