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puabrother
#930104 Oi, tudo bom com vocês? Bom, eu gostaria de dividir minha experiência de namoro com vocês, e gostaria que vocês dessem a opinião de vocês e compartilhassem também suas experiências aqui, acho que seria muito interessante pra discutirmos e avaliarmos nossas situações e que compartilhassemos um pouco mais de nós mesmos.

Bom, basicamente eu conheci a minha namorada em Julho/14 e começamos a namorar em Novembro/14. Hoje, coincidentemente, faremos 3 meses de namoro. E acreditem, não é nada simples namorar. Eu acreditava que seria moleza, mas vendo agora é muito mais complicado - embora mais gratificante - do que manter RMLPs.

Antes de começarmos a namorar, eu fazia tudo que um bom PUA fazia: demonstrava valor, contava histórias, muitas vezes sobre alguns relacionamentos anteriores, enfim, era o 'cafa' perfeito. Em quase 2 anos de PuaBase, eu tinha praticamente descoberto o meu jogo e o que funcionava comigo, nunca fui de pegar as melhores mas sempre conseguia ótimas HBs, e até então nunca tinha me apaixonado. Só que, antes do PU, eu era um cara nerd, muito mais amigável, e, sinceramente, me sentia bem também, porque no fundo eu acreditava que acharia alguém que reconhecesse isso.

Mas, ao conhecer e destravar esse código da inteligência, eu simplesmente apaguei grande parte daquele homem mais sensível e romântico, e me transformei num cara extremamente arrogante e ignorante, embora com ideias ainda bacanas, porém acabei me tornando um cara como todos os outros cafas: tinha todas, mas não tinha nenhuma.

Acabei ficando nisso, e sinceramente eu não ligava pra isso, era até bom, eu tava pouco me fodendo e tanto faria pra mim, até que eu conheci essa garota e, depois do primeiro encontro, ela me disse que nunca mais sairia comigo, que tinha detestado o jeito como eu a tratei, etc. Não que eu tenha sido ignorante, só que o fato de me exaltar me fez ser exatamente aquilo que me afastaria dela, ser arrogante e ser folgado. E eu acabei tendo medo de perder, mesmo sendo a primeira vez, porque eu realmente tinha gostado muito dela. Muito. E nesse ponto, eu já tinha tomado alguns avisos da própria vida, lido algumas coisas e conversado com meu mestre - meu pai - sobre o ego, a vaidade, etc. E eu queria me desprender disso.

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Essa imagem representa exatamente como eu agia no meu jogo. Acabei me viciando - e muito - nesse tipo arrogante, egoista e vaidoso. E, como vocês devem ter visto no filme, é algo que é muito difícil de largar.

Até que, certo dia, antes mesmo de namorar, tive uma discussão feia com ela, imaginem vocês dois pombos discutindo 7 horas da manhã de um sábado. O tema em si acaba não tendo uma relevância nesse espaço, mas o que eu quero compartilhar é que, discutir nesse horário em um dia como esse, sendo que a dita cuja não faz nada num sábado e eu também não - no dia eu estava fazendo exames - significa que os dois demonstravam claramente que se importavam um para com o outro. E, nesse dia, ela optou por sair com os amigos, o que me deixou furioso e eu acabei saindo com os meus, indo pra balada, como um ótimo PUA, independente e viril.

Nada errado, até que, quando saímos no domingo, estavamos eu, ela e meu bafo de cachaça / álcool. Bebi tanto naquele dia que vomitei. Foi uma balada ótima, inclusive, mas incrivelmente eu só conseguia pensar nela, não adiantava, já não fazia mais sentido eu estar alí. Não fazia nenhum sentido mesmo. E discutimos sobre a conversa que tivemos no celular e como estavamos agindo um com o outro, etc, além do fato de eu ter beijado 3 meninas aquele dia, e não escondi isso dela. De qualquer maneira, ela deve ser PUA, porque não é possível, ela usou uma rotina muito absurda, até compartilharei com vocês, porque acabou abrindo meus olhos de verdade.

Rotina do abraço: ela pediu pra que eu a abraçasse, sem que ela me abraçasse. Depois disso, ela me abraçou e eu fui abraçá-la, e ela pediu pra que eu não a abraçasse. E então só ela me abraçou. Depois ela pediu pra que eu a abraçasse e eu a abracei, e tinha uma energia absurdamente fantástica naquele abraço. Depois, ela pediu novamente pra que eu não a abraçasse, e ela me abraçou, e me disse: "É assim que eu me sinto. Como se só eu estivesse te abraçando."

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Minha reação quando ela disse isso


Pois é, aquele dia ela acabou mostrando todo o coração dela, e amigos, pasmem, aquilo foi absurdo, porque a última coisa que eu queria era que ela se sentisse de alguma maneira desprotegida ou triste. Puta merda, aquilo foi foda.

