- 11 Mar 2015, 02:46
#933167
Olá meus nobres,
Na vida passamos por várias situações, em determinados momentos as frustrações são massacrantes e acabamos nos perdendo no meio de uma crise de proporções gigantescas, em todas as fases de nossas vidas nos mais variados setores da mesma, a crise deve ser vista não como um momento de derrota e sim como o momento de grande oportunidade e virada.
Sei que essas palavras são repetidamente utilizadas por pessoas que trabalham no campo da auto-ajuda, mais elas são sim verdade, e precisam ser entendidas não como o sonho colorido de uma palestra que dura algumas horas, ou um texto que pode ser consumido até em alguns minutos, mas como uma filosofia de vida.
Quando sentimos nossas costas contra a parede e nos vemos forçados a cumprir determinadas obrigações e tarefas sem as quais nossa vida se tornaria impraticável e não poderíamos alcançar outro patamar, retiramos uma força de dentro de nós que simplesmente nos faz planejar, focar, agir e vencer.
Vou dar um exemplo muito prático dessa situação com uma rotina constante que ocorria no meu segundo grau, eu estudei em duas escolas técnicas aqui no Rio de Janeiro da rede conhecida como FAETEC, a rotinas das escolas técnicas são muito pesadas, além de todo o conteúdo normal do ensino médio temos as matérias técnicas.
Isso fazia com que os alunos tivessem que fazer em torno de 20 matérias, e as vezes mais que isso devido ao acumulo de dependências tanto das matérias do segundo grau normal quanto do técnico, lembro que na minha geração existiam muitos rockeiros, comunistas, gays, evangélicos e todo quanto é tipo de loucos que vocês possam imaginar.
Minha escola era assolada por uma epidemia de uso de drogas, sexo e violência a níveis inimagináveis, as coisas simplesmente saiam de controle, hoje em dia sou amigo de vários ex-professores da escola, e eles sempre lembram de mim, dizendo que a minha foi a pior geração da escola e nisso já se passaram mais de 10 anos.
Essa mistura de um descontrole do alunado mais esse monte de matérias faziam com que muitos alunos simplesmente chegassem ao final do ano pendurado às vezes em 13 matérias, eu mesmo passei por isso, ficando preso em 15 matérias, vocês tem noção em maior ou menor grau de como é passar por isso.
E aqui vem o ponto principal desse artigo, mesmo bebendo como um gambá, fazendo arruaça na rua e praticando uma série de delitos e vandalismos, nesse momento surgia de dentro de mim e de muitos colegas um senso de responsabilidade e obrigação, que mudava nossos comportamentos num “passe de mágicas”.
De Metaleiros, grunges, punks, góticos, gays, comunistas e todo o tipo de maluquice subversiva que éramos, nos tornávamos o típico Nerd sem vida social, e simplesmente fazíamos milagres e conseguíamos ser aprovados em todas as matérias, cumprindo todos os prazos e assim indo para o próximo ano, ou concluindo o segundo grau.
Tenho contato com praticamente a integralidade da minha turma, lá somos meia dúzia de informatas, a maioria acabou seguindo a área e fazendo superior em TI, Sistema de informações, Ciência da computação ou qualquer coisa do tipo, mais uma renca de professores, dois médicos, militares e alguns que se quebraram, em resumo a maior parte esta formada e batalhando seus empregos e carreiras.
Depois do sufoco pra sair da Faetec que muitos chamam até hoje amavelmente de inferno, passamos pela experiência do vestibular, e na universidade a maioria se destacou, e eu atribuo isso a essa força que tiramos das situações difíceis e dos momentos de crise, experiência sem a qual não teríamos amadurecido muito antes que nossos colegas de universidade que nunca comeram o pão que o diabo amassou passaram.
Eu lembro que na Faetec muita gente tinha crises de choro devido ao nível de ansiedade e cobrança, e o ápice disso tudo foi uma colega nossa de outra turma tentando pular do terceiro andar da escola, gritando a plenos pulmões que iria se matar pelo final de um namoro, um professor nosso de física que estava dando aula ficava gritando pra ela se jogar, porque nas palavras dele: “aquela puta esta atrapalhando minha aula”.
Por volta e meia algum colega no colégio entrava completamente drogado na escola e os diretores, inspetores e coordenação pedagógica, simplesmente não sabiam o que fazer, menores de idade usuários de cocaína e álcool hora e meia paravam no hospital público do bairro sobre a responsabilidade de algum professor ou funcionário da escola.
Lembro de fazermos protesto na frente da escola, pararmos o transito e quebrarmos os vidros de um ônibus, um amigo evangélico empolgado estava na hora errada em um lugar errado e acabou sendo preso pela polícia depois foi liberado, uma menina grávida tomou cacetada da polícia, a coisa simplesmente saia de controle constantemente.
Sexo entre alunos, professores e funcionários não era muito raro, apesar de ser feito na encolha, o grêmio estudantil era apoiado pelo candidato miliciano da região, e quando tinha passeata no centro a escola ia em peso e boa parte caia na porrada com a tropa de choque da polícia, alguns desses colegas de segundo grau hoje estão presos e outros morreram.
