- 25 Set 2014, 15:41
#912751
A imersão na realidade vizinha: os primeiros passos para a afinidade interpessoal
[dividir][/dividir]
Eu sou aquilo que você espera?
O título do artigo é bastante sugestivo: o que define o quão à vontade você se apresenta frente a uma pessoa? Melhor dizendo: o que os seus amigos têm que faz você ser tão agradável para com eles? Resposta: afinidade. É indiscutível que todos querem ser bem tratados, todavia, se você analisar, mesmo que superficialmente, os seus padrões comportamentais, perceberá que apenas àquelas pessoas mais próximas são dispensados os bons tratamentos. Uma grande barreira se ergue quando lidamos com desconhecidos. Sua mãe há muito já te advertia acerca de conversar com pessoas estranhas. Até certo ponto, sua mãe estava correta: você era uma criança e, recém chegada ao mundo, desconhecia as reais intenções dos indivíduos que aqui já habitavam. Além do mais, não tinha meio de se defender sozinho, a não ser se distanciando daqueles que porventura lhe queriam o mal. Você se acostumou tanto àquele conselho da mamãe que naturalmente o internalizou, e mesmo que em algum dia da sua infância ela esquecesse de te alertar, você já sabia exatamente o que fazer se algum estranho se aproximasse. Fato é que em certo ponto da sua adolescência, aquele mantra subitamente cessou: não era mais necessário correr das pessoas, você já tinha discernimento e capacidade de defesa social para se aproximar das pessoas estranhas que lhe faziam bem e se afastar das demais (isto é definido no Mystery Method como "homeostase social"). Aqui tem início o grande problema: você ainda permanece com sua mentalidade infantil. Aquilo que antes te protegia, agora te torna um ser infeliz.
Um condicionamento psicológico pode ser, por vezes, extremamente complicado de ser modificado. Seu cérebro é a grande máquina que faz de você aquilo que você é, do ponto de vista social: extrovertido, introvertido, chato, legal, esquisito... Não é algo que se resolva com intervenções cirúrgicas, mas com uma boa revisão de seus valores como pessoa. Pode soar ridículo isso, mas, em grande medida, o medo de nos aproximarmos de outras pessoas é desencadeado pelo simples fato de temer que aquela pessoa esteja, como nós, programada no antigo paradigma de se afastar de estranhos; o que, naturalmente, faria com que ela ignorasse a aproximação, constrangendo-nos publicamente: um medo de rejeição. A rejeição é um tratamento desagradável, e se você foi de comum acordo comigo no início do texto, quando digo que todos querem ser bem tratados, essa é uma decisão logicamente inteligente tomada pelo seu cérebro,ele velou pela sua proteção. Complementando: logicamente inteligente e emocionalmente burra. Certamente você já ouviu que homens são predominantemente lógicos, enquanto mulheres emocionais. Ser lógico às vezes é uma furada (isso justifica, em parte, as mulheres serem anos luz socialmente mais desenvolvidas que a maioria dos homens). Deste modo, se queremos ser seres sociais, devemos prezar por características emocionais em detrimento das lógicas. De maneira muito grosseira, podemos dizer que você (seu cérebro) possui dois modos de operação: o lógico e o emocional. Cabe aqui um exemplo.
Se você ler atentamente o exemplo, perceberá que o lógico nada mais é que uma consequência do emocional e vice versa: você só cogita falar com ela a partir do momento em que se sente atraído, ao ponto que para se sentir atraído, ou não, você precisa avistá-la. Olhando mais atentamente a situação vemos que, intermitentemente, temos os dois processos, lógico (L) e emocional (E), se alternando. Veja só: 1) Você avista a garota (L), 2) acha ela atraente (E), 3) decide falar com ela (L), 4) contato visual (E), 5) inicia a conversa (L). Inúmeros são os fatores que, se você deixar seu cérebro no "modo automático de operação", tomarão a decisão por você (dentre estes fatores está, por exemplo, o condicionamento psicológico que a sua mãe lhe impôs quando criança, caso você ainda não o tenha superado). Como o cérebro de um homem é predominantemente lógico, você já pode imaginar o que vai acontecer... (ou melhor, o que não vai acontecer). Todo esse rodeio foi para chegar a esse ponto: você é dono do seu cérebro, e não o contrário. Como um computador, é preciso que você programe-o de modo que, quando operar no "modo automático", ele gere as respostas esperadas, isto é, aquelas que te tornarão feliz. É natural que optemos sempre pelo caminho mais fácil, aquele que tem o menor gasto de energia possível, mesmo que futuramente sejamos prejudicados por tal escolha: o caminho mais fácil é deixar seu cérebro tomar as decisões por conta própria, sem refletir sobre elas, mesmo que sua programação (condicionamentos psicológicos) esteja jogando contra você. A proposta para mudança de hábitos é simplesmente a reprogramação desta máquina que carregamos, a qual nos define perante a sociedade.