Depois desse fatídico dia, que ela não conseguia sequer me beijar de tão chateada que ela estava, eu precisava mostrar pra ela o que eu sentia. Eu precisava tirar essa carcaça protetora, que me fez esconder as minhas verdadeiras partes. Apenas no final do dia consegui dar um beijo, com todo o amor que eu sentia por ela carregado naquele beijo, após ficar um bom tempo apenas acariciando o rosto dela com o meu, com o nariz, sentindo realmente tudo o que eu sentia por ela apenas por esse tipo de toque.

E, na semana seguinte, a pedi em namoro, ela quase não aceitou por alguns motivos, entre eles um término recente e de não me ver como um cara pra namorar, mas segundo ela, o medo de me perder - e de fato perderia - acabou assumindo a ponta, e desde então, estamos juntos.

Depois de passar o reveillon juntos, e foi uma viagem incrível, acabo tendo um conflito muito pesado. Ela viajou com a família pro exterior, ficou 15 dias fora e, segundo ela, o que ela pensou a viagem inteira foi se terminaria comigo ou não, pois depois de ter viajado comigo para dois lugares nesse começo de ano, disse que me enxergou da mesma maneira que me enxergava do primeiro encontro - um cara arrogante e babaca. Eu não percebi que, ao invés de estar com ela, eu estava com os outros, e não dando a atenção que ela de fato merecia, e quando dava atenção, brincava com ela, porém ela era o alvo das brincadeiras, eu acabei atirando em quem eu mais gostava.

Quando saímos esse sábado, ela me disse que estava realmente pensando nisso e, se chegassemos a uma conclusão dessas, acabaria alí. Mais uma vez, entrei em choque. Eu achei que tinha me desprendido, mas aquele carrapato ainda estava, e provavelmente deve estar ainda, em mim.

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Como isso se passa na minha cabeça

Desde aquele primeiro dia, e novamente desde sábado, quando a minha namorada chegou no ponto de me dizer que "não sabia como conseguia namorar um cara como eu" e que tinha pensado se terminaria comigo ou não, vou encarar essa luta de frente e tentar modificar o modo como eu venho agindo, não apenas por ela ou pelo relacionamento, mas por mim mesmo, pois é algo que me corrói por dentro. E, ao mesmo tempo que é difícil ouvir isso de uma pessoa que você ama, acaba sendo uma via de mão dupla, pois se essa pessoa chegou no mérito de discutir sobre isso, é porque ela se importa e acredita, nem que seja um pouco, na mudança de comportamento.

Ontem acabei passando o dia inteiro com ela e, estou numa sensação de que ainda posso corrigir o jeito como eu estou lidando com algumas situações. Acredito que, cada vez mais, estou aprendendo a ser uma pessoa melhor e mais focada ao lado dela, e espero que eu possa fazer o mesmo por ela, sendo uma pessoa mais compreensiva e tentando ajudá-la de todas as maneiras possíveis.

Hoje iremos comemorar os 3 meses de namoro com um jantar em um bom restaurante, se tiverem alguma idéia de algo que eu possa fazer de especial pra ela, sugestões serão bem vindas, apesar de que, de forma alguma, esse é o motivo de eu escrever esse tópico. O motivo é que eu senti vontade de dividir minha breve experiência que agrega muito a minha vida, mesmo passando por altos e baixos, me sinto feliz e realizado, e acredito que isso é o mais importante.

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Sinto-me pronto pra demonstrar que posso melhorar pra poder ser um cara melhor e ter a pessoa que eu gosto ao meu lado

Obrigado por dividirem esse espaço comigo, e espero que vocês, ao chegarem ao final desse tópico, escrevam o que lhes der vontade, pois é isso que eu busco aqui, a compreensão de suas situações bem como feedbacks e opiniões acerca das atitudes e da forma como os relacionamentos acontecem e seus objetivos, etc.

Abraço! :ajoelhar
kbza
#930125 Cara, pelo que entendi você não a trata como uma dama, com amor e carinho (como ela deseja ser tratada), mas sim como uma peguete qualquer (que você arranja em qualquer festa), é isso?

Normalmente quando o pessoal entra pro PU, vê sua vida devastada pela solidão, sem contatos romanticos, nem um bom círculo social. Aprendem algumas técnicas, e obtém resultados. Acreditam que aquilo é a verdade, simples e pura. Agora, você está num dilema, entre o que aprendeu aqui, o que você era antes, e o que ela te pede.

Bom, o PU tem muitas técnicas direcionadas a demonstrar valores específicos nas interações, e com isso, criar uma imagem na cabeça da outra pessoa sobre você. Mas todas as técnicas existentes (e as que possam vir a existir) são apenas o veículo por onde você entrega essas informações.