Quando fui para Universidade já tinha passado por esse inferno, adição, drogas, joguinhos amorosos, visto amigos e colegas morrendo, sendo presos, por isso que durante toda a minha graduação nunca participei de uma única chopada, sempre fui considero o cara chato que entregava tudo no prazo por que eu amadureci com meus erros e com minhas experiências anteriores.
Durante o segundo grau eu debatia constantemente com meus professores, como era punk e anarquista eu conseguia desgastar completamente minha relação com muitos deles, durante a universidade nunca contrariei um professor sequer o que fez minha estádia por lá muito mais agradável, não participei do Departamento Estudantil nem do Centro Acadêmico.
Muitas pessoas não entediam minha postura, e nem sequer sabiam porque eu era tão averso a socialização por chopadas, Centro Acadêmico, viajens na univesidade, simplesmente com 16 anos eu já tinha usado tudo e feito tudo que meus amigos de universidade começaram a fazer com 22-23 anos de idade, eu não precisava mais me auto-afirmar, só queria meu diploma pra seguir minha vida, Assim os descolados e membros dos vários “clubes do bolinha” não chamavam mais minha atenção.
Invariavelmente encontrava amigos do segundo grau no meu curso, ou em outros cursos perambulando pela universidade, a maioria muito focada e com muita gana de vencer, depois de tudo que passamos, individual e coletivamente, tínhamos passado pelo banho de fogo e entramos na vida adulta completamente amadurecidos e modificados.
O mais interessante no meu ponto de vista é não esperar que as coisas fiquem fora de controle, que suas costas fiquem contra a parede, que o prazo esteja perto de inspirar, que você espere o pior momento para abordar aquela garota que você esta afim, não deixe as coisas pra ultima hora, usem o tempo a favor de vocês, planejem e diluam as coisas no médio longo prazo é a melhor estratégia.
Usem essa força realizadora que aflora nos momentos de pressão fora do momento de pressão, e realizem verdadeiros milagres na vida de vocês, um cardíaco não tem tempo de fazer caminhada até o primeiro infarto, após o infarto depois da cirurgia, no dia seguinte ele põe seu tênis e começa a caminhar, o tempo passa a existir, e o tempo existindo, tudo se torna possível.
Espero contribuir principalmente com os membros de 18 a 25 anos a refletirem seus comportamentos e repensarem suas estratégias, e por favor, repito sempre e volto a repetir, não usem drogas, não bebam, não fumem, aprendam a viver a vida caretas e dar a cara a tapa, droga não te faz descolado nem legal, as drogas matão você !
Paradisepunx !
Na vida passamos por várias situações, em determinados momentos as frustrações são massacrantes e acabamos nos perdendo no meio de uma crise de proporções gigantescas, em todas as fases de nossas vidas nos mais variados setores da mesma, a crise deve ser vista não como um momento de derrota e sim como o momento de grande oportunidade e virada.
Sei que essas palavras são repetidamente utilizadas por pessoas que trabalham no campo da auto-ajuda, mais elas são sim verdade, e precisam ser entendidas não como o sonho colorido de uma palestra que dura algumas horas, ou um texto que pode ser consumido até em alguns minutos, mas como uma filosofia de vida.
Quando sentimos nossas costas contra a parede e nos vemos forçados a cumprir determinadas obrigações e tarefas sem as quais nossa vida se tornaria impraticável e não poderíamos alcançar outro patamar, retiramos uma força de dentro de nós que simplesmente nos faz planejar, focar, agir e vencer.
Vou dar um exemplo muito prático dessa situação com uma rotina constante que ocorria no meu segundo grau, eu estudei em duas escolas técnicas aqui no Rio de Janeiro da rede conhecida como FAETEC, a rotinas das escolas técnicas são muito pesadas, além de todo o conteúdo normal do ensino médio temos as matérias técnicas.
Isso fazia com que os alunos tivessem que fazer em torno de 20 matérias, e as vezes mais que isso devido ao acumulo de dependências tanto das matérias do segundo grau normal quanto do técnico, lembro que na minha geração existiam muitos rockeiros, comunistas, gays, evangélicos e todo quanto é tipo de loucos que vocês possam imaginar.
Minha escola era assolada por uma epidemia de uso de drogas, sexo e violência a níveis inimagináveis, as coisas simplesmente saiam de controle, hoje em dia sou amigo de vários ex-professores da escola, e eles sempre lembram de mim, dizendo que a minha foi a pior geração da escola e nisso já se passaram mais de 10 anos.
Essa mistura de um descontrole do alunado mais esse monte de matérias faziam com que muitos alunos simplesmente chegassem ao final do ano pendurado às vezes em 13 matérias, eu mesmo passei por isso, ficando preso em 15 matérias, vocês tem noção em maior ou menor grau de como é passar por isso.
E aqui vem o ponto principal desse artigo, mesmo bebendo como um gambá, fazendo arruaça na rua e praticando uma série de delitos e vandalismos, nesse momento surgia de dentro de mim e de muitos colegas um senso de responsabilidade e obrigação, que mudava nossos comportamentos num “passe de mágicas”.
