- 21 Set 2014, 12:18
#912327
Tenho lido muito sobre o assunto ultimamente, principalmente após ler ótimos artigos do blog "Papo de Homem" sobre o filme Clube da Luta e a clássica frase de Tyler Durden no bar: “Somos uma geração de homens criados por mulheres. Fico imaginando se outra mulher é mesmo a resposta que precisamos.” (Se não lestes o livro ou não vistes o filme ainda, FAÇA ISSO)
Pra não dizer que estou plagiando um artigo de um PUG sobre o mesmo assunto, há aqui o link somos-uma-geracao-homens-criados-por-mulheres-t90444.html (Pouco acessado, inclusive)
Partindo do princípio de que todo homem quer se tornar Alfa por mérito próprio e sem depender dos demais, como chegar a isso sem uma guerra por quem lutar ou uma grande depressão pra que possa sobressair? Como dito na história de Clube da Luta: "Nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão é a nossa vida". Eu também estou em busca da resposta, infelizmente.
O fato é que o enredo que envolve Clube da Luta - sim, falarei disso até o final do tópico - não trata da vida de homens se tornando alfas, mas de meninos se tornando homens. A realidade do personagem principal do filme é a realidade de qualquer homem em grande parte de sua vida. Um homem que, no início, busca aprovação pelas coisas que possui e não sabe sua real identidade no mundo. Não compreendeu ainda?
Pois bem, poupando um pouco de toda a história por trás da história, somos uma geração de homens criados por mulheres. Até meados do século XIX (1850), pai e filho compartilhavam atividades do campo. O pai ensinava como lidar com as tarefas diárias e, ainda, transmitiam à eles as virtudes de um homem. Havia três pilares principais pelos quais um menino tornava-se homem, nesse período, com uma verdadeira presença masculina: a família, a escola e a igreja. Sobre a família, os pais passaram às mães a responsabilidade de criar os filhos uma vez que foram forçados a deixar o recinto familiar para passar de dez a doze horas trabalhando em linhas de montagem. A escola, que era predominantemente ocupada pela figura do professor rígido que ocupava o cargo até se formar em outra profissão, como advogado ou padre, foi logo dominada pelas mulheres, já que a figura da criança propensa a rebeldia começou a mudar após a saída do pai da convivência familiar. Quanto a religião, percebe-se claramente que a figura de Jesus tornou-se mais afeminada ao passar dos tempos (mesmo sendo ateu, fui católico convicto até meus 15 anos), podendo ser percebido tal fato por certa "fraqueza" que demonstra ao absolver os deslizes pessoais de qualquer um que lhe peça ajuda, afagando a cabeça de crianças e chorando por pecados cometidos.
A falta, portanto, de uma figura paterna em nossos lares fez com que os homens de nossa geração, e até os da geração dos nossos pais - talvez a dos nossos avós, também - não tenham aprendido os valores de um homem de verdade. O que mais se vê hoje são crianças tentando ser homens enquanto seus pais estão muito ocupados com qualquer outra coisa que não seja a família. Talvez nem eles saibam ainda se comportar como homens de verdade. Falta a essas crianças algum ritual, como a festa de debutantes ou a primeira menstruação para as meninas, que lhes permita tornarem-se homens, visto que a simples conversa entre pai e filho não tem a mesma eficácia que outrora. É por isso que, também, constantemente vemos jovens participando de qualquer tipo de confusão que não passam, simplesmente, de uma tentativa de transição pra um mundo adulto.
Ser o macho alfa é mais difícil do que parece.
Pra não dizer que estou plagiando um artigo de um PUG sobre o mesmo assunto, há aqui o link somos-uma-geracao-homens-criados-por-mulheres-t90444.html (Pouco acessado, inclusive)
Partindo do princípio de que todo homem quer se tornar Alfa por mérito próprio e sem depender dos demais, como chegar a isso sem uma guerra por quem lutar ou uma grande depressão pra que possa sobressair? Como dito na história de Clube da Luta: "Nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão é a nossa vida". Eu também estou em busca da resposta, infelizmente.
O fato é que o enredo que envolve Clube da Luta - sim, falarei disso até o final do tópico - não trata da vida de homens se tornando alfas, mas de meninos se tornando homens. A realidade do personagem principal do filme é a realidade de qualquer homem em grande parte de sua vida. Um homem que, no início, busca aprovação pelas coisas que possui e não sabe sua real identidade no mundo. Não compreendeu ainda?
Pois bem, poupando um pouco de toda a história por trás da história, somos uma geração de homens criados por mulheres. Até meados do século XIX (1850), pai e filho compartilhavam atividades do campo. O pai ensinava como lidar com as tarefas diárias e, ainda, transmitiam à eles as virtudes de um homem. Havia três pilares principais pelos quais um menino tornava-se homem, nesse período, com uma verdadeira presença masculina: a família, a escola e a igreja. Sobre a família, os pais passaram às mães a responsabilidade de criar os filhos uma vez que foram forçados a deixar o recinto familiar para passar de dez a doze horas trabalhando em linhas de montagem. A escola, que era predominantemente ocupada pela figura do professor rígido que ocupava o cargo até se formar em outra profissão, como advogado ou padre, foi logo dominada pelas mulheres, já que a figura da criança propensa a rebeldia começou a mudar após a saída do pai da convivência familiar. Quanto a religião, percebe-se claramente que a figura de Jesus tornou-se mais afeminada ao passar dos tempos (mesmo sendo ateu, fui católico convicto até meus 15 anos), podendo ser percebido tal fato por certa "fraqueza" que demonstra ao absolver os deslizes pessoais de qualquer um que lhe peça ajuda, afagando a cabeça de crianças e chorando por pecados cometidos.
A falta, portanto, de uma figura paterna em nossos lares fez com que os homens de nossa geração, e até os da geração dos nossos pais - talvez a dos nossos avós, também - não tenham aprendido os valores de um homem de verdade. O que mais se vê hoje são crianças tentando ser homens enquanto seus pais estão muito ocupados com qualquer outra coisa que não seja a família. Talvez nem eles saibam ainda se comportar como homens de verdade. Falta a essas crianças algum ritual, como a festa de debutantes ou a primeira menstruação para as meninas, que lhes permita tornarem-se homens, visto que a simples conversa entre pai e filho não tem a mesma eficácia que outrora. É por isso que, também, constantemente vemos jovens participando de qualquer tipo de confusão que não passam, simplesmente, de uma tentativa de transição pra um mundo adulto.
Ser o macho alfa é mais difícil do que parece.