Quando você age de maneira arrogante e engraçada (C&F), por exemplo, você tenta demonstrar valor superior e um ar descontraído, principalmente. Você pode muito bem demonstrar valor superior fazendo outras coisas, como um curso de pós-graduação, ter um carro melhor, um emprego fantástico, hobbies interessantes, habilidades com artes, etc. E pode ter um ar descontraído, demonstrando extrovertido, brincalhão, aquele faz graça com a própria cara. Você pode demonstrar de várias formas as mesmas qualidades. A grande vantagem, no caso do engraçado e arrogante é que, na balada, você não tem tempo suficiente pra demonstrar as outras características que eu descrevi, por isso (e para isso) que a técnica arrogante e engraçado é muito boa.

Como o seu caso é de relacionamento estável, na qual vocês se encontram seguidamente, e você tem tempo pra demonstrar outros aspectos da sua personalidade, utilizar técnicas desse tipo (que acabam por baixar o nível da mulher), acaba sendo um tiro no pé. O que você queria na balada era apenas ficar com a garota, ainda que tivesse que baixar um pouco a crista dela. Com sua namorada, se você for rebaixando-a, vai estar dando espaço a qualquer cara que tente levantá-la. Parece ruim, não? Pois tenha certeza que é mesmo...

Voltar a agir como antes você não deseja (e nem deveria, visto que você estava sozinho), mas também não quer ser o arrogante de agora. Vai ter que rever todos os seus comportamentos (como você fez quando entrou no PU). Mas agora vai ser mais difícil, e, diga-se de passagem, muito mais gratificante, pois você irá pegar todos as técnicas que você utiliza, rever os motivos delas funcionarem (o conceito fundamental da técnica), e selecionar aquelas que fazem ela se sentir atraída por você, sem que você precise diminuí-la, ou parecer a mais arrogante das pessoas. Pode até, como o tempo, e entendendo os motivos de uma técnica funcionar, desenvolver outras, que melhor atendam suas necessidades.

Agora, uma coisa que eu aprendi com relacionamentos: Todo ser humano fica perto da situação que lhe é mais favorável. Se você estimula a autoestima, a liberdade e o crescimento da sua companheira, por certo ela irá querer tê-lo por perto. Simplesmente porque é melhor estar com você, do que sem você. Pessoas que cobram, restringem, diminuem os outros, acabam por perderem seus pares, porque com o tempo, a pessoa acaba pensando mesmo se não é melhor ficar sozinha (ou com outra pessoa). Pelo que você falou, esse é o seu caso.

Só mais uma dica: você disse que ela é uma jogadora? se tiver certeza quando a isso, tome cuidado, pois, ela pode estar querendo que você se rebaixe, e assim, te domine por completo. Pra qualquer relação ser satisfatória, OS DOIS LADOS precisam ter suas necessidades atendidas. Observa isso nela. Se, depois de você mudar suas atitudes e se tornar agradável a ela, ela continuar te pressionando, talvez o interesse dela seja outro.

Abraço
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puabrother
#930222 E aí kbza! Obrigado pela leitura! Na realidade, eu acreditava que a tratava bem, mas ela me apontou uma série de fatores - principalmente potencializados pelo fato de ela ser insegura - os quais eram prejudiciais à saúde do nosso relacionamento. Eu era realmente a cara do C&F, como você mesmo citou, posso considerar tranquilamente que era/é minha principal arma. Mas sim, vejo muito por esse lado, eu trabalho muito pro meu sucesso profissional e ela até vê uma excessiva preocupação da minha parte em relação a isso, muito por conta da vida tranquila que ela vive (pais aposentados e alta renda garantida). Tanto é que consegui, graças a muito esforço, entrar de graça em uma faculdade particular através de um esquema de bolsas integrais que essa oferecia aos melhores classificados.

Intrigantemente, o fato de eu namorá-la, e ter uma insana vontade de proteger/cuidar dela me faz ter um gás a mais pra me esforçar, entende? E bem, é mais ou menos por aí, quero que ela seja a melhor pessoa possível comigo porque eu me esforço pra me tornar ao lado dela rs

E é, acabou tornando-se um caso como o que você falou. Nunca fui de restringir nada e tal, mas ela me disse que eu tava agindo de uma maneira ridícula e que jamais namoraria uma pessoa como eu. Ela me disse que não estava arrependida, era um tom bem decepcionada, como se ela tivesse perdido o encanto, entende, e é nisso que eu trabalho em cima, porque eu sei que eu sou uma boa pessoa por trás dessa fantasia que vesti hahah e eu tomo cuidado com essa parte de me domesticar, mas eu acredito que só é domesticado quem não representa nas horas vitais, porque a medida que você tem condição de satisfazê-la, acho que não tem como ela te domesticar por completo. Mesmo assim, cautela é indispensável :ae

Abraço! Valeu pelo feedback!