Bom, as formas de recondicionamento psicológico serão o assunto do próximo texto. Obrigado!
[dividir][/dividir]
Eu sou aquilo que você espera?
O título do artigo é bastante sugestivo: o que define o quão à vontade você se apresenta frente a uma pessoa? Melhor dizendo: o que os seus amigos têm que faz você ser tão agradável para com eles? Resposta: afinidade. É indiscutível que todos querem ser bem tratados, todavia, se você analisar, mesmo que superficialmente, os seus padrões comportamentais, perceberá que apenas àquelas pessoas mais próximas são dispensados os bons tratamentos. Uma grande barreira se ergue quando lidamos com desconhecidos. Sua mãe há muito já te advertia acerca de conversar com pessoas estranhas. Até certo ponto, sua mãe estava correta: você era uma criança e, recém chegada ao mundo, desconhecia as reais intenções dos indivíduos que aqui já habitavam. Além do mais, não tinha meio de se defender sozinho, a não ser se distanciando daqueles que porventura lhe queriam o mal. Você se acostumou tanto àquele conselho da mamãe que naturalmente o internalizou, e mesmo que em algum dia da sua infância ela esquecesse de te alertar, você já sabia exatamente o que fazer se algum estranho se aproximasse. Fato é que em certo ponto da sua adolescência, aquele mantra subitamente cessou: não era mais necessário correr das pessoas, você já tinha discernimento e capacidade de defesa social para se aproximar das pessoas estranhas que lhe faziam bem e se afastar das demais (isto é definido no Mystery Method como "homeostase social"). Aqui tem início o grande problema: você ainda permanece com sua mentalidade infantil. Aquilo que antes te protegia, agora te torna um ser infeliz.
Um condicionamento psicológico pode ser, por vezes, extremamente complicado de ser modificado. Seu cérebro é a grande máquina que faz de você aquilo que você é, do ponto de vista social: extrovertido, introvertido, chato, legal, esquisito... Não é algo que se resolva com intervenções cirúrgicas, mas com uma boa revisão de seus valores como pessoa. Pode soar ridículo isso, mas, em grande medida, o medo de nos aproximarmos de outras pessoas é desencadeado pelo simples fato de temer que aquela pessoa esteja, como nós, programada no antigo paradigma de se afastar de estranhos; o que, naturalmente, faria com que ela ignorasse a aproximação, constrangendo-nos publicamente: um medo de rejeição. A rejeição é um tratamento desagradável, e se você foi de comum acordo comigo no início do texto, quando digo que todos querem ser bem tratados, essa é uma decisão logicamente inteligente tomada pelo seu cérebro,ele velou pela sua proteção. Complementando: logicamente inteligente e emocionalmente burra. Certamente você já ouviu que homens são predominantemente lógicos, enquanto mulheres emocionais. Ser lógico às vezes é uma furada (isso justifica, em parte, as mulheres serem anos luz socialmente mais desenvolvidas que a maioria dos homens). Deste modo, se queremos ser seres sociais, devemos prezar por características emocionais em detrimento das lógicas. De maneira muito grosseira, podemos dizer que você (seu cérebro) possui dois modos de operação: o lógico e o emocional. Cabe aqui um exemplo.
Se você ler atentamente o exemplo, perceberá que o lógico nada mais é que uma consequência do emocional e vice versa: você só cogita falar com ela a partir do momento em que se sente atraído, ao ponto que para se sentir atraído, ou não, você precisa avistá-la. Olhando mais atentamente a situação vemos que, intermitentemente, temos os dois processos, lógico (L) e emocional (E), se alternando. Veja só: 1) Você avista a garota (L), 2) acha ela atraente (E), 3) decide falar com ela (L), 4) contato visual (E), 5) inicia a conversa (L). Inúmeros são os fatores que, se você deixar seu cérebro no "modo automático de operação", tomarão a decisão por você (dentre estes fatores está, por exemplo, o condicionamento psicológico que a sua mãe lhe impôs quando criança, caso você ainda não o tenha superado). Como o cérebro de um homem é predominantemente lógico, você já pode imaginar o que vai acontecer... (ou melhor, o que não vai acontecer). Todo esse rodeio foi para chegar a esse ponto: você é dono do seu cérebro, e não o contrário. Como um computador, é preciso que você programe-o de modo que, quando operar no "modo automático", ele gere as respostas esperadas, isto é, aquelas que te tornarão feliz. É natural que optemos sempre pelo caminho mais fácil, aquele que tem o menor gasto de energia possível, mesmo que futuramente sejamos prejudicados por tal escolha: o caminho mais fácil é deixar seu cérebro tomar as decisões por conta própria, sem refletir sobre elas, mesmo que sua programação (condicionamentos psicológicos) esteja jogando contra você. A proposta para mudança de hábitos é simplesmente a reprogramação desta máquina que carregamos, a qual nos define perante a sociedade.
Bom, as formas de recondicionamento psicológico serão o assunto do próximo texto. Obrigado!