De Metaleiros, grunges, punks, góticos, gays, comunistas e todo o tipo de maluquice subversiva que éramos, nos tornávamos o típico Nerd sem vida social, e simplesmente fazíamos milagres e conseguíamos ser aprovados em todas as matérias, cumprindo todos os prazos e assim indo para o próximo ano, ou concluindo o segundo grau.
Tenho contato com praticamente a integralidade da minha turma, lá somos meia dúzia de informatas, a maioria acabou seguindo a área e fazendo superior em TI, Sistema de informações, Ciência da computação ou qualquer coisa do tipo, mais uma renca de professores, dois médicos, militares e alguns que se quebraram, em resumo a maior parte esta formada e batalhando seus empregos e carreiras.
Depois do sufoco pra sair da Faetec que muitos chamam até hoje amavelmente de inferno, passamos pela experiência do vestibular, e na universidade a maioria se destacou, e eu atribuo isso a essa força que tiramos das situações difíceis e dos momentos de crise, experiência sem a qual não teríamos amadurecido muito antes que nossos colegas de universidade que nunca comeram o pão que o diabo amassou passaram.
Eu lembro que na Faetec muita gente tinha crises de choro devido ao nível de ansiedade e cobrança, e o ápice disso tudo foi uma colega nossa de outra turma tentando pular do terceiro andar da escola, gritando a plenos pulmões que iria se matar pelo final de um namoro, um professor nosso de física que estava dando aula ficava gritando pra ela se jogar, porque nas palavras dele: “aquela puta esta atrapalhando minha aula”.
Por volta e meia algum colega no colégio entrava completamente drogado na escola e os diretores, inspetores e coordenação pedagógica, simplesmente não sabiam o que fazer, menores de idade usuários de cocaína e álcool hora e meia paravam no hospital público do bairro sobre a responsabilidade de algum professor ou funcionário da escola.
Lembro de fazermos protesto na frente da escola, pararmos o transito e quebrarmos os vidros de um ônibus, um amigo evangélico empolgado estava na hora errada em um lugar errado e acabou sendo preso pela polícia depois foi liberado, uma menina grávida tomou cacetada da polícia, a coisa simplesmente saia de controle constantemente.
Sexo entre alunos, professores e funcionários não era muito raro, apesar de ser feito na encolha, o grêmio estudantil era apoiado pelo candidato miliciano da região, e quando tinha passeata no centro a escola ia em peso e boa parte caia na porrada com a tropa de choque da polícia, alguns desses colegas de segundo grau hoje estão presos e outros morreram.
Quando fui para Universidade já tinha passado por esse inferno, adição, drogas, joguinhos amorosos, visto amigos e colegas morrendo, sendo presos, por isso que durante toda a minha graduação nunca participei de uma única chopada, sempre fui considero o cara chato que entregava tudo no prazo por que eu amadureci com meus erros e com minhas experiências anteriores.
Durante o segundo grau eu debatia constantemente com meus professores, como era punk e anarquista eu conseguia desgastar completamente minha relação com muitos deles, durante a universidade nunca contrariei um professor sequer o que fez minha estádia por lá muito mais agradável, não participei do Departamento Estudantil nem do Centro Acadêmico.
Muitas pessoas não entediam minha postura, e nem sequer sabiam porque eu era tão averso a socialização por chopadas, Centro Acadêmico, viajens na univesidade, simplesmente com 16 anos eu já tinha usado tudo e feito tudo que meus amigos de universidade começaram a fazer com 22-23 anos de idade, eu não precisava mais me auto-afirmar, só queria meu diploma pra seguir minha vida, Assim os descolados e membros dos vários “clubes do bolinha” não chamavam mais minha atenção.
Invariavelmente encontrava amigos do segundo grau no meu curso, ou em outros cursos perambulando pela universidade, a maioria muito focada e com muita gana de vencer, depois de tudo que passamos, individual e coletivamente, tínhamos passado pelo banho de fogo e entramos na vida adulta completamente amadurecidos e modificados.
O mais interessante no meu ponto de vista é não esperar que as coisas fiquem fora de controle, que suas costas fiquem contra a parede, que o prazo esteja perto de inspirar, que você espere o pior momento para abordar aquela garota que você esta afim, não deixe as coisas pra ultima hora, usem o tempo a favor de vocês, planejem e diluam as coisas no médio longo prazo é a melhor estratégia.
Usem essa força realizadora que aflora nos momentos de pressão fora do momento de pressão, e realizem verdadeiros milagres na vida de vocês, um cardíaco não tem tempo de fazer caminhada até o primeiro infarto, após o infarto depois da cirurgia, no dia seguinte ele põe seu tênis e começa a caminhar, o tempo passa a existir, e o tempo existindo, tudo se torna possível.
Espero contribuir principalmente com os membros de 18 a 25 anos a refletirem seus comportamentos e repensarem suas estratégias, e por favor, repito sempre e volto a repetir, não usem drogas, não bebam, não fumem, aprendam a viver a vida caretas e dar a cara a tapa, droga não te faz descolado nem legal, as drogas matão você !
Paradisepunx !